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1
Imagina que estás aos comandos de um elétrico que segue a toda a velocidade por uma linha ferroviária. De repente, percebes que os travões falharam e que não há maneira de parar. Mais à frente, vês cinco pessoas amarradas aos carris. Se nada for feito, o elétrico irá matá-las. No entanto, mesmo à tua frente, há uma alavanca que podes accionar para desviar o elétrico para uma linha secundária. Se o fizeres, evitarás a morte das cinco pessoas. Mas há um problema: nessa outra linha, encontra-se uma pessoa amarrada. Se puxares a alavanca, salvarás as cinco, mas condenarás essa única pessoa à morte. Deves manter o curso e deixar que o elétrico siga o seu trajeto, matando cinco pessoas? Ou deves intervir, desviá-lo e, com isso, causar a morte de uma única pessoa para salvar as outras cinco?
Matar as 5 pessoas.
Intervir e matar 1 pessoa.
2
Sofia é uma mãe polaca presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Certo dia, um soldado alemão coloca-lhe uma escolha cruel: ela deve decidir qual dos seus dois filhos será morto. Se não escolher, ambos serão executados. Sofia, em desespero, acaba por escolher salvar um dos filhos, e o outro é levado para a morte. Sofia fez o que era moralmente correto ao escolher um dos filhos? Seria melhor recusar a escolha, mesmo sabendo que isso levaria à morte dos dois?
Não deve escolher um dos filhos!
Deve escolher um.
3
Estás numa ponte e vês um elétrico desgovernado a caminho de cinco pessoas amarradas nos trilhos. Ao teu lado, está um homem muito gordo. Se o empurrares para os trilhos, ele será suficiente para parar o elétrico, salvando as cinco pessoas. Deves empurrá-lo?
Deves empurrá-lo.
Não deves empurrá-lo.
4
Harry Truman decidiu lançar a primeira bomba atómica em 1945 sobre a cidade japonesa de Hiroxima, matando de uma vez só mais de cem mil pessoas (civis inocentes). Truman queria pôr fim à 2ª Guerra Mundial o mais depressa possível e obrigar o governo japonês a render-se. Se a guerra se prolongasse, previsivelmente haveria a perda de muitos mais soldados e civis do que as perdas causadas pela bomba atómica. Será que Truman agiu bem?
Truman agiu bem!
Truman não agiu bem!
5
Vários navios de refugiados estão prestes a chegar ao nosso país. Um grupo de terroristas, fazendo-se passar por refugiados, viaja escondido num desses navios com dezenas de pessoas inocentes. Os terroristas levam consigo uma nova arma biológica que poderá provocar a morte de muitos milhões de pessoas. Mas não se sabe em que navio viajam os terroristas que levam consigo a arma biológica. Ainda assim um dos elementos desse grupo de terroristas foi capturado, mas recusa-se a falar. Será eticamente aceitável recorrer à tortura para fazer o terrorista capturado indicar o navio que transporta a arma biológica?
Sim.
Não.
6
Jaime, um botânico que trabalha na América do Sul, vê-se numa cidade em que um capitão prendeu vinte índios ao acaso com a intenção de os executar. O capitão faz uma proposta: se Jaime matar um índio à sua escolha com as próprias mãos, os outros dezanove serão libertados; se não fizer isso, serão todos executados, como previsto.
É correto matar o índio.
Não é correto matar o índio.
7
Uma mulher tem uma doença grave e precisa urgentemente de um medicamento. O único farmacêutico que o vende colocou um preço exorbitante, e ela ou o marido não têm dinheiro suficiente. O marido deve roubar o medicamento para salvar a vida da mulher?
Sim, deve roubar.
Não deve roubar
8
De um milionário prestes a morrer recebo um cheque de 500 mil euros. Comprometo-me a cumprir a sua última vontade: entregar essa quantia ao presidente do seu clube de futebol preferido. Contudo, a caminho do estádio, uma campanha contra a fome no mundo chama a minha atenção. Surge um dilema: devo ser fiel à minha promessa ao moribundo ou contribuir para salvar milhares de vítimas de fome?
Devo usar o dinheiro para um bem maior.
Devo cumprir a minha promessa.
