Quiz - Narrativa de ficção científica.

Quiz - Narrativa de ficção científica.

Olá! Faça o quiz abaixo e veja se sabe tudo sobre a narrativa de ficção científica. Clique na alternativa correta.

Imagem de perfil user: Priscila Maia
Priscila Maia
1
Narrativa de ficção científica é:

Narrativa de ficção científica é:

Possui a narrativa de possíveis fatos que poderiam acontecer em outro tempo ou espaço, apresentando histórias reais.
Possui a narrativa de possíveis fatos que não poderiam acontecer em outro tempo ou espaço, apresentando histórias fictícias e fantásticas.
Possui a narrativa de possíveis fatos que poderiam acontecer em outro tempo ou espaço, apresentando histórias fictícias e fantásticas.
2
Uma das principais características da ficção científica é:

Uma das principais características da ficção científica é:

a interferência da ciência na sociedade e na vida do homem.
a interferência da realidade na sociedade e na vida do homem.
personagens principais são animais.
3
Leia o conto abaixo e responda as próximas questões:

Filhos do sol

 Jean-Louis Trudel

Está bonito e ensolarado lá fora. Mesmo deste lado da janela, posso ver que vai ser um dia quente, inclusive à sombra. Sei que os dentes-de-leão vão brotar em breve daquilo que era lama de primavera ao lado das calçadas, poucos dias atrás. A terra vai enxugar as últimas poças deixadas pelas chuvas de abril até não sobrar nada.
 Logo vai ser verão nos subúrbios. Gostaria de estar lá fora. Gostaria de jogar bola com meus amigos naquele trecho de grama alta e de bebedores-de-gasolina enferrujando do outro lado da cerca do estacionamento. Mas o dia está bonito demais para a minha mãe. Ela não vai me deixar sair, com o dia ensolarado assim.
 Continuo olhando, mas não consigo achar uma única nuvem para cobrir o clarão do sol forte de maio. O azul do céu está imaculado, tão puro quanto um lago glacial. A poluição da cidade embaça os perfis das arcologias1 do centro, à distância, mas isso não é o bastante. Tanto os índices de ozônio quanto os de partículas teriam de chegar aos níveis de alerta para a minha mãe me deixar sair para o sol do meio-dia. E, mesmo assim, apenas com uma máscara contra o pó...
 Uma porta bate. O baque da armadura de composto à prova de laser balança o prédio todo. Ouço gritos de prazer e em seguida vejo eles passarem correndo sob a minha janela. São cinco. Conheço James e Lydia porque frequentam a minha escola. Eles têm até um bilhete dos seus pais, permitindo que vão para a escola a pé!
 Quanto a mim, tenho que me levantar antes do sol, quando os passarinhos começam a cantar. Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora.
 Eu pego o ônibus especial que passa antes do sol nascer, com os outros meninos. Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso. Na escola, temos de esperar até que os outros cheguem, antes de começar as aulas. É chato esperar nos corredores e nas salas de aula meio vazias, mesmo quando brigamos ou
apostamos corridas pelos corredores. Sabemos que ninguém vai dar bronca na gente.
 Então, eu observo eles irem embora sem mim, rumo a um jogo de futebol em um canto do campo onde a grama não cresce. Vão gritando felizes, rindo, se divertindo...
 Eu odeio eles.
 Outro dia, um desses garotos me convidou para ir jogar com eles. Eu disse que não e eles riram. Então entendi que tinha sido um truque, uma piada sem graça. Eles sabiam que eu não sairia da sombra do toldo que protege a sacada do nosso segundo andar.
 Não quando o sol está brilhando. Não quando não há nenhuma nuvem para filtrar nem um pouquinho dos raios ultravioleta. Não quando não há quase mais nenhum ozônio sobre nós.
Não quando eu tenho a pele tão clara que não posso me bronzear. Não quando os bloqueadores solares são tão arriscados quanto o sol.
Oh, eu sei que a grama vai amarelar logo, logo. Esses raios ultravioleta, eles não são bons pra nada nem pra ninguém. Sei que poderei sair e brincar quando o céu se cobrir com as cortinas de cinza industrial. (Mas não gosto de ficar nas ruas com aqueles fantasmas pálidos, suas bocas
escondidas, como a minha, por uma máscara branca que ficará escura com uma rapidez espantosa!) E sei que iremos à Amazônia para as férias da família, onde ainda existe ozônio bastante para se desfrutar de meia hora ao sol, e aonde James e Lydia nunca irão porque as mães deles não têm dinheiro para isso.
 Não consigo segurar as lágrimas, sem saber se choro lamentando o passado ou de ódio do presente. Às vezes sonho que eles estão no hospital e eu os visito... Na verdade, eles são quase tão vulneráveis quanto eu, mas não têm medo, ainda não, e eu tenho, e talvez seja por isso que choro e por isso que odeio eles, e todos os que são como eles...
 Eu não devia, já me disseram muitas vezes, mas eu odeio eles. Porque sou branco e eles, negros.

