𝕭𝖗𝖎𝖉𝖌𝖊𝖗𝖙𝖔𝖓 - (𝕻𝖆𝖗𝖙. 1) | 𝕼𝖚𝖎𝖟𝖚𝖗

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→ 1: Essa estória não contém apenas um protagonista, contém nove, que são os irmãos Leblanc. → 2: Todas as imagens foram retiradas da plataforma "Pinterest" e algumas editadas por mi. → 3: Caso queira inspirar-se tudo bem, mas peço que não cometa plágio e que dê os devidos créditos. → 4: Está não é uma releitura nem dos livros da Julia Quinn e nem da série da Netflix. Eu apenas os usei como inspiração. → Minhas inspiraçōes: – A Bela Adormecida. – (1959) – A Pequena Sereia. - (2008) – Bridgerton. - (2020) – Barbie: Rapunzel. - (2002) – Barbie: Lago dos Cines. - (2003) – Barbie: a Princesa e a Plebeia. - (2004) – Barbie: Fairytopia. - (2005) – Barbie: A Magia de Aladus. - (2005) – Barbie: e as Doze Princesas Bailarinas. - (2006) – Barbie: a Princesa da Ilha. - (2007) – Barbie: e o Castelo de Diamantes. - (2008) – Como Treinar Seu Dragão. - (2010) – Como Treinar Seu Dragão: Defensores de Berk. - (2012) – Como Treinar Seu Dragão: Corrida até o Limite. - (2015) – Once Upon a Time. - (2011) – Os três mosqueteiros. - (2011) – Stardust: O Mistério da Estrela. - (2007) – Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton. - (2023) – Rapunzel. - (2010) – Reign. - (2013) – Valente. - (2011)

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Eloísa Lima

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| Lady Whistledown |

1. | Lady Whistledown |
𝐋𝐚𝐝𝐲 𝐖𝐡𝐢𝐬𝐭𝐥𝐞𝐝𝐨𝐰𝐧: Mayfair, Outros Reinos, 1787. Prazado leitor, é chegado o momento de fazer nossas apostas para a temporada social de Outros Reinos. Observe a família do barão Featherington. Quatro senhoritas empurradas para o mercado de casamento, como leitoas em um abatedouro por sua cafona... e delicada mãe. As chances parecem mais promissoras na família de sua Majestade a Rainha. Uma família escandolasamente prólifica, notavél pelos filhos perfeitamente bonitos e pelas filhas perfeitamente bonitas. A família é composta por nove filhos, - apesar do oitavo ainda encontrar-se desaparecido. - todos eles com nomes que seguiam a ordem do alfábeto desde A até I. Já faziam quase dez anos que o rei Estoico morreu e deixou o reino para seu filho mais velho, Anthony. Este reino existe a cerca de 400 anos e é o maior dentre todos os que compōe Outros Reinos. Temos pesca, caça e um pôr do sol encatador. Além de, é claro, a temporada social onde as mães ambiociosas e os caça fortunas procuraram por um par. A maioria dos lugares costuma ter ratos, mosquitos, mas Mayfair tem... Dragōes. Nem todos aguentariam, mas o povo de Mayfair sim. Afinal, os membros da família real são Vikings de sangue puro. Existiam dezenas de espécies de dragōes diferentes, mas cinco classes eram conhecidas. A cabeça de um Nader dava no mínimo respeito a quem o matasse. Os Gronkels são osso duro. O Zíperarrepiante é exótico, duas cabeças e um dragão. E ainda tem o Pesadelo Monstruoso. Só os melhores guerreiros lutam contra ele. Ele tem o pessímo hábito de se incendiar. Mas o trófeu supremo é um dragão que ninguém nunca viu. Chamam ele de... Fúria da Noite. Ele nunca rouba comida, nunca se revela e nunca erra. Ninguém jamais matou um Fúria da Noite, nem mesmo nosso estimado e falecido rei Estoico, o Imenso. No entanto, isso está prestes a mudar...
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| Os irmãos Bridgerton |

2. | Os irmãos Bridgerton |
— 𝐌𝐚𝐲𝐟𝐚𝐢𝐫, 𝐎𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐢𝐧𝐨𝐬. 𝟏𝟐 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟕𝟗𝟎.

| 07:00 am |

O sol já raiava no castelo e todos já estavam empolvoros na cozinha enquanto preparavam o café. Bem, todos exceto os irmãos Bridgerton, que encontravam-se dormindo na sala de estar da mãe.

