Bem-vindo, Alice . .🐇🌾🪔
꒰ ✃ : 𝒜𝗅𝗂𝖼𝖾 𝖼𝖺𝗆𝗂𝗇𝗁𝖺𝗏𝖺 𝖺𝗉𝗋𝖾𝗌𝗌𝖺𝖽𝖺 𝗉𝖾𝗅𝖺 𝖿𝗅𝗈𝗋𝖾𝗌𝗍𝖺, 𝖺𝗉𝗈́𝗌 𝗏𝖾𝗋 𝗌𝖾𝗎 𝖼𝗈𝖾𝗅𝗁𝗈 𝗌𝗎𝗆𝗂𝗇𝖽𝗈 𝗉𝖾𝗅𝖺 𝗆𝖺𝗍𝖺. 𝖮 𝗊𝗎𝖾 𝖺 𝗉𝖾𝗊𝗎𝖾𝗇𝖺 𝗇𝖺̃𝗈 𝗌𝖺𝖻𝗂𝖺, 𝖾𝗋𝖺 𝖽𝗈 𝗀𝗋𝖺𝗇𝖽𝖾 𝗋𝗂𝗌𝖼𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗌𝗎𝖺 𝗏𝗂𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗋𝗋𝗂𝖺 𝗉𝗈𝗋 𝖼𝖺𝖽𝖺 𝖾𝗌𝖼𝗈𝗅𝗁𝖺 𝖾𝗋𝗋𝖺𝖽𝖺. 𝖮𝖻𝗃𝖾𝗍𝗂𝗏𝗈: 𝖠𝗃𝗎𝖽𝖾 𝖠𝗅𝗂𝖼𝖾 𝖺 𝗍𝗈𝗆𝖺𝗋 𝖺𝗌 𝖽𝖾𝖼𝗂𝗌𝗈̃𝖾𝗌 𝖼𝗈𝗋𝗋𝖾𝗍𝖺𝗌, 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖿𝗂𝗇𝖺𝗅𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖺𝗅𝖼𝖺𝗇𝖼̧𝖺𝗋 𝗌𝖾𝗎 𝖺𝗆𝖺𝖽𝗈 𝖼𝗈𝖾𝗅𝗁𝗈. 𝖮𝖻𝗌: 𝖢𝗎𝗂𝖽𝖺𝖽𝗈, 𝖼𝖺𝖽𝖺 𝖾𝗌𝖼𝗈𝗅𝗁𝖺 𝖾𝗋𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗎𝗌𝗍𝖺𝗋𝖺́ 𝗌𝗎𝖺 𝗏𝗂𝖽𝖺.
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A loira corria sem medo entre as árvores grotescas, percorrendo com seus pequenos passos - mas, muito apressados - um caminho extremamente longo. Cansada de tanto andar, a menina se deparou com três estradas.
Sem vida. Frio. Vazio. Essas eram as principais características desse caminho, formado por diversos ossos. O silêncio era tão grande, que Alice pensara que havia ensurdecido. Seu peito corroía em vazio, somente de olhá-lo.
Um grande corredor de rosas brancas, que transmitiram a menina tremenda paz. Podia se ver um garoto branquelo brincando com uma flor na mão, era tão alvo que até suas pupilas eram esbranquiçadas. Ele sorria feliz, o que tranquilizou o coração de Alice.
Um cheiro insciente de ópio vinha de uma das estradas, Alice se sentia tonta só de aproxima-lá. Uma lagarta ao fundo balbuciava algumas palavras, entupindo-se com seu narguilé. Será que ela realmente te ajudaria a achar o coelho?
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A menina percorreu em silêncio o corredor de flores, mas, a dúvida consumia o seu peito por inteiro; por que aquele rapaz brincava sozinho em um lugar como esse? Aproximou-se discretamente da figura humana, lançando-lhe uma primeira pergunta: - Por que está brincando aqui sozinho? - Indagou a garota, um tanto irritada. - Estou esperando um amigo. - O branquelo respondeu, com uma vez totalmente suave.
próxima.
próxima.
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- Ele está preso em um labirinto. - Confessou, ainda brincando com a rosa em mãos. - O príncipe de copas, se afundou em uma guerra, porque seu coração estava repleto de ódio. Agora, ele está preso em um labirinto na sua própria cabeça, agonizando para sair. Estou esperando-o, porque sei que meu menino é forte e voltará para brincar comigo algum dia. - Eu tenho um amigo me esperando... Devo ir encontrá-lo, antes que seja tarde demais. - Ditou cabisbaixa. - Vá, porque o tempo é seu inimigo. Mergulhe nas profundezas do rio e achará seu caminho, pequena. - Fez uma pequena pausa, antes de continuar. - Espero que seu amigo a espere.
Procurar o coelho, indo até o rio, antes que seu tempo acabe.
Ficar e retrucar o príncipe branco.
4
Correu apressada até o rio, tropeçando em algumas rosas antes de mergulhá-lo. Nadou até o fundo, onde encontrava-se uma porta.
Voltar para a superfície e respirar.
Atravessar.
