Prova Parasitologia

Prova Parasitologia

Deu ruim, vai ter que fazer VR e é matéria do período inteiro

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Assinale a alternativa que melhor representa a descrição do ciclo biológico do parasito Trichuris trichiura.

Ciclo monoxeno, estenoxeno, com mecanismo de infecção passivo-oral por heteroinfecção, cuja forma infectante é o ovo larvado com larvas L2
Ciclo monoxeno, estenoxeno, passível de autoinfecção e heteroinfecção com mecanismo de infecção oro-anal, cuja forma infectante são ovos decorticados
Ciclo monoxeno, estenoxeno, passível de autoinfecção e heteroinfecção com mecanismo de infecção ativo muco-cutâneo, cujas formas infectantes são as larvas L3
Ciclo heteroxeno, estenoxeno, com mecanismo de infecção passivo-oral por heteroinfecção, cuja forma infectante é o ovo larvado com larvas L3
Ciclo heteroxeno, estenoxeno, com mecanismo de infecção ativo cutâneo, cuja forma infectante são as cercárias
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A maioria dos indivíduos infectados pelo parasito Trichuris trichiura é assintomática. Dentre os indivíduos que apresentam sintomas, a clínica é incerta, uma vez que os sintomas são generalizados e dependem da carga parasitária. Em face disso, qual é a melhor forma de realizar a busca pelos ovos do parasito no exame parasitológico de fezes?

Técnica de Baermann-Moraes
Exame direto com coloração de Kinyoun com Safranina
Método de Rugai
Método de Sheater
Método de Kato-Katz ou de Lutz
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Na distomatose hepática, ou fasciolose, o mecanismo de infecção do parasito é passivo oral, por meio da ingestão de metacercárias presentes em verduras e água – especialmente no agrião. Qual é a melhor forma de detectar o parasito em um indivíduo na fase aguda da doença?

Basta realizar uma cirurgia abdominal para observar o parasito nos ductos biliares e na vesícula biliar do indivíduo
Como a doença possui uma tríade sintomática notável (hepatomegalia com dor, eosinofilia intensa e febre alta), basta realizar a análise clínica e correlacionar com a anamnese para fechar o diagnóstico da parasitose
O uso de técnicas de imagenologia, como radiografia e ressonância magnética, é essencial para o diagnóstico de fasciolose, pois permite detectar com clareza a presença do parasito nas estruturas hepáticas do paciente
O exame parasitológico de fezes para a detecção de ovos em fezes ou no suco duodenal é o padrão-ouro para o diagnóstico de fasciolose em qualquer fase da doença
Na fase aguda, o mais recomendado é a realização de testes imunológicos, principalmente o ELISA indireto, pois apresenta alta sensibilidade e pode ser usado nesta fase
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A oncocercose é uma doença causada pelo nematódeo Onchocerca volvulus, transmitido por moscas hematófagas do gênero Simulium sp. Marque a alternativa que melhor representa o mecanismo de infecção das Larvas L3 do parasito no hospedeiro definitivo.

Mecanismo Ativo Cutâneo
Mecanismo Passivo Mucocutâneo
Mecanismo Passivo Cutâneo
Mecanismo Ativo Oral
Mecanismo Passivo Oro-anal
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Dentre as parasitoses que podem apresentar a Síndrome de Löeffler, podem ser citadas:

Estrongiloidíase, Ascaridíase, Teníase e Oncocercose
Ancilostomíase, Dermatite Serpiginosa, Ascaridíase e Necatoriose
Ancilostomíase, Estrongiloidíase, Ascaridíase e Necatoriose
Necatoriose, Ancilostomíase, Toxocaríase e Enterobíase
Esquistossomose Mansônica, Enterobíase, Oncocercose e Teníase
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Você, no laboratório de parasitologia clínica do hospital, recebeu um pedido de exame parasitológico de fezes de um paciente, junto com sua anamnese e resultados de outros exames. O paciente deu entrada no pronto socorro após apresentar hemoptise e sintomas de choque anafilático devido, segundo ele, a ingestão de um sorvete que poderia apresentar traços de amendoim, o qual é alérgico. No exame de sangue, foi encontrada uma eosinofilia relativa discreta (cerca de 10%) e leucocitose. Após a internação, foi realizada uma radiografia torácica, para averiguar o quadro de hemoptise que antecedeu o choque anafilático. No laudo, foram encontradas sombras radiológicas e estruturas circulares homogêneas e claras, com contornos definidos, sugestivos de calcificações císticas. Dessa forma, o pedido de exame parasitológico de fezes do médico foi bem fundamentado?