O valete da rainha adentrou na sala e sem nemhuma gentileza, abriu todas cortinas da sala, o que fez alguns irmãos de sono mais leve despertarem.

Sebastião: Levante. Levantem, queridinhos.

Benedict: Argh! Sebastião! - O segundo mais velho solta um grunhido preguiçoso e cobre seu rosto com um travesseiro.

O valete ruivo inevitávelmente puxa o travesseiro da caçula que levanta a cabeça com os olhos fulminando de raiva.

Isabelle: Opa!

Sebastião: Bom dia, linda flor. - Sebastião lança seu sorriso mais gentil para a princesa que deita a cabeça ente os braços e curva o rosto em uma expressão preguiçosa.

Isabelle: Por que tão cedo?

Sebastião: Para não atrasar.

Gregory: Mas ainda tá tão escuro. - A mais nova olha para o irmão com uma sombrancelha arqueada ao observar que o rapaz estava com os olhos vendados, que logo Sebastião retira. - Ah! Oi. - Gregory solta uma risada ao se atentar a sua situação.

Sebastião: Hora de acordar.

Daphne: Ah, eu estava sonhado com um príncipe. - A filha do meio solta um suspiro ao recordar-se de seu sonho.

Sebatião: Tá bom. - Sua voz sai quase em um murmurro. - Rápido, Altezas!

Franthesca: Mas dormir me deixa mais bela.

Eloise: E precisa mesmo.

Fransthesca: Olha quem fala. Ninguém liga pro seu visual. Mas eu ainda não...

Sebastião: Eu acho você linda. - Franthesca se derrete com o sorriso dócil de Sebastião.

Anthony: Não podemos ver mamãe depois?

Sebatião: Infelizmente eu não tomo esse tipo de decisão, Majestade. Decisão nemhuma, aliás. - Sebastião olha para os sete irmãos que ainda permaneciam bocejando ou dormindo. - Levantam-se! - O som estridente de sua voz faz todos os sete levantarem. - Sua Majestade os aguarda para o café.

Sebastião apenas recebeu sete pares de olhos que o observaram com feiçōes inexpressíveis, o que significava que ainda estavam dormindo acordados.

Por fim, os jovens subiram até seus quartos para estarem mais apresentavéis para a mãe.
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| A família real |

3. | A família real |
— 𝐃𝐀𝐏𝐇𝐍𝐄 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄𝐑𝐓𝐎𝐍 —

Após um relaxante banho, despertei completamente de meu sono matinal. Minhas damas de companhia vestiram-me com um vestido deslumbrante de cor verde.

Desci então para o desjejum com minha família. Fui acompanhada por Rose até a sala, onde a mesma esperou que eu entrasse para poder se retirar.

Minha mãe e meu tio já se encontravam na sala enquanto liam o folhetim do dia de Lady Whistledown, o que era uma surpresa, já que ela passará o verão inteiro sem publicar. Apesar de já fazer três anos desde a sua primeira publicaçōes, ninguém em todo o reino sabia a indentidade da escritora.

O fato é que os panfletos eram um sucesso. Todos adoravam fofocas, mas o fato da escritora escrever sobre absolutamente todos sem um pingo de decoro e ainda mencionar os nomes dos envolvidos, faziam desse o maior entretenimento da sociedade.

Caminhei até minha mãe e depositei um beijo em sua bochecha, assim como na de meu tio Domenick.

Daphne: Olá, mamãe. Bom dia, tio.

Domenick: Bom dia, querida.

Violet: Daphne.

Ouvi a porta da sala abrir e logo pude observar meus dois irmãos mais velhos caminhando em direção a mesa. Anthony ocupa seu lugar na outra ponta, enquanto Benedoct senta-se ao meu lado, já que Colin estava em uma de seus interminavéis viajens.

Anthony: Bom dia, mãe. Tio. Daphne.

Benedict: O que temos para o café?

Violet: Olá, Anthony. Benedict.

Franthesca: Bom dia, mamãe.

Isabelle: Nós estamos incrivelmente famintas.

Eloise: Nem me fale. Minha barriga já está roncando.

