10 CURIOSIDADES SOBRE OS BASTIDORES DE “OS VINGADORES”!

Para muitos, Joss Whedon é o pináculo da figura nerd na cultura pop, sobretudo no cinema e na televisão. O artista responsável por séries como Buffy: A Caçadora de Vampiros, Angel e Firefly já vinha sendo sondado para trabalhar em filmes de super-heróis, tendo inclusive escrito algumas HQs no passado (sobretudo dos X-Men). Após pouca procura, Kevin Feige conseguiu com que ele assinasse o contrato.

Whedon se influenciou fortemente nas histórias da equipe na década de 60, compondo um filme muito interessante do ponto de vista dos heróis inseridos. De forma peculiar, o longa foi se modificando ao longo das gravações, de forma que vários elementos foram incorporados aos poucos, como a presença de personagens secundários como Pepper Potts e Erik Selvig, já que ele queria que, de início, a equipe se formasse de modo isolado.

Curiosamente, muita coisa gravada para o filme foi deixada de fora. Um exemplo bem claro disso está na participação especial de Stan Lee, o famoso criador de quadrinhos da Marvel Comics, que constantemente faz cameos em filmes de super-heróis da editora. Originalmente, o lendário quadrinista teria não apenas uma, mas duas cenas nas quais apareceria no filme.

A que vemos no corte final é justamente dele em uma televisão, falando alguma frase irônica sobre a existência de super-heróis em Nova York. Contudo, ele deveria aparecer bem antes, em uma cena com o Capitão América, no qual ele dá alguns conselhos amorosos para Steve Rogers, enquanto o soldado flerta com uma garçonete em um restaurante.

Por falar em material deletado, o Sentinela da Liberdade parece ser quem mais sofreu com isso. De acordo com Joss Whedon, o corte inicial do filme tinha mais de três horas de duração, e boa parte da trama serviria para mostrar o Capitão América se ajustando ao presente, após anos congelado durante o final de Capitão América: O Primeiro Vingador.

Cerca de trinta minutos desse corte foram removidos, e boa parte encontra-se no Blu-Ray do filme, incluindo um começo alternativo que mostraria a agente Maria Hill sendo interrogada após a Batalha de Manhattan (e que foi removido pois iniciava o filme de maneira muito sombria). Contudo, as cenas que dizem respeito à vida civil de Steve Rogers acabaram sendo reaproveitadas. De acordo com Chris Evans, elas serviram de base para alguns momentos de Capitão América: O Soldado Invernal.

Se você já leu nossa lista de bastidores de O Incrível Hulk, sabe que o plano original era trazer o ator Mark Ruffalo para interpretar o grandioso Gigante Esmeralda. Contudo, o estúdio acabou optando por Edward Norton, que se provou um pesadelo para a equipe durante as gravações do filme, por fazer constantes mudanças no roteiro e ter atritos com o diretor do filme, Louis Leterrier.

Sabendo que a situação não poderia continuar desse jeito, Joss Whedon acabou escalando o próprio Ruffalo para interpretar o Hulk em Os Vingadores, embora tenhamos ouvido rumores de que Joaquin Phoenix estava em negociações para interpretar o personagem. Além disso, é a primeira vez que notamos uma forte semelhança entre Bruce Banner e seu alter-ego destrutivo, já que as empresas de efeitos visuais se dedicaram ao máximo para que o público pudesse reconhecer o ator no monstro digital.

Inicialmente, Joss Whedon pretendia trazer a versão original da equipe para os cinemas, inserindo o Homem-Formiga e a Vespa. A única pessoa "de fora" da equipe original seria o Capitão América. Contudo, a Marvel não topou inserir o Homem-Formiga antes que ele próprio ganhasse seu filme solo - o que só aconteceu três anos depois.

A Vespa acabou permanecendo no esboço inicial do filme, mas como os cineastas sentiram que não faria sentido introduzi-la sem o Homem-Formiga, ela acabou sendo substituída pela Viúva Negra, que já havia sido estabelecida em Homem de Ferro 2. Além dela, entrou para a trama o Gavião Arqueiro, que tinha feito apenas uma breve participação no filme solo do Thor.