Não, pois há um forte indicativo de hidatidose pulmonar no paciente, por conta de todas informações presentes na ficha do paciente
Sim, pois há um forte indicativo de cisticercose no paciente, uma vez que foram obtidas imagens de calcificação na radiografia, enquanto que o choque anafilático ocorreu devido ao amendoim do sorvete
Não, pois o paciente não está apresentando uma sintomatologia clássica de uma parasitose, logo, o tempo que está sendo perdido no exame parasitológico poderia ser usado em outros testes mais relevantes
Não, visto que é nítido que o paciente desenvolveu uma neoplasia e seus sintomas de choque anafilático foram confundidos com os sintomas de um câncer em metástase
Sim, pois há um forte indicativo de ascaridíase, com sinais de síndrome de Löffler
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Chegou ao pronto-socorro uma criança de 7 anos apresentando diversos sintomas neurológicos, como convulsões, irritabilidade, crises epilépticas e perda de consciência. No decorrer da anamnese, os pais confirmaram que a criança perdeu cerca de 5 kg em 1 mês e reclamava de dores abdominais, as quais, muitas vezes, eram confundidas com prisão de ventre. Como os sintomas abdominais frequentemente se resolviam espontaneamente, os pais não deram muita importância até o surgimento destes sintomas neurológicos. Deste modo, além de uma ressonância e exame de sangue, o médico designado para o caso pediu um exame parasitológico de fezes. Com base em seus conhecimentos de parasitologia, esse pedido está bem fundamentado e qual seria a metodologia ideal a ser seguida neste caso?

Sim, o pedido é válido, portanto, é ideal realizar métodos de concentração com base em flutuação, como a técnica de Faust e colaboradores, uma vez que há fortes indícios de himenolepíase grave
Não, o pedido é inválido, pois o ideal é não realizar testes parasitológicos nesse caso, visto que o paciente está apresentando sintomas clássicos de neurocisticercose, portanto, é recomendado realizar ELISA indireto para tal
Sim, o pedido é válido e é recomendado realizar um exame direto das fezes com coloração de tricrômio, para a busca de trofozoítos do complexo Entamoeba histolytica/dispar, pois há um forte indicativo de amebíase extraintestinal
Não, o pedido é inválido e o uso de exames parasitológicos de fezes não é recomendado, pois a criança pode estar com um tumor cerebral, o que gera as crises epilépticas e síncopes na mesma
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J. M., criança de 5 anos, chegou ao pronto-socorro com seus pais por estar há dias com sintomas de dor epigástrica, perda de peso, falta de apetite, febre e diarréia intensa esteatorreica e lientérica. Não foi difícil a coleta de material para o exame parasitológico de fezes, o qual imediatamente foi enviado para o seu setor. Como você procederia o diagnóstico laboratorial nessa amostra? Qual agente etiológico e forma parasitária você estaria buscando?

Como as fezes são diarreicas, é recomendado prosseguir com um exame direto a fresco e buscar o movimento de trofozoítos de Giardia duodenalis
Como as fezes são diarreicas, é recomendado prosseguir com um esfregaço de fezes com hematoxilina férrica e buscar trofozoítos de Balantioides coli
Como as fezes são diarreicas, é recomendado prosseguir com um exame direto a fresco com solução fisiológica e lugol, buscando formas amebóides de Blastocystis hominis
Como as fezes são diarreicas, é recomendado prosseguir com um exame direto a fresco com solução fisiológica, buscando trofozoítos do complexo Entamoeba histolytica/dispar
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No ciclo biológico de Entamoeba histolytica, a forma infectante é o cisto, o qual pode ser ingerido em água não tratada. Como você descreveria as características desse ciclo?