9
Um grupo de vinte turistas tenta sair de uma gruta situada na costa, à beira-mar. O líder do grupo fica preso na estreita abertura da gruta, sem conseguir mexer-se, para dentro ou para fora. A maré enche. Todos se apercebem de que, se não saem rapidamente da gruta, acabarão por morrer afogados. Desesperados, encontram na gruta um isqueiro e um pau de dinamite. Se o usarem para libertar a saída, morre o líder, mas os restantes membros do grupo salvam-se. Se nada fizerem, todos morrem, exceto o líder, que já tem a cabeça de fora.
Devo usar o dinamite.
Não devo usar o dinamite.
10
A Sara é uma cirurgiã especializada na realização de transplantes. No hospital em que trabalha enfrenta uma terrível escassez de órgãos – cinco dos seus pacientes estão prestes a morrer devido a essa escassez. Onde poderá ela encontrar os órgãos necessários para salvá-los? O Jorge está no hospital a recuperar de uma operação. A Sara sabe que o Jorge é uma pessoa solitária – ninguém vai sentir a sua falta. Tem então a ideia de matar o Jorge e usar os seus órgãos para realizar os transplantes, sem os quais os seus pacientes morrerão.
Deve matar o Jorge.
Não deve matar o Jorge.
11
Em 2013, um fungo mutante transforma os seres humanos em criaturas hostis chamadas "infetados", dizimando a civilização. Vinte anos depois, os poucos sobreviventes vivem em zonas de quarentena ou em grupos nómadas. Joel, um contrabandista, é encarregue de levar Ellie, uma jovem imune à infeção, até uma equipa de cientistas que pretende usar a sua imunidade para desenvolver uma cura e salvar a humanidade. Durante a viagem, eles enfrentam muitos perigos e formam uma forte ligação afetiva. Ao chegarem ao hospital, Joel descobre que, para desenvolver a cura, Ellie terá que ser submetida a uma cirurgia que resultará na sua morte. Desesperado, Joel resgata Ellie, ainda inconsciente, da mesa de operações e mente-lhe, dizendo que os médicos desistiram do projeto. A questão moral surge: será aceitável sacrificar a vida de Ellie para salvar a humanidade?
Sim.
Não.
12
Suponhamos que um voyeur espiava secretamente a senhora York espreitando pela janela do seu quarto, e secretamente lhe tirava fotografias quando ela estava despida. Suponhamos ainda que fazia isto sem se denunciar e usava as fotografias apenas para o seu prazer pessoal, não as mostrando a mais ninguém. Nestas circunstâncias a única consequência da sua ação é um aumento da sua própria felicidade. Ninguém mais, nem mesmo a senhora York, sofre qualquer infelicidade. Será imoral a ação desse voyeur perfeito?
Essa ação é imoral.
Essa ação é moral.
13
Numa cidade onde há grandes tumultos, um crime brutal é cometido, e a população exige justiça imediata. Se o juiz condenar um inocente como culpado, os tumultos cessarão e ninguém mais morrerá. Se insistir na verdade e libertar o inocente, os motins continuarão, resultando na morte de centenas de pessoas. O juiz deve condenar o inocente para evitar um massacre?
Não.
Sim.
14
O planeta Terra enfrenta mais um inimigo: Thanos, o vilão intergalático, que pretende reunir as seis jóias do infinito: artefactos de poder inimaginável capazes de lhe dar o controlo sobre a realidade. Thanos considerava que impediria os planetas de entrar em colapso ao dizimar metade da sua população. Na sua perspetiva, era um pequeno preço a pagar pela salvação. O universo é finito, os recursos são finitos e, se a vida não for controlada, deixará de existir. E ele era o único com vontade de atuar para corrigir essa falha. É moralmente justificável eliminar metade da população do universo para garantir a sobrevivência dos restantes seres vivos no futuro?
Sim.
Não.
15
Um grupo de naúfragos está há semanas à deriva sem comida. Um deles, muito doente e sem esperança de sobrevivência, pode ser morto e comido para manter os outros vivos. Devem sacrificá-lo?
Sim.
Não.
16
Marcus, oficial da marinha norte-americana, é enviado ao Afeganistão numa missão para capturar um líder do talibã. Quando ele se depara com um homem idoso e três crianças, ele recebe ordens para matar os quatro, mas Marcus não tem coragem de o fazer. Contudo, com isso o paradeiro dos americanos é descoberto e, por conseguinte, toda a equipe é atacada e morta por homens armados enviados pela Al Qaeda. Será que a ação do Marcus, de não matar o homem idoso e as três crianças, foi correta?
Não foi uma ação correta.
Foi a ação correta.