My Life [RPG] - Entre páginas e sorrisos- parte 2

My Life [RPG] - Entre páginas e sorrisos- parte 2

Na última parte Emberly saiu de sua cidade pois foi forçada a visitar e conhecer a sua mãe, porém mal sabe ela da prorrogação de sua visita.

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Emilly
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CAPÍTULO 6: "CICATRIZES INVISÍVEIS"__________________________________
Termino de descer as escadas devagar, ela vem andando muito rápido na minha direção, Fátima sai do cômodo para nos deixarmos a sós, estamos a um passo de distância, ela olha para mim, eu olho para ela, os seus olhos estão cheios d'água, e acredito que os meus estão inseguros, ela enxerga isso, abraça-me e diz: "Está tudo bem, agora tudo vai ficar bem". Subiu no meu ser um sentimento de frustração, imediatamente a empurrei do meu abraço, ela fica meio pasma e sem graça, acredito eu que ela não esperava essa reação, e para ser sincera, nem eu; no entanto, simplesmente fiz, era impressionante como alguns traços dela era idêntico aos meus, olhos, boca, sobrancelhas… 

MÃE: Desculpa, é que eu estou extremamente feliz, você não faz ideia do quanto eu estava ansiosa por isso...
— Fiquei sem reação, não conseguia dizer nada, apenas olhava para ela, diante de todos os pensamentos que me ocorriam durante esses anos. No que dizer, se eu a visse um dia, dentre todos, essa nunca foi a escolhida, fiquei com raiva de mim mesma neste momento.— 
MÃE: Olha, eu trouxe sorvete de morango — ela diz sorrindo para mim enquanto vai até à sacola e pega, ao notar o meu contínuo silêncio, procede — eu não entendo, não está feliz em me ver? — ela se aproxima e segura o meu rosto, deixando o sorvete de lado — filha, sou eu, a mamãe, nos reencontramos!!! 
EU: Para nos reencontrar, é necessário ao menos eu ter-lhe visto uma vez. 
-- Ela solta o meu rosto, enxuga as lágrimas, entre todas as falas, não esperava dizer essa, porém, desta vez, não senti raiva de mim, pelo contrário.--
MÃE: Bem, temos tanto o que falar, desculpe essa abordagem, mas eu realmente esperava outra reação, mas pelo visto... — Ela olha para o chão, depois tira o sapato deixando a vista uma engraçada meia do Bob esponja, ela senta na cadeira da ilha, pega o sorvete, duas colheres — Vem, senta aqui comigo — ela dá duas batidinhas na cadeira da frente, sento-me devagar, olho para ela, e para a meia, dou um leve sorriso, lembrou-me do meu pai — Gostou da meia? Legal, não é? — Balanço a cabeça em sinal de sim —.
EU: Lembrou-me o meu pai, ele podia estar atarefado com o que for, mas aos sábados de manhã sempre assistíamos Bob esponja na TV, e ele sempre imitava o Bob esponja na música de introdução — o brilho dela some um pouco —.
MÃE: Bom, o meu nome é...
EU: Laura. 
MÃE: Seu pai já falou de mim?
EU: Não, o seu motorista contou-me, até agora só sei que esse é o seu nome e que você é rica — isso por algum motivo faz ela rir —.
MÃE: Ele nunca falou nada de mim?...
EU: Você nunca foi uma pauta interessante na minha família para falarmos tanto assim. — Ficou um profundo silêncio, quando começou a ficar constrangedor, eu voltei a falar — Sabe ao menos o meu nome?
MÃE: Stella Emberly Calazans, 17 anos, como iria esquecer? Eu e o seu pai escolhemos com todo um contexto — por algum motivo isso me toca — eu sempre quis "Emberly" e o seu pai dizia que você era a estrelinha dele... "A minha estrela que me trouxe a luz..."
EU: "Num céu banhado da cor de feijão-preto" —sorrio— tantas analogias...
MÃE: E ele foi logo escolher o feijão-preto — ela também sorriu —.
EU: E Emberly?
