Quem é você no fim do semestre?

Na frente, bem coladinho ao quadro para não perder nenhuma informação do professor.

De lado, conversando com os meus amigos.

Com a cabeça na carteira, de olhos fechados, pensando na morte da bezerra.

Bem perto da porta, para ficar mais fácil de ir embora sem ninguém perceber.

Eu deixo para a última hora e faço de madrugada, pois não tenho horários livres e a vida é corrida.

Faço no mesmo dia e reviso várias vezes para analisar se errei ou se faltou alguma informação.

Acabo indo para o bar e depois de algumas cervejinhas me esqueço da vida.

Sinto dificuldade, mas me esforço bastante até conseguir e entrego na data certa.

Todas, principalmente as que me fazem pensar bastante.

A que mexe com a criatividade e comunicação.

Depende muito, cada semestre eu tenho uma diferente.

Nenhuma. Eu gosto mesmo é do bar anexo à faculdade, onde encontro os melhores professores e teses.

Bate o desespero, um misto de querer não querer ver, sinto calafrios.

Já sei que vou me dar bem e nem me preocupo muito, sou o melhor aluno da sala.

Dou risada de nervoso e adio o máximo que posso.

Eu nem vejo. Quem se importa?

Tento colar da forma mais criativa sem que o professor perceba.

Preencho o meu nome e, se for de múltipla escolha, chuto as respostas torcendo pra acertar alguma. Caso contrário, entrego em branco.

Faço com tranquilidade, pois estudei diariamente para isso e tenho certeza que vou tirar uma boa nota.

Estudo de última hora, de madrugada, no ônibus a caminho da faculdade e não tenho certeza de nada.

Deixo os meus colegas fazerem tudo sozinhos, mas ganho nota mesmo assim.

Acabo fazendo tudo sozinho, pois gosto quando o resultado final fica do meu jeito e não ligo que os outros tirem nota pelo meu esforço. É minha decisão, a melhor!

Fica meia-boca. Já que ninguém marcou de se encontrar ou planejou o que deveríamos fazer, acabamos resolvendo tudo pela internet e de última hora.

Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém faz.