10 novelas da Rede Globo que fracassaram na audiência na década de 2010.
A Rede Globo é muito conhecida pela suas novelas aclamadas pela critica e com altos índices de audiência. Porém, ainda sim tiveram tramas que não caíram na boca do povo, ficando abaixo da média e perdendo até mesmo para concorrência. A década de 2010, apesar de termos tido enormes sucessos, foi a época em que a Globo mais sofreu com audiência. Confira nessa lista 10 novelas que fracassaram na audiência da Rede Globo na década de 2010. Tenham em mente que muitas novelas ficaram de fora, mas se vocês quiserem, eu posso fazer mais partes, falando de outras emissoras ou até mesmo outras décadas.
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Lado A Lado (2012)
Começando a nossa lista, temos uma prova viva de que audiência não define qualidade. Escrita por Claudia Lage e João Ximenes Braga para o horário das 18h em 2012, Lado a Lado arrancou elogios da crítica e do público. Com um elenco de estrelas como Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Marjorie Estiano e Patricia Pillar, a trama apesar de ter uma qualidade que merece ser reconhecida não rendeu bons índices para a Rede Globo. Em uma época em que a meta para a faixa das 6 era de 25 pontos (Hoje em dia é 20), a novela fechou com uma média final de desmerecidos 18 pontos de audiência. Mesmo tendo essa baixa, a novela é até hoje muito lembrada pela qualidade e chegou a ganhar o troféu Emmy internacional de melhor novela em 2013, ganhando da favoritíssima Avenida Brasil.
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A Vida Da Gente (2011)
Mais um exemplo de novela boa com audiência baixa. Marcando a estréia de Lícia Manzo como novelista, A Vida da Gente contava o drama da tenista Ana (Fernanda Vasconcelos), que após sofrer um acidente com sua irmã Manuela (Marjorie Estiano) e ficar 10 anos em coma sem ver a filha crescer, acorda e se depara com a sua vida de cabeça para baixo. Apesar do texto magnifico e muitas pessoas requisitando a reprise da novela, a trama não obteve o mesmo sucesso da sua antecessora Cordel Encantado. Quando a meta ainda era 25 pontos, A Vida da Gente amargurou 21 pontos no ibope.
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A Lei do Amor (2016)
Ao contrario de Lado a Lado e A Vida da Gente, não há como defender a audiência de A Lei do Amor. Escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari e (porcamente) dirigida por Denise Saraceni, a trama foi exibida na faixa das 9 entre 2016 e 2017, uma época em que a faixa sofria uma crise de audiência após 3 fracassos. A segunda fase sonífera, personagens pouco cativantes e um casal central fraco, chato e sem química, fez com que A Lei do Amor, em um período em que a média do horário nobre era 35 pontos, fechasse com apenas 27 pontos de audiência, a segunda menor audiência do horário nobre na década de 2010. Felizmente, após essa bomba, Glória Perez entrou com o pé na porta e salvou a faixa com a esplêndida A Força do Querer
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Além do Horizonte (2013)
Escrita por Carlos Gregório e Marcos Bernstein e exibida na faixa das 7 entre 2013 e 2014, Além Do Horizonte contava a história de Lili (Juliana Paiva), Rafa (Vínicios Reed) e William (Thiago Rodrigues), que após seus entes queridos desaparecerem sem explicação, se unem para tentar achá-los. A suspeita é que eles tenham sido levados pela a associação ''O Grupo'', que defende que ''a felicidade está além do horizonte''. Com uma trama inicial até que interessante, mas sem os elementos de um folhetim, parecendo mais um série do que uma novela, e passando por diversas alterações em nome da audiência que acabou deixou a trama desfigurada, Além do Horizonte fechou com míseros 20 pontos de audiência, quando a meta para o horário das 7 era de 30 pontos. O flop foi tão grande que grande parte do elenco da trama foi boicotado. Marcos Bernstein conseguiu se reerguer ao escrever a ótima ''Orgulho e Paixão'' em 2018, já Carlos Gregório dificilmente volta para a televisão.
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Em Família (2014)
Entrando na linha de Manoel Carlos, temos a novela Em Família, exibida em 2014 na faixa das 9. Na minha opinião, essa é a pior novela da década de 2010. Foi realmente difícil apontar uma qualidade nesse desastre. Mas a qualidade não nos interessa aqui no momento. O que importa é a audiência. Nessa trama, Helena (Julia Lemmertz) vive conflitos com a filha Luisa (Bruna Marquezine), que se apaixonou pelo perturbado Laerte (Gabriel Braga Nunes), um músico que teve um passado obscuro com Helena. Com a trama central pouco interessante em todas as fases, a péssima direção de Jayme Monjardim e sua equivocada escalação do elenco, núcleo periférico mal abordado e merchandising social pouco efetivo, Em Família, em uma época em que a meta para o horário das 9 era de 40 pontos, fechou com apenas 30 pontos de audiência. A única coisa de interessante que eu posso apontar de bom nesse escandalo foi o casal lésbico vivido por Giovanna Antonelli e Tainá Müller. Coube a Aguinaldo Silva reerguer a faixa com Império.