Violet: Olá, Eloise. Franthesca. Isabelle. - Assim que minhas irmãs ocupam seus respectivos lugares a mesa, observo a cadeira vazia a minha frente, bem como minha mãe. - Onde está o Gregory?

As portas da sala são abertas uma última vez indicando a chegada tardia costumeira de meu irmão mais novo.

Gregory: Desculpe o atraso, mamãe.

Violet: Meus sete príncipes, princesas e meu pequeno rei. - Um sorriso formou-se no rosto de minha mãe ao olhar para cada um de seus filhos.

Domenick: Ele não é mais tão pequeno assim. - Meu tio lançou um sorriso travesso para meu irmão mais velho que retribuiu com a mesma malícia.

Franthesca: Colin já deu nóticias?

Anthony: Mandou uma carta informando que estava nas Ilhas dos Mares do Sul. Alguém sabia disso?

Eloise: Não, mas acho incrível que ele possa simplesmente decidir fazer isso.

Violet: Fica para o chá essa tarde, Anthony?

Anthony: Eu receio que não. Tenho muitos assuntos para resolver hoje. Agora que a temporada começou vou reservar um dinheiro para a modista e contratar mais serviçais. E a sua aliança. Quando puder eu preciso dela. - Quase que de forma abrupta, todos trocamos olhares atônitos e encaramos nosso irmão que servia-se de maneira tranquila. - Pensei em não alugarmos os campos de Farryhallow esse ano por conta da geada.

Violet: Desculpe, o que foi que disse?

Anthony: A geada endurece o solo. Perde nutrientes.

Violet: Isso eu entendi. Mas, você pediu a minha aliança?

Anthony: Sim, o anel de noivado do papai.

Benedict: Alguém chamou a sua atenção meu irmão?

Franthesca: Eu achei aquelas jovens tão bonitas.

Anthony: Nemhuma. E todas elas pareciam iguais. Eu só quero estar preparado quando a oportunidade surgir.

Violet: A oportunidade? - Minha tinha uma expressão incredûla em seu rosto.

Anthony: Eu até já fiz uma lista de solteiras elegíveis e marquei entrevistas. - Minhas irmãs e eu inevitavelmente trcamos olhares plerpexas.

Violet: Entrevistas! - Minha mãe soltou um a risada abafada. - Querido, vai ser um prazer te dar a minha aliança quando você de fato achar alguém. Além disso, ela está em um cofre em Aubrey Hall.

Anthony: Muito bem. - Observei meu irmão capturar um macaron e devora-lo em um instante.

Violet: Vai ver se ele está bem. - Minha mãe curvar-se ligeiramente para frente e murmura para Benedict.

Benedict: Eu?

Anthony: Não preciso de babá. Eu garanto que está tudo em ordem.

Meu irmão mais velho é o primeiro a retirar-se da mesa, seguindo caminho até seu escritório. Assim que minha mãe faz o mesmo, os criados destribuem os jornais de fofocas da Lady Whistledown para que eu e meus irmãos possamos ler.

𝐋𝐚𝐝𝐲 𝐖𝐡𝐢𝐬𝐭𝐥𝐞𝐝𝐨𝐰𝐧: Queridos e gentis leitores. Enquanto os membros de nossa estimada sociedade se recolhiam em seus refúgios rústicos, esta autora ficou fazendo apenas uma coisa. Aperfeiçoando minhas habilidades. Ou devo dizer: ajustando meus planos? Não, melhor ainda. Eu estava preparando o meu veneno. Para todos vocês. Perguntas não faltam a respeito da identidade e meio desta autora. Buscar essas respostas há de se provar inútil, de fato. Há outra identidade desconhecida no momento. No entanto, essa será possível revelar. Falo do diamante da temporada, onde quer que ela esteja. Sua vez, Majestade.
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| As Featheringtons |

— Na residência Featherington, a matriarca viúva encontra-se na sala de estar com suas quatro filhas: Prudence, Philippa, Penelope e Ruby.

Prudence: Não poderíamos ter pedido à rainha, mamãe? Depois de todo esse tempo de luto pelo papai, talvez Sua Majestade seja gentil e nos conceda um novo debut.

Philippa: Não precisamos passar por tudo aquilo de novo já que eu já estou prometida ao Sr. Finch.

Ruby: O Sr. Finch pode muito bem mudar de ideia. - A mais nova lança um olhar condencendente para a segunda mais velha.