MÃE: Acredito que nem eles sabem, "Ember" significa faísca de brasa, então juntei o "ly", pois "berly" é o nome de uma pedra preciosa, muito linda. Emberly, queria que você fosse tão forte e ardente quanto a uma brasa, e você sempre foi a coisa mais preciosa para mim, não podia ser outro nome... — sorri meio sem graça, estava entretida com ela, mas não ia abaixar a guarda — gostou do sorvete, né? — Percebi que ela não tomou uma colherada e eu já tinha comido 1/5 do pote —.
EU: Realmente, ótimo... Olha, Laura, não é por mal, mas não espere que essa conversinha rasa já vá justificar e preencher os 17 anos que você me deixou de mão. — Ela olha para a mesa e depois para mim —.
MÃE: Eu sei, é impressionante como você se parece comigo (penso no que Fátima falou sobre o mesmo), tenho muito o que explicar, mas estou em muita desvantagem, até porque você não vai gostar nem um pouco do que eu terei de dizer sobre o seu pai...
EU: Mas é melhor adiantar logo com isso, não acha?
MÃE: Eu era uma usuária de drogas, era muito viciada, então eu me apaixonei pelo seu pai e ele me tirou desse mundo. Quando eu engravidei de você, estávamos numa situação decadente... O seu pai trabalhava arduamente para nos sustentar, porém, eu sabia que não era suficiente, então... Certa vez... Eu reencontrei uma amiga minha, que era usuária junto comigo...

CAPÍTULO 6: "CICATRIZES INVISÍVEIS"__________________________________ Termino de descer as escadas devagar, ela vem andando muito rápido na minha direção, Fátima sai do cômodo para nos deixarmos a sós, estamos a um passo de distância, ela olha para mim, eu olho para ela, os seus olhos estão cheios d'água, e acredito que os meus estão inseguros, ela enxerga isso, abraça-me e diz: "Está tudo bem, agora tudo vai ficar bem". Subiu no meu ser um sentimento de frustração, imediatamente a empurrei do meu abraço, ela fica meio pasma e sem graça, acredito eu que ela não esperava essa reação, e para ser sincera, nem eu; no entanto, simplesmente fiz, era impressionante como alguns traços dela era idêntico aos meus, olhos, boca, sobrancelhas… MÃE: Desculpa, é que eu estou extremamente feliz, você não faz ideia do quanto eu estava ansiosa por isso... — Fiquei sem reação, não conseguia dizer nada, apenas olhava para ela, diante de todos os pensamentos que me ocorriam durante esses anos. No que dizer, se eu a visse um dia, dentre todos, essa nunca foi a escolhida, fiquei com raiva de mim mesma neste momento.— MÃE: Olha, eu trouxe sorvete de morango — ela diz sorrindo para mim enquanto vai até à sacola e pega, ao notar o meu contínuo silêncio, procede — eu não entendo, não está feliz em me ver? — ela se aproxima e segura o meu rosto, deixando o sorvete de lado — filha, sou eu, a mamãe, nos reencontramos!!! EU: Para nos reencontrar, é necessário ao menos eu ter-lhe visto uma vez. -- Ela solta o meu rosto, enxuga as lágrimas, entre todas as falas, não esperava dizer essa, porém, desta vez, não senti raiva de mim, pelo contrário.