Livro: Midnight

Livro: Midnight

Essa lista vai falar sobre o livro Midnight de Warriors Cats, pra quem nĂŁo sabe, jĂĄ foi traduzido e tĂĄ Ăłtimo!

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Meia-Noite

Meia-Noite, o primeiro livro da série A Nova Profecia, narra novas aventuras do épico mundo dos clãs guerreiros.

Os gatos da floresta viveram em paz e harmonia por muitas luas, mas agora mensagens enigmåticas dos guerreiros ancestrais falam de profecias assustadoras e de um misterioso perigo que a floresta estå correndo. Garra de Amora Doce, do Clã do Trovão, precisa contar com toda a sua coragem e com a força dos maiores guerreiros para salvar o clã.
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As Alianças, Clã do Trovão:

LĂ­der: Estrela de Fogo- belo gato de pelo avermelhado

Representante: Listra Cinzenta- gato de pelo cinza-chumbo

Curandeira: Manto de Cinza- gata de pelo cinza-escuro, aprendiz, Pata de Folha

Guerreiros: (gatas e gatos sem filhotes)
Pelo de Rato- gata pequena, marrom-escura, aprendiz, Pata de Aranha

Pelagem de Poeira- gato malhado em tons marrom-escuros aprendiz, Pata de Esquilo

Tempestade de Areia- gata de pelo alaranjado aprendiz, Pata de Castanha

Cauda de Nuvem- gato branco de pelo longo

Pelo de Musgo-Renda- gato malhado marrom dourado aprendiz, Pata Branca

Coração Brilhante- gata branca com manchas escuras

Garra de Amora Doce- gato malhado marrom-escuro com olhos cor de Ăąmbar

Garra de Espinho- gato malhado marrom-dourado, aprendiz, Pata de Musaranho

Pelo Gris- gato cinza-claro(com manchas mais escuras) com olhos azuis-escuros

Bigode de Chuva- gato cinza escuro com olhos azuis

Pelo de Fuligem- gato cinza claro com olhos cor de Ăąmbar

Rainhas (gatas que estĂŁo grĂĄvidas ou amamentando)

Flor dourada- gata de pelo laranja-claro, a rainha mais velha do berçårio

Nuvem de Avenca- gata cinza-clara(com manchas mais escuras) com olhos verdes

AnciĂŁos: (antigos guerreiros e rainhas, agora aposentados)

Pele de Geada- gata com belĂ­ssimo pelo branco e olhos azuis

Cauda Mosqueada- gata atartarugada, belĂ­ssima em outros tempos, a gata mais antiga do ClĂŁ do TrovĂŁo

Cauda Sarapintada - gata malhada de cores pĂĄlidas

Rabo Longo- gato de pelo desbotado, com listras pretas, aposentado precocemente por problemas de visĂŁo.
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ClĂŁ das Sombras:

LĂ­der: Estrela Preta- gato branco grande e com enormes patas pretas

Representante: Pelo Rubro- gata de pelagem avermelhada em tom escuro

Curandeiro: Nuvenzinha- gato malhado bem pequeno

Guerreiros: Pelo de Carvalho- gato pequeno marrom, aprendiz, Pata de Fumaça
Pelo de Açafrão- gata atartarugada com olhos verdes

Coração de Cedro- gato cinza-escuro

Garra de Sorveira- gato de pelo avermelhado, aprendiz, Pata de Garra

Papoula Alta- gata malhada em tons marrom-claro e com longas pernas

AnciĂŁo:
Nariz Molhado - pequeno gato de pelo cinza e branco, antigo curandeiro.
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ClĂŁ do Vento:

LĂ­der: Estrela Alta- gato idoso, branco e preto, de cauda muito longa

Representante: Garra de Lama- gato marrom-escuro malhado, aprendiz, Pata de Corvo- gato cinza-escuro esfumado, quase preto