In: CARUSO, Roberto de Sousa (org.) Histórias de ficção científica. São Paulo: Ática, 2005, p. 123-12

O assunto central da narrativa é:

Leia o conto abaixo e responda as próximas questões: Filhos do sol Jean-Louis Trudel Está bonito e ensolarado lá fora. Mesmo deste lado da janela, posso ver que vai ser um dia quente, inclusive à sombra. Sei que os dentes-de-leão vão brotar em breve daquilo que era lama de primavera ao lado das calçadas, poucos dias atrás. A terra vai enxugar as últimas poças deixadas pelas chuvas de abril até não sobrar nada. Logo vai ser verão nos subúrbios. Gostaria de estar lá fora. Gostaria de jogar bola com meus amigos naquele trecho de grama alta e de bebedores-de-gasolina enferrujando do outro lado da cerca do estacionamento. Mas o dia está bonito demais para a minha mãe. Ela não vai me deixar sair, com o dia ensolarado assim. Continuo olhando, mas não consigo achar uma única nuvem para cobrir o clarão do sol forte de maio. O azul do céu está imaculado, tão puro quanto um lago glacial. A poluição da cidade embaça os perfis das arcologias1 do centro, à distância, mas isso não é o bastante. Tanto os índices de ozônio quanto os de partículas teriam de chegar aos níveis de alerta para a minha mãe me deixar sair para o sol do meio-dia. E, mesmo assim, apenas com uma máscara contra o pó... Uma porta bate. O baque da armadura de composto à prova de laser balança o prédio todo. Ouço gritos de prazer e em seguida vejo eles passarem correndo sob a minha janela. São cinco. Conheço James e Lydia porque frequentam a minha escola. Eles têm até um bilhete dos seus pais, permitindo que vão para a escola a pé! Quanto a mim, tenho que me levantar antes do sol, quando os passarinhos começam a cantar. Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora. Eu pego o ônibus especial que passa antes do sol nascer, com os outros meninos. Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso. Na escola, temos de esperar até que os outros cheguem, antes de começar as aulas. É chato esperar nos corredores e nas salas de aula meio vazias, mesmo quando brigamos ou apostamos corridas pelos corredores. Sabemos que ninguém vai dar bronca na gente. Então, eu observo eles irem embora sem mim, rumo a um jogo de futebol em um canto do campo onde a grama não cresce. Vão gritando felizes, rindo, se divertindo... Eu odeio eles. Outro dia, um desses garotos me convidou para ir jogar com eles. Eu disse que não e eles riram. Então entendi que tinha sido um truque, uma piada sem graça. Eles sabiam que eu não sairia da sombra do toldo que protege a sacada do nosso segundo andar. Não quando o sol está brilhando. Não quando não há nenhuma nuvem para filtrar nem um pouquinho dos raios ultravioleta. Não quando não há quase mais nenhum ozônio sobre nós. Não quando eu tenho a pele tão clara que não posso me bronzear. Não quando os bloqueadores solares são tão arriscados quanto o sol. Oh, eu sei que a grama vai amarelar logo, logo. Esses raios ultravioleta, eles não são bons pra nada nem pra ninguém. Sei que poderei sair e brincar quando o céu se cobrir com as cortinas de cinza industrial. (Mas não gosto de ficar nas ruas com aqueles fantasmas pálidos, suas bocas escondidas, como a minha, por uma máscara branca que ficará escura com uma rapidez espantosa!) E sei que iremos à Amazônia para as férias da família, onde ainda existe ozônio bastante para se desfrutar de meia hora ao sol, e aonde James e Lydia nunca irão porque as mães deles não têm dinheiro para isso. Não consigo segurar as lágrimas, sem saber se choro lamentando o passado ou de ódio do presente. Às vezes sonho que eles estão no hospital e eu os visito... Na verdade, eles são quase tão vulneráveis quanto eu, mas não têm medo, ainda não, e eu tenho, e talvez seja por isso que choro e por isso que odeio eles, e todos os que são como eles... Eu não devia, já me disseram muitas vezes, mas eu odeio eles. Porque sou branco e eles, negros. In: CARUSO, Roberto de Sousa (org.) Histórias de ficção científica. São Paulo: Ática, 2005, p. 123-12 O assunto central da narrativa é:

o ódio daqueles que temem o sol.
o grande progresso obtido pelo homem do futuro.
a tristeza de quem não pode brincar ao sol
4
Sobre o narrador do texto podemos afirmar que:

Sobre o narrador do texto podemos afirmar que:

é um adulto que lembra com emoção a infância perdida.
(a) é um garoto branco que sonha em ser jogador de futebol.
é um menino do subúrbio que teme os efeitos dos raios ultravioleta
5
“Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso.” A expressão " medo da vermelhidão do sol" se refere:

“Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso.” A expressão " medo da vermelhidão do sol" se refere:

à chegada do verão.
à ausência da camada de ozônio.
a nuvens de poeira.
6
“Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora.” Sobre os pássaros, a frase leva a crer que:

“Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora.” Sobre os pássaros, a frase leva a crer que:

começaram a cantar para anunciar o nascer do sol.
sempre tiveram medo do sol.
cantam ao nascer do sol, pois são noturnos.
7
“Filhos do sol” é um texto de ficção científica, porque:

“Filhos do sol” é um texto de ficção científica, porque:

trata do impacto das mudanças ambientais sobre o indivíduo e a sociedade.
mostra que a humanidade vai desaparecer da face da Terra.
se passa em um futuro distante, imaginário, não permitindo sequer a identificação da época do ano em que ocorre a narrativa.
Quizur Logo

Siga nossas redes sociais:

Incorporar

Para incorporar este quiz ao seu site copie e cole o código abaixo.