-- MÃE: Bem, temos tanto o que falar, desculpe essa abordagem, mas eu realmente esperava outra reação, mas pelo visto... — Ela olha para o chão, depois tira o sapato deixando a vista uma engraçada meia do Bob esponja, ela senta na cadeira da ilha, pega o sorvete, duas colheres — Vem, senta aqui comigo — ela dá duas batidinhas na cadeira da frente, sento-me devagar, olho para ela, e para a meia, dou um leve sorriso, lembrou-me do meu pai — Gostou da meia? Legal, não é? — Balanço a cabeça em sinal de sim —. EU: Lembrou-me o meu pai, ele podia estar atarefado com o que for, mas aos sábados de manhã sempre assistíamos Bob esponja na TV, e ele sempre imitava o Bob esponja na música de introdução — o brilho dela some um pouco —. MÃE: Bom, o meu nome é... EU: Laura. MÃE: Seu pai já falou de mim? EU: Não, o seu motorista contou-me, até agora só sei que esse é o seu nome e que você é rica — isso por algum motivo faz ela rir —. MÃE: Ele nunca falou nada de mim?... EU: Você nunca foi uma pauta interessante na minha família para falarmos tanto assim. — Ficou um profundo silêncio, quando começou a ficar constrangedor, eu voltei a falar — Sabe ao menos o meu nome? MÃE: Stella Emberly Calazans, 17 anos, como iria esquecer? Eu e o seu pai escolhemos com todo um contexto — por algum motivo isso me toca — eu sempre quis "Emberly" e o seu pai dizia que você era a estrelinha dele... "A minha estrela que me trouxe a luz..." EU: "Num céu banhado da cor de feijão-preto" —sorrio— tantas analogias... MÃE: E ele foi logo escolher o feijão-preto — ela também sorriu —. EU: E Emberly? MÃE: Acredito que nem eles sabem, "Ember" significa faísca de brasa, então juntei o "ly", pois "berly" é o nome de uma pedra preciosa, muito linda. Emberly, queria que você fosse tão forte e ardente quanto a uma brasa, e você sempre foi a coisa mais preciosa para mim, não podia ser outro nome... — sorri meio sem graça, estava entretida com ela, mas não ia abaixar a guarda — gostou do sorvete, né? — Percebi que ela não tomou uma colherada e eu já tinha comido 1/5 do pote —. EU: Realmente, ótimo... Olha, Laura, não é por mal, mas não espere que essa conversinha rasa já vá justificar e preencher os 17 anos que você me deixou de mão. — Ela olha para a mesa e depois para mim —. MÃE: Eu sei, é impressionante como você se parece comigo (penso no que Fátima falou sobre o mesmo), tenho muito o que explicar, mas estou em muita desvantagem, até porque você não vai gostar nem um pouco do que eu terei de dizer sobre o seu pai... EU: Mas é melhor adiantar logo com isso, não acha? MÃE: Eu era uma usuária de drogas, era muito viciada, então eu me apaixonei pelo seu pai e ele me tirou desse mundo. Quando eu engravidei de você, estávamos numa situação decadente... O seu pai trabalhava arduamente para nos sustentar, porém, eu sabia que não era suficiente, então... Certa vez... Eu reencontrei uma amiga minha, que era usuária junto comigo...

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CAPÍTULO 7: ---------- 17 ANOS ATRÁS ----------- (Laura está no ponto de ônibus grávida de Emberly de 8 meses, então uma antiga amiga sua se aproxima) VOZ: Laura? LAURA: Bia? Meu Deus! Bia quanto tempo! — Elas se abraçam, Laura percebe um maço de maconha na mão de Bia, Laura percebe que ela olhou —. BIA: Tá afim de uma traga? Uma só faz mal a bebê não — ela sorri —. LAURA: Não obrigada Bia... — ela sorri sem graça, Bia encosta no poste e olha para Laura —. BIA: Nunca mais vi você lá na boca, parou de usar foi, virou da igreja? — ela solta uma risada —. BIA: Não... Marcos simplesmente me tirou deste vício, além do mais, essa pequena também né? — ela passa a mão na barriga —. BIA: Marcos? Aaata nossa era pra valer então né? Até embuchou — ela rir — cara não te conto — ela chega perto — isso aqui tá dando a maior grana — ela se afasta traga mas uma vez e sorrir — sério mesmo, nem precisa de muito 100 grama já dá uma renda