Curandeiro: Casca de Árvore- gato marrom de cauda curta

Guerreiros:
Bigode Ralo- gato malhado marrom, aprendiz, Pata de Teia- gato malhado cinza-escuro

Orelha Rasgada- gato malhado

Cauda Branca- gata branca pequena

AnciĂŁ:
Flor da ManhĂŁ- gata atartarugada.
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ClĂŁ do Rio:

LĂ­der: Estrela de Leopardo- gata de pelo dourado e manchas incomuns

Representante: PĂ© de Bruma- gata de pelo cinza e olhos azuis

Curandeiro: Pelo de Lama- gato cinza-claro de pelo longo, aprendiz, Asa de Mariposa

Guerreiros: Garra Negra- gato preto-acinzentado

Passo Pesado- gato malhado e de pelo espesso

Pelo de Tempestade- gato cinza-escuro com olhos cor de Ăąmbar

Cauda de Pluma- gata cinza-clara com olhos azuis

Geada de FalcĂŁo- gato marrom-escuro de ombros largos

Pele de Musgo- gata atartarugada

Rainha:
Flor da Aurora- gata cinza-clara

AnciĂŁos: Pelugem de Sombra- gata de pelo cinza muito escuro

Ventre Ruidoso- gato marrom-escuro.
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Gatos que nĂŁo pertencem a clĂŁs:

Cevada- gato preto e branco que mora em uma fazenda perto da floresta

Pata Negra- gato negro, magro, com cauda de ponta branca; vive na fazenda junto com Cevada

Bacana- gato idoso e malhado que mora na floresta perto do mar.
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PrĂłlogo