Sra. Varley: Principalmente quando descobrir que não há um dote. - A governanta sussura para a viscondessa enquanto lhe serve uma xícara de chá.

Portia: O novo lorde Featherington deve cuidar disso. Assim que decidir dar o ar de sua graça. - A matriarca volta sua atenção para a filha do meio que estava praticamente se jogando pela janela a procura de algo. - Penelope. - A jovem ruiva rapidamente vira-se na direção da mãe. - Quantas vezes vou ter que pedir para ter cuidado com essa janela? Quer parecer uma indingente cheia de sardas por passar o dia no sol?

Penelope: Não, mamãe. Peço desculpas.
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| Simon Basset |

5. | Simon Basset |
— 𝘌𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘯ã𝘰 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘦 𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘭á𝘤𝘪𝘰, 𝘰 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘋𝘶𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦 𝘏𝘢𝘴𝘵𝘪𝘯𝘨𝘴 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘹𝘪𝘮𝘢-𝘴𝘦 𝘥𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘪𝘥ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘋𝘢𝘯𝘣𝘶𝘳𝘺.

Simon Basset, agora formalmente Duque de Hastings, retornou para o reino de Mayfair após o falecimento de seu pai.

Simon era filho de Frederick e Sarah Basset. Sua mãe era filha de um visconde e tinha dois meio-irmãos mais velhos bem como uma irmã. Com a morte da mãe e a completa igmorância do pai, o jovem garoto se viu sendo criado pela tia materna, Lady Agatha Danbury.

Todos em Mayfair conheciam a jovem viúva. Inteiramente franca e sagaz, Lady Danbury é uma jogadora direta e altamente temida pela alta sociedade bem educada.

Levou apenas algumas horas desde sua chegada até que fizesse uma visita para a tia, que encontrava-se na espera de suas visitantes para a temporada.

Agatha: Ora, se não é um colírio para os meus olhos. Meus pesâmes, Vossa Graça, pelo seu pai. - A mulher de cabelos negros aproxima-se de seu sobrinho após o mesmo descer de seu cavalo.

Simon: Gentil de sua parte.

Agatha: Acha gentil? Você odiava aquele homem. - Inevitavélmente, um sorriso transborda pelo rosto do duque.

Simon: É um prazer em vê-la, tia Agatha.

Agatha: Não ouço essas palavras tanto quanto gostaria. Venha. - O rapaz a segue de forma cortez até a entrada da mansão. - Perdoi-me a desordem. Como sabe vou dar um baile amanhã à noite. Consegui manter o seu retorno em segredo até agora, mas, quando aquelas mães vulgares descobrirem que há um duque solteiro no baile, não terei mais como esconder o segredo.

Simon: Era exatamente disso que eu queria tratar. Voltei apenas para resolver os assuntos relacionados ao falecimento de meu pai. Receio não ter tempo de socializar. Apesar de muito grato por seu convite, tia Agatha, peço que aceite minha recusa.

Agatha: A sua recusa foi negada. - Simon morde o canto da boca após observar as sombrancelhas da tia arquearem, indincando que ela continuaria persistindo.

Simon: Acredito que posso ficar alguns minutos...

Agatha: Execelente. Pode deixar esse cantil que carrega em casa. Isso é tão pouco digno. - Simon não pode evitar de contorcer o rosto em um sorriso de canto.
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| Kate Sharma |

6. | Kate Sharma |
— 𝐀𝐍𝐓𝐇𝐎𝐍𝐘 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄𝐑𝐓𝐎𝐍 —

| 06:00 am |

Logo bem cedo, antes de qualquer membro da minha família acordar, já levantei e me preparei para fazer algo que fazia todos os dias com meu pai, cavalgar.

Ser o mais velho nunca foi fácil, especialmente depois que meu pai morreu. As primeiras horas da manhã eram o único momento que eu tinha apenas para mim. Ao cavalgar, eu não era o rei. Não era um Bridgerton. Era apenas Anthony.

Já na floresta, estava à sós com meu cavalo, tirando proveito da brisa frsca em meu rosto e da falta de sol que ainda estava nascendo. O som dos passáros e até dos patos era realmente tranquilizante. Era primavera e as flores estavam realmente magníficas, além de casarem perfeitamente com a neblina da manhã.

Como eu amava estar aqui.