meu irmão! LAURA: Bia! Você me disse quem iria só fumar! BIA: Era né cara, mas as coisas apertaram, Joana tava precisando de umas coisas pra escola particular que o pai dela colocou lá... Queria levar ela pra passear e não podia... Não quero que ela pense que ela só tem aquele filho da mãe pra contar, eu tô aqui cacete! LAURA: Não sei o que dizer... Eu e Marcos também tamo mó apertados — mordo a boca pra segurar a angustia — ele tá trabalhando que nem louco mas não sei se vai ser o suficiente quando ela nascer... BIA: Olha, não queria dizer nada, mas moça se você pegar uns 5 de 100 gramas e vender, você vai ter um bolo brincando, é só ir nas pessoas certas — ela sorri de novo, a maconha deve que já afetou um pouco, ela aponta o rolo de fumo pra mim — além do mais, ninguém desconfia de grávida... — O ônibus chega, Laura dá um tchau pra Bia entra no ônibus, e até o seu destino, fica pensando na situação —. -------- DIAS ATUAIS --------- LAURA: Então quando eu cheguei em casa, no dia seguinte o seu pai chegou com o salário, pagamos as contas, mas ainda ficou faltando, o seu pai tocou em meu rosto e disse que iria ficar tudo bem, eu falei o que houve naquele dia a tarde. ------- 17 ANOS ATRÁS ------- MARCOS: Você não está pensando nisso não é Laura?!? — Marcos nunca fala daquele Tom com Laura, então ela percebe que isso o irritou —. LAURA: Marcos, não precisamos de muito, Bia disse que se vender 5 de 100 gra.... MARCOS: Vai pra m*rda Bia e essa ideias dela Laura! Que saco, você me disse que iria sair deste mundo, a gente tem uma filha agora cacete, pensa. LAURA: Eu SAI deste mundo Marcos, mas nós não estamos com condição cara, não compramos nem fralda pra Stella e já estamos com oito meses! MARCOS: Meu amor — ele se senta na cadeira na minha frente, e segura o meu rosto — eu vou dar um jeito tá bom, mas não entra neste meio amor, por favor... — seguro na mão dele no meu rosto —. LAURA: Tudo bem... MARCOS: Amor, eu estou falando sério, se eu souber que você está nesse mundo, se acontecer alguma coisa, eu não sei o que você vai fazer, mas eu vou pegar a minha filha e sair desse mundo mais ela. ------ 17 ANOS DEPOIS ------- LAURA: Eu não consegui... Eu comecei a vender... Após você nascer continuei vendendo, por uns 2 anos, seu pai percebeu a grande diferença financeira que tivemos, eu disse que estava sabendo investir o dinheiro dele e estava rendendo muito, ele sempre acreditava em mim... Então procuro sair logo deste meio antes que ele soubesse, mas não é assim que funciona... Começaram a me ameaçar... Ameaçar você... Então eu tomei a maior decisão da minha vida... Deixei um pacote de maconha aberta em cima da mesa, chamei a polícia, armei tudo para a polícia me pegar, seu pai estava chegando em casa na hora, começou a brigar comigo e a chorar, mas eu precisei fazer isso, eu precisava ficar longe de vocês... O seu pai nunca foi me visitar, quando sai do presídio, fui atrás dele, ele tinha se mudado, procurei saber onde ele estaria, ninguém soube me responder, não tinha recursos naquela época... Em fim, tentei seguir a minha vida, trabalhei pra uma empresa fielmente, mais tarde virei sócia, afiliada... Em fim, estou aqui hoje, quando me senti estrutura, fui atrás de você, e aqui você está. — Não sei o que dizer, não sei o que pensar, posso ficar com raiva dela? Mas meu pai fez algo semelhante pelo mesmo motivo... Não sei o que sentir —. EU: Você... Tem alguém? Ou não sei, filhos? LAURA: Sim.

