SOBRE GEOGRAFIA:

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DEFININDO O ESPAÇO:CONCEITUANDO A TERRA

1. DEFININDO O ESPAÇO:CONCEITUANDO A TERRA
;Extensão ideal,sem limites,que contém todas as extensões finitas e todos os corpos ou objetos existentes ou possíveis. no século IV a.C, no livro composto
por 17 volumes,Geographique,define o conceito de espaço geográfico.
Para Milton Santos,geográfico brasileiro"conjunto onde se une sistemas de objetos naturais:Ex.:A terra:
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DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL:

Em 1988, devido às mudanças da nova Constituição, a atual divisão regional do Brasil foi definida e permanece até os dias de hoje.

O estado do Tocantins foi criado a partir de uma divisão no estado de Goiás e foi incorporado à região Norte.

Os estados do Amapá e Rondônia tornaram-se estados independentes e a região de Fernando de Noronha foi integrada a Pernambuco.

Além de aprender sobre a Divisão Regional do Brasil você pode testar seus conhecimentos de outras matérias respondendo algumas questões que caíram em edições antigas do Exame em nosso simulado gratuito.

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A primeira proposta surgiu em 1913 para que a Geografia pudesse utilizá-la no ensino. Os critérios adotados para esse modelo de divisão regional foram somente físicos, como clima, vegetação e relevo. O Brasil era dividido em quatro regiões:

Setentrional;
Norte Oriental;
Oriental;
Meridional.
A primeira divisão regional do Brasil foi realizada através do Tratado de Tordesilhas, em 1494. Nessa divisão, a parte leste do país ficou sob domínio de Portugal, enquanto a parte oeste ficou sob domínio da Espanha.

Em 1534, no período colonial do Brasil, a divisão regional consistia na fragmentação em capitanias, que consistia em quinze partes de terra. Essa divisão ocorreu para que a Coroa Portuguesa conseguisse administrar melhor a colônia. Cada capitania tinha um membro da corte no governo, que deveria promover o desenvolvimento da capitania e respondia diretamente ao rei.

A partir da independência do Brasil, nenhum modelo de divisão regional foi estabelecido ao certo. No entanto, em 1913 o país iniciou o processo de regionalização até chegar no modelo atual.
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ESPAÇO GEOGRÁFICO:

"O espaço geográfico corresponde ao espaço construído pelas atividades humanas e pelas sociedades, sendo por elas explorado e correntemente transformado. Ele difere-se do meio natural por ser o local onde imediatamente se observa a atuação do ser humano sobre o meio, com a geração de seus respectivos impactos. Trata-se, contudo, de um conceito que possui várias definições e abordagens.

De maneira geral, é correto dizer que há uma produção do espaço geográfico, ou seja, ele é resultante das atividades sociais nas esferas econômica, cultural, educacional e outras. Por esse motivo, compreendê-lo é também uma forma de entender o próprio ser humano e a estrutura das sociedades.

Há que se dizer que, além de produzido, o espaço geográfico é propriamente concebido. Isso que dizer que, além de resultado das práticas e intervenções humanas sobre o meio, ele é fruto da forma com que as pessoas enxergam a realidade. Nesse sentido, o espaço também interfere nas diferentes maneiras com que podemos apreender a realidade e a ela dar significado, ganhando, nesse sentido, uma substância, em termos de conteúdo, que lhe dá uma dinâmica própria.

É nesse sentido que surge o conceito de lugar, que nada mais é do que o espaço percebido e também aqueles locais sobre os quais os sujeitos adquirem afeição e familiaridade. Aquele ponto turístico preferido, a rua da sua casa ou até a fazenda para onde uma pessoa qualquer costuma viajar são exemplos de lugar, que ganha, portanto, um aspecto subjetivo e individual. Nesse contexto, a Geografia também é a ciência dos lugares.

