Os cientistas mais importantes na história da Biologia
Saiba como cada pesquisador contribuiu para o desenvolvimento da ciência que estuda os seres vivos.
0
0
0
1
Hipócrates - o pai da medicina
Vários livros, escritos por volta de 4000 a.C., foram atribuídos à Hipócrates e descrevem sintomas de algumas doenças relacionando suas causas à alimentação ou a outros problemas físicos. Tal pensamento era incomum na época, pois acreditava-se que as doenças eram castigos de divindades. A partir de Hipócrates, a medicina tornou-se uma disciplina independente, o que levou ao surgimento da profissão de médico.
2
Aristóteles - o observador sistemático
Aristóteles, na Grécia, não foi somente um grande filósofo, mas também um grande biólogo ao compreender que o conhecimento da natureza requeria observação sistemática (que classifica e organiza segundo critérios) . Desse modo, ele listou um volume espantoso de ordem no mundo vivo, agrupando os animais em duas categorias gerais (com sangue e sem sangue), que correspondem por pouco às classificações atuais de vertebrados e invertebrados. Portanto, ele foi o primeiro a se notabilizar por construir uma classificação significativa que levasse em conta, não apenas as características externas, mas também a estrutura interna dos organismos.
3
Lineu - o pai da taxonomia moderna
No século XVIII, Lineu lança as bases da classificação moderna ao ampliar o trabalho de Aristóteles, criando categorias de classificação para os seres vivos como: reino, classe, ordem, gênero e espécie. Botânico, zoólogo, e médico sueco, Lineu também é o criador da nomenclatura binomial das espécies, além das já citadas categorias de classificação dos seres vivos que foram descritas em seu livro "Systema Naturae". Hoje as categorias são denominadas de categorias taxonômicas.
4
Robert Hooke - aquele que descobriu a célula
A célula foi descoberta por Robert Hooke, em 1663, ao examinar em um microscópio rudimentar uma fatia de cortiça verificando que ela era constituída por cavidades às quais chamou de células (do latim "cella", pequena cavidade). Hoje, sabe-se que Hooke observou blocos hexagonais que eram as paredes de células vegetais mortas. Em 1838, a teoria celular foi desenvolvida por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann, indicando que todos os organismos são compostos de uma ou mais células.
5
Charles Darwin - um evolucionista inovador
Mesmo sem conhecer a célula, Darwin conseguiu extrair sentido de grande parte da biologia em nível acima da célula. Ele não criou a teoria da evolução, mas a defendeu sistematicamente e ainda formulou a maneira como ela funciona: através da seleção natural atuando sobre variações das espécies. As pesquisas feitas pelo naturalista durante a viagem abordo do navio Beagle é que fundamentaram sua teoria da evolução, servindo de base para o famoso livro "Origem das Espécies". Nessa importante viagem, Darwin passou cinco anos (1831 a 1836) navegando pela costa do Pacífico e pela América do sul.
6
Watson e Crick - aqueles que descobriram a estrutura do DNA
O DNA foi descoberto em 1869 pelo bioquímico suíço Johann Friedrich Miescher, mas somente em 1953, Watson e Crick apresentaram um modelo compatível com os resultados experimentais que haviam sido obtidos até aquele momento. Através de estudos de difração de raios X, Watson e Crick revelaram que a molécula de DNA é um composto formado por duas longas cadeias paralelas, constituídas por nucleotídeos dispostos em sequência. Portanto, a molécula de DNA é constituída por duas cadeias polinucleotídicas dispostas em hélice ao redor de um eixo imaginário, girando para a direita (uma hélice dupla). Ou seja, a molécula de DNA apresenta a forma de uma escada em caracol, na qual os "degraus" são compostos por bases de nitrogênio dos nucleotídeos e, os "corrimãos" são fosfato e açúcar ligados covalentemente - por isso, diz-se que o DNA tem o formato de uma fita helicoidal.