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----- CAPÍTULO 8: QUEBRA-TEMPO -------- Laura conta para mim sobre a minha nova irmã, se é que eu posso chamá-la assim, ela tem 11 anos, muito linda, gosta de judo, e luta muito bem, faz teatro também, fiquei encantada com ela, porém ainda não a conheci pessoalmente, ela está num passeio da escola. Após essa longa conversa Laura precisou ir para a reunião dela, ao menos era virtual, passaram-se horas, eu fiquei no meu quarto lendo e lendo, então parei, joguei o livro sobre a cama, e fui dar uma espiada no meu quarto, vi que no guarda-roupa tinha uns pijamas — " o meu pijama é um short qualquer e uma blusa qualquer" — penso, passo a mão naqueles panos finos... Vou ao banheiro, tomo banho, um longo banho, porém, em vez dos pijamas de linho, eu visto o meu bom e velho blusão. Eram 22:34, passei em frente ao quarto da minha mãe, ela estava capotada na cama ainda com a roupa de trabalho, provavelmente ficou trabalhando até tarde e dormiu, fechei a porta e passei reto, ando pela casa enorme, não estou com sono, e cansei de andar pela aquela casa, pensei na pracinha que eu vi, então sai de casa e fui para lá.

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---- CAPÍTULO 9: ENCONTROS INESPERADOS -----
Estou na praça, fico admirando a fonte enquanto a água cai delicadamente em desenhos de gotas, passo uns 30 minutos lendo sentada no banco de madeira, este banco era em baixo de uma árvore com os seus cabelos caídos e bem verdes, de frente tinha um pequeno laguinho, era lindo de se admirar, as estrelas sobre o céu preto e luzes amarelas como o outono, sinto a brisa da noite.
Ouço um som, som de passos, tento olhar para ver quem era, porém, me escondo, vejo alguém alto de calças estilo... Folgada? Não sei dizer, cabelo curto e desgrenhado, é um garoto... Um garoto de meia do Lula molusco????!?!? — "Qual é a tara desses burgueses com o Bob esponja???" — Percebi que falei alto demais, o garoto parou, olhou para a minha direção, me escondi atrás da imensa árvore onde se localizava o banco, passou-se 2 minutos, olho para trás novamente, ele, seja quem for, não estava ali, foi embora...
EU: Graças a Deus...
GAROTO: Graças a Deus o quê? 
— Eu levo um susto que chegar pulo levemente da cadeira, ele está meio pendurado na árvore com um braço só, com um sorriso sútil, o seu cabelo estava desgrenhado, sinal de que ele ou saiu de casa igual a mim e veio pairar aqui, ou ele chegou de uma festa bem agitada o qual era de pijama, acho que a primeira opção é mais aceitável —.
EU: Qu... Quem é você? 
GAROTO: Não vou dizer, você vai rir — ele se senta ao meu lado, que atrevimento, quem disse que eu queria a companhia dele? —.
EU: Agora eu quero saber — cruzo os braços e sorrio —.
MATHIAS: Antony Mathias
EU: Que horror — começo a rir —.
MATHIAS: Você disse que não iria rir!
EU: Eu não disse nada!
— Passou-se algum segundos então paramos de rir, mas permanecemos com um sorriso no rosto —.
MATHIAS: Bom, você é daqui? Nunca a vi por aqui...
EU: Não... Sou de um lugar muito diferente daqui, vim só para... Conhecer.
MATHIAS: Conhecer? Não permitiriam uma pessoa entrar aqui para conhecer e ficar até tão tarde, se tiver fugindo, olha, eu não julgo.
EU: É, estou meio que fugi... Não sei se fugindo é a palavra certa, vim conhecer a minha mãe.
MATHIAS: AAA, você é a filha da Laura?
EU: É... Sou eu, queria saber se há alguém que não me reconheça assim, ela realmente falou pra todo o mundo né...
MATHIAS: O meu pai trabalha pra ela e são muito amigos então não tinha como eu não saber, bem que eu notei que você não era daqui, não é por nada não, mas nenhuma menina deste condomínio que eu já tenha visto deixaria de usar pijama de linho pra usar blusão.
EU: Não sou burguesa.
MATHIAS: Mas é filha de uma baita burguesa, e por falar nisso, sinto muito, seja lá o motivo para ficar 17 anos longe.
EU: Por que você sente? — fico indagada —.
MATHIAS: Não sei, é difícil, eu fui adotado, e se os meus pais aparecessem do nada, ao contrário de muita gente, eu ficaria irritado em vez de feliz, eram um casal classe média, simplesmente me abandonaram, não foi por condições.