Desde os primórdios da humanidade, antes mesmo da invenção da escrita, os seres humanos atuam no processo de modificação da natureza. Com o tempo, essa prática foi se tornando cada vez mais comum e culminou no desenvolvimento das civilizações, todas elas dotadas de seus espaços, sem os quais não seria possível ter referências sobre elas. Assim sendo, esse espaço é parte constituinte da sociedade que o constrói e, de certa forma, reflexo dela, sendo o produto de suas visões de mundo, práticas sociais, religiões, culturas e, claro, de seu poder. Atualmente, podemos dizer que o nosso espaço atual é fruto não só da sociedade contemporânea, mas também um produto de seu passado.

O espaço geográfico, pois, carrega consigo elementos do passado e do presente, sendo o testemunho mais explícito das diferenças de valores culturais, arquitetônicos e morais dos diferentes períodos da história. Quando observamos um prédio antigo ou andamos por ruas centenárias, somos capazes de perceber, ao menos em partes, os valores de épocas anteriores.

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É nesse sentido que podemos notar a dinâmica da paisagem, outro importante conceito atrelado à ideia de espaço geográfico. Ela não é só a aparência do meio em que vivemos, mas também um reflexo e um condicionante de suas formas e conteúdos. Por definição, podemos compreender a paisagem como tudo aquilo que podemos apreender por meio de nossos sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição), embora também existam as chamadas “paisagens ocultas”, aquelas que se escondem ou são ofuscadas pelas práticas sociais, seja por questões econômicas, seja por visões de preconceito, entre outros.

Além das paisagens, para melhor compreender o espaço geográfico, muitas vezes é preciso compreendê-lo em seus aspectos regionais. Para definir o que seria uma região, outro importante conceito, é necessária a adoção de um critério (natural, cultural, econômico, político, etc.) para estabelecer aquilo que chamamos de regionalização. Portanto, região é a porção do espaço dividida e observada a partir de um critério específico, elaborado conforme os nossos interesses e convicções, havendo, dessa forma, tantas regiões quanto critérios diferentes utilizados para elaborá-las.

Mas é importante também conceber que o espaço geográfico possui diferentes dinâmicas e relações, carregando consigo os valores morais da sociedade. Em muitos casos, relações de poder são estabelecidas e o espaço passa a ser apropriado, ou seja, controlado. Essa apropriação pode receber limites e fronteiras (a exemplo do território nacional), mas em outros casos não (como os territórios dos traficantes nas favelas, quando os limites não são muito precisos). Por isso, torna-se importante a compreensão do território, que é o espaço delimitado a partir das relações de poder, podendo se apresentar em várias escalas (do local ao global) e também em múltiplas formas (contínuo, em rede, etc.).

Portanto, podemos notar que o espaço é um elemento bastante complexo da realidade, tanto é que ele possui uma ciência específica que se preocupa em estudá-lo: a Geografia. Ela analisa-o como um fenômeno social, mas também se preocupa em estudar e compreender as paisagens naturais, haja vista que o seu substrato é de imediato interesse para a sociedade e suas atividades.

"

Veja mais sobre "Produção do espaço geográfico" em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/producao-espaco-geografico.htm
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CONTEXTUALIZANDO E DEFININDO CULTURA:

Como podemos notar há uma infinidade de definições da palavra cultura, onde os autores discordância em alguns pontos.

Para fechar a conceituação sobre cultura é relevante e interessante inserir uma citação de Teixeira Coelho (1997) sobre Memória Cultural. “No hay um tiempo presente que no se integre o no se relacione com um tiempo pasado, y viceversa....”La memoria no es uma faculdad pasiva sino um principio de organización – y de organización del todo, frecuentemente a partir de um pequeno fragmento de lo vivido...” Segundo o autor, em geral, tudo o que acontece nos tempos atuais tem uma relação com fatos do passado. Os fatos não surgem do nada, há um começo para tudo. Em se tratando de cultura, acontece o mesmo. A história da cultura de um povo tem toda uma trajetória em sua construção e o inicio dessa edificação, assim como, todo o seu percurso até o presente deve estar vivo na memória do povo

Para uma melhor assimilação sobre cultura algumas considerações básicas se fazem necessário.

