Independência á república: Desconstruindo heróis

Independência á república: Desconstruindo heróis

Aqui você descobrirá mais sobre os feitos dos grandes "heróis" da independência á república e também um pouco sobre suas vidas. Nesse artigo falaremos de: Duque de Caxias, José de Alencar e Tiradentes

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Brenda Santos

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Duque de Caxias

Luiz morreu em 1880 e os seus restos mortais, bem como os da sua família, repousam no Panteão em Caxias. A data do seu aniversário natalício, 25 de agosto, é comemorado como o Dia do Soldado, no Brasil, e desde 1962 que Luís Lima e Silva, Duque de Caxias, é o patrono do Exército Brasileiro.
Em 1837, com 34 anos, Luís Alves foi promovido a Tenente-Coronel, em seguida, deixou o comando da Guarda Permanente. Em 1839, foi nomeado "comandante-geral das forças militares do Maranhão" e "presidente da Província". Sua missão: sufocar a revolta dos que se opunham ao governo provincial e ocupavam a cidade de Caxias. Conhecida como “Balaiada”, a campanha de Luís Alves de Lima e Silva saiu vitoriosa. Em 1841, ao voltar ao Rio de Janeiro, Luís Alves foi promovido a General-Brigadeiro e recebeu o título de “Barão de Caxias”, referência à cidade que conseguiu pacificar. E dai veio seu nome "Duque de Caxias"
em 1822, organizou a Guarda Imperial de D. Pedro I. O batismo de fogo teve lugar no ano seguinte, ao entrar em campanha para combater na Baía. Depois disso, tomou parte nas ações militares da Balaiada, no Maranhão, em 1837. O papel que desempenhou, na resolução do conflito, valeu-lhe o título de Barão de Caxias. Foi nomeado para Presidente da Província do Maranhão e Comandante das Forças Militares. Em 1824, quando decorria a Guerra dos Farrapos, recebeu o título de Marechal de Campo. Passou a ocupar o cargo de Presidente do Rio Grande do Sul. A sua ação militar e diplomática levou à assinatura da Paz de Ponche Verde em 1845, que pôs fim ao conflito. Foi feito Conde de Caxias.
Sucedem-se as nomeações para senador e o cargo de Ministro da Guerra por três vezes na segunda metade do século XIX. O conflito com o Paraguai, em 1866, em que chegou a tomar a cidade de Assunção, valeu-lhe o título de duque, o único atribuído durante a época imperial.
Entre 1809 e 1817, Luís Alves começou a estudar no Seminário São Joaquim (hoje Colégio Pedro II). 1818, Luís Alves ingressou na Escola Militar do Largo do São Francisco, onde permaneceu até 1821, Passou para os postos de cadete, alferes e tenente. Quando concluiu o curso, foi incorporado ao 1.º Batalhão de Fuzileiros.
Em 1822, quando o Brasil tornou-se independente, Luís Alves ingressou no “Batalhão do Imperador”, comandado por seu tio José Joaquim de Lima e Silva. Em 1823, participou da luta no combate aos soldados portugueses da Bahia que relutavam a aceitar a Independência do país, e logo após a sua vitória foi nomeado capitão. Aos 21 anos recebeu a “Imperial Ordem do Cruzeiro”, das mãos de D. Pedro I. e entre outras conquistas ao longo dos anos.
Luís Alves de Lima e Silva, conhecido como Duque de Caxias nasceu na fazenda São Paulo, no Taquaraçu, próximo da Vila Estrela, hoje "município de Duque de Caxias", Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803. Filho de Francisco de Lima e Silva e de Cândida de Oliveira Belo cresceu em meio a uma família de militares.
1. Duque de Caxias
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Tiradentes

