Bem vindos a Nova Salém!

Sejam todos bem vindos à cidade de Nova Salém, o destino final de sua viagem!

11/11/2019

Nova Salém

Bem vindos à Nova Salém, Uma joia escondida no interior de Minas Gerais, Brasil! Nossos portões estão sempre abertos para visitantes! Por favor, entrem, não tenham medo! Sintam-se à vontade e boa viagem!

Eu olho para trás e vejo que a velha estrada de pedra sumiu. O motor do meu carro parece não funcionar mais. Apenas um caminho a seguir...

- O-Ok... - Meus familiares têm que me empurrar através do portão para que os siga. As pesadas portas de ferro se fecham atrás de nós.

- Obrigado(a)! Que cidade linda... - Eu digo, entrando pelo belo portão de ferro.

[Suspeito, hesito no portão mas entro mesmo assim]

O homem que lhe recebeu ao portão abre os braços em um gesto dramático e mostra a faixada da cidade. Casas perfeitamente alinhadas, construídas em estilo gótico, permeiam toda a paisagem. As árvores de galhos curvados e tão bem polidos se estendem como para apertar a mão dos transeuntes. O homem que lidera o seu grupo para e se curva, tirando a cartola. - Bem vindos, bem vindos, damas e cavalheiros. A partir de agora, eu serei seu humilde anfitrião. Barnabas Salém, encantado.

Ele estendeu a mão e beijou a minha, me fazendo corar um pouco. Eu queria saber mais sobre ele. Fui adiante e tentei acompanhar mais de perto.

Salém? Será que ele era descendente dos fundadores da cidade? Decidi guardar essa dúvida para depois e o segui para o coração da cidade.

Eu sorri e estendi minha mão, me apresentando. Ele a apertou e disse - Sim, sim, maravilhoso. Podemos, então?

- Salém? Você é o quê, uma bruxa? - Eu perguntei, sarcástico(a).

Barnabas leva você e sua família até sua mansão, no coração da cidade. O belo palácio gótico tem uma faixada assustadora, porém extremamente impressionante. Ele abre as portas e a luz que entra de fora ilumina a silhueta de uma mulher no topo da escadaria de mármore. Barnabas vai até ela, beija sua mão, e a apresenta como sua esposa, Discórdia Salém.

Eu fiquei paralisado(a) no lugar. Mesmo à luz fraca da lua, Discórdia era uma mulher lindíssima que com certeza já tinha roubado o meu coração.

Eu me apresento e digo como a casa é linda, tentando ser cordial, mesmo que ainda esteja um pouco assustado(a).

Eu sorri, um pouco sem graça. Ainda estava desconfiado(a), mas eles pareciam ser boas pessoas. Decidi não tirar nenhuma conclusão precipitada.

Eu aceno com a cabeça e penso o quão errado seria roubar o marido de alguém. Rresolvo deixar meus pensamentos para mim mesmo(a).

Na hora do jantar, você se senta à mesa onde estão as primas do Barnabas. Ele as apresenta como Felícia, - a segunda prima mais velha, segundo ele. Ela veste uma longa capa e segura um pequeno gatinho no colo - Cassandra, - uma cartomante. Ela brinca com um deque de cartas que leva na mão - Andrômeda - uma garota um tanto hiperativa. Ela parece precisar se concentrar para conseguir ficar parada na cadeira. - e Amanda - esta usava um manto escuro que cobria seu rosto. Ela não se mexia, nem dizia uma palavra, mas todos asseguravam que era um doce de pessoa. Felícia dá as boas vindas a todos e pergunta se gostariam de ouvir uma música. Ela senta no piano antes de receber uma resposta.

Eu nunca tinha ouvido uma música tão perfeita. Felícia tocava como um anjo da música. Antes que eu percebesse, eu estava sentado(a) ao lado dela no piano.

Eu não era um(a) grande apreciador(a) de música, mas elas eram incríveis. Eu estava vidrado(a).

Aquela música não me soava bem. Era tudo tão esquisito. Parecia uma sinfonia macabra, como um canto das sereias. Eu quis sair correndo dali.

Nada parecia se encaixar naquele lugar. Do nada todo mundo começou a agir como se estivéssemos em um musical. Era esquisito, mas eu estava começando a gostar daquele lugar.