Pode-se notar que cultura é uma palavra multidiscursiva, podendo ser usada em várias falas diferentes. O uso da palavra depende do contexto discursivo. É impossível encontrar uma definição válida que sirva para todas as ocasiões. Em alguns usos da palavra ela aparece de forma clara como: cultura jovem, cultura da classe trabalhadora, cultura intelectual, cultura bacteriana, agricultura etc. Cultura, no sentido de cultivar a terra, semear, etc. Cultura, no sentido de quem tem conhecimento, que é culto. Ela é usada em vários sentidos, e o sentido que se usa em um contexto pode não servir a outro.

Há dois sentidos da palavra cultura que podem ser destacados: o sentido popular, o antropológico e o sociológico. Num sentido popular a palavra cultura é utilizada para designar pessoas que possuem conhecimento, intelectualmente desenvolvidas. No sentido antropológico e sociológico a palavra cultura é utilizada para designar o comportamento social de um grupo.

A cultura são padrões estabelecidos dentro de uma sociedade. Desde a tenra idade a criança já sofre influência do lugar onde nasce, através do contato com a família, com a comunidade, com a escola etc e, vai assumindo e integrando, à medida que vai crescendo, os hábitos e costumes de sua região ao seu modo de ser, de estar e de viver. Passa a agir de acordo com o que é normal e constante no local em que vive, passando a agir e atuar conforme os padrões que foram estabelecidos dentro daquela sociedade, ou seja, de acordo com a cultura daquela sociedade. (Enciclopédia Barsa, 1972)

A cultura é um produto humano, somente o homem tem a capacidade de criá-la, produzi-la e transmiti-la. Os elementos que compõem a cultura são interdependentes, mas se inter-relacionam de forma harmoniosa na sociedade. São elementos como: as idéias, os hábitos, as técnicas, os costumes etc.

A cultura é recebida como herança ao nascer e também é adquirida na integração e interação com pessoas de outras regiões. A partir do momento que o homem passa a ampliar seus horizontes, tendo contato com a cultura de outras regiões, com hábitos e costumes diferentes do seu, ele passa a adquirir e incorporar ao seu modo de vida alguns desses hábitos, costumes, ou modo de agir. Assim como, pode também transmitir um pouco de sua cultura à cultura dessa outra região. É uma troca mútua de valores culturais, que é chamada de transculturação. (Enciclopédia Barsa,1972)

Podemos considerar então, que a cultura não é estática dentro do grupo, ela é dinâmica. De forma contínua, ela se desenvolve se aperfeiçoa, se modifica. É a própria sociedade que faz com que a cultura seja dinâmica, através de novas criações e do que é adquirido de outros grupos sociais.

Pode-se destacar alguns aspectos em relação à cultura: a cultura se aprende, através dos meios de transmissão, onde podemos constatar a aprendizagem da cultura, ou seja, na família, na escola, com os professores, na igreja e outros; a cultura deriva de componentes da existência humana, ou seja, são elementos que colaboram para formar a cultura dentro de uma sociedade, são diversos os elementos como por exemplo: os ambientais, os psicológicos, sociológicos, históricos, etc; a cultura é estruturada, pois é composta de diversos valores que são estruturados dando-lhe estabilidade frente a possíveis mudanças; a cultura é formada de elementos que dão forma a cultura caracterizando-a, por exemplo: a organização social, a língua usada, as idéias religiosas, o sistema de ensino etc; a cultura é dinâmica pois vive em constante aperfeiçoamento, modificação etc; a cultura é variável porque os elementos da cultura não são iguais em todas as sociedades; a cultura é cumulativa pois contém elementos vindos dos antepassados e elementos novos que se incorporam a esses; a cultura é contínua vive se modificando mas não quebra a sua permanência na sociedade de origem; a cultura é um instrumento de adequação do homem ao ambiente, ou seja, o homem se integra ao meio em que vive através dos valores culturais. (Enciclopédia Barsa, 1972)

A cultura é importante na vida do ser humano, ela vem para formar a identidade pessoal e social do individuo. O homem fazendo parte de uma comunidade, sabendo o seu lugar, o seu espaço, as suas origens, estando integrado e interagindo em seu ambiente, sente-se inserido e fazendo parte da sociedade. A cultura de uma sociedade para que ela se perpetue, não adianta apenas ter lembrança dos fatos históricos, mas ela deve ser mantida viva, constante. A identidade cultural dos individuos depende de se manter vivo o patrimônio cultural e social.