5
Alice caiu com tudo no chão, sua porta era um pequeno buraco no céu. - É um pássaro! - Uma voz desconhecida falou, a menina tentou erguer os olhos para espreitar quem era. - É uma menina, seu idiota. - A voz referiu-se a si. Uma lebre e um chapeleiro tomavam chá, em meio à floresta. A mesa de doces, erguia-se distantemente, o que fez o estômago da menina roncar. Um verdadeiro banquete!
Vá até os rapazes e se sente para tomar chá com eles.
Siga seu caminho, afinal, são completos estranhos.
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- Olá, ratinha! Chegue mais perto, chegue mais perto! - Chamava o ruivo, ele parecia simpático, então, Alice aproximou-se. - Ratinha, sente-se e tome chá conosco! Consigo ouvir seu estômago roncando, não adianta negar. A loira sentou-se na ponta da mesa, de frente para o chapeleiro. - Por que estão tomando chá no meio da floresta? - Riu, imaginando uma resposta absurda. - Estou em um encontro com essa lebre, aqui. - Sussurrou, brincalhão. - É suuuuuper românti... - Mal terminará a frase quando uma xícara atingiu a sua cabeça, a lebre fuzilava outrem com os olhos. - Não dê atenção para esse mendigo, querida. - Calmamente direcionou-se a você. - Ele é louco.
Próxima.
Próxima.
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- Nós vimos um coelho passando por aqui mais cedo, pequena. - Contou a lebre, sua voz mansa tranquilizava Alice. - Ele andou apressado, mas, você provavelmente deveria perguntar ao tempo, pois o coelho estava com um relógio em mãos. - Tome, ratinha. - Foi a vez do chapeleiro falar, entregando para ela um pequeno biscoito. - Coma quando sentir que precisa, ele te ajudará. A loira segurou o doce cuidadosamente entre as mãos, “coma-me” estava escrito com pasta americana, Alice então, guardou-o no bolso de sua jardineira. - Onde eu posso achar o tempo? - Perguntou, preparada para achar seu pequeno coelho. Os dois rapazes ficaram em silêncio, voltaram a degustarem seu chá, tranquilamente. Alice questionou-se, deveria cobrar alguma resposta?
Questionar os rapazes.
Seguir pelo único caminho próximo, para achar o tempo o mais rápido possível.
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Andava apressada, mas, o que era sua pressa para o tempo? Aquele homem cruel, que não para, não espera. Independentemente de quantas vezes Alice segurasse o ponteiro do relógio, não conseguia controlar sequer os segundos. Ela o odiava. Porque o tempo levou sua família, levou momentos... e principalmente, levou a própria Alice. Subia em um pequeno barranco com suas sapatilhas desagastadas, quando deparou-se com a visão de um labirinto de ossos. O labirinto do príncipe de copas, pensou. Um homem de grandes fios escuros lutava bravamente contra demônios, parecia tão determinado que fez a loira torcer pelo rapaz. Acreditou, então, que talvez o tempo não matasse o amor. Por que o príncipe branco aguarda calmamente seu amigo? Porque seu amor continua intacto. Por que o príncipe de copas luta bravamente para sair? Porque ele sabe que alguém o espera de braços abertos.
O tempo mata o amor.
O amor vence o tempo.
9
Já cansada de tanto procurar pelo tempo, mas, apenas perdê-lo, Alice encostou-se em uma árvore. Seu coração adormecia, sua esperança esvaziava-se com o cair da noite. Por que o coelho fugirá? Era alimentado, respeitado, escutado... amado. A loira desejava tanto uma resposta, será que o coelho não via seus esforços? Será que ele não se sentia amado? Compreendido? Talvez estivesse errando. Talvez o coelho que estivesse errado. Esse amor instável de fugas, realmente merecia tamanho esforço de Alice? O coelho merecia ser procurado? Consumida por todas essas perguntas, Alice sentiu fome. Lembrou-se do biscoito que ganhará do amigo, então, retirou-o do bolso.
Comer o biscoito e adormecer, para que amanhã volte pelo mesmo caminho até chegar em casa.
Comer o biscoito e adormecer, somente para sonhar com o seu coelho.
10
Despertou com Margarida esfregando-se em seu braço, Alice estava sã e salva em sua própria cama. Sentia-se tonta, cansada e confusa. Como chegou em casa? - Alice! - Uma voz conhecida chamou seu nome, mas, estava esgotada demais para abrir os olhos e conferir por si mesma quem era. - Alice! Acorde...
Ignorar.
Acordar.
11
A claridade consumiu os olhos azuis da pequena, mas, finalmente viu o que tanto desejava. Seu coelho a encarava preocupado. - Alice! Você finalmente acordou. Chamou meu nome diversas vezes enquanto dormia.. - A voz aveludada ecoou pelos ouvidos da loira, que agarrou o rapaz pelo pescoço. Alice finalmente estava em casa. Estava em casa como chapeleiro e lebre tomando chá. Como o príncipe branco e o príncipe de copas, que se esperam há eternidades. Porque o tempo não pode matar o amor.
<3
Seu gay!!!