Tiradentes foi enforcado no Largo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, no dia 21 de abril de 1792. O seu corpo foi esquartejado, a sua cabeça exposta em Vila Rica e os seus membros espalhados em postes no caminho entre Minas e o Rio de Janeiro.
No dia 10 de maio de 1789, a casa de Domingos Fernandes da Cruz, onde Tiradentes se encontrava, foi cercada e Tiradentes foi preso.
Dias depois, em Vila Rica, os seus companheiros também foram detidos, e iniciou-se a investigação e o processo dos acusados. No dia 4 de julho, Cláudio Manuel da Costa foi encontrado enforcado na cela. No dia 22 de maio, na primeira audiência da devassa, Tiradentes é interrogado. No dia 18 de janeiro de 1790, diante do quarto interrogatório, Tiradentes confessa a conspiração e assume toda a responsabilidade, como comprovam as atas do processo.
A Inconfidência Mineira, como ficou conhecida a rebelião - já que os revoltosos estavam negando fidelidade à Coroa portuguesa -, foi planejada. Um projeto de constituição chegou a ser efetivamente redigido.
A nova capital, sugerida pelos inconfidentes, deveria ser São João Del-Rei.
Tiradentes propõe que a bandeira da Nova República seja um triângulo vermelho com fundo branco, simbolizando a Santíssima Trindade. Alvarenga sugere a inscrição tomada ao poeta latino Virgílio: “Libertas quae sera tamen” – “Liberdade ainda que tardia”.
No dia 15 de março de 1789, o coronel Silvério dos Reis, fazendeiro e minerador, introduzido no movimento, delata a conspiração em troca do perdão para as suas dívidas.
Nessa época, Tiradentes encontrava-se no Rio de Janeiro em busca de conquistar novos adeptos à causa revolucionária.
No dia 1 de maio, Silvério chega ao Rio, e vai em busca de Tiradentes.
Em setembro de 1788, procurou o filho do capitão-mor da Vila Rica, José Álvares Maciel, que chegara recentemente da Europa e também alimentava os sonhos da independência. Em dezembro de 1788, terminada a licença, Tiradentes regressa a Minas Gerais. Tiradentes passou a fazer propaganda, em Vila Rica e os seus arredores, a favor da independência do Brasil. A primeira reunião dos conspiradores ocorreu na casa do Tenente-Coronel Francisco de Paula Freire. A eles uniram-se o Padre Carlos Correia de Toledo e Melo - vigário de São João del-Rei, homem rico e influente -, e pessoas de certa projeção social, como Cláudio Manuel da Costa, poeta e antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, poeta e ex-ouvidor da Comarca e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador.
Tiradentes começou a sentir a pressão do reino. Portugal exigia que grandes recursos humanos fossem aplicados exclusivamente na mineração, proibindo o estabelecimento de engenhos na região de Minas e punindo todos os contrabandistas. Não só os mineiros, mas toda a população era obrigada a pagar elevados impostos, o que promovia um descontentamento geral. Em 1787, Tiradentes pediu licença da cavalaria e seguiu para o Rio de Janeiro onde foi tentar vida nova, onde Elaborou projetos para construir armazéns no cais, para proteção e guarda das mercadorias, e projetou a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento de água da cidade e aguardava a liberação do financiamento, ele permaneceu na capital por um ano.
Em dezembro de 1775, Tiradentes entrou para o Exército Colonial na 6.ª Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais. Como era descendente de português teve o privilégio de ingressar nas armas já como oficial, sem passar pelos postos subalternos. Tornou-se alferes e, em 1781, foi nomeado comandante da Patrulha do Caminho Novo, que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro, por onde passava toda a produção de ouro e diamantes com destino ao porto, rumo a Portugal.
Tiradentes foi criado na casa do padrinho, o cirurgião Sebastião Ferreira Leite, que era especialista em arrancar dentes.
José Joaquim não fez os estudos regulares e trabalhou como mascate e minerador. Aprendeu a arrancar dentes com o padrinho.
Tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, que foi de onde veio o apelido de Tiradentes.
Tiradentes, apelido de Joaquim José da Silva Xavier, nasceu na Fazenda do Pombal, no município hoje chamado Ritápolis, em Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1746. era filho do português Domingos da Silva Santos, que se dedicava à mineração, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier. Foi o quarto filho entre sete irmãos. Com nove anos, Joaquim José ficou órfão de mãe e aos onze perdeu o pai.
2. Tiradentes
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José de Alencar