A cultura é reconhecida como elemento significativo e importante para a construção da identidade do jovem. Por meio de experiências de integração e interação o jovem compartilha seus valores, projetos, crenças, idéias etc.

Como foi dito anteriormente a definição da palavra cultura depende da significação que se dá a ela. No sentido que se deseja enfatizar aqui, cultura são as características que determinam e distinguem os hábitos e costumes de um povo, de uma região, de uma comunidade, e que são passados de uma geração a outra para que não se perca. Hábitos e costumes no que se refere a: culinária, como as comidas típicas da região, assim como as frutas; as músicas e danças, os cultos religiosos; o linguajar; as lendas e mitos; as formas de subsistência da comunidade; e a própria história da região.

Há muito que se ler e refletir sobre as diversas formas de se conceituar cultura, o importante é que seja um assunto discutido, refletido e que esteja sempre presente nos debates educacionais.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Para Amélia Hanze, cultura é:

(... )”a vivência histórica de significados que um grupo conjuga e com o qual distingue seus componentes, as linguagens com as quais se manifestam os indicadores e as técnicas significativas, os valores, a fé e o gosto com os quais se coligam e a história que coletivamente constroem”.

A autora afirma que cultura é a construção histórica de significados, de técnicas, de valores e etc, construídos coletivamente.

Suzana Carmo (2005, p. 01) define cultura como: “o conjunto dos traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendidos os aspectos que se podem considerar como os mais cotidianos, os mais triviais ou os mais "inconfessáveis". Para Carmo cultura é algo bem particular de cada individuo dentro de uma sociedade, são aspectos que ocorrem diariamente e outros são bem internalizados.

Célio Turino (2006) a define como “uma composição de coisas, um pouco de entretenimento, de Belas Artes, de alta cultura, erudita, hermética, como também, a história, costumes, condutas, desejos, reflexões”. Para Turino cultura representa uma junção de coisas que vai desde uma visão clássica da cultura até uma mais popular como os desejos e a forma de se comportar.

Cool (2002) apud Silva concebe a cultura como:

“O conjunto de crenças, mitos, conhecimentos, instituições e práticas por meio dos quais uma sociedade afirma sua presença no mundo e garante sua reprodução e permanência no tempo. Ou seja, é um modo de vida que abrange toda a realidade existencial das pessoas e comunidades de uma sociedade, e não apenas as artes, o folclore e as crenças”

Para o autor, cultura é tudo que faz parte da existência da pessoa e asseguram sua existência e permanência na sociedade
Fala-se muito de cultura, mas nem todos sabem exatamente do que estão falando. Uma definição exata e definitiva seria muito difícil de obter, pois depende de alguns fatores, como: a visão sociológica, antropológica, filosófica, além do sentido que se quer da à cultura. É importante conhecer as definições de cultura, pois é através de nossa cultura que conhecemos nosso passado. Conhecer e entender esse passado dará a significação e a afirmação de nossa identidade cultural. A partir do entendimento de cultura teremos um caminho para conhecer e assimilar nossa história cultural.

Os conceitos sobre cultura são numerosos. e divergem em alguns pontos. Buscaremos algumas definições com uma finalidade meramente instrumental.

Para Coelho (1997, p.54) “Em su acepción más amplia, cultura nos remite a La idea de una forma que caracteriza al modo de vida de uma comunidad em su dimensión global, totalizante”. Em sua concepção Teixeira Coelho define cultura como tudo que faz parte totalmente da forma de vida de uma comunidade, estão inseridos nesse contexto: hábitos, costumes, valores, principios, manifestações e expressões culturais, dentre outros.

