Filosofando sobre os Pré-socráticos
Olá galerinha! Vamos testar os conhecimentos aprendidos nas aulas?
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Questão 1- (UEL 2003) “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima… podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
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O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Demócrito afirma ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Ele defende que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Demócrito a physis é composta:
pelos átomos.
pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio.
pelo ilimitado.
pelo fogo.
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Como uma onda “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia/ Tudo passa/ Tudo sempre passará/A vida vem em ondas/ Como um mar/ Num indo e vindo infinito. Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fugir/ Nem mentir pra si mesmo agora/ Há tanta vida lá fora/ Aqui dentro sempre/ Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar” (Lulu Santos e Nelson Motta) A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”. Dentre as sentenças de Heráclito a seguir citadas, marque aquela em que o sentido da canção de Lulu Santos mais se aproxima:
O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
Muita instrução não ensina a ter inteligência.
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A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré-socrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é:
Tales de Mileto.
Leucipo de Abdera.
Heráclito
Pitágoras de Samos.
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“…Princípio dos seres…ele [Anaximandro] disse (que era) o ilimitado…Pois donde a geração é para os seres, é para onde também a corrupção se gera segundo o necessário ; pois concedem eles mesmos justiça e deferência uns aos outros pela injustiça, segundo a ordenação do tempo.” Pré-Socráticos. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1978. A partir da análise do texto de Anaximandro, é correto afirmar que sua filosofia, em contraposição ao mito, se caracteriza por:
Os seres divinos concedem, por alianças ou rompimentos, justiça e deferência uns aos outros.
O mundo ser explicado por um processo constante e eterno de geração e corrupção, cujo princípio é o ilimitado.
Conceber o tempo como um passado imemorial sem relação com o presente.
Narrar a origem do mundo por meio de alianças e forças geradoras divinas.