Ciclo estenoxeno, monoxeno com mecanismo de infecção passivo oro-fecal
Ciclo estenoxeno, heteroxeno com mecanismo de infecção ativo anal
Ciclo estenoxeno, heteroxeno com mecanismo de infecção ativo mucoso
Ciclo estenoxeno, monoxeno com mecanismo de infecção passivo per os
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B. A., homem de 29 anos, apresentou-se na clínica com queixas de dores abdominais intensas, inchaço abdominal no hipocôndrio direito e epigástrio, além de fadiga intensa, dispneia e cianose periférica. No histórico do paciente, foi observado que B. A. frequentemente gosta de realizar passeios de ecoturismo e que seus pais são hígidos, desconhecendo a presença de quaisquer problemas cardíacos ou pulmonares anteriores. Após ser devidamente internado, devido aos sintomas de cor pulmonale que apresentava, seu setor de parasitologia recebeu amostras fecais ao longo de 5 dias para a busca por ovos de Schistosoma mansoni. Qual é a melhor metodologia para a busca por essas estruturas?

A melhor metodologia para tal é realizar o método de Kato-Katz ou de Lutz
A melhor metodologia para tal é realizar o método de Baermann-Moraes
A melhor metodologia para tal é realizar o método de Sheater
A melhor metodologia para tal é realizar ELISA ou RIFI diretamente com as fezes do paciente
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L. F., garota de 6 anos, chegou na emergência com sintomas de pneumonia, caquexia e distúrbios gastrointestinais (emese, náuseas, anorexia e diarreia). Após a internação e diversos exames complementares, os pais relataram que sua filha frequentemente brinca em caixas de areia do parque público perto de sua casa, que foi abandonado pela prefeitura há anos. Com isso, o médico redirecionou sua suspeita diagnóstica para uma parasitose, pedindo um exame parasitológico de fezes e um exame de sangue. No exame de sangue, observou eosinofilia relativa de 39% e leucocitose. Desta forma, no contexto desse caso clínico, como você procederia o diagnóstico laboratorial da amostra de fezes?

Pode ser realizado técnicas de concentração, como o método de Faust e colaboradores, para buscar os ovos de Hymenolepis sp.
Pode ser feito o método de Baermann-Moraes para triagem e uma cultura em ágar Koga para confirmação das larvas de Strongyloides stercoralis na amostra
Pode ser feito o método de Stoll para quantificar a carga parasitária de ancilostomídeos na amostra e um exame direto para buscar as suas larvas rabditóides
Pode ser realizado o método de Sheater modificado para buscar oocistos de Cryptosporidium spp.
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Muitas das parasitoses estão associadas com falta de saneamento básico e com más condições de higiene pessoal. Esta parasitose apresenta um ciclo estenoxeno, monoxeno, com mecanismo passivo oral-fecal, cuja forma infectante é o ovo larvado. Qual alternativa melhor representa esse parasito?

Ancylostoma duodenale
Enterobius vermicularis
Hymenolepis nana
Echinococcus granulosus
Strongyloides stercoralis
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Assinale a alternativa que melhor representa as características do ciclo biológico de Giardia duodenalis.

Ciclo heteroxeno, estenoxeno com mecanismo de infecção ativo cutâneo, cujas formas infectantes são as larvas L3
Ciclo monoxeno, estenoxeno com mecanismo de infecção passivo per os, cujas formas infectantes são os ovos férteis
Ciclo monoxeno, estenoxeno com mecanismo de infecção passivo oral-fecal ou oro-anal, cujas formas infectantes são os cistos
Ciclo heteroxeno, estenoxeno com mecanismo de infecção ativo oral-fecal, cujas formas infectantes são os oocistos
Ciclo monoxeno, estenoxeno com mecanismo de infecção ativo cutâneo, cujas formas infectantes são as cercárias
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H. Z., homem de 42 anos, natural do Pará, apresentou-se na emergência com sintomas de dispneia, edema nos membros inferiores, fadiga intensa e inchaço abdominal. Ao ser internado, realizou exames de sangue, um ecocardiograma e uma hemocultura. No ecocardiograma, observou-se a presença de cardiomegalia e aneurisma de ponta. Qual resultado você espera encontrar na hemocultura do paciente?