Eu pensava estar sozinho. Afinal, quem em sã consciência ousaria andar pela floresta antes do sol nascer. Isso até avistar um outro cavaleiro, na verdade uma dama. Seu cavalo estava indo muito rápido, quase que incontrolavél.

Anthony: Senhorita, precisa de ajuda? - A moça não me responde e continua a correr em seu cavalo. - Vamos, Atlas. - Atlas saí em disparada ao meu comando, aproximando-se rapidamente da garota, que ainda largava na frente. Ela estava se aproximando de uma cerca de espinhos e não teria outra escolha a não ser pular, porém, essa era uma manobra perigosa se seu cavalo está descontrolado. - Tenha cuidado! Segura!

Em um único salto, seu cavalo passa pelo cercado, o que eu admito me deixou impressionado. A garota abaixa a capa que cobria seu rosto e eu pude finalmente vê-la. Seus cabelos eram castanhos e seus olhos negros estonteantes. Curvei minha cabeça ligeiramente em sinal de respeito e ela me lança um sorriso enquanto arquea seu queixo.

A desconhecida segue em frente até a clareira e, eu decido fazer o mesmo. Admito que me senti intrigado em conhecê-la.

Seu cavalo já não corria mais, estava galopando calmamente, o que facilitou para que eu a alcançasse.

Anthony: Está celebrando a vitória? - A moça olha para mim um pouco atordoada e resmunga algo. - Não deixarei que largue tão na frente na próxima. - Aproximo Atlas de seu cavalo e começamos a cavalgar lado a lado.

Kate: Peço desculpas, senhor. Não pretendia deixar ninguém preocupado.

Eu suspeitava, mas agora tinha certeza de que ela não pertencia ao reino. Caso contrário, teria se dirigido á mim como "Majestade" ao invés de "senhor".

Anthony: A sua aia sabe que cavalga assim?

Kate: Eu não tenho aia.

Anthony: Ah, então é casada. - A garota que anda desconheço a identidade semicerra seus olhos e percebo estar sendo inconveninte demais. - Perdão. - Seu cavalo não aparentava estar acostumado a folhagem do bosque. O que só poderia indicar, que essa era a primeira vez em que a jovem ainda desconhecida cruzava por esse lado da floresta. - Está perdida?

Kate: Também não estou perdida. Estou a caminho de Mayfair. Fica logo a diante.

Anthony: Mayfair? - Eu arqueo minhas sombrancelhas. - Muito bem...

Eu não consigo evitar de sorrir discretamente pelo canto da boca em saber que ela estava errada.

Kate: Agradeço a preocupação, senhor, mas garanto que estou bem. Por favor, podemos fingir que esse encontro nunca aconteceu? O senhor segue o seu caminho e eu sigo o meu. - Sua feição atenta e com uma leve preocupação sugeria outra coisa. Ela tinha medo de ser descoberta.

Anthony: Tem medo de que a vejam.

Kate: Tenho medo de conhcer estranhos em uma floresta que fazem mil perguntas.

Anthony: Não se preocupe, guardarei seu segredo.

Kate: Não sabe como sou grata.

Anthony: Perder corridas para uma estranha em uma floresta. Já até imagino as perguntas que me fariam. - A morena deixa escapar uma leve risada.

Kate: Então foi isso que aconteceu? Uma corrida?

Anthony: E não foi? - Eu indago um pouco confuso.

Kate: Não seria necessário um adversário a altura para isso?

Anthony: Poderia debochar se tivessemos estipulado uma linha de chegada, mas não foi o caso. - Meu tom de voz estava saíndo ligeiramente mais ríspido.

Kate: Ah! Vejo que não sabe perder.

Anthony: Ou talvez... - Sua feição se curva em uma sombrancelha arqueada e um olhar de quem sabe o que está falando. - Nas raras ocasiōes em que acontece, eu não tenho problemas em admitir a derrota ou reconhcer o erro. Não posso dizer o mesmo da senhorita.

Kate: Isso são modos? - Seus olhos negros se estreitam ligeiramente.

Anthony: Mayfair não fica para lá, - Eu indico o caminho que ela mesma havia mencionado antes. - é na direção oposta. Mas não estava perdida, certo?

Sua atenção se volta para um grupo de homens que estavam agrupados logo ao norte, provavelmente caçando veados.

