Vamos Saber Mais Sobre Vinicius De Moraes?
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QUESTÃO 1
I. Sua obra poética costuma ser dividida em duas fases: a primeira é conhecida como “transcendental”, com o predomínio de uma temática mística, e a segunda é conhecida como “materialista”, na qual se percebe um movimento de aproximação do mundo material.
II. Em sua poesia predominam questões de natureza política e social, tais como a liberdade, a justiça, a miséria, a ganância, a traição e o idealismo.
III. O poeta explorou com sensualismo os temas do amor e da mulher por meio do verso livre, aderindo então as propostas dos modernistas de 1922.
IV. Além da poesia sensual, Vinícius interessou-se também pela poesia social. Utilizando uma linguagem simples e direta, o poeta manifestou sua solidariedade às classes oprimidas em poemas como “O operário em construção”.
V. A linguagem empregada em seus poemas afasta-se da linha surrealista, aproximando-se de uma linguagem direta, exata, caracterizada pela economia da linguagem em uma tentativa de geometrizá-la.
a) II e V.
b) III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II e V.
II. Em sua poesia predominam questões de natureza política e social, tais como a liberdade, a justiça, a miséria, a ganância, a traição e o idealismo.
III. O poeta explorou com sensualismo os temas do amor e da mulher por meio do verso livre, aderindo então as propostas dos modernistas de 1922.
IV. Além da poesia sensual, Vinícius interessou-se também pela poesia social. Utilizando uma linguagem simples e direta, o poeta manifestou sua solidariedade às classes oprimidas em poemas como “O operário em construção”.
V. A linguagem empregada em seus poemas afasta-se da linha surrealista, aproximando-se de uma linguagem direta, exata, caracterizada pela economia da linguagem em uma tentativa de geometrizá-la.
a) II e V.
b) III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II e V.
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QUESTÃO 2
Soneto de fidelidade
(Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.
(Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.
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QUESTÃO 3
A mulher que passa
Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! Como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontrava se te perdias?
Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!
No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!
Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que boia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.
(Vinicius de Moraes. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp.88-89).
A figura da mulher como musa, fonte de inspiração do poeta, é um traço de permanência na literatura brasileira. Seguem-se abaixo trechos de poemas escritos por diferentes autores, em distintos períodos literários, sobre o sentimento que a musa inspiradora provoca no poeta. Aponte a única opção cuja imagem da mulher se distancia por completo da observada no poema de Vinícius de Moraes:
a) "Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é ser flor, e Anjo juntamente: / Ser Angélica flor, e Anjo florente, / Em quem, senão em vós, se uniformara " (Gregório de Matos).
b) "Ai Nise amada! se este meu tormento, / Se estes meus sentidíssimos gemidos / Lá no teu peito, lá nos teus ouvidos / Achar pudessem brando acolhimento" (Cláudio Manuel da Costa).
c) "Se uma lágrima as pálpebras me inunda, / Se um suspiro nos seios treme ainda / É pela virgem que sonhei... que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!" (Álvares de Azevedo).
d) "A primeira vez que vi Teresa / Achei que ela tinha pernas estúpidas / Achei também que a cara parecia uma perna" (Manuel Bandeira).
e) "E à noite, ai! como em mal sofreado anseio, / Por ela, a ainda velada, a misteriosa / Mulher, que nem conheço, aflito chamo!" (Alberto de Oliveira).
Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! Como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontrava se te perdias?
Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!
No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!
Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que boia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.
(Vinicius de Moraes. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp.88-89).
A figura da mulher como musa, fonte de inspiração do poeta, é um traço de permanência na literatura brasileira. Seguem-se abaixo trechos de poemas escritos por diferentes autores, em distintos períodos literários, sobre o sentimento que a musa inspiradora provoca no poeta. Aponte a única opção cuja imagem da mulher se distancia por completo da observada no poema de Vinícius de Moraes:
a) "Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é ser flor, e Anjo juntamente: / Ser Angélica flor, e Anjo florente, / Em quem, senão em vós, se uniformara " (Gregório de Matos).
b) "Ai Nise amada! se este meu tormento, / Se estes meus sentidíssimos gemidos / Lá no teu peito, lá nos teus ouvidos / Achar pudessem brando acolhimento" (Cláudio Manuel da Costa).
c) "Se uma lágrima as pálpebras me inunda, / Se um suspiro nos seios treme ainda / É pela virgem que sonhei... que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!" (Álvares de Azevedo).
d) "A primeira vez que vi Teresa / Achei que ela tinha pernas estúpidas / Achei também que a cara parecia uma perna" (Manuel Bandeira).
e) "E à noite, ai! como em mal sofreado anseio, / Por ela, a ainda velada, a misteriosa / Mulher, que nem conheço, aflito chamo!" (Alberto de Oliveira).
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QUESTÃO 4
SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Sobre o poema de Vinícius de Moraes, é correto afirmar, exceto:
a) O poema Soneto de separação possui forma fixa e regular, formado por quatro estrofes, quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos. Vinícius está entre os poetas que consagraram o soneto no Brasil.
b) O recurso da antítese em “fez-se” e “desfez-se” revela, sob certo aspecto, a inconstância na vida amorosa de Vinícius, que ao longo da vida casou-se várias vezes.
c) O soneto é composto por um jogo antitético: riso x pranto, calma x vento; triste x contente e próximo x distante, o que confere certo dinamismo ao soneto.
d) No soneto, o poeta utiliza vocábulos do cotidiano, pouco comuns nesse tipo de composição. Pode-se observar também que o erotismo é recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem direta.