A NOITE CAIU SOBRE A FLORESTA. Não havia lua, mas as estrelas do Tule de Prata derramavam seu brilho gelado sobre as årvores. No fundo de um vale rochoso, uma poça refletia o brilho das estrelas. O ar estava pesado com os aromas do final do renovo.
O vento suspirava suavemente por entre as årvores e agitava a superfície tranquila de uma poça de ågua. No topo do vale, as folhas da samambaia se separaram e revelaram uma gata; seu pelo cinza-azulado brilhava enquanto ela pisava delicadamente de rocha em rocha, até a beira da ågua.
Sentada em uma pedra chata que se projetava sobre a poça, ela ergueu a cabeça e olhou ao redor. Como se recebessem um sinal, outros gatos começaram a aparecer, deslizando para o vale, vindo de todas as direçÔes. Eles desceram para ficar o mais perto possível da ågua, até as encostas mais baixas ficaram repletas de formas ågeis olhando a poça.
A gata que apareceu primeiro ergueu-se nas patas.- Uma nova profecia chegou! - miou.- Uma desgraça que mudarå tudo foi anunciada nas estrelas.
No lado oposto da poça, outro gato curvou a cabeça amarelada, cor de samambaia.- Eu tambĂ©m jĂĄ vi isso. SerĂĄ sem dĂșvida, um grande desafio - ele concordou.
- Escuridão, ar, ågua e céu se unirão e abalarão a floresta até suas raízes - continuou a primeira gata. - Nada serå como é agora nem como foi antes.
- Uma grande tormenta se aproxima - miou outra voz, e a palavra ‱ tormenta ‱ surgiu, foi repetida e passada ao redor do cĂ­rculo atĂ© parecer um trovĂŁo ressoando entre as fileiras de gatos vigilantes.
Quando o murmĂșrio cessou, um gato magro e de pelo preto e brilhante falou da beira da ĂĄgua: - Nada pode mudar o que estĂĄ prestes a acontecer? Nem mesmo a coragem e o espĂ­rito do maior guerreiro?
- A desgraça virĂĄ - respondeu a gata de pelo cinza-azulado. - Mas, se os clĂŁs enfrentarem o problema como guerreiros, poderĂŁo sobreviver. - Erguendo a cabeça, ela percorreu o vale com seu olhar luminoso. - VocĂȘs todos viram o que deve acontecer com a floresta. E sabem o que tem de ser feito. Quatro gatos serĂŁo escolhidos para garantir o destino de seus clĂŁs em suas patas. VocĂȘs estĂŁo prontos para fazer suas escolhas perante o ClĂŁ das Estrelas?
Quando terminou de falar, embora não houvesse qualquer vento, a superfície da poça estremeceu, mas voltou a ficar imóvel.
O gato cor de samambaia ergueu-se sobre as patas, a luz das estrelas prateando o pelo de seus ombros largos. - Serei o primeiro a falar - miou. Olhou de soslaio atĂ© encarar um gato malhado com a mandĂ­bula torcida. - Estrela Torta, tenho sua permissĂŁo para falar pelo ClĂŁ do Rio? - O gato malhado concordou com a cabeça. O outro continuou: - EntĂŁo convido todos vocĂȘs a conhecerem e aprovarem minha escolha.
Ele olhou para a ågua, imóvel como as rochas ao redor. Um borrão cinza pålido apareceu na superfície da poça, e todos os gatos se inclinaram para ver com mais clareza.
- Aquele? - murmurou a gata de pelo cinza-azulado, olhando para a forma na ågua. - Tem certeza, Coração de Carvalho?
A ponta da cauda do gato cor de samambaia balançava para a frente e para trĂĄs. - Pensei que a escolha iria agradĂĄ-la, Estrela Azul. - Ele miou em tom divertido. - VocĂȘ nĂŁo acha que ela foi bem orientada?
- Excelentemente orientada. - A pelagem do pescoço de Estrela Azul levantou como se ela tivesse ouvido uma provocação, mas voltou ao lugar. - Os demais membros do Clã das Estrelas estão de acordo? - perguntou.
Os gatos concordaram com um murmĂșrio e a forma cinza-clara se esgueirou e desapareceu. A ĂĄgua voltou a ficar vazia.
O gato preto se levantou, foi até a beira da poça e anunciou:- Eis aqui a minha escolha. Conheçam e aprovem.
Dessa vez, a forma na poça era magra, atartarugada, com ombros fortes e musculosos. Estrela Azul olhou para a imagem por alguns momentos antes de assentir. - Ela tem força e coragem - reconheceu. - Mas, Estrela da Noite, ela é leal? - perguntou uma voz.
O gato preto girou a cabeça, garras cravadas no chĂŁo.- VocĂȘ a estĂĄ chamando de desleal?