7
Gregor Mendel - o pai da genética
Mendel é considerado o pai da genética, pois descobriu várias coisas relativas à hereditariedade. O monge foi inspirado tanto pelos professores como pelos colegas do mosteiro que o pressionaram a estudar a variação do aspecto das plantas. Ele propôs que a existência de características (tais como a cor) das flores é devida à existência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora conhecidas como genes. As descobertas de Mendel, apesar de muito importantes, permaneceram praticamente ignoradas até começos do século XX (embora tivessem estado disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos), sendo publicadas somente no início do século XX, anos após sua morte. Por causa de seus estudos e experimentos com ervilhas, a genética avançou e hoje temos uma infinidade de artigos e pesquisas nessa área que são úteis para o entendimento da vida.
8
Louis Pasteur - o criador da pasteurização
Em 1847, Pasteur, com apenas 26 anos, realizou seu primeiro trabalho que já revolucionou o que hoje conhecemos por estereoquímica. Uma das teorias mais importantes na história da medicina – a Teoria Germinal das doenças infecciosas - foi proposta por ele. A teoria que diz que a maioria dessas doenças é causada por germes. O químico estudou e identificou inúmeros micróbios responsáveis por várias doenças infecciosas e chegou a desenvolver vários métodos e técnicas para combate-los agentes infecciosos. Pasteur passou a investigar os microscópicos agentes patogênicos, terminando por descobrir vacinas, em especial a antirrábica, que utilizou com sucesso em 1885 para tratar Joseph Meister, um garoto de 9 anos que fora mordido por um cão infectado pela raiva. Por meio dos seus trabalhos com micro-organismos, Pasteur derrubou definitivamente a ideia da geração espontânea (abiogênese) e desenvolveu a pasteurização. A pasteurização é um processo que consiste em submeter um produto alimentício (leite, por exemplo) à alta temperatura e, logo em seguida, à baixa temperatura. Com essa rápida variação de temperatura, é possível matar grande parte dos micro-organismos, como bactérias, existentes nos alimentos.
9
Alexander Fleming - descobriu o antibiótico
O primeiro antibiótico moderno, a penicilina, foi uma descoberta casual do bacteriologista escocês Alexander Fleming, em 1928. Fleming havia sido um oficial médico nos hospitais militares da Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial. Notando a séria necessidade de um agente bactericida para tratar dos ferimentos infeccionados, após a guerra retornou ao St. Mary’s Hospital, em Londres, para pesquisar sobre o problema. Em 1928, enquanto estudava o Staphylococcus aureus, uma bactéria responsável pelos abscessos e várias outras infecções, Fleming entrou de férias por alguns dias, deixando seus recipientes de vidro com cultura sem supervisão. Ao retornar, notou que a tampa de um dos recipientes havia escorregado e que a cultura havia sido contaminada com o mofo da atmosfera. Ele percebeu que, na área onde o bolor estava crescendo, as células do Staphylococcus haviam morrido. Ele imediatamente percebeu o significado dessa descoberta e verificou que o bolor, da espécie de fungo Penicillium notatum, estava secretando uma substância que destruía as bactérias. Com a Segunda Guerra Mundial, houve uma necessidade de antissépticos para combater as infecções das tropas feridas. O dr. Howard Walter Florey tinha ouvido falar sobre o bolor de Fleming e levou a pesquisa adiante. Suas descobertas formaram a base para o tratamento com penicilina que se pratica até nossos dias.
10
Stanley Cohen e Herbert Boyer - os criadores dos transgênicos
Em 1972, os geneticistas norte-americanos Stanley Cohen e Herbert Boyer desenvolveram a tecnologia de DNA recombinante, uma metodologia para unir artificialmente partes de DNA que não se encontram juntos na natureza. Eles realizaram os primeiros experimentos de engenharia genética, criando o primeiro organismo transgênico ao inserir genes de resistência a antibióticos em uma bactéria. A partir dessa técnica, passou a ser possível transferir genes de uma espécie para outra. Em 2018, o Brasil completa 20 anos de transgênicos na agricultura. Ao longo desse período, destacam-se os benefícios para o produtor rural decorrentes do plantio de soja, milho e algodão geneticamente modificados. Porém, outras áreas também usam essa técnica: vacinas, medicamentos, kits de diagnóstico, terapias e tratamentos são desenvolvidos por meio da transgenia. A insulina usada por seres humanos no tratamento de diabetes é produto de um microrganismo transgênico.