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Sobre o poema de Vinícius de Moraes, é correto afirmar, exceto:
a) O poema Soneto de separação possui forma fixa e regular, formado por quatro estrofes, quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos. Vinícius está entre os poetas que consagraram o soneto no Brasil.
b) O recurso da antítese em “fez-se” e “desfez-se” revela, sob certo aspecto, a inconstância na vida amorosa de Vinícius, que ao longo da vida casou-se várias vezes.
c) O soneto é composto por um jogo antitético: riso x pranto, calma x vento; triste x contente e próximo x distante, o que confere certo dinamismo ao soneto.
d) No soneto, o poeta utiliza vocábulos do cotidiano, pouco comuns nesse tipo de composição. Pode-se observar também que o erotismo é recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem direta.
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QUESTÃO 5
E o olhar estaria ansioso esperando
e a cabeça ao sabor da mágoa balançado
e o coração fugindo e o coração voltando
e os minutos passando e os minutos passando...
(Vinícius de Moraes, O olhar para trás)
A figura de linguagem que predomina nestes versos é:
a) A metáfora, expressa pela analogia entre o ato de esperar e o ato de balançar.
b) A sinestesia, manifestada pela referência à interação dos sentidos: visão e coração no momento de espera.
c) O polissíndeto, caracterizado pela repetição da conjunção coordenada aditiva e para conotar a
intensidade da crescente sensação de ansiedade contraditória do ato de esperar.
d) O pleonasmo, marcado pela repetição desnecessária da conjunção coordenada sindética aditiva e.
e) O paradoxo, expresso pela contradição das ações manifestadas pelos verbos no gerúndio.
e a cabeça ao sabor da mágoa balançado
e o coração fugindo e o coração voltando
e os minutos passando e os minutos passando...
(Vinícius de Moraes, O olhar para trás)
A figura de linguagem que predomina nestes versos é:
a) A metáfora, expressa pela analogia entre o ato de esperar e o ato de balançar.
b) A sinestesia, manifestada pela referência à interação dos sentidos: visão e coração no momento de espera.
c) O polissíndeto, caracterizado pela repetição da conjunção coordenada aditiva e para conotar a
intensidade da crescente sensação de ansiedade contraditória do ato de esperar.
d) O pleonasmo, marcado pela repetição desnecessária da conjunção coordenada sindética aditiva e.
e) O paradoxo, expresso pela contradição das ações manifestadas pelos verbos no gerúndio.
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QUESTÃO 6
Cronologicamente, na história da Literatura Brasileira, Vinicius de Moraes está associado
a) à terceira fase do Romantismo.
b) à primeira geração do Modernismo.
c) ao Simbolismo.
d) ao Concretismo.
e) à segunda geração do Modernismo.
a) à terceira fase do Romantismo.
b) à primeira geração do Modernismo.
c) ao Simbolismo.
d) ao Concretismo.
e) à segunda geração do Modernismo.
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QUESTÃO 7
São de autoria de Vinicius de Moraes os seguintes poemas:
a) A rosa de Hiroshima e Soneto de Fidelidade.
b) Congresso Internacional do Medo e Quadrilha.
c) Não há vagas e Traduzir-se.
d) Canção do dia de sempre e A rua dos cataventos.
a) A rosa de Hiroshima e Soneto de Fidelidade.
b) Congresso Internacional do Medo e Quadrilha.
c) Não há vagas e Traduzir-se.
d) Canção do dia de sempre e A rua dos cataventos.
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QUESTÃO 8
Em que ano Vinicius De Moraes faleceu?
A) 9 de julho de 1980
B) 10 de novembro de 1990
C) 11 de junho de 1750
D) 14 de maio de 1960
A) 9 de julho de 1980
B) 10 de novembro de 1990
C) 11 de junho de 1750
D) 14 de maio de 1960
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QUESTÃO 9
A “Geração Coca-Cola” refere-se aos jovens. Essa é uma denominação negativa porque caracteriza:
a) a indiferença dos jovens quanto à pobreza.
b) uma educação influenciada por filmes de baixa qualidade.
c) a luta contra o consumo de drogas e contra a AIDs.
d) a não-aceitação dos modelos impostos pelos adultos.
e) um comportamento dependente de padrões culturais americanos.
a) a indiferença dos jovens quanto à pobreza.
b) uma educação influenciada por filmes de baixa qualidade.
c) a luta contra o consumo de drogas e contra a AIDs.
d) a não-aceitação dos modelos impostos pelos adultos.
e) um comportamento dependente de padrões culturais americanos.
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questão 10
Apesar de muito diversas, as canções Geração Coca-Cola e A rosa de Hiroshima apresentam em comum a preocupação em falar de problemas:
a) sociais.
b) geográficos.
c) metalinguísticos.
d) bélicos.
e) intertextuais.
a) sociais.
b) geográficos.
c) metalinguísticos.
d) bélicos.
e) intertextuais.
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QUESTÃO 11
Com base na estrofe “Depois de vinte anos na escola / Não é difícil aprender / Todas as manhas do jogo sujo / Não é assim que tem que ser? / Vamos fazer nosso dever de casa”, é correto afirmar que:
a) os jovens mostram, com ironia, que são bons alunos.
b) a televisão deseduca os jovens.
c) há muita repetência escolar.
d) a escola submete os jovens a uma educação repressora.
e) aprender é fácil, mas os jovens precisam insurgir-se contra os exploradores.
a) os jovens mostram, com ironia, que são bons alunos.
b) a televisão deseduca os jovens.
c) há muita repetência escolar.
d) a escola submete os jovens a uma educação repressora.
e) aprender é fácil, mas os jovens precisam insurgir-se contra os exploradores.