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Obra pré-modernista eivada de informações histórias e científicas, primeira grande interpretação da realidade brasileira, que, buscando compreender o meio áspero em que vivia o jagunço nordestino, denunciava uma campanha militar que investia contra o fanatismo religioso advindo da miséria e do abandono do homem do sertão. Trata-se de:
Sertão, de Coelho Neto
Os Sertões, de Euclides da Cunha
Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa
Pelo sertão, de Afonso Arinos
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Texto A: "O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros idéia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapé sinistro e aquele "sopapo" que deixava ver a trama das varas, como o esqueleto de um doente. Por que, ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um
No texto B o narrador expõe as lembranças de um personagem que, exilado de sua terra natal, conta a um interlocutor suas experiências em contato com a natureza tropical
No texto de Lima Barreto fica clara a acusação à indolência dos roceiros como a única responsável pela realidade do seu meio – opinião, de resto, partilhada por Monteiro Lobato em suas referências ao personagem Jeca Tatu
Ambos os textos são narrados em terceira pessoa. No primeiro, pelo discurso do narrador, passa a perspectiva de um personagem que, habituado aos grandes centros urbanos, choca-se com a pobreza dos subúrbios
Os dois textos tratam, em princípio, do espaço rural observado por personagens oriundos do espaço urbano e em crise com a falta de perspectiva nas cidades
No texto A, depreende-se, através do contato de um personagem citadino com a realidade rural, a perspectiva crítica dos problemas da população do campo
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"Crítico feroz do Modernismo, grande incentivador da disseminação da cultura, defensor dos valores e riquezas nacionais; conhecido, particularmente, pela sua grande obra infantil, em que se destacam os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo." O nome do autor a que se refere a afirmativa acima é:
Mário de Andrade
Monteiro Lobato
José Lins do Rego
Cassiano Ricardo
Lima Barreto
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O autor de Triste fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste o seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente. O autor descrito acima é:
Graciliano Ramos
Graça Aranha
Manuel Bandeira
Euclides da Cunha
Lima Barreto
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"Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condenava? matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – t
engloba toda a produção literária que se fez antes do Modernismo.
prepara pela irreverência de sua linguagem as conquistas estilísticas do Modernismo.
desenvolve temas do nacionalismo e se liga às vanguardas europeias.
se preocupa com o estudo das raças e das culturas formadoras do nordestino brasileiro.
antecipa temática e formalmente as manifestações modernistas.
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Da personagem que dá título ao romance, podemos afirmar que:
foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras.
perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira.
defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte justamente pelos valores que defendia.
foi considerado traidor da pátria, porque participou da conspiração contra Floriano Peixoto.
era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que o cercavam.
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"Só ele não fala, não canta, não ri, não ama. Só ele, no meio de tanta vida, não vive." Os comentários acima são endereçados por Monteiro Lobato:
ao paulistano
ao sertão
ao menor
ao nordestino
ao caboclo
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Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
o estilo conservador do antigo regionalismo romântico.
a expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira.
a prática de um experimentalismo linguístico radical.
a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
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"Como quem esmigalha protozoários Meti todos os dedos mercenários... Na consciência daquela multidão... E, em vez de achar a luz que os céus inflama, Somente achei moléculas de lama E a mosca alegre da putrefação!" Esses versos apresentam em conjunto características relativas a ritmo, métrica, vocabulário, sintaxe e figuras de linguagem, tornando possível a identificação de um estilo mesclado de dois estilos artísticos diferentes. Esse estilo foi marca inconfundível de um autor brasileiro que os crít
O autor é Augusto dos Anjos e os estilos mesclados são Simbolismo e Naturalismo.
O autor é Machado de Assis e os estilos mesclados são Realismo e Modernismo.
O autor é Sousândrade e os estilos mesclados são Romantismo e Modernismo.
O autor é José de Alencar da última fase e os estilos mesclados são Romantismo e Realismo.
O autor é Castro Alves e os estilos mesclados são Romantismo e Realismo.
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Lima Barreto é um autor que se caracteriza por criar tipos:
aristocratas, ligados ao campo.
aristocratas, ligados à cidade.
rústicos, ligados ao campo.
populares, ligados ao subúrbio.
burgueses, ligados à cidade.
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Na figura de ....., Monteiro Lobato criou o símbolo do brasileiro abandonado ao seu atraso e miséria pelos poderes públicos.
O Cabeleira
Blau Nunes
Jeca Tatu
Augusto Matraga
João Miramar
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A obra pré-modernista de Euclides da Cunha situa-se entre a ..... e a ..... .
