Bate Papo Sociológico 3 - Cultura
Exercícios para treino de vestibular sobre a temática Cultura!
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O antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917) foi responsável por criar a primeira definição de cultura. Segundo o estudioso, ela representa: (...) todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Sobre o conceito de cultura, é correto afirmar:
A cultura é sinônimo de educação e envolve o saber sobre a arte, as leis e a moral.
A cultura é universal e definida pela política, economia e educação das sociedades em que se desenvolve.
A cultura é conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social.
A cultura representa uma rede de significados que foi imposta pelos povos da antiguidade.
A cultura gera determinados padrões que são considerados corretos e utilizados por todos.
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“Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria. A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. ” O trecho do texto acima aborda sobre a mistura étnica na formação da identidade brasileira. No olhar do antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro:
A mistura étnica do Brasil resultou numa ambiguidade entre características positivas e negativas que coexistem.
A mistura étnica do Brasil é considerada positiva e vem se adaptando com o tempo.
A mistura étnica do Brasil foi fruto da violência e isso está refletido na cultura brasileira.
A mistura étnica do Brasil é formada pela pluralidade de etnias e, por isso, é considerada negativa.
A mistura étnica do Brasil contribuiu para a criação de uma identidade brasileira negativa que se perpetua na violência.
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“(...) transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio envolvente, da sua interacção com a natureza e da sua história, e confere-lhes um sentido de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito da diversidade cultural e a criatividade humana. ” São exemplos de patrimônio cultural imaterial, exceto:
Culinária e lendas
Linguagem e literatura
Feiras e festas
Danças e rituais
Vestimentas e utensílios
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A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”. A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque:
Divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
Legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
Garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação.
Impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnicoracial do país.
Reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
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O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção da farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos. Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a:
Ampliação dos saberes autóctones.
Disseminação de rituais festivos.
Difusão de hábitos alimentares.
Diversificação de oferendas religiosas.
Apropriação de costumes guerreiros.
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Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos. A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a):
Expressão do valor das festividades da população pobre.
Elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
Instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
Estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
Ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
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Produzida no Chile, no final da década de 1970, a imagem expressa um conflito entre culturas e sua presença em museus decorrente da:
Burocratização do acesso dos espaços expositivos.
Definição dos critérios de criação de acervos.
Fragmentação dos territórios das comunidades representadas.
Valorização do mercado das obras de arte.
Ampliação da rede de instituições de memória.