Arias (2002, p. 86) “La cultura es una forma de ser y hacer mediante la cual un pueblo construye los significantes, significaciones y sentidos de una forma de identidad propia, que lo distingue y diferencia de otros”. Para o autor, cultura é a construção social de significados que vão determinar o modo de vida das pessoas, identificando-os e distinguindo-os de outros.

Sonia Rodrigues (2008, p. 01), define cultura como “uma forma particular de ser, de estar, de viver e de sentir o mundo, onde está inserido uma somatória de costumes, tradições e valores”. Segundo a autora cultura é a forma própria de se viver o dia-a-dia revestido de uma identidade bem particular de costumes, tradições e valores

Para Barros (.2008, p. 20), “a cultura engloba os aspectos que definem a identidade de uma pessoa, dos grupos e das sociedades como valores, percepções, imagens, formas de expressão, comunicação”. O autor define cultura como algo ligado mais as interações e integrações sociais como os valores aprendidos, a forma como as pessoas de expressão e como elas se comunicam entre si.
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COMO FAZER UMA REDAÇÃO SOBRE MEIO AMBIENTE + EXEMPLO:

A preparação para a redação do Enem é complicada, afinal, o estudante deve estar pronto para defender argumentos sobre temas diversos. Uma dessas possibilidades é o meio ambiente, como apontamos neste artigo.

Então, coloque em prática todas as dicas acima, memorize algumas citações e leia com calma os exemplos de redação nota mil apresentados.

E claro: pratique semanalmente, inclusive, escrevendo uma redação sobre meio ambiente.

Dessa forma, você será capaz de conquistar uma boa nota independente do tema!
Em prol da sobrevivência, há milhares de anos, a caça e a pesca eram praticadas pelo homem. Hoje, em nome do Neoliberalismo, na atual conjuntura de perda dos sentimentos holísticos, desmatamos e poluímos a natureza na incessante busca do lucro, em detrimento do bem-estar da humanidade. Todavia, o homem parece ter esquecido que a natureza não é apenas mais um instrumento de alcance do desenvolvimento, mas a garantia de que é possível alcançá-lo.

Primeiramente, é importante ressaltar o papel do meio-ambiente para o desenvolvimento econômico de uma sociedade. É notório que a extração de recursos minerais e de combustíveis fósseis é fundamental para a atração de indústrias e consequentemente para a solidez do setor produtivo da economia. No entanto, o uso indiscriminado desses bens naturais pela grande maioria das empresas não pode mais continuar. Cabe aos governantes e à própria população exigirem das mesmas a aplicação de parte do lucro obtido na manutenção de suas áreas de exploração e não permitir o “nomadismo” dessas indústrias.

Nesse sentido, vale lembrar que os poderes político e econômico encontram-se intimamente ligados em uma relação desarmônica, que favorece o capital em detrimento do planeta em que vivemos. De fato, percebe-se que na atual conjuntura excludente, o poder do Estado Mínimo é medido de acordo com sua capacidade de atrair investimentos. Um exemplo disso é o grande número de incentivos fiscais e leis ambientais brandas adotados pela maioria dos países periféricos buscando atrair as indústrias dos países poluídos centrais. Enquanto isso, a população permanece alienada e inerte, não exigindo a prática da democracia, que deveria atuar para o povo e não para os macrogrupos neoliberais.

Além disso, cumpre questionar o papel da sociedade nesse paradoxo desenvolvimento- destruição ambiental. É fato que a maioria da população se mantém à margem das questões ambientais, por absorver, erroneamente, a falácia de que a tecnologia pode substituir a natureza. Desse modo, os consumidores tecnológicos passam a exigir mais do setor produtivo, que, por sua vez, passa a exaurir o meio-ambiente. Estabelece-se, assim, um círculo vicioso que tem como elo principal um bem finito, que, se quebrado, terá consequências desconhecidas e catastróficas para a humanidade.

