Fé e Razão - Um exclui o outro?
JÁ PASSAMOS por dois outros quizzes, "O Livro da Capa Preta" e o "Na Estrada da História", no primeiro destacamos a confiabilidade da Bíblia como nosso livro texto e referência, no segundo tema enfatizamos que Deus não está alheio a história humana, pois, de alguma forma ela está sob Sua observação e cuidado. Agora nesta terceira base precisamos trazer para o lado pessoal, isto é, o que vai mudar em nossa vida e o que vamos ganhar ao nos aprofundar no conhecimento espiritual que a Bíblia traz? Depois conheça os outros quizzes: "O Livro da Capa Preta" e o "Na Estrada da História". Pode ser interessante!
0
0
0
1
Agostinho de Hipona discerniu algo fundamental da espiritualidade humana: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.” Um descontentamento íntimo por algo mais é sentido por todos os seres humanos, alguns o sublimam buscando metas pessoais no trabalho, formação educacional, relacionamentos amorosos ou em uma vida confortável que lhe traga bem estar e felicidade, mesmo que momentâneas. Há pessoas que no desespero se perderam nos mais variados vícios químicos, sexuais, emocionais e comportamentais, porém, partimos da tese que aquilo que nos falta é uma volta as nossas origens, e falo em termos existenciais e espirituais como bem expressou Agostinho. 1-A falta de um propósito na vida é sinal de que a vida não se resume somente em trabalhar, adquirir conforto e ter algum prazer. O que esse descontentamento íntimo pode estar revelando?
Não revela nada, é só cansaço.
Um descontentamento íntimo por algo mais é sinal de que a vida procura um significado que só Deus pode dar.
2
Pessoas Volúveis e Sentimentos Religiosos Voláteis. O que seria o sentimento religioso? Um sentimento é a disposição para se comover e se impressionar, nesse caso com o sagrado, o espiritual ou transcendente. Porém, os sentimentos não são uma base segura para um relacionamento efetivo com Deus, pois, os sentimentos oscilam nos mais variados contextos. Uma pessoa pode ser respeitosa diante de uma igreja fazendo o sinal da cruz, ou fazer caridade no dia do Iom Kipur (Dia do Perdão no Judaísmo) e ao mesmo tempo não ter o menor interesse em conhecer a Deus e Sua vontade para a vida, sua prioridade está em outro lugar. Essa contradição faz de nós os humanos que somos, porém, reconhecer nossa origem e manter um respeito pelo “divino” não passa muitas vezes de uma forma de acalmar a própria consciência: “Porque o que acerca de Deus se pode conhecer, eles sabem-no instintivamente. Deus manifesta-lhes essas coisas nas suas consciências. Desde a criação do mundo que os homens entendem e claramente veem através de tudo o que Deus fez, as suas qualidades invisíveis - o seu eterno poder e a sua natureza divina. Não terão, portanto, desculpa de não conhecer Deus. Pois ainda que tendo conhecido Deus, não o adoraram como Deus e nem sequer lhe agradeceram todos os seus cuidados diários. Antes começaram a formar ideias absurdas. O resultado foi que as suas mentes insensatas se tornaram obscuras.” Romanos 1:18,21 - OL 2 - Ter um sentimento religioso é suficiente para uma vida espiritual significativa?
Sim, o que eu sinto é o que importa.
Não. Ouvir falar de Deus ou mesmo pensar que Ele exista não muda nada na vida, a fé sem obras é morta. É mero sentimento, e sentimentos são volúveis.
3
Começando pelo Começo Deus não faz nada sem uma motivação. Comece com Deus, Ele é seu Criador. Se você existe é porque Ele assim deseja e permite. Você foi feito por Deus e para Deus: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a...” Gênesis 1:26-28 ACF Se não reconhecermos isso, o quebra-cabeça da vida jamais fará sentido, sempre faltará algo para completar o quadro, pois, é nEle que descobrimos nossa origem, quem somos e o que significamos e finalmente o porquê da própria existência, o nosso destino. Você só tem duas opções, o fatalismo de uma vida de sobrevivência que por fim perde o sentido em si mesma, seja por motivações cientificas, filosóficas ou como diz o refrão da música, “deixa a vida me levar”. Ou optar pela fé, lembrando que a fé não é contra a razão, embora, a ultrapasse. 3-Somente quem pode revelar o propósito de nossa vida?
