[RPG] Outra Realidade (Parte 1/?)
{ESTE QUIZ TEM CENAS VIOLENTAS, SEXO E LINGUAGEM IMPRÓPRIA PARA MENORES DE 13 ANOS. SE ACHA QUE ALGO PODE SER UM GATILHO PARA VOCÊ, NÃO FAÇA ESTE QUIZ. ESTEJAM AVISADOS.} É o meu primeiro Quiz, então sejam compreensivos com os erros que tiver, tanto gramaticais quanto erros de lógica...
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AVISOS!! 1- Eu não sei quantas partes este RPG irá ter. 2- Se quiserem o 2º episódio é só comentar, isso vai me motivar muito! 3- Se tiverem críticas construtivas ou sugestões, podem me dizer nos comentários. 4- Nenhuma foto deste quiz me pertence. Todas foram retiradas do Pinterest ou Google Imagens. 5- Como é o meu primeiro RPG, não criei mais de um resultado, mas ao longo do tempo, pode sim ter episódios com mais de um. Por isso, sempre escolham muito bem o que vão responder! 6- Eu pensei em escrever a história completa antes de postar o primeiro ep, mas como não sei se ela vai ter comentários positivos, vou postar somente este ep por enquanto. (O tempo da publicação de um ep para o outro será provavelmente, de 3 ou 4 dias às 18:00. Se eu não tiver muitas atividades do colégio na quarentena para fazer.) 7- Os Quizzes que me motivaram e inspiraram a fazer o meu próprio, foram: A Herdeira e Um Amigo Lá de Baixo. Obrigada, e bom Quiz!!
Ok
Ok
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Você, Audrey, tem 18 anos e mora em São Paulo com seus irmãos gêmeos, Aimee e Seth de 20 anos, e seu pai, Saulo Petit. Sua casa está localizada no Morumbi, a região nobre da cidade, porém confortável. Como é a sua aparência? (-Se desejar, pode mudar a cor do cabelo ou dos olhos na sua imaginação. Mas lembrando que seu pai é parecido com você.)
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~ 06:00 ~ Você é acordada com o despertador tocando aquele som irritante rotineiro. Após desligá-lo, levanta preguiçosamente para fazer suas higienes pessoais. De roupão, você vai ao closet se arrumar para o colégio. Pronta, desce até a sala de refeições, em que vê seus irmãos sentados à mesa comendo, e sua empregada lavando a louça. -Aimee: Audrey, eu que te levo pra escola hoje, ok? -Audrey: por que? Cadê o pai? -Seth: ele teve uma emergência na empresa de madrugada, e saiu correndo para resolver. O que você responde?
- Ah, que tipo de emergência? - Seth: ele não falou.
- Como se fosse novidade...
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Quando estava chegando na escola, só de ver este local, já te dá repulsa. Todos os dias pergunta à si mesma o porquê de ter que continuar em um lugar que odeia tanto. Ao caminhar pelo corredor e ir até a sala de aula, é acompanhada por olhares, cochichos e risadas baixinhas. "O que posso fazer?" pensa... Como sempre, é a primeira a chegar, e senta na cadeira do fundo. Como falta quinze minutos para a aula, decide ouvir música. Ao colocar o fone, ouve:
Hold On - Chord Overstreet
Fu**kin' Perfect - P!nk
Amianto - Supercombo
In The End - Linkin Park
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Por algum motivo, a música fez você lembrar do acontecimento do ano passado... ~VOLTA NO TEMPO~ { 1 ano atrás} Seu namoro não está indo bem, e está tentando pensar nos motivos. Até que seus pensamentos são cortados com a notificação recebida no celular. [Chat On] Matheus: hey, amor da minha vida! Quer passar umas 18:00 aqui em casa? Audrey: hmm... Claro! Chego aí em uma hora! [Chat Off] Você pula da cama, e vai direto ao banheiro tomar um rápido banho. Depois, passou uma maquiagem básica e partiu pra roupa. Tem poucas opções de roupas que seu namorado a aprove usar, que são vestidos claros. Ele odeia vê-la usar calças ou shorts, e qualquer coisa escura.