José de Alencar Faleceu em 29 de março de 2011, Em São Paulo capital. O mesmo teria morrido em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o hospital Sírio-Libanês.
Suas obras são:
Cinco Minutos, romance, 1856;
Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, crítica, 1856;
O Guarani, romance, 1857;
Verso e Reverso, teatro, 1857;
A Viuvinha, romance, 1860;
Lucíola, romance, 1862;
As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;
Diva, romance, 1864;
Iracema, romance, 1865;
Cartas de Erasmo, crítica, 1865;
O Juízo de Deus, crítica, 1867;
O Gaúcho, romance, 1870;
A Pata da Gazela, romance, 1870;
O Tronco do Ipê, romance, 1871;
Sonhos d'Ouro, romance, 1872;
Til, romance, 1872;
Alfarrábios, romance, 1873;
A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;
Ao Correr da Pena, crônica, 1874;
Senhora, romance, 1875;
O Sertanejo, romance, 1875.
Machado de Assis sempre teve José de Alencar na mais alta conta e, ao fundar-se a Academia Brasileira de Letras, em 1897, escolheu-o como patrono de sua cadeira. Sua obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela seriedade, ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas também pelas sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da nacionalização da literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro, do qual foi o verdadeiro criador.
Em 1866, Machado de Assis, em artigo no Diário do Rio de Janeiro, elogiou calorosamente o romance Iracema, publicado no ano anterior. José de Alencar confessou a alegria que lhe proporcionou essa crítica em Como e por que sou romancista, onde apresentou também a sua doutrina estética e poética, dando um testemunho de quão consciente era a sua atitude em face do fenômeno literário.
Em 1857, revelou-se um escritor mais maduro com a publicação, em folhetins, de O Guarani, que lhe granjeou grande popularidade. Daí para frente escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos, romances-poemas de natureza lendária, obras teatrais, poesias, crônicas, ensaios e polêmicas literárias, escritos políticos e estudos filológicos. A parte de ficção histórica, testemunho da sua busca de tema nacional para o romance, concretizou-se em duas direções: os romances de temas propriamente históricos e os de lendas indígenas.
Ele começou com as Cartas sobre A Confederação dos Tamoios, publicadas em 1856, com o pseudônimo de Ig, no Diário do Rio de Janeiro, nas quais critica veementemente o poema épico de Domingos Gonçalves de Magalhães, favorito do Imperador e considerado então o chefe da literatura brasileira. Estabeleceu-se, entre ele e os amigos do poeta, apaixonada polêmica de que participou, sob pseudônimo, o próprio D. Pedro II. Ainda em 1856, publicou o seu primeiro romance conhecido: Cinco minutos.
Ainda em 1851, José de Alencar voltou para o Rio de Janeiro onde exerceu a advocacia. Em 1854, ingressou no Correio Mercantil, na seção "Ao Correr da Pena", onde comentava os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas.
Em 1855 assumiu as funções de gerente e redator-chefe do "Diário do Rio", onde publicou, em folhetim, seu primeiro romance Cinco Minutos, em 1856. No dia 1 de janeiro de 1857 começou a publicar o romance O Guarani, também em forma de folhetim, que alcançou enorme sucesso e logo foi editado em livro
Formado, começa a advogar no Rio e passa a colaborar no Correio Mercantil, convidado por Francisco Otaviano de Almeida Rosa, seu colega de Faculdade, e a escrever para o Jornal do Comércio os folhetins que, em 1874, reuniu sob o título de Ao correr da pena. Redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro em 1855. Filiado ao Partido Conservador, foi eleito várias vezes deputado geral pelo Ceará; de 1868 a 1870, foi ministro da Justiça. Não conseguiu realizar a ambição de ser senador, devendo contentar-se com o título do Conselho. Desgostoso com a política, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura.
Entre 1837-38, em companhia dos pais, viajou do Ceará à Bahia, pelo interior, e as impressões dessa viagem refletir-se-iam mais tarde em sua obra de ficção. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde o pai desenvolveria carreira política e onde frequentou o Colégio de Instrução Elementar. Em 1844 vai para São Paulo, onde permanece até 1850, terminando os preparatórios e cursando Direito, salvo o ano de 1847, em que faz o 3º ano na Faculdade de Olinda.
José Martiniano de Alencar, conhecido apenas como José de Alencar, nasceu em Messejana (atual bairro de Fortaleza), CE, em 1º de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1877. Atuou como advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo. Era filho do padre, depois senador, José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita, desligando-se bem cedo de qualquer atividade sacerdotal.
3. José de Alencar
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