Torna-se evidente, portanto, que o que vem ocorrendo na humanidade é apenas uma sucessão de conquistas e avanços na área tecnológica. O real desenvolvimento só será alcançado quando o homem utilizar a natureza de forma responsável e inteligente. Para tanto, é preciso que sejam criados mecanismos eficazes de fiscalização, sejam eles governamentais ou não. Além disso, deve haver por parte da mídia maior divulgação das questões ambientais, para que a população possa se mobilizar e agir exercendo seus direitos. Assim, estaremos de acordo com a teoria da seleção natural, em que o meio seleciona os mais aptos e não o contrário.

Exemplo de redação nota 1000: Enem 2008
"Homeostase ecológica" — Autoria desconhecida

Um estudo feito pelo respeitado cientista brasileiro Enéas Salati concluiu que a Amazônia tem importante papel na manutenção do ciclo hidrológico da área entre o oceano Atlântico e o Peru. A excessiva exploração sofrida pela floresta atualmente, portanto, pode degradar o ciclo e prejudicar safras agroindustriais, bem como a geração de energia hidrelétrica na região. Seja pelos prejuízos socioeconômicos ou por pura consciência ambiental, o fato é que já passamos da hora de agir. Nesse contexto, para garantir o equilíbrio financeiro e ecológico do país, são necessários o aumento da fiscalização e a aplicação de multas severas aos desmatamentos ilegais.

A importância ecológica da Amazônia para o Brasil e para o mundo é reconhecida por todos, leigos ou especialistas. Fauna e flora locais contêm espécies tão diversificadas quanto raras, elementos fundamentais em um sistema que, afetado, tem como consequência direta o desequilíbrio do ciclo hidrológico de uma região de milhares de quilômetros – e milhões de seres humanos. Sem dúvida, a manutenção de importantes atividades econômicas, como o agronegócio e a geração de energia hidrelétrica, só será possível se a floresta for mais respeitada, já que alterações no período de precipitações prejudicam as plantações de soja e cana-de-açúcar presentes no local, além de alterarem o funcionamento das usinas.

Tendo em vista tais perdas, é preciso elaborar medidas que garantam a proteção ambiental e o benefício humano. Uma solução é o aumento da fiscalização sobre a região da mata. Para isso, as forças armadas brasileiras podem exercer importante papel, tanto pela ocupação de certas áreas quanto por meio de sobrevoos, que permitiriam uma visão ampla. Da mesma forma, o poder público deve fazer controle severo na regulamentação de empresas instaladas no local, evitando a extração indevida dos recursos naturais. Nesse contexto, a aplicação de multas severas aos que promoverem o desmatamento ilegal seria imprescindível para a preservação da floresta.

Por maior que seja o esforço despendido nessas fiscalizações e punições, porém, seus efeitos seriam limitados devido à necessidade de cobertura de uma área tão extensa e densa. Nessa perspectiva, faz sentido pensar que o longo caminho para preservar o maior patrimônio brasileiro precisa de soluções complementares, como a criação de selos de qualidade para objetos feitos com madeira extraída legalmente da floresta. Isso pode propiciar uma espécie de boicote consciente da população a madeireiras ilegais e, assim, tornar mais justificada a desejável aceleração do processo de reflorestamento, outra medida imprescindível.

A questão do desequilíbrio do ciclo hidrológico amazônico, portanto, precisa ser encarada como prioritária pelo poder público e pela própria sociedade. Nesse enquadre, realmente eficiente seria promover uma profunda reeducação da população, ensinando a crianças e adultos os impactos provocados pela destruição da floresta. Campanhas na imprensa e projetos nas escolas poderiam ajudar na criação dessa consciência ambiental, que já faz parte do discurso cotidiano, mas ainda precisa se inserir de verdade nos hábitos e nas posturas de cada cidadão. Eis o nosso caminho para a homeostase ecológica.
Após incluir os parágrafos argumentativos, finalize a redação sobre meio ambiente apresentando uma proposta de intervenção para o problema abordado no tema.

