Revisão - Realismo em Portugal

Revisão - Realismo em Portugal

Olá! Sejam bem-vindos ao nosso Quiz de Revisão para a prova de Literatura. Para orientação, considere os seguintes indicadores de conteúdo: - Realismo - Madame Bovary, a primeira obra realista - Thérèse Raquin, a primeira obra naturalista - O Realismo em Portugal - A Questão Coimbrã - Eça de Queirós, o realismo em "O Crime do Padre Amaro" e "O Primo Basílio"

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Renan Salgueiro
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Indique qual das alternativas abaixo NÃO é uma característica do Realismo.

Preocupação com o passado e sentimentalismo exarcebado
Materialismo e negação dos sentimentos
Reação à monarquia e ao clero
Objetivismo e Cientificismo
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Os personagens realistas-naturalistas têm seus destinos marcados pelo determinismo. Identifica-se esse determinismo:

por representarem a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma faculdade perdida do homem: o senso do mistério.
pela preocupação dos autores em criar personagens perfeitos, sem defeitos físicos ou morais.
pelas forças atávicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas criaturas.
por se notar a preocupação dos autores de voltarem para o passado ou para o futuro ao criarem seus personagens.
por ser fruto, especificamente, da imaginação e da fantasia dos autores.
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Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que:

pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades primitivas.
defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social.
estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens.
se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação.
analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa.
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Assinale a alternativa em que se encontram características da prosa do Realismo.

Objetivismo; subordinação dos sentimentos a interesses sociais; críticas às instituições decadentes da sociedade burguesa.
Linguagem metafórica; protagonista tratado como anti herói; sentimentalismo.
Espírito de aventura; narrativa lenta; impasse amoroso solucionado pelo final feliz.
Casamento visto como arranjo de conveniência; descrição objetiva; idealização da mulher.
Idealização do herói; amor visto como redenção; oposição aos valores sociais.
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Leia o trecho abaixo e assinale a alternativa correta. “Mas Luísa, a Luisinha, saiu muito boa dona de casa; tinha cuidados muito simpáticos nos seus arranjos; era asseada, alegre como um passarinho, como um passarinho amiga do ninho e das carícias do macho; e aquele serzinho louro e meigo veio dar à sua casa um encanto sério. (…) Estavam casados havia três anos. Que bom que tinha sido! Ele próprio melhorara; achava-se mais inteligente, mais alegre … E recordando aquela existência fácil e doce, soprava o fumo do charuto, a perna traçada, a alma dilatada, sentindo-se tão bem na vida como no seu jaquetão de flanela!”

A prosa realista, apoiando-se em teorias cientificistas do século XIX, empreende a análise de instituições burguesas, como o casamento, por exemplo, denunciando as bases frágeis dessa união.
A prosa romântica recria o passado histórico com o intuito de ironizar os mitos nacionais.
A prosa realista, com intuito moralizador, desmascara o casamento por interesse, tão comum no século XIX, para defender uma relação amorosa autêntica, segundo princípios filosóficos do platonismo.
A prosa realista põe em cena personagens tipificados que, metamorfoseados em heróis valorosos, correspondem à expressão da consciência e valores coletivos.
A prosa romântica analisa mais profundamente a natureza humana, evitando a apresentação de caracteres padronizados em termos de paixões, virtudes e defeitos.
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A mais famosa polêmica da história da literatura portuguesa ficou conhecida como “Questão Coimbrã” ou “Questão do Bom Senso e Bom Gosto”, e foi iniciada por Antero de Quental com uma carta resposta a um posfácio de Antônio Feliciano de Castilho, incluído no livro Poema da Mocidade, de Manuel Pinheiro Chagas. Nessa polêmica, que começou em 1865 e terminou um ano depois, amadureceram conceitos que, mais tarde, norteariam a chamada geração de 70”. Dos escritores ou simples intervenientes na polêmica abaixo mencionados, um único não participou dela, sendo todavia o seu mais brilhante produto. Indique a alternativa na qual se encontra esse escritor:

Júlio de Castilho, Eça de Queirós.
Camilo Castelo Branco, Teixeira de Vasconcelos.
Ramalho Ortigão, Teófilo Braga.
Rui de Porto-Carrero, Manuel Roussado.
Augusto Malheiro Dias, Luciano Cordeiro.
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Assinale a alternativa onde estão indicados os textos que analisam corretamente alguns aspectos do romance realista. I – As personagens independem do julgamento do narrador, reagindo cada uma de acordo com sua própria vontade e temperamento. II – A linguagem é poeticamente elaborada nos diálogos, mas procura alcançar um tom coloquial, com traços de oralidade, nas partes narrativas e descritivas. III – Observa-se o predomínio da razão e da observação sobre o sentimento e a imaginação.

I e III
I, II, III
I e II
II
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A pintura é uma poesia muda e a poesia uma pintura cega; e tanto uma quanto a outra tentam imitar a natureza segundo seus limites, e tanto uma quanto a outra permitem demonstrar diversas atitudes morais, como fez Apeles na sua Calúnia.

