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SEGUNDA FEIRA 5:30 Mãe-“YASMIN, ACORDAA VOCÊ VAI SE ATRASAR!!!!” -“Bom dia pra vc também mãe.” Mãe-“Bom dia Yasmin, agora para de drama, levanta dessa cama e vai se arrumar antes que eu vá aí e te puxe pelos cabelos!” Quando a mãe termina de falar eu já estou me espreguiçando para levantar. Eu levanto pego meu uniforme, minha toalha e minhas roupas íntimas e vou até o banheiro para tomar banho. Quando saio do chuveiro escuto a voz do meu pai, ele tinha acabado de voltar da sua caminhada como de costume. Quando eu saio do banheiro eu dou de cara com ele. Pai-“Bom dia YAS!“ -“Bom dia pai, só uma pergunta rápida, como você tem disposição de acordar 4:00 para ir até a praia caminhar?” Pai-“Filha, a gente mora no Rio de Janeiro, temos que aproveitar tudo que temos!” -“Isso não responde a minha pergunta mas ok.” Mãe-“Vai ter que ser ok mesmo, porque vc vai se atrasar se não for terminar de se arrumar agora!” -“Aff, tá bom, to indo!” Eu vou até meu quarto para me maquiar, e depois vou tomar café da manhã. SEGUNDA 7:00 ~ barulho de buzina~ Mãe-Yasmiiiiin, o ônibus chegou!!” -“Eu sei.” Digo dando um beijo nela Da porta eu me despeço dos meus pais e vou até o ônibus, quando entro já vou direto até Letícia, Stéfani e Matheus. Stéfani-“Eai, gatinha. Como vc está?” -“To bem té! Matheus vai pro banco do lado por favor!” Matheus-“Caraca cara, já chega nesse bom humor, querendo mandar em tudo e em todos, chatona você ein!” -“Só cala a boca e vai por favor!” Matheus-“Chata!” Ele mostra a língua de brincadeira Eu me sento ao lado da Stéfani e o Matheus ao lado da Letícia, que no momento está dormindo. -“Té, eu vou dormir. Se um de vocês tirar foto ou filmar, já sabe né?!” Stéfani-“ Não posso prometer pelo Matheus, mas eu não vou fazer nada!!” Eu olho para o Matheus mas ele estava de fone, só peço para a stéfani ficar de olho nele, então eu me apoio no ombro da mesma e durmo.
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SEGUNDA 8:00 Stéfani-“Amiga, chegamos, acorda!” Eu levanto ainda meio sonolenta, e quando entro na escola, por mais lesada que eu esteja consigo reparar o olhar de todos sob mim. Matheus-“Yas, você aprontou alguma?” Letícia-“Eu não duvidaria, mas não parecem olhares de julgamento, parecem olhares de...” -“Pena!” Stéfani-“Amiga, oque será que aconteceu?” Auto falante- SENHORITA YASMI FERNANDES LOPEZ, FAVOR COMPARECER NA DIRETORIA IMEDIATAMENTE- Matheus-“Deixa a mochila comigo que eu já levo para a sala.” -“Mas gente, eu vou perder matéria, e faltam 2 semanas pra prova geral do semestre!” Letícia-“Amiga, eu acho que vc não tem nenhuma opção.” Eu dou um pulo quando sinto uma mão gelada em meu ombro, e quando olho é o coordenador da escola. Coordenador-“Yasmin, eu preciso que você me acompanhe até a sala da direção.” Eu simplesmente entrego a mochila para o Matheus e vou com o coordenador, sem entender nada do que estava acontecendo. Na direção: Diretora-“Eu não sei como eu posso dar essa notícia para a menina Amélia (vice-diretora).” Amélia-“Apenas diga, mas tenta dizer de uma maneira sútil!” ~batidas na porta~ Diretora-“Entre Yasmin, muito obrigada coordenador!” -“Diretora, está tudo bem?” Diretora-“Então Yasmin, nós precisamos conversar, por favor sente-se!” Eu sento na mesma poltrona Que ela indicou com a cabeça. Amélia-“Minha querida, você vai precisar ser muito forte! Mas saiba que nós vamos estar aqui para te dar todo o apoio e suporte necessário.” -“Tem como alguém me explicar o que está acontecendo? Todos os aluno me olhando com pena, agora tudo isso de você vai precisar ser forte! O que está acontecendo?” Quando eu terminei a minha frase me bateu um aperto no coração, como se eu pressentisse que algo horrível tinha acontecido, mas eu tentei ignorar tudo isso e ouvir o que a diretora tinha a dizer. Diretora-“Bem Yasmin, logo após o transporte passar na sua casa, um grupo com 4 homens armados entrou na sua casa para assaltar, porém o seu pai acabou resistindo ao assalto e foi baleado, com isso a sua mãe reagiu e o mesmo aconteceu com ela, quando a ambulância chegou à sua casa os dois já não tinham sinais vitais. Nós sentimos muito...” Eu não conseguia mais ouvir nada, meu peito foi tomado por uma dor, e meu olho foi coberto por lágrimas, eu não ouvia, via ou nem se que sentia nada, só a dor de ter perdido as pessoas que eu mais amava na minha vida...
