10 Curiosidades sobre o filme da Pocahontas

O filme é o 33º da produtora de animação, mas este marca a primeira vez que se baseia em uma figura histórica. "Estamos contando a história autêntica de Pocahontas – embora tenhamos feito algumas adaptações", revela Roy Disney, sobrinho de Walt Disney e executivo da The Walt Disney Company, no documentário. Essa abordagem trouxe um grande desafio para o animador Glen Keane. Após anos de trabalho com contos de fadas e mundos imaginários, agora ele tinha que animar uma pessoa que realmente existiu. Para se aprofundar na pesquisa e obter mais detalhes, Keane fez uma viagem a Jamestown, na Virgínia, nos Estados Unidos, a fim de visitar o local onde os acontecimentos ocorreram.

Mike Gabriel e Eric Goldberg, que dirigiram a animação, estavam determinados a que o filme capturasse a essência dos povos indígenas da América do Norte. Para isso, procuraram a orientação de especialistas, historiadores e líderes comunitários. Russell Means, que deu voz ao chefe Powhatan e pai de Pocahontas na versão em inglês, era um ativista dos direitos dos nativos americanos. No documentário, ele revela que os diretores buscaram sua opinião e que puderam enriquecer o projeto com suas contribuições. “Fiquei impressionado com o início do filme quando li o roteiro”, comentou. Means também destacou que “Creio que este é o melhor trabalho sobre os nativos americanos produzido por Hollywood até hoje”.

O longa conta com sete canções originais, todas elaboradas pelo ganhador do Oscar, Alan Menken, em colaboração com o letrista premiado com o Tony Award, Stephen Schwartz. Antes de desenvolver as músicas, eles analisaram o roteiro do filme. Schwartz relembrou no documentário: "Observamos toda a narrativa e pensamos: 'acho que precisamos de uma música neste momento' ou 'seria interessante ter uma canção para o vilão'." A primeira canção composta foi "Colors in the Wind" ("Cores do Vento" em português), que se tornou uma das favoritas dos admiradores de Pocahontas. Menken afirma: "Essa música transformou tudo. Existe uma forma pela qual uma canção pode impactar a narrativa de maneira significativa, e essa foi uma canção extremamente relevante."

A produção de Pocahontas durou cinco anos. De acordo com os animadores que participaram do projeto, este foi um dos filmes de animação mais desafiadores da Disney, devido à complexidade das cores e das expressões faciais. A produção começou simultaneamente com a de O Rei Leão (1994). Ao serem convidados a escolher entre os dois projetos, muitos animadores optaram por Pocahontas, acreditando que este tinha um prestígio superior. Havia a expectativa de que o filme pudesse até receber uma indicação ao Oscar de melhor filme, seguindo o exemplo de A Bela e a Fera (1991).

Pocahontas contou com a contribuição de 55 animadores para desenvolver sua estética. Ela é frequentemente mencionada como uma das figuras mais bonitas e autênticas entre todas as personagens das produções de animação da Disney.

John Pomeroy, que supervisionou a animação do personagem John Smith, assistiu a várias produções com Errol Flynn para replicar seus gestos. Após finalizar sua parte, mais 14 animadores foram recrutados para trazer o personagem à vida.

A atriz Irene Bedard, que deu voz a Pocahontas, serviu também de modelo físico para a personagem.

Sua pré-estreia ocorreu em 10 de junho de 1995 e reuniu cerca de 100 mil pessoas no Central Park, em Nova York.

Depois da estreia do filme, numerosos fãs ao redor do planeta se encantaram com Meeko e Flit, os dois leais amigos animais da princesa. No entanto, poucos têm conhecimento de que o adorado guaxinim esteve muito perto de ser retirado da animação. A princípio, a proposta era incluir três personagens acompanhando Pocahontas: Meeko, Flit e um peru chamado Readfather.

Normalmente, a Disney não é de incluir mães em suas animações. Contudo, a proposta inicial era trazer a mãe de Pocahontas para o seu filme, desafiando a tradição do estúdio. A situação se alterou após a equipe de produção realizar pesquisas e descobrir que Amonute, a verdadeira Pocahontas, não convivia com a mãe com frequência. Assim, decidiram remover a personagem, mantendo a princesa apenas com a figura paterna, buscando uma representação mais fiel aos fatos históricos.

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