Arte - Filosofia
História - Psicologia
Literatura - Sociologia
Teologia - Geologia
Geografia - Economia
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"Triste a escutar, pancada por pancada. A sucessividade dos segundos, Ouço em sons subterrâneos, do orbe oriundos, O choro da energia abandonada." A crítica reconhece na poesia de Augusto dos Anjos, como exemplifica a estrofe, a forte presença de uma dimensão:
patológica
niilista
metafísica
estética
cósmica
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Uma atitude comum caracteriza a postura literária de autores pré-modernistas, a exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Pode ela ser definida como:
uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira.
a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e realistas.
a necessidade de fazer crítica social, já que o Realismo havia sido ineficaz nessa matéria.
aproveitamento estético do que havia de melhor na herança literária brasileira, desde suas primeiras manifestações.
pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa literatura, que julgavam por demais europeizada.
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Assinale a alternativa incorreta.
A importância da obra de Lima Barreto situa-se no plano do conteúdo, a partir do qual se revela seu caráter polêmico; a linguagem descuidada, porém, revela pouca consciência estética, em virtude de sua formação literária precária.
O estilo parnasiano permanece influenciando autores e caracterizando boa parte da obra poética escrita durante o período pré-modernista.
Nos primeiros vinte anos deste século, a produção literária brasileira é marcada por diversidades, abrangendo, ao mesmo tempo, obras que questionam a realidade social e obras voltadas para os lugares-comuns herdados de autores anteriores.
Pode-se afirmar que um dos traços modernos de Euclides da Cunha é o compromisso com os problemas de seu tempo.
Graça Aranha faz parte do conjunto mais significativo de escritores do Pré-Modernismo. Nos anos anteriores à Semana de Arte Moderna, Graça Aranha interveio a favor da renovação artística a que se propunham os escritores modernistas.
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São todas características do Pré-Modernismo, exceto:
O Pré-Modernismo sobrepôs-se ao Parnasianismo, escola literária vigente em meados do século XX, gozando de amplo prestígio entre as camadas mais cultas da sociedade.
É considerada literatura pré-modernista tudo o que, nas primeiras décadas do século XX, problematiza a realidade social e cultural do Brasil.
A busca por uma linguagem mais simples e coloquial é uma das preocupações dos escritores pré-modernistas, especialmente do escritor Lima Barreto, um de seus principais representantes.
O período pré-modernista foi marcado pela convivência entre várias tendências artísticas, ocasionando uma espécie de sincretismo cultural.
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Na prosa, um dos principais representantes do Pré-Modernismo foi ____________________, cujas principais características são a fina ironia e a preocupação com o quadro político e social de sua época. Na poesia, ____________________ destacou-se pela originalidade e pelo ____________________ de sua única obra publicada em vida, o livro Eu.
Augusto dos Anjos/Euclides da Cunha/simbolismo.
Machado de Assis/Manuel Bandeira/lirismo.
Monteiro Lobato/Oswald de Andrade/antilirismo.
Lima Barreto/Augusto dos Anjos/antilirismo.
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Assinale a alternativa incorreta sobre o Pré-Modernismo:
Nos romances de Lima Barreto observa-se, além da crítica social, a crítica ao academicismo e à linguagem empolada e vazia dos parnasianos, traço que revela a postura moderna do escritor.
Tanto Lima Barreto quanto Monteiro Lobato são nomes significativos da literatura pré-modernista produzida nos primeiros anos do século XX, pois problematizam a realidade cultural e social do Brasil.
Não se caracterizou como uma escola literária com princípios estéticos bem delimitados, mas como um período de prefiguração das inovações temáticas e linguísticas do Modernismo.
Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia.
Euclides da Cunha, com a obra "Os Sertões", ultrapassa o relato meramente documental da batalha de Canudos para fixar-se em problemas humanos e revelar a face trágica da nação brasileira.
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Com a obra Os Sertões (1902), Euclides da Cunha foi um escritor pré-modernista pioneiro ao aproximar a literatura e a história quando recriou literariamente o sangrento conflito da Guerra de Canudos (1897). Além de retratar os conflitos ocorridos durante o período, o autor atribuiu maior destaque a três principais aspectos:
A escravidão, o povo e a luta;
O homem, a luta, a guerra;
A terra, o homem e a luta;
O sertão, o homem, a luta.
O povo, a raça e a luta;
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A obra de Lima Barreto, escritor pré-modernista, é marcada pela análise e descrição da vida:
dos trabalhadores dos cafezais do interior de São Paulo, mais precisamente da região do Vale do Paraíba;
nos grandes centros urbanos, retratando os subúrbios os quais eram, até então, ignorados pela elite cultural brasileira;
da elite carioca, sobretudo dos artistas vanguardistas, como Tarsila do Amaral e Mário de Andrade.
no sertão do Brasil, retratando a seca e os conflitos ocasionados pela disputa de terras;
e da cultura do Rio Grande do Sul, na região dos Pampas.