Eu mesmo determino o propósito de minha vida.
Deus não cria sem um propósito em mente, e somente este propósito vai preencher o verdadeiro significado da vida.
4
A Bíblia como Texto Primário Quando você compra algum equipamento eletrônico é sempre bom dar uma olhada no Manual do Usuário, você pode até por para funcionar e assumir os riscos de perder a garantia (e o equipamento!) ou pacientemente dar uma analisada no que diz o fabricante. A escolha é sua e o risco é seu, a isso chamamos de livre arbítrio. A Bíblia não é resultado da especulação de homens sábios, em realidade ela é uma revelação como um Manual do Fabricante para o ser humano: “Porque toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para nos ensinar, para nos repreender, para nos corrigir, para nos instruir no caminho da justiça.” II Timóteo 3:16 - OL Deus é a origem e o sentido da vida e não somente o ponto de largada da existência. Ele também revela como vivê-la, volte-se a Palavra de Deus! Agora, a Bíblia não trata de autoajuda, estímulos para se chegar ao sucesso ou como descobrir sua força interior. Ela trata da revelação de Deus aos homens na intenção de levar a humanidade de volta a sua origem e consequentemente ter uma qualidade de vida melhor enquanto faz a sua caminhada. 4-Segundo o texto qual deve ser o referencial para a vida?
Deus é a origem e o sentido da vida e não somente o ponto de largada da existência. Ele revela como vivê-la em Sua Palavra.
Os referenciais são particulares e individualistas.
5
Com Deus a Vida Melhora? Com Deus a vida melhora com certeza, mas, não no sentido da teologia da prosperidade, pois, as Escrituras estão cheias de versículos sobre vida real que contém palavras como medo, ansiedade, queixas, susto e terror, porém, a mensagem “não tema” atravessa as Escrituras com força e persistência. Ela trata da vida concreta e não é um livro mágico. A vida traz seus perigos e as Escrituras nos ajudam a enfrentá-los. Conta uma lenda medieval que certo viajante encontrou à noite o Medo e a Praga a caminho de Londres, onde esperavam matar 10 mil pessoas. O viajante perguntou à Praga se ela faria toda a matança. “Ah! Não!”, respondeu a Praga. “Vou matar apenas umas centenas. Meu amigo Medo vai matar o restante.” Embora o medo possa ser útil a nossa sobrevivência, ele pode ser a fonte de uma série de outros problemas. A Bíblia ensina que a primeira manifestação de medo teve sua origem no começo do mundo (Gên. 3:6-10), “um terror pelo futuro, uma nudez espiritual”. Desde o nosso nascimento enfrentamos nossos temores, principalmente de ter fome e de ruídos agudos. Quando crescemos um pouco passamos a ter de medo de animais, de escuro, de estar sozinho, medo de situações relacionadas à escola, separação dos pais, e quando chegamos à idade adulta também estamos sujeitos a apreensões comuns associadas às circunstâncias da vida, medo de não encontrar um parceiro satisfatório, de não encontrar ou perder o emprego certo, de criminosos, de encontrar uma doença fatal etc. A revelação bíblica de forma poética nos indica uma fonte de segurança, mesmo em meio a problemas que ela não nega: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” Salmos 23:1-4 5-A vida por si só traz suas ansiedades e preocupações e enfrentar tudo sozinho pode ser desanimador. A Bíblia nos fala que Deus dá suporte para momentos bons e momentos ruins, o quanto isso é importante?
Estamos aqui sozinhos, devemos depender de nós mesmos.
Muito importante, Deus oferece esperança, trata da vida concreta.
