Nascimento da Filosofia: Dos mitos aos Logos.

A história da filosofia é a disciplina que se encarrega de estudar o pensamento filosófico em seu desenvolvimento diacrônico, ou seja, a sucessão temporal das ideias filosóficas e de suas relações.

A atividade filosófica surgiu nas colônias gregas da Antiguidade, entre os séculos VII e V a.C.. O raciocínio que se caracterizou posteriormente como filosófico surgiu em oposição ao pensamento baseado nos mitos reunidos por Homero e Hesíodo. Pensadores como Xenófanes, Heráclito, Empédocles e outros deixaram de aceitar as explicações baseadas em deuses e heróis para investigar a natureza (o conceito em grego é physis) em busca de princípios que explicassem o todo da realidade

Por exemplo: o mito falava nos deuses Urano, Ponto e Gaia e narrava a origem dos seres celestes, terrestres e marinhos; a filosofia explica o surgimento do céu, do mar e da terra e dos seres pela combinação e separação dos quatro elementos.

Humanizaram os deuses e divinizaram os homens: deram racionalidade a narrativa sobre as origens das coisas, dos homens, das instituições humanas.

É a narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo a partir de forças geradoras (pai e mãe) divinas.

A ideia de que a razão também opera obedecendo a princípios, leis, regras e normas universais e necessários, com os quais podemos distinguir o verdadeiro do falso.

Fogo e mutabilidade, imutabilidade, indeterminação, água, paradoxos sobre situações reais e/ou explicadas por outros filósofos da época, "tudo é número", “Teoria dos Quatro Elementos”, ar, as sementes que formavam o Universo e seus objetos são infinitas.

Nos séculos anteriores a Heráclito, logos significava relato, linguagem e história. Já na época de Heráclito, logos podia significar razão, princípio e explicação. Alguns o definiram como lógica ou fórmula. Surgiu a parti do momento em que as teorias mitológicas deixaram de justificar e suprir a necessidades dos gregos de entender outras situações que lhes eram apresentadas.

Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso, na escola Jônica eles tentavam explicar a natureza da matéria, acreditavam que embora a matéria possa mudar de uma forma para outra, toda a matéria tem algo em comum, inalterável.

A escola pitagórica foi fundada por Pitágoras e Temistocléia foi a mestre de Pitágoras e outros pensadores importantes dessa escola foram: Filolau, Arquitas, Alcmeão e Teano. Enxergavam no Universo uma organização ou codificação numérica essencial. Desse modo, ele atribuiu ao algarismo 1 (que representa a ideia de unidade e de ponto de partida) todo o começo do Universo.

A concepção da existência humana a partir da oposição entre corpo e alma e A inexistência de um livro sagrado e de uma interpretação dogmática das crenças. Isso permitiu que os filósofos não enfrentassem resistência aos seus pensamentos.

Os principais filósofos foram: Parmênides e Xenão, acreditavam que o princípio é o ser e que a realidade para eles era única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio ou fim, contínua e indivisível

A cidade-estado é uma cidade dentro de outra cidade, onde ela sobrevive independente do local onde está inserida, com suas próprias leis. Apresenta-se novas formas de governo, moeda, novos pensamentos, etc. Em exemplo: Atenas, Tróia e Esparta, nas quais ficavam dentro da Grécia, mas funcionavam de forma independente, tinham seu próprio regime político e suas leis.

Protágoras e Gorgias faziam parte do movimento chamado de Sofistas, termo que em grego significa sábio. Gorgias foi um filósofo ceticista em relação a razão e a ciência, não acreditava em verdades absolutas, nem na existência de saberes. Para ele, nada é real. Protágoras era conhecido por não acreditar em deuses e forças supremas. Era pragmático e imediatista, dizia que a verdade de cada um era baseada na experiência individual, daí surgiu as noções do relativismo. Protágoras também defendia que o conhecimento é mutável ao longo do tempo.

Os principais sofistas foram: Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo. Caracterizou-se principalmente pela ausência de uma doutrina em comum e pelo ensino voltado a um fim instrumental. Eram habilidosos oradores, reconhecendo-se a importância das palavras e do uso da lógica. Esses pensadores contribuíram para uma cultura que começava a questionar seus valores religiosos. A valorização do cuidado com as palavras e a distinção entre leis naturais e leis artificiais são as propostas mais relevantes para os períodos posteriores da filosofia.

A escola pluralista é uma escola de filosofia composta por Anaxágoras, Empédocles e Demócrito. Para eles não há um princípio único que explique todo o universo.

Reformas sociais. Igualdade de todos perante a lei (isonomia) Democracia direta. Todos os cidadãos têm acesso a cargos públicos (isocracia), apenas homens a parti dos 18 anos e grego são considerados cidadãos.

Sócrates criou um método de investigação do conhecimento através da maiêutica “técnica de trazer a luz” no qual, por meio de sucessivas questões, se chegava à verdade.

O Império Macedônico no período de Alexandre atingiu seu ponto máximo de conquistas territoriais. Abrangeu a Grécia, nordeste da África, Mesopotâmia, Anatólia até o rio Indo (na Índia). Portanto, gregos, persas, assírios e hindus foram conquistas pelos macedônicos. E como Alexandre, o Grande, foi criado dentro da cultura grega e tinha contato com a cultura oriental dos diversos povos que faziam parte do Império Macedônico. Esta fusão de aspectos culturais gregos e orientais é conhecida como Helenismo. A Escola de Alexandria passou a ser, de uma instituição qualificada, uma designação coletiva para certas tendências em literatura, filosofia, medicina e em ciências desenvolvidas no período que o helenismo foi desenvolvido.

O fundamento da escola era o ato do diálogo, visto e tido como um modo de vida, pois o mesmo conduz à transformação do ser humano. A Academia objetivava formar novos homens, no sentido transformador do amor ao bem, num ato de sublimação, visando o tornar-se virtuoso pela ação. A Academia foi um marco para a filosofia ocidental, pois pôde ser considerada uma das primeiras instituições de ensino de filosofia como saber teórico, afastando-se, por exemplo, da escola pitagórica, que se assemelhava mais a uma espécie de seita.

O maior legado que Aristóteles tenha deixado para a posteridade seja a classificação sistemática das áreas do conhecimento, a lógica e a valorização do conhecimento empírico para a obtenção de qualquer conhecimento prático sobre o mundo. Aristóteles reafirmou e defendeu a democracia como a forma mais justa de se governar; ele é uma das principais referências em estudos de metafísica e, certamente, a principal referência sobre o assunto na Antiguidade; A ética, segundo Aristóteles, deveria ser guiada pela prudência e pela moderação; A lógica aristotélica é composta, principalmente, pelo quadrado aristotélico e pela verificação linguística dos enunciados, que hoje pode ser feita pelas tabelas de verdade. O filósofo também conceitua as noções de substância (aquilo que permite que uma matéria siga uma determinada forma) e categorias (diferenças conceituais que classificam os seres, como qualidade, quantidade, cor etc.).