Lembre-se que essa proposta deve conter solução, agente responsável, meio de resolução e objetivo final
Desenvolvimento
No desenvolvimento da sua redação sobre meio ambiente, você deve apresentar os argumentos para defender seu ponto de vista.

Para isso, você deve atentar-se na proposta principal do tema, em seu repertório sociocultural e nas possibilidades que deseja explorar durante o projeto de texto.

Por exemplo, no tema Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito? (de 2001), o aluno poderia apresentar a necessidade de mudanças ambientais para o desenvolvimento social, enquanto oferece soluções para reduzir os impactos provocados por essas ações.
Introdução
A introdução de uma redação sobre o meio ambiente pode ser feita através de analogias entre a realidade e o comportamento humano ideal. Para isso, vale utilizar legislações, notícias e até mesmo dados para compor essa parte.

Além disso, citações também podem ser utilizadas na introdução da sua redação, desde que estejam relacionadas com o tema central do texto e com os argumentos que serão defendidos.

Citações sobre meio ambiente
Separamos abaixo 12 exemplos de citações que podem ser utilizadas em uma redação sobre meio ambiente:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” — Constituição Federal de 1988
“Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente.” — Paul Watson
“O homem fez da Terra um inferno para os animais.” — Arthur Schopenhauer
“O homem é parte da natureza e a sua guerra contra a natureza é, inevitavelmente, uma guerra contra si mesmo.” — Rachel Carson
“Biodiversidade é a biblioteca das vidas.” — Thomas Lovejoy
“Ecologia sem luta de classes é jardinagem.” — Chico Mendes
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.” — Victor Hugo
“A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida.” — João Bosco
“A pior guerra é a guerra contínua contra a natureza, que é silenciosa, que destrói ao longo do tempo." — Fernando Henrique Cardoso (FHC)
“Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe.” — Francis Bacon
“O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.” — Demócrito
“Para a ganância, toda a natureza é insuficiente.” — Sêneca.
Sim! O meio ambiente já foi utilizado como tema da redação do Enem duas vezes:

Em 2001 - Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
Em 2008 - Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.
Ou seja, é uma temática que o exame procura explorar, tendo grandes chances de aparecer novamente, com uma nova proposta de abordagem.
Todo esse cenário faz a discussão em torno preservação ser ainda mais urgente, aquecendo o assunto e tornando-o uma das possibilidades de proposta de redação para o Enem.

Então, se você está se preparando para o exame, é essencial entender as diferentes abordagens para uma redação sobre meio ambiente e como explorá-las corretamente. Continue lendo este artigo para descobrir!

Aqui vamos abordar:
Meio ambiente já foi tema de redação do Enem?
Como se preparar para uma redação sobre meio ambiente?
Diferentes abordagens para a redação sobre meio ambiente
A estrutura ideal de uma redação sobre meio ambiente
Exemplos de redação sobre meio ambiente
Conclusão
Para escrever uma redação sobre meio ambiente (ou qualquer tema), o primeiro passo é desenvolver repertório sociocultural sobre o assunto.

Ou seja, é fundamental considerar durante os estudos essa possibilidade tema e já começar a acumular conhecimento sobre meio ambiente. Vale iniciar compreendendo o conceito e quais são os principais elementos que o compõem.

A partir disso, pesquise também as últimas notícias relacionadas ao tema, como questões de aquecimento global, desflorestamento, poluição da água e do ar, extinção de espécies, entre outros.
Meio ambiente é um assunto que aparece todos os anos no Enem, especialmente na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Mas, você já pensou se essa temática for cobrada na redação? Estaria preparado?

Uma redação sobre meio ambiente é uma possibilidade que surge todos os anos nos principais portais que discutem o Enem.

Contudo, com o crescente desmatamento dos últimos tempos, o assunto tem ainda mais chances de ser escolhido como tema de redação na próxima edição do exame.

Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos.
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