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(PUC-SP 2008) Gil Vicente, criador do teatro português, realizou uma obra eminentemente popular. Seu Auto da Barca do Inferno, encenado em 1517, apresenta, entre outras características, a de pertencer ao teatro religioso alegórico. Tal classificação justiflca-se por:
apresentar temas profanos e sagrados e revelar-se radicalmente contra o catolicismo e a instituição religiosa.
ser um teatro de louvor e Iitúrgico em que o sagrado é plenamente respeitado.
aceitar a hipocrisia do clero e, criticamente, justificá-Ia em nome da fé cristã.
não se identificar com a postura anticlericaI, já que considera a igreja uma instituição modelar e virtuosa.
apresentar estrutura baseada no maniqueísmo cristão, que divide o mundo entre o Bem e o Mal, e na correlação entre a recompensa e o castigo.
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(UFRGS 2000) Em relação ao "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, considere as seguintes afirmações. I. Trata-se de um grande painel que satiriza a sociedade portuguesa de seu tempo. II. Representa a transição da Idade Média para o Renascimento, guardando traços dos dois períodos. III. Sugere que o Diabo, ao julgar justos e pecadores, tem poderes maiores que Deus. Quais estão corretas?
Apenas I e II.
I, II e III.
Apenas II e III.
Apenas I.
Apenas I e III.
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(PUC-SP 2008) Gil Vicente escreveu o Auto da Barca do Inferno em 1517, no momento em que eclodia na Alemanha a Reforma Protestante, com a crítica veemente de Lutero ao mau clero dominante na igreja. Nesta obra, há a figura do frade, severamente censurado como um sacerdote negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo NÃO se presta a caracterizar, na referida peça, os erros cometidos pelo religioso.
Transformar a religião em manifestação formal, ao automatizar os ritos litúrgicos.
Praticar a avareza como cúmplice do fidalgo, e a exploração da prostituição em parceria com a alcoviteira.
Entregar-se a praticas mundanas, como a dança.
Praticar esgrima e usar armamentos de guerra, proibidos aos cIérigos
Não cumprir os votos de celibato, mantendo a concubina Florença.
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(UFES) – A imagem do “Homem Vitruviano” é uma representação elaborada no final do século XV por Leonardo da Vinci e exprime o antropocentrismo e a harmonia das formas que caracterizaram as obras artísticas do período renascentista. Sobre o renascimento, não é correto afirmar que:
O termo “Renascimento” designa uma modalidade de expressão intelectual urbana e burguesa originária da Península Itálica, que se constituiu a partir do sincretismo entre a Cultura Clássica e a tradição judaico-cristã.
O estudo do homem e da natureza, nesse período, fundamentava-se no espírito crítico, o que possibilitou o desenvolvimento do pensamento científico, como se comprova na defesa da teoria heliocêntrica por Nicolau de Cusa e Nicolau Copérnico.
Um dos seus principais fundamentos intelectuais foi o Humanismo, concepção segundo a qual o homem deveria ser valorizado como o epicentro do mundo e da história, como havia ocorrido na Antiguidade Clássica.
Os homens da época tenderam a valorizar a produção artística e intelectual das civilizações do Oriente Médio, especialmente a egípcia e a mesopotâmica, pela conexão que estas guardavam com a história hebraica descrita na Bíblia.
Um dos seus maiores expoentes foi Leonardo da Vinci, um modelo do intelectual renascentista, pelo fato de se ter dedicado a múltiplas áreas do conhecimento, como, por exemplo, à Anatomia, à Física e à Botânica, além de à Pintura.
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(FUVEST) Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:
A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo.
A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas
É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada situação.
É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre Bem e o Mal.
O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas.