O que você sabe sobre responsabilidade, liberdade, respeito e justiça?
Teste sua atenção a esses aprendizados que são necessários à vida diária
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“O ano de 2015 apresentou uma oportunidade histórica e sem precedentes para reunir os países e a população global pela Organização das Nações Unidas (ONU) e decidir sobre novos caminhos, melhorando a vida das pessoas em todos os lugares. Essas decisões determinarão o curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas”. Os países tiveram, então, a oportunidade de adotar a nova agenda de desenvolvimento sustentável: os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), são 17 e devem ser alcançados até o ano de 2030. Tem relação direta e imediata com a realização dos ODS:
Cidadania Global
Moralidade
Responsabilidade
Respeito
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As religiões, de uma forma geral, têm em comum ensinamentos sobre paz, respeito e cuidado com o outro ser humano. A imagem, por exemplo, mostra os 5 pilares – condições fundamentais – do islamismo, ou seja, pontos morais centrais para o cumprimento dessa religião (se alguém deseja dizer que é muçulmano precisa cumprir com esses pilares). Infelizmente, existem comportamentos intolerantes voltados para esse contexto religioso. Entretanto, há uma relação desses pilares com a ética e com a justiça social. De que forma?
O cumprimento dos pilares é uma preocupação com a lealdade para com a religião e compromisso com menos favorecidos.
É por meio da realização da justiça que os mais pobres têm acesso a condições favoráveis de vida.
Através do raciocínio ético as decisões são baseadas no máximo de pessoas envolvidas em uma situação.
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Eu faço justiça a partir:
Da negação do conflito, pois sua existência é ruim.
Da colocação das minhas verdades para as pessoas.
Do diálogo que estabeleço com alguém a fim de encontrar uma solução comum para algo.
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Para falar sobre os assuntos “liberdade” e “responsabilidade” pode-se destacar uma entrevista com a empresária Viviane Senna na qual ela menciona que “continuar desenvolvendo só matemática, português, ciências etc., por mais brilhante que seja, não vai preparar para esse mundo que está vindo”. Com isso vemos que esse tempo é o de repensar nossas vidas e nossas ações como sociedade. No caso, o tema da educação pode ser tomado para falar de liberdade. Mas por que isso fala de liberdade?
Porque as escolas precisam educar para que crianças e adolescentes sejam capazes de se posicionar, tomar decisões por conta própria e motivar para se envolverem com as demais pessoas nesse mundo e não somente para obter brilhantismo nas notas.
Liberdade é a capacidade de tomar decisões por si mesmo sob a condição de discernir entre uma alternativa ou outra, além disso, é a independência para “ser si mesmo”.
Ser livre é ter a noção do dever da autocobrança, do ser “o melhor” em tudo o que se faz, sempre pensando na autorresponsabilização, afastando-se da vitimização e aproximando-se do brilhantismo. A liberdade não cede espaço ao erro.
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Na mesma entrevista mencionada, com Viviane Senna, há a citação sobre como, em um tempo de turbulência e dificuldades, precisamos de um grupo de habilidades que vai além da inteligência para resolver contas ou fazer provas e alcançar notas. Sendo assim, nesse contexto de mundo em que habilidades como “empatia, confiança, respeito, persistência, abertura ao novo e estabilidade emocional” são necessárias, pode-se falar da habilidade da responsabilidade como:
não existe liberdade sem responsabilidade e de nada adianta saber sobre o que é responsabilidade se não soubermos e não pensarmos em formas de aplica-la à realidade
autorregulação para solucionar seus próprios problemas e, assim, ficar satisfeito, uma vez que não os problemas do mundo não são minha culpa, por isso não são minha responsabilidade.
cumprimento de compromissos, busca do equilíbrio de si e consciência do quanto as próprias atitudes têm efeitos sobre nós mesmos, mas, também – e, às vezes, em igual proporção – sobre outras pessoas.
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De acordo com o filósofo Jean-Paul Sartre (isso foi falado em uma aula), a liberdade é uma condição que não conseguimos nem ultrapassar e nem transferir para ninguém. Ele afirma, com isso, que o ser humano está “condenado a ser livre”. O que significa essa “condenação”?
“Zero chance” (in english, please) de passar minha vida para outro “fazer acontecer” no meu lugar.
“Passar vergonha no débito” em relação às escolhas de todo o dia.
Ser o “dono do rolê” (da vida), mas, mesmo assim, poder pedir “arrego” para assumirem os erros cometidos por mim.
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Vimos que justiça é equidade e não apenas igualdade. Contudo, uma crítica ou contraponto à imagem que vimos (ela está aí abaixo, nas 3 alternativas) pode ser feita. Pense um pouquinho e diga por quê.
Justiça não é totalmente diferente de igualdade e equidade não resolve tudo, pois há quem trabalhe mais, por exemplo, para alcançar determinado lugar ou condição, isso precisa ser considerado e, sim, é justo.
Uma injustiça em favor da maioria não é injustiça, por isso, se maiores e melhores oportunidades forem dadas a pessoas com menos condições ou condições diferentes não tem problema.
Igualdade e justiça são conceitos contrários, pois impor pagamento de tributos igual para pessoas com condições econômicas diferentes, por exemplo, pode ser injusto.