Presença de promastigotas de Leishmania infantum
Presença de tripomastigotas de Trypanosoma cruzi
Presença de epimastigotas de Trypanosoma brucei
Presença de amastigotas tricíclicos de Trypanosoma cruzi
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Uma das geohelmintoses mais comuns é a ascaridíase. Nesta parasitose de ciclo monoxeno com mecanismo de transmissão passivo oral, os ovos férteis e decorticados contendo larvas L2 ou L3 são responsáveis pela infecção do ser humano. Qual alternativa representa o melhor diagnóstico para essa parasitose?

Uso da técnica de tampão anal, com a raspagem da região perianal e anal para distensão em lâmina de microscopia
Catação dos parasitos adultos na amostra de fezes
Busca dos ovos nas fezes, por meio de métodos como Lutz, Faust, Ritchie e Kato-Katz
Uso da técnica de Graham para coletar as larvas no períneo e região perianal
Busca por larvas L2/L3 nas fezes com uso de métodos como Kato-Katz
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O método de Kato-Katz é recomendado para a busca de ovos de quais parasitoses?

Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Hymenolepis sp., Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides e Taenia sp.
Trichuris trichiura, ancilostomideos, Hymenolepis sp., Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis e Taenia sp.
Trichuris trichiura, ancilostomideos, Hymenolepis sp., Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides e Taenia sp.
Trichuris trichiura, ancilostomideos, Hymenolepis sp., Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides e Taenia sp.
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Leia a seguinte afirmativa sobre a teníase: "A teníase é uma parasitose causada por cestódeos do gênero Taenia sp. Este parasita apresenta um ciclo heteroxeno e é capaz de ser transmitido pela via oral de duas maneiras: ingestão de ovos ou ingestão de tecidos infectados. Além disso, é possível ocorrer casos de autoinfecção externa e interna. Como o indivíduo com teníase elimina ovos pelas fezes, um caso de autoinfecção externa pode fazer com que o mesmo desenvolva um quadro de cisticercose" Esta afirmativa está correta? Senão, marque a alternativa que diga a parte em que ela está errada.

Não, a afirmativa está errada, uma vez que as formas de transmissão "[...] ingestão de ovos ou ingestão de tecidos infectados." estão erradas
Não, a afirmativa está errada, visto que "Como o indivíduo com teníase elimina ovos pelas fezes [...]" está errado
Não, a afirmativa está errada, pois " [...] um caso de autoinfecção externa pode fazer com que o mesmo desenvolva um quadro de cisticercose" está errado
Sim, a afirmativa está correta
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G. M., menino de 7 anos, chegou no clínico geral relatando muita dor perianal, após diversos episódios de prurido intenso, dor abdominal e crises de urticárias. Na inspeção, foi descoberta a presença de inflamação e um abscesso perianal, o qual foi realizada um procedimento de drenagem do pus. Durante o procedimento, o médico também realizou a técnica de Graham para a coleta de material clínico para análise parasitológica laboratorial. Por que essa decisão foi importante no prosseguimento do caso de G. M.?