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Com toda aquela dor, eu juntei o pouco de força que eu tinha para levantar da poltrona e correr até o banheiro. Me tranquei em uma cabine e desabei mais uma vez, isso não era justo, nada disso! O que eu tinha feito pra merecer isso? ~barulho na porta~ D/C-“Você quer conversar?” Na hora eu não entendi de quem era aquela voz, só percebi que era uma voz masculina, o que não fazia muito sentido já que eu estava no banheiro feminino D/C-“Pode abrir a porta, eu só quero tentar te ajudar!” Eu levantei, com as pernas trêmulas e abri a porta, me surpreendi com quem era, era o Gabriel. Um dos meninos mais populares da escola, 17 anos e nunca tinha nem sequer falado um oi pra mim! -“O que você quer?” Gabriel-“Te ajudar, tentar fazer você desabafar!” -“Como você vai me ajudar, você não tem noção do que eu to sentindo!” Gabriel-“É aí que você se engana, a 2 anos atrás perdi meu pai em um acidente de avião, e a minha mãe já tinha falecido quando eu era um bebê por causa de uma overdose.” -“Nossa, eu sinto muito, eu não sabia!” Gabriel-“Não se preocupe, eu entendo a sua reação não ter sido muito boa, em uma situação como essa, um menino que nunca nem sequer falou com você misteriosamente tenta te entender, você automaticamente pensa que ele quer se aproveitar da situação pra algo!” -“Exato!” Gabriel-“Podemos ir conversar na quadra? Se me verem aqui eu vou ter muitos problemas, e eu não quero mais uma suspensão!” -“Tudo bem!” Nós saímos e fomos até a quadra
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Nós começamos a conversar, e eu acabei desabafando com ele, ele conseguiu fazer com que eu parasse de chorar, e por mais incrível que pareça ele era um bom ouvinte e um bom concelheiro, talvez isso fosse pelo fato dele manter passado por uma experiência parecida, mas ele conseguiu me acalmar. Depois de uns 30 minutos a Letícia, a Stéfani e o Matheus apareceram e correram para me abraçar. Stéfani-“Amiga, meus pêsames. Eu não imagino como seria essa dor!” Matheus-“Conta comigo meu amor, você sabe que eu te amo!” Letícia-“Conta com a gnt pra tudo, nos vamos ficar com você e vamos fazer o que você achar melhor!!” -“Eu quero ir embora daqui.” Leticia-“ os professores e a diretora nos liberaram para ir embora com você, só vamos precisar avisar antes de ir. Nós já estamos com as mochilas!“ -“Tem como vocês avisarem ela que nós vamos embora?” Matheus-“Claro! Nós vamos lá.” Quando eles saem para avisar a diretora ficamos só eu e o Gabriel Sozinhos de novo Gabriel-“Bem, agora você está em boas mãos, eles me parecem bons amigos!” -“Eles são, e muito obrigada por tudo! Você me ajudou muito.” Gabriel-“Pode me ligar quando precisar desabafar, foi muito bom poder te ajudar, pois quando aconteceu comigo eu tive que continuar como se nada tivesse acontecido e foi o que mais me fez mal nessa história toda. Ah, e sim, eu salvei meu número no seu telefone!” Ele diz isso virando para a porta e saindo da quadra. Eu fico sozinha por uns 5 minutos até que a Letícia, a Stéfani e o Matheus voltem.
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ESCOLHA SUA APARÊNCIA
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The end 🖤
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