O Gavião Arqueiro pode ser uma peça essencial para a trama do primeiro filme da equipe, mas nem todos os fãs ficaram satisfeitos com sua apresentação, e certamente o próprio Jeremy Renner, que interpreta o herói nos cinemas, foi um deles. Originalmente, conheceríamos bastante do passado de Clint Barton, incluindo suas origens no circo e sua admissão na S.H.I.E.L.D., mas isso teve que ser cortado para que o filme não ficasse muito longo.

Além disso, o próprio ator reclamou do fato que o Gavião Arqueiro passa quase a metade do filme ao lado do vilão, e não tem tanta interação com outros heróis além da Viúva Negra e de Nick Fury. Isso fez com que Joss Whedon inserisse mais tramas para o personagem na continuação, onde descobrimos toda a vida secreta de Clint.

A Batalha de Manhattan é uma das sequências mais memoráveis de filmes de super-heróis de toda a história, devido à sua épica escala e à forma como os Heróis Mais Poderosos da Terra precisam se aliar no terreno novaiorquino para enfrentar toda a invasão Chitauri. Claro que isso demandou um uso absurdo e sem precedentes de efeitos visuais, para que tudo fosse o mais realista possível.

Porém, o sucesso da cena veio do próprio roteiro. De acordo com Joss Whedon, todo o terceiro ato do filme foi escrito como um filme à parte, e possui três atos separados. O começo, onde a ameaça surge e os heróis precisam lutar; o meio, onde eles já conseguem conter a maior parte da invasão; e o clímax, onde eles sofrem um revés (o lançamento da ogiva nuclear) e precisam dar tudo de si para salvar o mundo.

Apresentado como antagonista principal de Thor, Loki foi escolhido para bancar o vilão da continuação, principalmente devido ao carisma de Tom Hiddleston - bem como a ligação do Deus da Trapaça com a formação dos Vingadores, nos quadrinhos. Além disso, isso abriria a possibilidade de explorar um outro vilão - que falaremos no item seguinte.

Mas como Loki sozinho não era o suficiente para conduzir a grandiosidade da trama, a Marvel Studios também optou por inserir os Chitauri, uma raça alienígena nascida no Universo Ultimate, onde nada mais eram que uma versão paralela dos alienígenas transmorfos conhecidos como Skrulls. Embora muitos achassem que isso significava a presença da raça no filme, Joss Whedon se negou, dizendo que era "cedo demais" para inserir uma raça inteira capaz de mudar sua forma física.

O filme marca a primeira participação de Thanos em todo o Universo Cinematográfico da Marvel. E se atualmente o vilão é interpretado graças à captura de movimentos e CGI por Josh Brolin, na época, quem viveu o antagonista foi o ator e dublê Damion Poitier, que posteriormente trabalhou até em Capitão América: Guerra Civil. No filme, ele foi criado principalmente com próteses e maquiagem, devido à sua breve aparição.

A ideia de inserir o vilão no filme veio do próprio Joss Whedon, já que a franquia estava começando a lidar com as Joias do Infinito e ele considerava o Titã Louco a maior ameaça a ser enfrentada pelos Vingadores. Além disso, o filme é (antes de Guerra Infinita) o longa a trazer a maior quantidade de Joias do Infinito inseridas em si, já que temos o Tesseract (a Joia do Espaço) e a gema no Cetro de Loki (a Joia da Mente).

A última cena pós-créditos do filme pode parecer apenas uma piada para alguns, mas ela teve toda uma construção bem peculiar durante as gravações do filme. Além de fazer referência a um momento citado durante a Batalha de Manhattan, a reunião dos heróis para comerem shawarma foi sugerida por Robert Downey Jr., e foi inserida no longa um dia após sua premiére mundial.

Isso significa que a cena foi gravada muito tempo depois que os atores já tinham encerrado sua participação central no filme. Por conta disso, o próprio Chris Evans estava com a barba grande e o cabelo curto, devido às gravações de Expresso do Amanhã. Para que não causasse erros de continuidade na trama, o ator teve que colocar uma peruca e passou a cena inteira com uma das mãos em seu rosto, para esconder a barba. Funcionou melhor que muito CGI por aí...