EU: Hm, sinto muito.
— ele sorri, que sorriso sútil... —.

---- CAPÍTULO 9: ENCONTROS INESPERADOS ----- Estou na praça, fico admirando a fonte enquanto a água cai delicadamente em desenhos de gotas, passo uns 30 minutos lendo sentada no banco de madeira, este banco era em baixo de uma árvore com os seus cabelos caídos e bem verdes, de frente tinha um pequeno laguinho, era lindo de se admirar, as estrelas sobre o céu preto e luzes amarelas como o outono, sinto a brisa da noite. Ouço um som, som de passos, tento olhar para ver quem era, porém, me escondo, vejo alguém alto de calças estilo... Folgada? Não sei dizer, cabelo curto e desgrenhado, é um garoto... Um garoto de meia do Lula molusco????!?!? — "Qual é a tara desses burgueses com o Bob esponja???" — Percebi que falei alto demais, o garoto parou, olhou para a minha direção, me escondi atrás da imensa árvore onde se localizava o banco, passou-se 2 minutos, olho para trás novamente, ele, seja quem for, não estava ali, foi embora... EU: Graças a Deus... GAROTO: Graças a Deus o quê? — Eu levo um susto que chegar pulo levemente da cadeira, ele está meio pendurado na árvore com um braço só, com um sorriso sútil, o seu cabelo estava desgrenhado, sinal de que ele ou saiu de casa igual a mim e veio pairar aqui, ou ele chegou de uma festa bem agitada o qual era de pijama, acho que a primeira opção é mais aceitável —. EU: Qu... Quem é você? GAROTO: Não vou dizer, você vai rir — ele se senta ao meu lado, que atrevimento, quem disse que eu queria a companhia dele? —. EU: Agora eu quero saber — cruzo os braços e sorrio —. MATHIAS: Antony Mathias EU: Que horror — começo a rir —. MATHIAS: Você disse que não iria rir! EU: Eu não disse nada! — Passou-se algum segundos então paramos de rir, mas permanecemos com um sorriso no rosto —. MATHIAS: Bom, você é daqui? Nunca a vi por aqui... EU: Não... Sou de um lugar muito diferente daqui, vim só para... Conhecer. MATHIAS: Conhecer? Não permitiriam uma pessoa entrar aqui para conhecer e ficar até tão tarde, se tiver fugindo, olha, eu não julgo. EU: É, estou meio que fugi... Não sei se fugindo é a palavra certa, vim conhecer a minha mãe. MATHIAS: AAA, você é a filha da Laura? EU: É... Sou eu, queria saber se há alguém que não me reconheça assim, ela realmente falou pra todo o mundo né... MATHIAS: O meu pai trabalha pra ela e são muito amigos então não tinha como eu não saber, bem que eu notei que você não era daqui, não é por nada não, mas nenhuma menina deste condomínio que eu já tenha visto deixaria de usar pijama de linho pra usar blusão. EU: Não sou burguesa. MATHIAS: Mas é filha de uma baita burguesa, e por falar nisso, sinto muito, seja lá o motivo para ficar 17 anos longe. EU: Por que você sente? — fico indagada —. MATHIAS: Não sei, é difícil, eu fui adotado, e se os meus pais aparecessem do nada, ao contrário de muita gente, eu ficaria irritado em vez de feliz, eram um casal classe média, simplesmente me abandonaram, não foi por condições. EU: Hm, sinto muito. — ele sorri, que sorriso sútil... —.