A resposta foi rĂĄpida: - se estou chamando, Ă© porque hĂĄ um motivo. Ela nĂŁo nasceu no ClĂŁ das Sombras, nasceu?
- Por isso talvez seja uma boa escolha - Estrela Azul miou calmamente.- Se os clãs não puderem trabalhar juntos agora, todos serão destruídos. Talvez sejam necessårios gatos com uma pata em dois clãs para entender o que deve ser feito. - ela parou por um momento, mas nenhuma outra objeção surgiu. - O Clã das Estrelas aprova?
Depois de certa hesitação, os gatos reunidos deram o "de acordo" com suaves miados. A superfície da poça ondulou brevemente, e quando ficou imóvel, a forma atartarugada havia desaparecido.
Outro gato se levantou e se aproximou da ågua mancando com uma pata curta e torcida. - Acho que é minha vez - murmurou. - Conheçam e aprovem minha escolha.
Por causa do reflexo do céu noturno, foi difícil ver a forma preto-acizentada que se delineou na poça, e os gatos a observaram por algum tempo antes de alguém falar.
- ‱ O quĂȘ? ‱ - O gato cor de samambaia exclamou por fim. - É um aprendiz.
- Eu notei, obrigado, Coração de Carvalho - o gato preto miou secamente.
- PĂ© Morto, vocĂȘ nĂŁo pode enviar um aprendiz para uma operação perigosa como essa - uma voz gritou do fundo da multidĂŁo. - Ele pode ser aprendiz - PĂ© Morto retorquiu -, mas tem coragem e habilidade para se igualar a muitos guerreiros. Um dia poderĂĄ ser um bom lĂ­der do ClĂŁ do Vento.
- Um dia, nĂŁo agora - destacou Estrela Azul. - E as qualidades de um lĂ­der nĂŁo sĂŁo necessariamente as que os clĂŁs precisam para salvĂĄ-los agora. Deseja indicar outro candidato?
A cauda de PĂ© Morto chicoteava furiosamente, o pelo do pescoço eriçado, enquanto ele olhava para Estrela Azul . - Minha escolha Ă© ‱ esta ‱ - insistiu. - VocĂȘ, ou qualquer outro gato, ousa dizer que ele nĂŁo Ă© digno?
- O que acham? - Seu olhar percorreu o cĂ­rculo. - O ClĂŁ das Estrelas aprova? Lembrem- se de que todos os clĂŁs estarĂŁo perdidos se um de nossos escolhidos fraquejar ou falhar.
Em vez de lançar um murmĂșrio de aprovação, os gatos sussurraram entre si em pequenos grupos, lançando olhares inquietos para a forma na poça e para o gato ao lado. PĂ© Morto olhou para trĂĄs destilando fĂșria, o pelo arrepiado fazendo-o parecer ter o dobro do tamanho. Naturalmente, estava pronto para enfrentar qualquer um que o desafiasse.
Por fim, o murmurinho cessou, e Estrela Azul perguntou mais uma vez: - o clĂŁ aprova? - Os gatos concordaram, mas em tom baixo e relutante, e alguns se calaram. PĂ© Morto soltou um grunhido mal-humorado ao voltar, mancando, para o seu lugar.
Quando a ĂĄgua voltou a ficar lĂ­mpida, Coração de Carvalho miou: - VocĂȘ ainda nĂŁo apresentou sua escolha para o ClĂŁ do TrovĂŁo, Estrela Azul.
- Não, mas agora estou pronta. Conheçam e aprovem minha escolha. - Ela olhou para baixo com orgulho enquanto uma forma escura e malhada se desenhou nas profundezas da poça.
Diante da visĂŁo, Coração de Carvalho abriu as mandĂ­bulas em uma gargalhada silenciosa. - Esse! Estrela Azul, vocĂȘ nĂŁo cansa de me surpreender.
- Por quĂȘ? - O tom de Estrela Azul nĂŁo disfarçava sua irritação. - Ele Ă© um jovem gato nobre, adequado para os desafios que a profecia vai trazer.
As orelhas de Coração de Carvalho estremeceram. - E eu disse que não era?
Estrela Azul sustentou seu olhar e, sem dirigi-lo aos outros gatos, perguntou ao grupo: - O clã aprova? - Quando a concordùncia veio, forte e segura, ela provocou Coração de Carvalho com um arrogante movimento de cauda e só então desviou o olhar. - Gatos do Clã das Estrelas - ela miou, levantando a voz. - Suas escolhas foram feitas. Logo a jornada para enfrentar a terrível tormenta que se lançarå sobre a floresta deve começar. Voltem para seus clãs e certifiquem-se de que todos os gatos estão prontos.
-Ela fez uma pausa e seus olhos brilharam com uma luz prateada feroz- É possĂ­vel escolher um guerreiro para salvar cada clĂŁ, mas Ă© tudo o que podemos fazer. Que os espĂ­ritos de todos os nossos ancestrais guerreiros acompanhem esses gatos, aonde quer que as estrelas os levem.
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CapĂ­tulo 1