Kate: Tenha um bom dia. - A moça misteriosa se dirige à mim uma última vez antes de voltar seu cavalo para a direção indicada por mim. - Vamos.

Anthony: Eu ainda não sei o seu nome. - Tive de gritar pois seu cavalo já não galopava tão de vagar como antes e se afastava cada vez mais.

Kate: Receio que não será possível, estou celebrando a minha vitória. - Ela grita de volta em meio a um imenso sorriso.

Eu não pude evitar um pequeno sorriso. Apesar de ser muito debochada e competitiva, ela era intrigante. Talvez eu ainda a encontrasse...
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| "O que o faz pensar..." |

Após ser perseguido e assediado diversas vezes durante a festa por várias garotas diferentes, resolvi ir para o lado de fora e respirar um pouco de ar fresco.

Assim que passo pela entrada da casa, sinto a brisa fresca da noite em meus cabelos. Finalmente. Um pouco de paz e tranquilidade...

Pelo menos foi o que eu pensei até ouvir alguém chamando por meu nome.

D/C 1: Bridgerton! - Ao desviar meu olhar para o lado, vejo três homens, reis na verdade, chamando minha atenção para que me junte à eles. - Te devo uma bebida.

Anthony: Deve? Por quê?

D/C 1: Com você sendo o solteiro mais cobiçado da temporada não precisamos nos preocuopar com as jovens sedentas por casamento.

Anthony: Aproveitem enquanto podem. Logo também irão se render a esse lenga-lenga ridículo de casamento. Acompanhando cada jovem solteira, até não enxergarem mais.

D/C 2: E há diferença entre elas? Escolha a menos sensuravél e faça o que esperam de você.

Anthony: Podem achar arrogante, mas se vou me casar, a moça em questão deve ter mais do que beleza a seu favor.

D/C 3: Não me diga que está procurando um amor?

Anthony: Amor é a última coisa que eu quero. Mas, para os meus filhos serem perfeitos, a mãe deve ser impecável. Rosto aprazível, inteligência, modos à altura de uma rainha. Não deveria ser tão díficil. Mas as jovens de Mayfair decepcionam em tudo.

D/C 2: Você quer a melhor. Talvez a rainha escolha um Dimante. Corteja-la será outro problema.

Anthony: Acho que não terei problemas com isso. - Os três homens soltam risadas com o meu comentário.

D/C 1: Sala de fumantes?

Anthony: Não, obrigado. Tenho que me encontrar com meus irmãos.

Os três rapazes voltam para dentro da festa onde encontram-se com outras pessoas para fumarem seus cigarros.

Planejava também retornar neste momento e verificar como meus irmãos meus estavam, até ouvir um ruído próximo.

Anthony: Tem alguém aí? - Não obtive resposta. - Eu ouvi... - Ao me virar, dou de cara com a garota da floresta. - Você.

Kate: Perdão, Majestade.

Anthony: Não me disse o seu nome. Fiquei pensando se a encontraria de novo.

Kate: Para avaliar se eu sou esperta ou educada o bastante?

Anthony: Estava bisbilhotando?

Kate: Nem precisei. Proclamou suas exigências alto o bastante para a festa inteira ouvir.

Anthony: Tem algum problema com isso?

Kate: Tenho problema com qualquer um que veja mulheres como propriedade e objeto de procriação. - Seus olhos irriadiavam raiva e seu tom de voz estava mais elevado.

Anthony: Não era para...

A garota de cabelos e olhos castanhos penetrantes dá um passo para frente, diminuindo a distância entre nós dois, ao mesmo tempo em que sem modos algum, me corta no meio da minha fala.

Kate: Rei Anthony Bridgerton, certo? Quando achar esse modelo de virtude, o que o faz pensar que ela o aceitaria? As jovens de Mayfair são conquistadas tão facilmente por um sorriso bonito e nada mais.

Anthony: Então acha meu sorriso bonito? - Meus lábios curvam-se em um presunçoso sorriso de canto.

Kate: Acho que você é muito arrogante. Seu caráter deixa tanto a desejar quanto a sua equitação. Eu lhe desejo boa noite.

Então, com um último olhar cerrado, a garota passa por mim e entra na festa.

Só podia imaginar como eu devia estar patético plantado alí na frente daquela casa enquanto tentava raciocinar o que havia acabado de acontecer. Foi por isso que decidi entrar novamente e procurar por um de meus irmãos.
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