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Chegando à casa de Matheus, você bate à porta, e rapidamente ele abre. Por dois segundos ele te olhou de cima a baixo, analisando-a, e disse: - Ótimo! É... Não tem ninguém em casa, sabe o que isso significa? - Ele disse, enquanto te convidava para entrar. - Sei... Mas... - Sua fala foi interrompida com um beijo. - Mas o que? Você não quer? É isso? - Ele disse calmo e olhando para você. - Eu não tô preparada, amor... - Ah, tudo bem. Tudo no seu tempo, gata. Pra passar o tempo, quer ver um filme? - Hã, pode ser... - Você diz feliz, por ele ter compreendido. - Eu preparo a pipoca e algo pra beber. Qual filme vocês vão assistir?
Para Todos Os Garotos que Já Amei.
The Edge Of Seventeen.
As Branquelas.
Corra!
Todo Mundo Em Pânico 4.
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Após quinze minutos, ele aparece no quarto com dois baldes de pipoca e uma garrafa com suco de laranja. Ele senta ao seu lado, e te passa a pipoca e o suco. - Nossa, a pipoca tá muito salgada! - Você fala, tossindo. - Sério? Droga, desculpa, come mesmo assim, a minha também deve estar... - Ele diz com uma cara de arrependido exagerada. - Haha, bobo. Tudo bem. Vamos assistir! Depois de quase meia hora, você já tomou toda a bebida sozinha, por conta da pipoca estar salgada demais. Porém, começou a sentir-se muito cansada e tonta. - Amor, acho que vou desmaiar... - Disse quase que sem voz. - Calma...
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Você acorda, sem saber o que aconteceu. Matheus não está, mas tem uma música, aparentemente vindo da cozinha ou da sala. Ao tentar levantar, fraqueja e uma dor enorme aparece nas suas partes íntimas. Ao olhar para baixo, percebe que há sangue no lençol e que está nua. - Que porra é essa? - Você grita sem querer. Após alguns segundos, Matheus surge na porta do cômodo. - Acordou!! Quer café? - Ele pergunta com um rosto feliz. - O que aconteceu? Que horas são? - Sua voz sai mais alta do quê você imaginava. - Bom, são 08:00 da manhã, e você não se lembra? Foi maravilhoso... - Diz com um sorriso malicioso. - OITO HORAS? Como assim?? O que foi maravilhoso? - Você dormiu demais... E bom, eu só cuidei do que é meu. - Você fez uma cara de dúvida, e ele prosseguiu. - Seu corpo. Fiz o que foi preciso pra nenhum outro babaca fazer! Mas pode ficar despreocupada, eu usei preservativo. - V- você me estuprou? - Neste momento, a raiva te consumiu, e não pôde controlar as lágrimas em seus olhos, embaçando um pouco sua visão. Quando Matheus ouviu isto, lhe deu um forte tapa no rosto. - NUNCA DIGA ISSO! VOCÊ É MINHA NAMORADA, POSSO FAZER O QUE BEM ENTENDER COM O SEU CORPO. Inclusive com você mesma. - Ele pegou uma faca dentro da gaveta, e a apontou para a sua barriga. - Repete comigo. Vai! REPETE! - E- eu sou sua... Você não precisa fazer isso... - Sua voz de choro era nítida. - Minha vida... Eu não vou te machucar se você colaborar e não me desobedecer. - Ficou um terrível silêncio por alguns segundos - Só que agora... Deita na cama. - Matheus, por favor, n-não... Eu tô com muita dor! - Apontando para o local dolorido. - Melhor ainda! Agora faz o que mandei. - Não, eu te peço, não! - Grita, com medo da reação que ele poderia ter. Você percebe que ele ia gritar, mas parou e disse somente "tá bom, mas vai ter consequências." - Posso ir embora? - Você pergunta tremendo. - Pode, mas eu te levo.
Seguinte.
Seguinte.
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Ao chegar em casa, seu pai pergunta aonde você estava. O que responde?
- Na casa do Matheus... Desculpa não ter avisado, pai. Aliás que emergência era que você teve que resolver ontem? - Saulo: tudo bem, só não faça de novo. A empresa não é algo com que você precise se preocupar, querida.
Só estava na casa do Matheus, pai! Coisa chata! - Você resmunga e corre para o quarto, nem dando tempo dele responder algo.
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Ao deitar em sua cama, desaba em tantas lágrimas. Pergunta para si mesma repetidamente o porquê de isso acontecer justamente com você, porém, acaba caindo no sono, apesar da dor íntima ser horrível. Passado uma hora, você acorda com a cara inchada. Decide tomar banho para relaxar, ou tentar. Após tudo isto, o seu dia correu normal, apesar de estar abatida.
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Assim que passa pelas portas do colégio, todos os alunos presentes olham para você e dão risada, e você já acostumada, continua andando. Por estar um pouco atrasada, quando chega à sala de aula, dá de cara com Matheus, que está conversando com seus amigos. Quando eles te veem, seu namorado te chama para sentar com eles. No final da última aula, Matheus pergunta se pode te dar carona. Você aceita. Vocês vão de mãos dadas até o carro, e após cinco minutos de silêncio na trajetória: Matheus: você sabe que se contar para alguém, eu te mato, né? Audrey: eu não vou contar... - Você diz envergonhada. - Espera, para aonde você está indo? Era para ter virado a esquerda! Matheus: relaxa! Só vou te dar o que merece, por ter me desobedecido. Não é nada ruim... - Você não acredita, mas não o contradiz, para não piorar a situação. O carro é estacionado próximo a um terreno de mata, somente com um prédio aparentemente abandonado ao redor do local. No mesmo instante, ele abaixa o banco do passageiro, e o forte corpo dele fica por cima do seu. Matheus: tira a roupa. - Falou enquanto tirava a bermuda. Você faz o que lhe foi mandado, ficando os dois nus. Ele começa a beijar lentamente seu pescoço e ia deslizando, porém, para, quase que na altura da barriga. Matheus: não grita. É uma ordem, entendeu? - Você balança a cabeça positivamente, com o rosto já molhado de lágrimas. A dor de ele entrando em seu corpo é insuportável. Você solta um grito desconfortável, implorando para que ele não continue, que é ignorado. As lágrimas que percorriam seu rosto estavam o queimando. Porém, nenhuma dor supera a que quando ele te puxa para fora do carro, após ele ter se vestido. Matheus: você me ama? FALA! Audrey: o que você quer que eu diga? - Depois da última palavra, a mão fechada dele acerta sua delicada face diversas vezes, fazendo-a sangrar. Matheus: VOCÊ ME AMA? - Não conseguindo falar, você só movimenta a cabeça para cima e para baixo. Antes de te levar para casa, passou em uma farmácia para comprar uma pílula do dia seguinte, em que você foi obrigada a tomar na frente dele, e depois, usar o tanto de maquiagem que fosse necessário para cobrir os hematomas. Após meses de sofrimento pelas mesmas coisas, ouvindo todos os dias críticas sobre o seu corpo e personalidade, e ter hematomas e machucados por todo o corpo, você está estudando, quando recebe uma mensagem. {Chat On} Matheus: amor... Estou com saudade! Audrey: eu também... - você manda receosa, por estar mentindo. Matheus: sabe o que me faria muito feliz? Audrey: ... Matheus: se você me mandasse uma foto sua... Audrey: mas você tem aí, não tem? Matheus: é outro tipo de foto... Audrey: eu não sei não hein, amor... E se vazar? Matheus: você não confia em mim? Para diminuir as chances de vazar, apaga a foto e a conversa. Audrey: tá bom...
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[Você manda a foto, e logo em seguida apaga para você] Vocês conversam por mais algumas horas, e os dois vão dormir.
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~ 06:00 ~ (Segunda) Após já ter feito sua rotina matinal, estava no carro com seu pai e conversando. - Saulo: chegamos. Você tá bem? Parece cansada. - Audrey: sim, estou bem. Não se preocupe, pai. Tchau! - Saulo: Se você diz... Tchau, filha!
Você coloca os fones de ouvido e ouve alguma música da sua playlist enquanto anda.
Você só mexe no celular enquanto anda.
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~ 08:00 ~ (Sexta) Ao chegar na escola, como sempre, os olhares caíram sobre você, mas você sentia que havia algo de diferente... Ao chegar na sala de aula, você ouve risos, e alguém grita: "Bela foto!", e sem entender nada, se senta. Aos poucos, os outros alunos iam entrando, e por último, Matheus, que lhe dá uma piscada discreta. Com o intervalo prestes a acabar, você volta à sala, e encontra sua carteira rabiscada. "Vadia", "traíra" e "puta". Surgem lágrimas em seus olhos e, involuntariamente, elas caem. Você está entendendo tudo. Sua foto vazou. Mas como? O Matheus a postou? Uma coisa não tem sentido: por que traíra?
Você tenta apagar a tinta, com a mão, o que não funciona, então se senta.
Só senta na cadeira, pois não consegue pensar em mais nada.
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O sinal toca, e alguns segundos depois muitos alunos já entram na sala. Para tentar disfarçar, você coloca livros em cima dos rabiscos, para ninguém ver. Até que alguém passa e joga seus livros no chão. Isabella: ops, desculpa! - Disse com um tom debochado, e passou rindo. Isso chamou a atenção dos outros alunos, que viram as escritas na mesa. Alguns riram, outros repetiam as palavras lidas. A raiva, que já era tanta, misturou-se com a tristeza e vergonha. Você levanta, e vai em direção ao Matheus. Audrey: foi você que vazou? - Gritou, ao mesmo tempo com a voz trêmula de medo. Matheus: não se faça de santa! Eu só fiz o que você mereceu! Eu te amava, e você me traiu! Audrey: QUE?? EU NÃO TE TRAÍ MERDA NENHUMA! DO QUE VOCÊ TÁ FALANDO? - Os seus nervos estavam à flor da pele. Matheus: eu vi a sua conversinha com o seu "amigo" do curso de inglês! Eu confiava em você... EU JÁ FIZ ALGUM MAL PRA VOCÊ? NÃO! PORQUE EU TE AMAVA! MAS PELO JEITO VOCÊ NUNCA ME AMOU, JÁ QUE MANDOU ESSA MERDA DE NUDE PRO SEU AMIGUINHO!
Você dá um tapa fortíssimo no rosto de Matheus, e sai correndo da sala de aula.
Você só sai aos prantos da sala de aula, depois de empurrá-lo, enquanto ouvia todos te chamando de "chorona" ou "babaca".
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Sem permissão, você vai embora às pressas do colégio, e só percebe que esqueceu o material na sala quando estava longe da escola. As pessoas na rua olhavam na sua direção com pena, pois está com os olhos avermelhados, e a cara encharcada, enquanto corria o máximo que podia, sem se importar com os olhares que recebia.
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Você chega em casa extremamente ofegante. Quase que sem ar, chora e grita de raiva. Sentando no chão, apoia sua cabeça em seus joelhos, puxando seus cabelos, grita o mais forte que consegue. E você pensa...
ELES VÃO PAGAR POR TUDO ISSO! NEM QUE EU TENHA QUE MORRER PRA ISSO!
Não acredito que o Matheus fez isso comigo... EU ODEIO ELE, POR TUDO QUE ELE JÁ FEZ PRA MIM!
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Depois de um tempo de você sentada, sozinha e chorando, decide tomar um banho para tomar um ar fresco na praça, e sabe que esse é o único horário que pode sair sem trombar com algum colega de escola, por eles estarem em horário de aula. Que roupa você escolhe? Está muito frio...
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No caminho à praça, percebe que tem alguém lhe seguindo. Você acelera o passo, e o desconhecido faz o mesmo. Qual é a sua reação?
Corro muito!
Continuo na mesma velocidade, mas virando para trás às vezes, para ver se ele continua me perseguindo.
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Chegando ao parque, percebe que a pessoa sumiu, o que a relaxa. O que decide fazer?
Sentar embaixo de alguma árvore grande e ler o livro que trouxe.
Sentar embaixo de alguma árvore grande e ouvir música.
Sentar em algum banco com sombra e ouvir música.
Sentar em algum banco com sombra e ler o livro que trouxe.
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Após dez minutos, você sente alguém lhe cutucar as costas. Na hora, o seu coração gelou, e pensou que fosse algum conhecido para te caçoar ou te dar uma bronca. Você se vira rapidamente, e vê um homem idoso, aparentemente, setenta anos. Desconhecido: com licença! A senhorita poderia me ajudar em uma coisa? Audrey: hã, claro! O que seria? Desconhecido: eu ganhei este livro das minhas netas. - Aponta para um livro escuro e aparência antiga. - Mas não consigo ler o que está escrito. Não quis recusar, por serem minhas netas... Você poderia ler o que tem na capa, pelo menos? Audrey: parece antigo... Mas posso ler , sim... Desconhecido: aliás, o meu nome é Caym! - Disse, num tom inocente. Audrey: o meu é Audrey! Bom, tá escrito... - digo analisando o livro - Sorcery, que significa, acho que feitiço... O senhor se interessa por essas coisas? Parece ser um objeto bem antigo... Caym: ah, sim... Meus ancestrais eram considerados bruxos, e provavelmente se vivesse naquela época também seria considerado... Amo o sobrenatural, você não? Audrey: olha, eu gosto, mas nunca nem toquei em nada desse tipo... Essa é a primeira vez. - Você fala num tom sincero e olhando para o livro. Caym: bom saber! Não conte isso para ninguém, mas eu já tenho este livro. Para que ter dois? Quer para você? Audrey:
- Eu bem que gostaria, mas é seu livro, e ganhou das netas... Mas eu agradeço! - Caym: justamente! É meu livro! E quero dá-lo para a senhorita! Não seria incômodo algum... - Se você insiste, ok... Obrigada! Sério! - Você disse com os olhos brilhando de alegria, pela primeira vez no dia. Caym: Eu venho aqui todos os dias à tarde. Se algum dia precisar da minha ajuda, é só vim para este parque. - Diz entregando-lhe um colar lindo.