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Você sabia? Um estudioso, doutor em filosofia (que se chama Ubiratan Borges de Macedo – só a título de informação), afirma que o conceito “justiça social” teve aplicação, uma primeira vez, no século XVIII em uma das primeiras obras históricas de um escritor da época. Mas foi somente no século XIX (especificamente em 1840) que um também filósofo – e, pasmem: filósofo e padre jesuíta – que o termo foi usado conforme o sentido que tem hoje (imagem). Constitui-se exemplo prático de justiça social:
A wikipedia afirma que, a partir de 1988, Silvio Santos “revelou preocupação com os rumos do Brasil e pôs em prática várias ações para incluir conteúdo socialmente edificante na programação do SBT”. No início dos anos 1990, ele “tentou convencer as outras emissoras a transmitir telejornais de no mínimo trinta minutos no horário noturno, todos no mesmo horário, para incentivar o brasileiro a assistir a notícias, refletir e se informar melhor, mesmo que fosse por um período curto”.
Luiza Helena Trajano é dona da rede Magazine Luiza e, segundo a Revista Exame, ela começou com uma lojinha chamada “A Cristaleira”. Ela é conhecida por sua forma humana de levar seus negócios tal como fazer com que vendedores ganhem não pela capacidade de fazer um cliente comprar, mas por comissões ligadas ao resultado global, sendo assim, todos trabalham em conjunto e se esforçam porque sabem que todos saem ganhando.
No site da ONU Brasil lemos sobre a produção de biogás a partir do tratamento de resíduos orgânicos agrícolas – mesmo de pequenas propriedades rurais. Esse é um modelo de negócio viável que, através do compromisso ambiental, possibilita rentabilidade e desenvolvimento social.
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A sociedade brasileira, de uma forma geral, não valoriza as ciências humanas, tais como o próprio Ensino Religioso, pois não tem valor o autoconhecimento e o modo de aprender a agir na vida em sociedade. Contudo, um dos aprendizados para a vida humana que tem se mostrado urgente, principalmente, nos últimos meses, está apresentado:
O aprendizado sobre conteúdo científico demonstra a possibilidade de conhecimentos que constroem um mundo mais tecnológico e que fornece acesso a uma vida mais fácil e mais prática.
Aprendizado de conteúdos socioemocionais é emergencial, uma vez que aquilo que mais nos marca não são conteúdos técnicos, mas, sim, aqueles que nos tocam, assim como pessoas que, ao nos ensinar, nos marcam de algum modo – o que, claro, pode ser feito em qualquer disciplina escolar.
Conhecimentos matemáticos, humanos, científicos, de saúde se mostram, em sua maioria, desnecessários, pois, com o tempo, nada mais é lembrado e nem utilizado no dia a dia.
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Demonstra o que é respeito como sentimento de admiração e, também, como decisão moral a seguinte situação:
O cliente de uma livraria afirma odiar livros de fantasia, mas, educadamente, permite que a colega, que encontrou por lá, lhe apresente detalhes sobre esse tipo de literatura. Além do mais, apesar da contrariedade, fica impressionado com o entusiasmo dela falando sobre o assunto.
Um aluno mostrou profundo desgosto por determinado conteúdo escolar e pelo professor. Sendo assim, fez de tudo o que percebeu ser possível para atacar esse professor, já que sentia raiva por ter que aprender o que estava proposto.
Uma colega de sala apresenta gostos musicais e escolha religiosa um tanto quanto incomum para uma sociedade no interior de Minas Gerais. Era uma menina extremamente educada, tratando muito bem colegas e professores, e comprometida com os estudos. Ela era admirada por essa sua postura, apesar de a dificuldade de aceitação de suas escolhas pessoais fizessem dela uma menina muito sozinha, pois sentia que as pessoas queriam que ela mudasse para se encaixar.
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Inserir uma mudança no mundo ou deixar uma marca positiva ao meu redor exige que, primeiro, eu entenda a importância de relações mais justas, a começar sendo justo comigo mesmo.
Falso
Verdadeiro
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Cada um tem um grau, uma profundidade, uma medida, em relação a umas e outras necessidades humanas: uns precisam de maior demonstração de amor via abraço, uns precisam mais de um trabalho do que outros poderiam precisar em determinado momento de sua vida, uns precisam de passar muito tempo com amigos, alguns tem maior necessidade de serem reconhecidos e de receber aprovação pelo que fazem que outros, algumas pessoas estão – agora mesmo, inclusive – precisando mais de comida do que eu e você. Por isso o fato de sermos iguais é suficiente para se fazer justiça.
Falso
Verdadeiro
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Onde está o erro no trecho: "Cada um tem um grau, uma profundidade, uma medida, em relação a umas e outras necessidades humanas: uns precisam de maior demonstração de amor via abraço, uns precisam mais de um trabalho do que outros poderiam precisar em determinado momento de sua vida, uns precisam de passar muito tempo com amigos, alguns tem maior necessidade de serem reconhecidos e de receber aprovação pelo que fazem que outros, algumas pessoas estão – agora mesmo, inclusive – precisando mais de comida do que eu e você. Por isso, o fato de sermos iguais é suficiente para se fazer justiça."
"algumas pessoas estão – agora mesmo, inclusive – precisando mais de comida do que eu e você" - eu tenho fome o tempo todo.
"Por isso, o fato de sermos iguais é suficiente para se fazer justiça" - contradiz todo o texto anterior.
"uns precisam mais de um trabalho do que outros poderiam precisar em determinado momento de sua vida" - trabalhar é importante em qualquer tempo e em qualquer idade.