Porque a técnica de Graham é crucial para o diagnóstico de estrongiloidíase, a qual foi a suspeita diagnóstica nesse caso
Porque a técnica de Graham é fundamental para a busca de ovos de Taenia solium, o qual foi a suspeita diagnóstica nesse caso
Porque a técnica de Graham é essencial para buscar ovos de Hymenolepis nana, o qual foi o agente etiológico suspeito da parasitose em questão
Porque a técnica de Graham é padrão-ouro para o diagnóstico de enterobíase, a qual foi a suspeita diagnóstica desse caso – tendo em vista o intenso prurido anal, o abscesso e inflamação perianais
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R. T., homem de 59 anos, vive na região rural do Mato Grosso do Sul, é fazendeiro e chegou à emergência apresentando febre alta há dias, fígado e baço palpáveis no exame físico, astenia e perda de peso de 6 kg nos últimos meses. No exame de sangue, obteve um quadro de anemia, plaquetopenia, monocitose, linfocitose e hipoalbuminemia. O médico levantou uma hipótese diagnóstica de linfoma de Hodgkin e o encaminhou para tratamento com um oncologista. Meses depois de seguir com o tratamento para linfoma, R. T. retorna para o hospital no pronto-socorro, apresentando falência múltipla de órgãos. Foi internado e acabou indo a óbito em 2 dias. Qual foi um dos erros do médico responsável neste caso?

O médico estava certo e o paciente faleceu por conta de sua não responsividade farmacológica
O médico errou por ter mandado o paciente para o oncologista, quando deveria ter mandado para um hepatologista, para tratar a sua hepatomegalia
O médico presumiu que R.T. apresentava linfoma e não observou outras hipóteses diagnósticas, que, no caso, era mais provável de ser leishmaniose visceral, devido aos achados clínicos e ao fato de que esta é uma condição endêmica no Estado do Mato Grosso do Sul
O erro foi ter considerado que R.T. apresentava linfoma, enquanto que ele provavelmente apresentava malária, tendo em vista os seus sintomas – clássicos de uma infecção por Plasmodium vivax
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A. C., mulher de 29 anos, moradora da região rural do Estado do Rio de Janeiro e trabalhadora na fazenda do marido, chegou na clínica apresentando queixas de tosse seca, dispneia e febre há 2 semanas. Na ausculta pulmonar, notou-se a presença de sibilos e estertores pulmonares. Com isso, foi solicitado um exame de sangue – que apresentou eosinofilia alta (44%) – e uma radiografia torácica – que apresentou regiões de opacidade e infiltrados alveolares e intesticiais. A hipótese diagnóstica inicial do médico foi de bronquite alérgica, o qual receitou remédios para tal. A paciente retornou e teve uma melhora no quadro. Após 3 meses da visita inicial, A. C. retornou para a clínica, apresentando sintomas de palidez mucocutânea, fraqueza, indisposição, vertigens, mialgias e dores abdominais. Desta vez, junto com o exame de sangue, o médico pediu um exame parasitológico. Como você prosseguiria com o diagnóstico laboratorial nesse caso?

Realizar um exame parasitológico de fezes, incluindo pesquisa de ovos e larvas, utilizando métodos de flutuação e o método de Harada-Mori, para diagnosticar a possível infecção parasitária, como a ancilostomíase, o que pode explicar os sintomas abdominais e a evolução da eosinofilia
Fazer cultura de escarro e buscar possíveis patógenos bacterianos respiratórios, uma vez que a radiografia torácica não mostrou sinais claros de infecção parasitária
Utilizar exclusivamente a técnica de sedimentação em fezes, evitando os métodos de flutuação e concentração, que não são essenciais para identificar ovos e larvas de helmintos com maior precisão
Realizar apenas um exame direto das amostras de fezes, para dar um diagnóstico o mais rápido possível
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J. M., um trabalhador rural, apresenta-se ao pronto-socorro com queixas de dor abdominal intensa e persistente há 6 semanas. Ele relata episódios de diarreia líquida, com muco e sangue, que ocorrem 8 a 10 vezes ao dia. A diarreia é acompanhada por febre intermitente, que chega a 38,5°C, náuseas, vômitos e perda de apetite. O paciente também menciona episódios de dor no quadrante superior direito e cansaço generalizado, com perda de peso de aproximadamente 8 kg no último mês. Ele possui um histórico de contato com água de poço não tratada e relata consumo de alimentos em condições sanitárias precárias. Apresenta-se, no exame físico, pálido, desidratado, com hepatomegalia, sinais de Murphy positivos, sensibilidade difusa no hipocôndrio direito. Foi solicitado um exame parasitológico de fezes. Qual alternativa melhor representa o protocolo para o diagnóstico laboratorial dessa amostra?