AS FOLHAS FARFALHARAM QUANDO O JOVEM gato malhado deslizou por uma brecha entre dois arbustos, com as mandĂ­bulas abertas para sorver o cheiro de presa. Nessa noite quente no final do renovo, a floresta estava cheia de criaturas minĂșsculas e agitadas. Ele percebia inĂșmeros movi mentos no limite de sua visĂŁo, mas, quando virou a cabeça, viu apenas montes de samambaias e amoreiras salpicadas de luar. De repente, ele chegou a uma ampla clareira e, confuso, olhou ao redor. NĂŁo conseguia se lembrar de jĂĄ ter estado naquela parte da floresta. A grama bem aparada, prateada sob o luar frio, estendia-se Ă  sua frente atĂ© uma rocha suavemente arredondada, onde outro gato estava sentado. A luz das estrelas brilhava em seu pelo, e seus olhos eram duas pequenas luas. A perplexidade do jovem gato malhado aumentou quan- do ele a reconheceu e miou com voz estridente, sem acreditar: Estrela Azul?
Ele era aprendiz quando a grande lĂ­der do ClĂŁ do TrovĂŁo morreu, quatro estaçÔes atrĂĄs, saltando para o desfiladeiro, perseguida por uma matilha faminta de sangue. Como todo o seu cla, ele lamentou o fato e a homenageou pela maneta como desistiu da prĂłpria vida para salvĂĄ-los, Jamais imaginou voltar a vĂȘ-la e achou que estava sonhando, Chegue mais perto, jovem guerreiro Estrela Azul miou. Tenho uma mensagem para vocĂȘ. Tremendo de espanto, o gato malhado se arrastou pelo trecho brilhante da relva atĂ© se agachar sob a rocha e fixar os olhos nos de Estrela Azul. Sou todo ouvidos. - Um tempo de dificuldades se aproxima. Uma nova profecia deverĂĄ ser cumprida se os clĂŁs quiserem sobreviver VocĂȘ foi escolhido para se encontrar com trĂȘs outros gatos na lua nova e devem ouvir o que a meia-noite lhes diz. - O que isso significa? - O jovem sentiu descer pela espinha um arrepio de pavor, frio como neve derretida - Que tipo de problema? E como a meia-noite pode nos dizer alguma coisa? - Tudo ficarĂĄ claro para vocĂȘ - respondeu Estrela Azul. Sua voz enfraqueceu, ecoando estranhamente como se ela falasse de uma caverna sob a terra. O luar tambĂ©m começou a escurecer, fazendo surgirem densas sombras ne- gras das ĂĄrvores ao redor. - NĂŁo, espere! - o gato malhado gritou. - NĂŁo vĂĄl Ele soltou um uivo aterrorizado, sacudindo as patas e a cauda, enquanto era tragado pela escuridĂŁo. Sentiu uma cutucada e abriu os olhos, vendo Listra Cinzenta, o representante do ClĂŁ do TrovĂŁo, por cima dele com uma pata levantada para cutucĂĄ-lo novamente. Ele se debatia em meio ao musgo da toca dos guerreiros, com a luz dourada do sol vazando pelos galhos acima de sua cabeça. -Garra de Amora Doce, sua louca bola de pelos - o representante miou. - O que Ă© essa barulheira? VocĂȘ vai assustar todas as presas daqui atĂ© Quatro Árvores. -Desculpe- o gato falou, enquanto se sentava, tirando pedaços de musgo do pelo escuro. - Eu estava apenas sonhando. - Sonhando! - grunhiu uma outra voz.Garra de Amora Doce virou a cabeça e viu o guerreiro branco Cauda de Nuvem se erguer de um ninho de musgo prĂłximo e dar uma longa espreguiçada. - Honestamente, vocĂȘ Ă© tĂŁo ruim quanto Estrela de Fogo - Cauda de Nuvem continuou. - Quando ele dormia aqui, estava sempre resmungando e se contorcendo durante o sono. NĂŁo se consegue descansar Ă  noite por causa de todas as presas que hĂĄ na floresta. Garra de Amora Doce contraiu as orelhas ao ouvir a forma desrespeitosa usada pelo guerreiro branco para falar sobre o lĂ­der do clĂŁ. EntĂŁo