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Os mapas ilustram o processo de urbanização do território brasileiro ao longo da última metade do século XX. Analisando a geografia da urbanização brasileira, pode-se afirmar que:
a pequena expressão da urbanização nas regiões Norte e Centro-Oeste deve-se ao fato de as condições naturais apresentam-se pouco propícias à industrialização e à concentração demográfica observadas nas regiões Sudeste e Sul
a urbanização das regiões agrícolas marca uma mudança no eixo da urbanização, pois seu crescimento econômico é responsável pela atual interiorização da concentração de cidades, em detrimento das concentrações urbanas tradicionais
o fenômeno urbano no Brasil caracteriza-se pelo crescimento homogêneo das cidades na região Centro-Sul – sobretudo por causa da difusão das indústrias – e bastante heterogêneo no Nordeste, graças ao domínio dos latifúndios
as cidades brasileiras ganharam expansão sob os eixos norte-sul (1970) e leste-oeste (1996), concentrando o maior número da população brasileira e acompanhando as mudanças no processo das migrações regionais
esse processo de urbanização acompanha a concentração industrial e de serviços e forma uma rede urbana polarizada pelas metrópoles nacionais e regionais da faixa leste do território brasileiro
2
A imagem acima apresenta a paisagem da cidade de Brasília, uma cidade com funções político-administrativas. Uma característica que NÃO representa esse tipo de cidade faz-se presente na afirmativa:
organiza-se a partir de uma posição fundamentalmente estratégica.
estrutura uma organização prioritariamente burocrática.
prioriza uma estética funcional previamente planejada.
apresenta elevada oferta de empregos no setor público
Representa uma arquitetura adversa ao urbanismo racionalista.
3
A urbanização brasileira desenvolveu-se de maneira acelerada e provocou grande concentração da população, sobretudo nas áreas metropolitanas. Tal crescimento não foi acompanhado por investimentos sociais, causando graves problemas socioespaciais, principalmente o da habitação, ilustrado pela charge.
A ausência de movimentos sociais voltados à luta pela moradia nos espaços públicos das regiões metropolitanas brasileiras contribui para o aprofundamento das contradições entre o capital e o trabalho pelo direito à cidade
A configuração das grandes cidades brasileiras deixou de ser excludente, principalmente pelo aumento dos investimentos do Estado em moradia de baixa renda, exemplificados nos condomínios populares construídos em áreas mais valorizadas.
As pessoas de baixo poder aquisitivo têm como alternativa de moradia ocupar os terrenos periféricos nas metrópoles, assim o direito à cidade depende da democratização do uso e da ocupação do sol
A locomoção diária em direção ao local de trabalho associada ao problema de moradia levou os governos estaduais a desenvolverem uma política eficiente de transportes coletivos integrados de trens, metrôs e ônibus, das zonas centrais às periferias.
Os processos de intensa segregação socioespacial nas metrópoles brasileiras são minimizados pelo mercado imobiliário, que destina cada vez mais recursos para empreendimentos nas periferias, formando bairros dotados de luxo.
4
(UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais podemos destacar:
Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.
Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços
Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.
Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência.
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(UFRN) “[...] Há algumas décadas, a pobreza no Brasil se concentrava no campo e em pequenas e médias cidades desprovidas de iniciativas empresarias. Atualmente, ela se concentra em grandes cidades, onde se acentuaram os contrastes sociais.” O texto apresenta uma das faces do processo de urbanização brasileiro. Sobre esse processo, é correto afirmar que
acentuou a elevação das taxas de natalidade ao favorecer a concentração de pessoas nas cidades.
promoveu a redução do comércio e dos serviços devido à absorção de mão-de-obra no setor industrial.
iniciou a partir de núcleos urbanos localizados nas áreas interioranas do país.
decorreu da industrialização e modernização do campo que acelerou a migração rural urbana.
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(FGV-RJ) Vivemos numa era verdadeiramente global, em que o global se manifesta horizontalmente e não por meio de sistemas de integração verticais, como o Fundo Monetário Internacional e o sistema financeiro. Muito da literatura sobre a globalização foi incapaz de ver que o global se constitui nesses densos ambientes locais. Assinale a alternativa que contém uma proposição coerente com os argumentos apresentados no texto:
A globalização conferiu densidade a todos os ambientes locais, na medida em que suas forças atingem todos os lugares.
A noção de escala global deixou de ter importância em geografia, já que o global só se revela por meio do local.
Na escala global, os agentes operam horizontalmente, enquanto, na escala local, os agentes operam verticalmente.
As forças globais, tais como o FMI e os sistemas financeiros, não afetam os ambientes locais, desde que eles sejam densos.
As metrópoles não apenas sofrem os efeitos da globalização, mas são espaços que produzem a globalização.