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Geração Brasil (2014)
Exibida em 2014 como novela das 7, Geração Brasil criou muito expectativa antes de sua estreia por ser de autoria da dupla Filipe Miguez e Isabel de Oliveira, autores do grande sucesso Cheias De Charme. O primeiro capítulo movimentou a internet. Porém o que se viu depois foi a audiência despencando. A pressão da TV Globo com a novela era intensa, visto que ela sucedeu o grande fracasso de Além do Horizonte. Com a trama que focava na tecnologia, a emissora esperava que ela reerguesse a faixa das 7. Porém ela não conseguiu isso, pelo contrario, conseguiu afundar ainda mais o horário. Ainda com a meta de 30 pontos exigidos pela Globo, Geração Brasil fechou com baixíssimos 19 pontos, a menor audiência das 7 na década de 2010 e uma das mais baixas da história da Globo. Isabel de Oliveira se uniu anos depois com Paula Amaral, colaboradora de Cheias de Charme e escreveu junto com Paula a novela Verão 90, novamente para as 7 em 2019, que obteve sucesso. Filipe Miguez não escreveu mais novelas após Geração Brasil.
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Guerra dos Sexos (2012)
Chegando ao mundo de Silvio De Abreu, temos Guerra dos Sexos, exibida em 2012 no horario das sete. Foi um remake do grande sucesso de Silvio de Abreu, "Guerra dos Sexos", que foi ao ar em 1983. Com figuras de peso como Tony Ramos e Mariana Ximenes, a novela teve a grande responsabilidade de substituir o grande fenômeno Cheias de Charme. O erro de Silvio de Abreu na minha humilde opinião foi não ter mexido na trama. A original foi escrita tendo como base as lutas feministas da década de 80. Esse é um elemento que embora esteja presente nos dias atuais, não configura a mesma base da original, o que deixou a trama sem nexo. Com isso, a audiência não foi boa. Seus recordes negativos foram nas festas de fim de ano. Na véspera de Ano Novo, Guerra dos Sexos marcou apenas 16 pontos. A trama terminou com 23 pontos de média geral, quando a meta para o horário das 7 era de 30 pontos.
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Salve Jorge (2012)
Exibida entre 2012 e 2013 e escrita por Glória Perez, Salve Jorge é uma novela que divide opiniões. Tem quem gosta e quem odeia. Eu pessoalmente acho uma novela boa, porém com algumas falhas. A trama contava a história da favelada Morena (Nanda Costa), que após receber uma proposta de emprego para trabalhar na Turquia na cidade de Istambul, proposta essa feita por Lívia (Cláudia Raia) e Wanda (Totia Meireles), deixa a mãe Lucimar (Dira Paes) e o filho Junior (João Victor Castro) para ganhar dinheiro fácil no exterior. O que ela não sabia é que aquela proposta era uma armação de Lívia e Wanda para traficar Morena como uma prostituta. Existem pessoas que apontam como o motivo do fracasso o fato da trama ter substituído a fenomenal Avenida Brasil de João Emanuel Carneiro. Outros apontam os furos de roteiro, a quantidade exagerada de membros no elenco, atores desperdiçados e a direção equivocada de Marcos Schechtman como causas do fracasso. O fato é que Salve Jorge terminou com audiência baixa. Sua média geral foi de 34 pontos, quando a meta exigida pela Globo para as 9 era de 40 pontos
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A Regra do Jogo (2015)
Falando em João Emanuel Carneiro, o autor também teve seu momento flop da década. Assim como Salve Jorge, A Regra do Jogo, exibida entre 2015 e 2016 na faixa das nove é uma novela que divide opiniões. Há pessoas que gostam e outras que odeiam. Eu pessoalmente gosto de A Regra do Jogo, mas ela tem suas falhas assim como qualquer outra novela. A sua estreia foi muito aguardada, tanto por ser a primeira novela do autor depois de Avenida Brasil quanto pelo fracasso de sua antecessora na faixa, a novela Babilônia. Pessoalmente eu acho que o erro de A Regra do Jogo foi o fato dela ter sido vendida como uma nova Avenida Brasil, o que gerou muita expectativa em cima da trama, que contava a história de Tóia (Vanessa Giácomo), uma mulher que vive um romance com Juliano (Cauã Reymond), filho de um dos chefes da maior facção criminosa do Rio De Janeiro. a história também abordou o caráter duvidoso de Romero (Alexandre Nero), que antes era visto como um homem do povo, mas que também faz parte da facção. Ele também era alvo da golpista Atena (Giovanna Antonelli). Uma falha que eu posso citar é a dos núcleos paralelos da trama, que eram desinteressantes. Com a expectativa da Globo de que A Regra do Jogo levantasse as 9 em audiência, a novela terminou em baixa. Ela teve 29 pontos de média, quando a meta do horário nobre era de 35 pontos.
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Babilônia (2015)
Por fim, temos a desastrosa antecessora de A Regra do Jogo. A novela Babilônia, escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. A novela contava a história de Beatriz (Glória Pires), uma mulher rica e muito poderosa, Inês (Adriana Esteves), ex-amiga de Beatriz que nunca se contentou com a vida miserável que levou, e Regina (Camila Pitanga), uma mulher batalhadora que sonha em encontrar o assassino de seu pai. Após a enorme expectativa antes da estreia da novela, a audiência de Babilônia despencou de forma brusca logo em sua primeira semana. Ela perdia diariamente na audiência para Verdades Secretas, I Love Paraisópolis, e por vezes até para a reprise de O Rei do Gado no Vale a Pena Ver de Novo. A audiência era tão baixa que só nos primeiros dois meses de exibição da trama, a Globo relançou a novela duas vezes, sendo essas duas vezes em um intervalo de 2 semanas. Por mais que diversas mudanças tenham sido feitas para salvar Babilônia do fracasso, ela terminou com uma audiência baixíssima e é considerada por muitos a pior novela de todos os tempos. Quando a meta do horário era 35 pontos, Babilônia terminou com 25 pontos de média geral, configurando um fracasso total.