6
Fé Não é Pensamento Positivo. “Talvez tenha ouvido a história do malabarista que andava sobre a corda bamba por cima das Quedas de Niágara. Após ter deixado multidões embevecidas com seu feito, perguntou: -"Quantos de vocês acreditam que desta vez eu posso atravessar novamente sobre a corda empurrando um carrinho de mão com alguém sentado dentro?" A multidão aplaudia. Todos estavam certos de que ele poderia fazê-lo. Então, continuou: -"Quem quer ser o voluntário e entrar no carrinho de mão? '' Fez-se um profundo silêncio! O auditório havia acabado de ser lembrado da diferença vital entre crença e confiança! Uma coisa é crer que o carrinho atravessaria com toda segurança o abismo. Outra, bem diversa, é pôr a própria vida numa corda bamba. Na Bíblia em Tiago 2:19 se estabelece a mesma distinção: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem, e tremem. '' A fim de desenvolver fé salvadora, você precisa mais do que assentimento mental. Até mesmo os demônios têm crença desse nível; e tremem, em resultado disso. Os demônios creem – mas não confiam. E essa é a diferença crucial. Três palavras descrevem a relação de dependência para com Deus: • Fé, crença e confiança. No uso moderno, crença muitas vezes traz consigo a ideia de mero assentimento mental. Fé é às vezes, confundida com pensamento positivo. Mas a palavra confiança provavelmente seja a que mais se aproxime em descrever a dependência bíblica de Deus. 6-O que é fé?
Fé é somente aquilo que eu posso mentalizar.
Fé não é pensamento positivo. O pensamento positivo depende da própria pessoa, já a fé é confiança naquilo que Deus pode fazer.
7
Onde quer que encontre a palavra crença ou fé na Escritura, pode substituir pela palavra confiança, e talvez obtenha uma nova dimensão de palavras familiares. • "A fé abrange não só a crença, mas também a confiança. '' • “A fé é a confiança em Deus.” • “Fé é dependência de Outro.” Fé é confiar a ponto de entregar a vida ao controle de Deus. Os grandes empreendedores não gostam da ideia de dependência. Pode parecer assustador pensar em colocar-se sob o controle de outrem. Pode ser um golpe ao orgulho e autossuficiência humanos, permitir que algum outro dite as regras. Mas "sem fé é impossível agradar a Deus'' (Bíblia - Hebreus 11:6) – ou, "sem confiança é impossível agradar a Deus". Assim como as crianças trazem seus brinquedos quebrados, com lágrimas, para que os consertemos, levei meus sonhos despedaçados para Deus porque Ele era o meu Amigo. Mas então, em vez de deixá-Lo Em paz, a trabalhar sozinho, fiquei por perto, procurando ajudar por maneiras que me eram próprias. -Finalmente, os tomei de volta, e exclamei: -"Como podes ser tão vagaroso?" -"Meu filho", disse Ele, "que podia Eu fazer? Tu nunca os soltaste." A fé ou confiança genuína é totalmente dependente, totalmente vulnerável. O raciocínio, ou entendimento, ou lógica humana podem ir até certo ponto, e então temos que partir para aquilo que não pode ser provado, exceto por experiência. Os teólogos se têm referido, às vezes, a esta verdade, como o ‘‘salto da fé”. Mas confiança em Deus não é um salto no escuro. Ele nos tem dado evidências suficientes em que basear nossa confiança nEle. Mateus nos conta em seu livro bíblico no capítulo 15, a história da mulher siro fenícia. Ela veio em busca de Jesus, que havia percorrido 80 quilômetros além de Seu roteiro a fim de que sua busca fosse recompensada. Encontrá-Lo caminhando pelas poeirentas estradas de seu próprio país, deve tê-la encorajado a crer. Mas quando levou o seu pedido, Ele parecia ignorá-la. Ela persistiu, e Ele parecia insultá-la. Contudo, havia evidência bastante em Seu olhar, tom de voz e maneira de agir, para encorajá-la a confiar nEle, a despeito das aparências; e ela persistiu, até que sua fé foi recompensada. A resposta veio ao continuar ela confiando nEle.” (Morris Venden) Você já estava nos planos de Deus muito tempo antes de decidir buscá-Lo. Todos nós podemos escolher muitas coisas para nossa vida, porém, não escolhemos o porquê de estarmos aqui. Somente confiando em Deus e procurando saber e fazer Sua vontade é que realmente nos realizaremos. Creia, tenha fé, confie!!! 7-Confiança em Deus não é um salto no escuro. Ele nos tem dado evidências suficientes em que basear nossa confiança nEle. Como posso crescer na fé verdadeira?
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
Romanos 10:17
Vou mentalizar coisas boas, dar três toquinhos na madeira.