Já se perguntou:Como os furacões se formam? 🌪
O furacão é uma grande perturbação na atmosfera, fenômeno pelo qual a natureza revela uma das suas maiores forças. A partir do ar quente e úmido das águas tropicais, ele funciona como uma espécie de motor gigante e chega a produzir cerca de metade da energia da capacidade elétrica mundial em um único evento. Mas, como os furacões se formam?
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Como os furacões se formam
Enquanto o sistema do ciclone se alimenta de calor e umidade, girando cada vez mais rápido, forma-se uma de suas principais estruturas: o olho do furacão. A região central da tempestade é um lugar tranquilo em relação ao seu redor, além de ser a área de baixa pressão do fenômeno. O ar quente, de alta pressão, flui diretamente para o centro e, quando os ventos da tempestade em rotação atingem os 63 km/h, o fenômeno passa a ser chamado “tempestade tropical”.
Conforme o “novo ar” quente sobe, mais ar “frio” da área circundante é deslocado para o centro do ciclone. Enquanto tudo isso acontece, o ar aquecido e úmido deslocado para o seu topo se esfria, formando grandes e densas nuvens. Então, todo o sistema passa a girar e crescer à medida que se alimenta de mais calor das águas tropicais. Por conta da rotação da Terra, os furacões que nascem ao norte do Equador giram no sentido anti-horário, e os que surgem ao sul, no horário.
O ar quente e úmido próximo à superfície, então, sobe e deixa para trás uma zona de baixa pressão — em outras palavras, isso acontece porque, quando o ar quente se desloca para cima e bem distante da superfície, “sobra pouco ar” onde ele estava. Depois, a massa de ar ao redor do ciclone, onde a pressão é maior, é empurrada em direção à zona de baixa pressão, tornando-se quente e úmida. A partir daqui, esta é a principal dinâmica responsável por alimentar o fenômeno.
Os furacões nascem quando as águas próximas ao Equador atingem temperaturas superiores a 26 °C, mas é necessário bem mais do que isto para que eles alcancem a força de um ciclone tropical. Normalmente, eles começam como uma tempestade tropical e, ao avançarem sobre águas mais quentes, o sistema que os alimenta aumenta sua atividade.
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Força e categorias dos furacões
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA, um único furacão consegue gerar metade de toda a capacidade de geração de energia de todo o mundo através de seus fortes ventos, enquanto as nuvens e chuva da mesma tempestade, produzem cerca de 400 vezes mais energia.
Os ciclones tropicais também são classificados em categorias de 1 a 5, de acordo com a velocidade de seus ventos de rotação. Normalmente, os furacões perdem força ao avançarem sobre a terra, mas, antes de se desmanchar, eles causam grandes danos com ventanias que podem superar os 252,6 km/h. Ainda, eles despejam uma grande quantidade de chuvas que provoca inundações generalizadas — como o furacão Ida, de categoria 4, que atingiu os EUA em agosto deste ano.
Somente quando os ventos da tempestade tropical superam os 119 km/h é que ela passa a ser classificada como um ciclone tropical, ou seja, um furacão. Outra característica do fenômeno é a variação de sua nomenclatura. Por exemplo, os que nascem nas águas tropicais do Oceano Atlântico, são chamados furacões; já os nascidos no Oceano Pacífico, são nomeados de tufão — mas ambos possuem o mesmo formato e dinâmica.
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Tem furacão no Brasil?
Como o Brasil não possui um sistema de monitoramento de furacões — afinal, estes fenômenos são raríssimos fora dos trópicos —, o furacão Catarina provocou 11 mortes e 518 feridos, número considerado relativamente baixo para um país que não possui uma rede de alerta preventiva. Até agora, o Furacão Catarina é a única tempestade deste porte a ser registrada no Atlântico Sul.
O fenômeno ganhou tanta força que atingiu a categoria 2 dos ciclones tropicais, com ventos de até 180 km/h. Como nunca um ciclone desta proporção apareceu tão ao sul do planeta, os danos causados pelo avanço do furacão sobre a superfície foram profundos. O Catarina destruiu mais 1.500 residências e o prejuízo econômico para região chegou a aproximadamente R$ 1,2 bilhão, sendo que mais de 14 municípios decretaram estado de calamidade pública.
Em 28 março de 2004, um raro ciclone tropical do Atlântico Sul, posteriormente chamado Furacão Catarina, atingiu a região Sul do Brasil. O fenômeno surgiu a partir de um ciclone extratropical — formado acima ou abaixo dos trópicos —, que, ao avançar sobre o oceano, encontrou as condições ideais para ganhar tamanho e força.