Método de Faust e colaboradores, para buscar cistos de Giardia duodenalis
Método de Lutz para a busca de cistos de Balantioides coli
Exame direto a fresco ou esfregaço fecal com coloração de tricrômio, para a busca de trofozoítos de protozoários, como o complexo Entamoeba histolytica/dispar
Método de Ritchie modificado (formol-éter ou formol-acetato de etila), para a busca de formas amebóides de Blastocystis hominis
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F. R., uma trabalhadora de uma organização não governamental (ONG) que recentemente retornou de uma missão no Norte do Brasil, apresenta-se ao pronto-socorro com queixas de febre alta intermitente, calafrios, sudorese profusa e dor muscular generalizada há 4 semanas. Ela relata que os sintomas começaram como episódios de febre diária, mas se tornaram mais frequentes e intensos nas últimas duas semanas. Além disso, a paciente apresenta queixas de dor abdominal, náuseas e vômitos. Ela notou icterícia e um aumento de cansaço. O exame físico revela hepatomegalia, esplenomegalia, palidez, dor à palpação no hipocôndrio direito, icterícia leve e sinais de desidratação. O médico, então, realizou o pedido de exames de sangue, de imagem e parasitológicos. No exame de sangue, foi encontrada anemia, leucopenia, plaquetopenia, aumento das transaminases hepáticas (AST e ALT), aumento de bilirrubina total e frações e glicemia elevada. Nos exames de imagem, há sugestivos de congestão hepática, além de claramente hepatoesplenomegalia. Qual é a sua suspeita diagnóstica e como você prosseguiria com o diagnóstico laboratorial?

Com base na anamnese, nos sintomas apresentados e nos resultados dos exames físicos e complementares, a suspeita diagnóstica é de comprometimento múltiplo de órgãos. Logo, deve-se realizar um exame de urina para verificar possíveis sinais de infecção renal
Com base na anamnese, nos sintomas apresentados e nos resultados dos exames físicos e complementares, a suspeita diagnóstica é de ancilostomíase. Portanto, deve-se realizar o método de Stoll em fezes formadas para quantificar a carga parasitária do paciente
Com base na anamnese, nos sintomas apresentados e nos resultados dos exames físicos e complementares, a suspeita diagnóstica é de malária. Portanto, é recomendado realizar um exame de gota espessa, para buscar as formas evolutivas do Plasmodium spp. no sangue (trofozoítos, esquizontes e gametócitos)
Com base na anamnese, nos sintomas apresentados e nos resultados dos exames físicos e complementares, a suspeita diagnóstica é de malária. Logo, deve-se fazer apenas um exame sorológico para detectar anticorpos contra Plasmodium
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L. S., uma mulher de 50 anos, apresenta-se ao pronto-socorro com queixas de diarreia persistente há 8 semanas. A diarreia é descrita como aquosa, com muco e ocasionalmente sangue, e ocorre até 5 a 6 vezes ao dia. A paciente também relata dor abdominal difusa, perda de peso significativa (aproximadamente 10 kg), febre intermitente e fadiga. Ela tem um histórico de imunossupressão, com uso prolongado de medicamentos imunossupressores para tratamento de artrite reumatoide. Além disso, refere que passou recentemente um período em um acampamento em uma área rural do Nordeste do Brasil, onde teve contato frequente com água de poço não tratada. No exame físico, foi observado palidez, sensibilidade abdominal difusa, dor e aumento de peristalse na palpação do abdomen. Há febre baixa, desidratação e sinais de perda de peso acentuada. Foi então solicitado exames de sangue e parasitológicos. Qual das seguintes abordagens é a mais adequada para o diagnóstico laboratorial de infecção por Cystoisospora belli em um paciente com diarreia crônica e imunossupressão?