ele lembrou que esse era Cauda de Nuvem, parente de Estrela de Fogo e ex-aprendiz, conhecido por ter lĂ­ngua afiada e por ser desdenhoso. O jeito insolente de falar, no entanto, nunca o impediu de ser um guerreiro leal ao seu clĂŁ. Cauda de Nuvem sacudiu seu longo casaco de pelo branco e saiu da toca, agitando a ponta da cauda para Garra de Amora Doce de forma amigĂĄvel, para tirar o ferrĂŁo suas palavras enquanto caminhava. Vamos pessoal miou Listra Cinzenta: Hora de levantar. Ele abriu caminho atravĂ©s do musgo no chĂŁo da toca e foi despertar Pelo Gris. As patrulhas de caca sairĂŁo em breve. Pelo de Musgo-Renda estĂĄ encarregado de organizĂĄ-las Certo-Garra de Amora Doce miou. Sua visĂŁo de Estrela Azul estava desaparecendo, embora sua mensagen sinistra ecoasse em seus ouvidos. Seria mesmo verdade que havia uma nova profecia do ClĂŁ das Estrelas? Parecia bastante improvĂĄvel. Para começar, ele nĂŁo conseguia imaginar por que tinha sido escolhido, entre todos os gatos do ClĂŁ do TrovĂŁo. Os curandeiros frequentemente recebiam sinais do ClĂŁ das Estrelas, e o lĂ­der do Cla do TrovĂŁo, Estrela de Fogo, costumava ser guiado por seus sonhos. Mas eles nĂŁo eram destinados a serem guerreiros comuns. Tentando se convencer de que tudo era fruto de sua incrĂ­vel imaginação, provocada pelo excesso de presa fresca na noite anterior. Garra de Amora Doce deu uma Ășltima lambida no ombro e seguiu Cauda de Nuvem por entre as ĂĄrvores de galhos pendentes. O sol mal havia nascido acima da cerca de espinhos que rodeava o acampamento, mas o dia jĂĄ estava quente. A luz do sol caĂ­a como mel na terra nua no centro da clareira. Pata de Castanha, a mais velha dos aprendizes, estava deitada ao lado das samambaias que abrigavam a toca dos aprendizes, trocando lambidas com os colegas Pata de Aranha e Pata de Musaranho.
Cauda de Nuvem tinha ido ao canteiro de urtigas onde os guerreiros comiam e jĂĄ estava engolindo um estorninho. Garra de Amora Doce notou que a pilha de presas frescas estava muito baixa, como Listra Cinzenta havia dito, o clĂŁ precisava caçar imediatamente. Ele estava prestes a se juntar ao guerreiro branco quando Pata de Castanha se levantou e foi saltando pela clareira em sua direção - É hoje! - ela anunciou animadamente. Garra de Amora Doce piscou. O quĂȘ? Minha cerimĂŽnia de guerreiro! Com um leve sorriso de felicidade, a gata atartarugada atirou-se sobre Garra de Amora Doce, que caiu com o ataque inesperado, e eles rolaram pelo chĂŁo empoeirado, como costumavam fazer no berçårio quando eram filhotes. As patas traseiras de Pata de Castanha golpearam Garra de Amora Doce na barriga, e ele agradeceu ao ClĂŁ das Estrelas por suas garras estarem embainhadas. Sem dĂșvida, ela seria uma guerreira forte e perigosa, respeitada por todos os gatos. Tudo bem, tudo bem, jĂĄ chega Garra de Amora Doce prendeu delicadamente a orelha de Pata de Castanha e se levantou. Se vai ser uma guerreira, tem de parar de se comportar como filhote. - Filhote? - a jovem miou indignada e se sentou Ă  frente dele, com o pelo espetado em tufos e coberto de poeira. Eu? Nunca! Esperei muito tempo por isso, Garra de Amora Doce. - Eu sei. VocĂȘ merece.
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MUAHAHAHAHA

Depois de um tempo, eu percebi que era mais fĂĄcil do que pensava escrever o livro, e eu nĂŁo pretendo parar de fazer esse livro aqui no quizur.
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