- Se não for incômodo, eu aceito, claro! - Caym: pois bem! De nada! - Ele disse, lhe entregando o livro. - Eu venho aqui todos os dias à tarde. Se algum dia precisar da minha ajuda, é só vim para este parque. - Diz entregando-lhe um colar lindo.
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Você chega em casa, após ficar horas no parque analisando a capa do que acabou de ganhar, pois estranhamente ele não abria. Estava quase pulando de alegria, pois sempre foi obcecada pelo sobrenatural e coisas fora dessa realidade. Porém, ouviu o carro de seu pai chegar, então correu até o quarto, e escondeu o livro no closet. Desceu às pressas para a sala, e encontrou seu pai parado em frente à escada, com uma cara séria. Você já conhecia essa expressão. Ia dar ruim...
- Oi pai! - Saulo: eu quero conversar. - Disse com a expressão totalmente fechada.
- O que foi? - Saulo: você ainda tem a cara de pau de me perguntar isso??
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Vocês dois sentam no sofá da sala de estar. Saulo: a escola me ligou. Eles falaram que você saiu sem permissão de lá, e ainda deixou o seu material lá! Eu que tive que ir buscar! ISSO FOI UM VEXAME! Audrey: eu posso explicar! Saulo: EU AINDA NÃO TERMINEI! Como eu ia dizendo, foi me falado que vazou uma... Foto... Íntima sua, e ainda agrediu um colega, ou melhor, O SEU NAMORADO! Audrey, você pensa que é quem? EU NÃO CRIEI FILHA MINHA PARA FAZER ESSE TIPO DE COISA COM DEZESSETE ANOS! Você estudou nas melhores escolas a vida inteira, teve sempre tudo do bom e do melhor! E o que eu recebo em troca? ESSA HUMILHAÇÃO! Os seus irmãos NUNCA fizeram esse tipo de coisa na sua idade! Audrey: VOCÊ NEM SABE O QUE ACONTECEU! NUNCA SOUBE! DESDE QUE A MÃE ABANDONOU A GENTE, E NOS MUDAMOS PRO BRASIL, VOCÊ TEM AGIDO COMO UM BABACA!- Você sobe correndo e chorando para o quarto, e bate a porta com toda a força que tem. Se joga na cama e chora, encharcando o travesseiro. Até que ouve um barulho vindo do banheiro. Pensando na possibilidade de ter alguém ali, provavelmente sua irmã, seca as lágrimas rapidamente, e vai em direção ao cômodo.
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Ao entrar no banheiro, encontra Matheus ao lado da pia, olhando para você. Seu coração dispara, porém, de medo. As lembranças de algumas horas atrás na escola vêm à tona, mas você tenta permanecer forte. Matheus: oi, meu bem! - Seu sorriso sádico te amedronta, mas você responde no mesmo tom. Audrey: nem vem com "oi, meu bem"! Sai da minha casa agora! Antes que eu chame a polícia! Matheus: opa haha, calma! Eu só quero ter um papo com você... Não seja agressiva, amor! Audrey: eu tô falando sério! Eu vou chamar a polícia! Matheus: com que celular? - Ele balança um celular e se aproximando um pouco de você. Neste momento você lembra que quando foi guardar o livro esqueceu o celular no quarto. Audrey: o que você quer? - Sua voz saiu trêmula e falha. Matheus: oh! A princesinha frágil está com medo? - Fala acariciando sua bochecha com a mão, na qual, você a tira no mesmo instante, porém, ele imobiliza seu corpo por completo, utilizando a força. Audrey: eu vou gritar se você não me soltar! - Tentando o fazer desistir. Matheus: gritar porra nenhuma! - Tampou sua boca com força, e te impulsionou com força até a parede. - VOCÊ ME DEIXOU IRRITADO! Ele retirou de seu bolso uma faca dobrável. Matheus: eu afiei essa droga hoje de manhã, colabora, SENÃO VOCÊ VAI SE ARREPENDER! - Disse cerrando os dentes, e lhe encarando nos olhos.