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MATHIAS: Vai se mudar para cá? EU: Não! Já já vou pra a minha terra. MATHIAS: Você mora aonde? EU: No extremo sul da Bahia, mas já morei no Rio de janeiro. MATHIAS: Lá é bonito? Nunca fui lá, dizem que é lindo... EU: Não sei, só vivi na favela. MATHIAS: Hmm EU: O quê? Não gosta de faveleiros? Tem nojo? "Ah! vou-te passar minha doença de pobre" (brinco fingindo ser um zumbi tocando nele). MATHIAS: NÃO! — Ele rir — eu vou dizer o quê? A nossa que lugar de bost* para se MORAR? EU: Pra que esfregar na cara? Sem necessidades — ele rir — Você é muito bobo, rir de tudo o que eu falo. MATHIAS: Eu não tenho culpa se o meu humor é quebrado — ele faz um sorrisinho encantador, com certeza muitas meninas caiem nesse sorriso —. EU: Hm — sorrio — Em fim, porém as pessoas são maravilhosas.. MATHIAS: É, eu sei. EU: Sabe é? MATHIAS: Orfanato, era de lá. — eu sorrio, que garoto estranho, ele sorri de volta, ele olha para mim —. MATHIAS: Verdade nua e crua? (Livro: assim que acaba) EU: VOCÊ LER??? MATHIAS: Óbvio, o que seria de nós sem os livros, mas acredito que não tanto quanto você — ele olha pro o meu livro na mão —. EU: Verdade nua e crua — sorrio —. MATHIAS: O fato de eu saber que você não é daqui não foi só pelo blusão, você tem uma beleza peculiar, uma que... Que chama atenção. — eu fico envergonhada, ele percebe e sorri —. EU: Vou levar isso como um elogio — sorrio —. MATHIAS: Não! Não era isso que eu quis dizer — ele rir — é no bom sentido! EU: Eu sei! — Sorri —. MATHIAS: Obrigado — ele acena e olha para frente — sua vez. EU: E porque eu tenho que participar disso? MATHIAS: Que outra coisa mais legal para fazer às 23:00 e pouca numa praça de um condomínio burguês se não for brincar de "É assim que acaba"? — sorrio —. EU: Okok, vamos lá... Verdade nua e crua? MATHIAS: Sim. EU: A tara de vocês burgueses amarem meias do Bob esponja é assustador, Laura... A minha, mãe, estava com a mesma meia, e olha que ela estava no trabalho! Só que o dela é só Bob esponja. MATHIAS: É PORQUE SÃO INCRÍVEIS! E eu amo o Lula molusco, ele é espetacular. EU: Realmente. MATHIAS: Isso não é uma verdade nua e crua íntima, não gostei. EU: Mas não deixa de ser uma verdade! — ele sorrir e olha para baixo — okay, uma verdade íntima, o seu sorriso é muito sútil. MATHIAS: Não fala do meu sorriso. EU: Porque? MATHIAS: Por que eu também tenho vergonha, só não fico corado como você ficou ao eu te chamar da menina mais linda que eu já vi. EU: Que Papinho de golpe — corei novamente, porém desta vez virei o rosto pra disfarçar, ele vira o corpo para mim, toca em meu queixo e vira pra ele —. MATHIAS: Naaaao, não esconde. EU: Quem te deu a ousadia de por a mão em meu rosto? — ele sorri —. MATHIAS: Seus olhos... — tiro a mão dele do meu queixo e sorrio envergonhada — mas tem razão, desculpa, não deveria fazer isso. EU: Normalmente quando você faz isso mas meninas elam ficam todas moles não é? MATHIAS: Sinceramente, sim, mas desde sempre eu sabia que você é diferente. EU: Que Papinho de golpe — sorrio e me levanto —. MATHIAS: Sinceramente — ele rir — sim, mas não é a intenção. EU: Eu sei que não — sorrio — já está tarde, amanhã tenho que fingir ser um dia normal mesmo estando em um dia anormal, tenho de ir... MATHIAS: Não sei que horas são, mas queria ficar mais, amanhã você vem ler este horário aqui? EU: Talvez... MATHIAS: Que tal mais verdades nua e crua? EU: Talvez... MATHIAS: Sabia que tenho ansiedade? Isso não se faz. — Eu dou um sorriso e me afasto andando em direção a minha casa, sinto ele encarando-me — MATHIAS: EI!!! VOCÊ NÃO ME DISSE SEU NOME!!! — Eu apenas sorrio e virou a esquina, sumindo da visão dele —.

Até a próxima
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