Solicitar uma prova de aglutinação no soro para identificar anticorpos contra Cystoisospora belli, pois é um método eficiente para infecções parasitárias intestinais
Realizar um exame de urina para procurar parasitas, pois a infecção por Cystoisospora belli também pode afetar o trato urinário
Realizar um exame direto a fresco de fezes seguido de uma concentração e flutuação, complementado por uma coloração com azul de metileno, para maximizar a visualização dos oocistos de Cystoisospora belli
Conduzir uma endoscopia digestiva alta com biópsia para avaliação histológica, pois a infecção por Cystoisospora belli frequentemente causa alterações visíveis no tecido intestinal
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C. T., um trabalhador rural de 28 anos, apresenta-se ao ambulatório com queixas de lesões cutâneas persistentes há 3 meses. Ele relata o início das lesões com uma pequena úlcera no braço direito, que foi inicialmente confundida com uma picada de inseto. A úlcera cresceu lentamente e agora tem aproximadamente 4 cm de diâmetro, com bordas elevadas e um centro necrosado. No exame físico, além da presença das lesões cutâneas, nota-se sinais de perda de peso, febre leve e mal-estar, além de linfadenopatia no braço direito. Foi coletado um raspado do fundo granuloso da lesão da úlcera do paciente e encaminhado para o diagnóstico laboratorial. Caso seja realizado um esfregaço corado com Giemsa do raspado cutâneo, o que é esperado obter?

Amastigotas de Leishmania braziliensis
Mycobacterium leprae
Treponema pallidum pallidum
Células neoplásicas de carcinoma basocelular
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L. S., uma assistente social de 39 anos, apresenta-se ao pronto-socorro com sintomas persistentes há 6 semanas, incluindo diarreia aquosa e frequente (até 6 vezes ao dia), dor abdominal difusa, náuseas e perda de peso significativa de cerca de 7 kg. Ela também relata episódios de febre baixa e cansaço constante. L. S. faz uso de diversos imunossupressores, pois realizou um transplante de fígado por conta de uma hepatite que teve quando mais jovem. Apresenta-se, no exame físico, desidratada, emagrecida, febril, com mal-estar e distensão abdominal com dor difusa. Foi requisitado um material de fezes para diagnóstico laboratorial. Como você prosseguiria com o diagnóstico laboratorial parasitológico dessa amostra?

Uso de método de Sheater
Uso de exame direto a fresco apenas
Uso de técnicas de concentração, como o método de Ritchie e Faust
Uso do método de Baermann & Moraes
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M. O., uma professora de 40 anos, apresenta-se ao ambulatório com queixas persistentes de dor abdominal leve e desconforto abdominal há 2 meses. Ela relata que, apesar das fezes estarem formadas e normais em aparência, tem experimentado episódios intermitentes de distensão abdominal e sensação de plenitude após as refeições. Além disso, ela notou que perdeu cerca de 3 kg de peso durante esse período. A paciente nega episódios de diarreia, mas menciona que tem notado uma alteração no apetite e leve fadiga. Ela não tem histórico recente de viagens e reside em uma área urbana com acesso a água tratada e boas condições de saneamento. No exame físico, apresenta-se ligeiramente desidratada, com leve distensão abdominal e dor difusa à palpação, sem febre, anictérica e sem linfadenopatia. O médico responsável solicitou um exame coproparasitológico para a paciente. Inicialmente, o exame direto a fresco mostrou-se negativo para parasitas visíveis. Com base nisso e na clínica da paciente, qual seria a melhor forma de prosseguir com o diagnóstico?

Além de requisitar múltiplas amostras de fezes para análise, pode-se realizar um esfregaço de fezes com coloração de tricrômio, para buscar formas vacuolares e císticas de Blastocystis spp.
Deve-se requisitar múltiplas amostras intermitentes de fezes e realizar o método de Ritchie ou de Faust para buscar por cistos do complexo Entamoeba histolytica/dispar
É ideal realizar técnica de Lutz, para buscar ovos de Ascaris lumbricoides
Deve-se requisitar múltiplas amostras de fezes para análise e, então, realizar o método de Sheater para buscar por cistos de Giardia
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