Você cospe nele logo em seguida.
Você grita pelo nome de seu pai, mas o quarto é muito afastado do andar de baixo, então ele acaba não ouvindo.
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Matheus: AHH, SUA PUTA! EU DISSE QUE VOCÊ IA SE ARREPENDER! - Ele berra na sua orelha, fazendo você ficar de pernas bambas de pavor, na qual, você se arrependeu de ter reagido no mesmo segundo. Ele te agarra pelo pescoço, e a arrasta até a banheira, enquanto pega uma pequena corda do bolso e lhe amarra as mãos. Sua respiração está mais ofegante e rápida, com o seu coração quase saindo pela boca. Ele levanta a sua blusa numa velocidade absurda. Agarrou sua faca, e já com você imaginando o que ele iria fazer, o objeto te perfura na barriga de leve, mas o suficiente para sangrar. Você vê o sangue descendo e escorrendo para sua coxa, enquanto tenta ao máximo não gemer de dor. Audrey: PARA, POR FAVOR! EU TE IMPLORO! - Gritou desesperadamente, pois a dor está imensurável. Matheus: CALA A BOCA! - Pressionando mais o objeto em seu corte. Audrey: POR FAVOR! FAZ QUALQUER COISA, MAS PARA COM ISSO, EU IMPLORO, Matheus! - De repente, Matheus para, e olha para você. Matheus: qualquer coisa? Você que manda, gata. - Um sorriso de canto malicioso surgiu no rosto dele. No mesmo segundo, ele te agarra novamente pelo pescoço, e te joga no chão. Matheus: você vai abrir a porra da minha calça e chupar o meu pau. Audrey: Matheus, eu não consigo levantar! - Diz jogada no chão, esforçando-se para ficar de joelhos. Matheus: FODA-SE! ENTÃO VOCÊ VAI FAZER ESSA BOSTA DEITADA NA CAMA, COMIGO DO LADO. ENTENDEU? Audrey: tá bom... - Suas forças estavam diminuindo, tanto que não conseguia falar. (...)
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Após o ocorrido... Matheus: desce as escadas, nem que seja se arrastando! Seu pai vai te ver, e te socorrer. VOCÊ NÃO ENVOLVE O MEU NOME, SENÃO EU JURO QUE EU MATO VOCÊ E SEUS IRMÃOS! Audrey: ele vai perguntar o porquê de eu ter esse corte na barriga, idiota! - Falou em um tom baixo, quase que não audível. Matheus: diz que você mesma fez isso, pra chamar a atenção, por conta da briga, mas se arrependeu. Leva a faca. Eu estou de luva mesmo, não deixei minhas digitais. AGORA VAI. Você está tão enfraquecida, que tem que praticamente se arrastar até as escadas, em que seu pai lhe vê e te socorre. Você faz exatamente o que Matheus mandou. Semanas depois, seu pai te colocou para fazer terapia.
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{ TEMPO ATUAL: 1 ANO DEPOIS} Após perceber que se perdeu nos pensamentos, e que o professor já está em sua mesa, retira os fones de ouvido e pausa a música. ~ 13:00 ~ Sua aula termina, e como faz todos os dias, evita olhar para o Matheus e sua nova namorada, Isabella. Ao chegar em casa, está sem fome, então vai direto ao closet trocar de roupa, pois vai tomar banho à noite somente. Até que lembrou do pequeno esconderijo que tem no armário, que guarda objetos que considera valiosos. Sua curiosidade é maior, então, o abre. Acha diversas coisas. Colares, dinheiro e perfumes, mas somente um lhe chamou a atenção: o livro. Ao pegá-lo sente uma energia positiva em seu interior. Fechou o esconderijo, caminhou até a porta e a trancou. Deitou na cama para ler este precioso e pesado objeto.
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28
Ao abrir o livro pela primeira vez, uma folha cai, mas não dá importância. Suas páginas estão rasgadas nas bordas, e amarelas, nítido que tudo foi escrito à mão. "Existe aqui uma mulher Uma bruxa, uma princesa Uma diva, que beleza! Escolha o que quiser Mas ande logo Vá depressa Nem se atreva A pensar muito O meu universo Ainda despreza Quem não sabe O que quer..." Qual frase tem, além desse poema, nas primeiras páginas?
"Daqui eu consigo ouvir você gritar,
mesmo que sua língua esteja muda.
Você está de frente a uma bruxa,
é compreensível se desesperar.
Mas quando era eu amarrada
que você colocou para queimar,
você não ouviu sequer um grito,
nas labaredas acontecia um rito,
E, diferente de você, cristão,
eu não virei pó, não.
Aqui no meu mundo pagão
nossa matéria é menos apegada.
Do pó, eu virei fênix armada.
Eu brilhei a chama da vida,
desintegrei em clarão mágico.
Eu era mulher, poderosa e destemida.
Você ardia em ódio e ignorância,
um espírito cheio de ganância,
resolveu dar a mim um fim trágico.
Mas tudo em mim é mágico.
Eu roubei seu fogo maldito,
fiz dele amor bendito.
E hoje esse fogo ainda crepita,
na lanterna de um eremita,
mostra para nós o caminho
e ser mágico nenhum andará sozinho.
Bruxa, mulher, poder feminino.
Você tem a bruxaria em seu ninho,
a magia em seu peito campesino,
o fogo da vida é seu inquilino.
Com liberdade, entoe seu hino.
Cristão, não use fogo para abafar poder.
Uma bruxa nunca vê sua magia morrer."
"Somos bruxas, somos fadas Somos moças encantadas Enamoradas Da lua Do sol Da Natureza Fazemos feitiço Fazemos rebuliço Com nosso caldeirão Fazemos magia Prendemos corações dispersos Com nossa inspiração Transformamos palavras em poesia Com nossa magia Fazemos fantasia Levamos qualquer um a viagens inesquecíveis Somos mulheres apaixonadas Que atiçam Enfeitiçam Que cantam E encantam Somos mulheres que seduzem Somos sombra, somos luzes Somos o que queremos ser Somos mulheres Seres viventes Amantes Feiticeiras do amor Nosso feitiço aprisona A quem quer nos dominar Prendendo outros coração aos nossos Somos bruxas das palavras Das trovas e versos Somos fadas e magas Da magia e inspiração Só não gostamos de solidão"
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Folheando as outras páginas, observa que há muitos feitiços e rituais de magias. Este livro tem mais de 500 folhas! Sem paciência, pula para o final, em que encontra um desenho bizarro: uma mulher sem rosto, sendo agarrada e presa por... Mãos? De repente, gritos tomam conta de sua mente e ouvidos. Gritos de dor e sofrimento. Eram muitas pessoas, dezenas delas. Não desviando o olhar da ilustração, os braços e mãos que seguravam a pobre mulher começam a se soltar gradativamente, igualmente aos gritos que você ouvia. Até que ela ficou ali, imóvel e sozinha. Seus cabelos são longos e negros, como a escuridão que tormenta as almas perdidas. Seu corpo, esbelto e nu, coberto de feridas e sangue, mas esta mulher parece não se importar. Você, confusa e abatida, não tem controle das lágrimas que deslizam pela sua face, que acabam caindo algumas para o desenho, borrando-o. Ao lado da outra folha, há escritas. Algumas em uma língua que não compreende, já as outras em português. " Pobres pessoas. Tentativas falhas de encontrar a paz e luz. O que todas fizestes de errado? Meros mortais não compreendem. Machucam a si próprios para alcançar tudo o que desejam, da forma que desejam. Seu sangue e corpos não os satisfaz? Recolham então as estrelas! Não será preciso. Uma alma já os fará feliz. Aí, poderão seguir para outros mundos e lugares! Ou até mesmo, realidades. Basta apanhar meio litro do líquido vermelho, e uma pequena estaca de madeira. Juntá-los seria ótimo. As palavras têm poder, mas nenhuma é mais poderosa àquelas que realizam os desejos mais sombrios. "Elementum recolligo Huic commodo locus mihi vestri vox. Elementum ego unda dico vos. Permissum Pluit é est meus nos sic vadum is exsisto." Velas com aroma de sândalo também será preciso. Ele é como o seu pulmão."
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