A pintura é uma poesia muda e a poesia uma pintura cega; e tanto uma quanto a outra tentam imitar a natureza segundo seus limites, e tanto uma quanto a outra permitem demonstrar diversas atitudes morais, como fez Apeles na sua Calúnia.

A pintura retrata apenas aquilo que vê sem exaltação ou sentimentalismo como é próprio do Realismo.
A presença da mulher em primeiro plano torna-a idealizada o que aproxima a pintura do Romantismo.
A pintura retrata a vida tranquila e feliz no campo representando assim o Arcadismo.
A dificuldade da vida no sertão é retratada através dessa pintura mostrando o engajamento social da 2ª Geração Modernista.
A imagem busca simbolizar a libertação da mulher, sua independência representando assim a 1ª Geração Modernista.
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Ao criticar O Primo Basílio, Machado de Assis afirmou: “(...) a Luísa é um caráter negativo, e no meio da ação ideada pelo autor, é antes um títere que uma pessoa moral”. Títere é um boneco mecânico, acionado por cordéis controlados por um manipulador. Nesse sentido, as personagens que, principalmente, manipulam Luísa, determinando-lhe o modo de agir, são:

Jorge e Leopoldina.
Basílio, Conselheiro Acácio e Leopoldina.
Jorge, Conselheiro Acácio e Juliana.
Jorge e Justina.
Basílio e Juliana.
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A minha ambição seria pintar a sociedade portuguesa, e mostrar-lhe, como num espelho, que triste país eles formam – eles e elas. É o meu fim nas Cenas Portuguesas. (Trecho da carta de Eça de Queiroz a Teófilo Braga, com data de 12/3/1878). Quais os romances que foram as Cenas Portuguesas? Que aspectos e camadas da sociedade eles analisam, respectivamente?

O Crime do Padre Amaro, Madame Bovary e Thérèse Raquin. Analisam a pequena e média burguesia de toda a Europa.
O Crime do Padre Amaro, Madame Bovary e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Analisam a pequena e média burguesia de toda a Europa, influenciando Machado de Assis em sua obra no Brasil.
O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, Os Maias. Analisam a pequena e média burguesia de Lisboa, bem como as influências do clero.
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Com referência ao romance O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiros, a única afirmação INCORRETA é:

Influenciado pelas teorias do Naturalismo, o autor procura demonstrar que o meio social e a educação religiosa é que determinam o comportamento do indivíduo.
Adotando os pressupostos da estética realista, o autor critica os efeitos nocivos da arte romântica sobre o caráter de Amélia.
Adotando os pressupostos da estética realista, o autor critica os efeitos nocivos da arte romântica sobre o caráter de Amélia.
Tendo por base uma orientação tipicamente realista, o escritor critica o domínio que os padres, por meio de sacramentos como a confissão, exercem sobre os fiéis.
Influenciado pelas teorias no Naturalismo, Eça de Queiros procura demonstrar que os antecedentes de raça e as taras sexuais é que determinam o comportamento de Amaro e Amélia.
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Sobre a obra "O Primo Basílio", todas estão incorretas, exceto:

Luísa, mulher romântica, deixou-se seduzir por Basílio, pois acreditou que eles viveriam um grande amor e seriam felizes.
Os amigos do casal Jorge e Luísa eram pessoas que agiam por interesses, falsas, mas foram desmascaradas no final da obra.
Basílio e Luisa, personagens de O primo Basílio. Aquele se assemelha às personagens dos romances românticos, esta mais realista, forte e dominadora de qualquer situação.
Jorge, marido traído, não conseguiu perdoar Luíza. Via na morte dela o resgate da sua reputação.
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Sobre a obra de Eça de Queiroz, 'O Primo Basílio", destaque a alternativa INCORRETA.

Critica o romantismo que enche a cabeça de Luísa de futilidades e devaneios, tirando-a da realidade e jogando-a nos braços do primeiro sedutor que aprece à sua frente, assim que se vê sozinha.
No final, o cinismo de Basílio se revela plenamente, quando, ao saber da morte da prima Luísa, lamenta apenas a perda de uma mulher que seria um bom passatempo quando ele estivesse em Lisboa.
a obra não “romantiza” a paixão de Luísa por Basílio; ao contrário, o tom irônico do narrador é claramente perceptível o tempo todo.
Juliana não vivia a espreitar Luísa, mas recolhe uns rascunhos e guarda. Depois, consegue pegar duas cartas de Basílio para Luísa. Pura coincidência. Depois da posse dessas provas do adultério, vem a ideia de chantagear Luísa, exigindo dinheiro para ficar quieta.
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Sobre a obra "O Primo Basílio", Juliana, a empregada de Luísa, representa o seguinte tipo social:

representa uma classe desfavorecida que é humilhada e para conseguir algo se apega a qualquer artifício.
representa a mulher batalhadora e desprovida de qualquer interesse alheio.
representa a ignorância da população menos privilegiada economicamente que, entretanto, tem comportamento moral equivalente ao cidadão mais prestigiado.
representa o comodismo das pessoas em querer a ascensão social.
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Vejamos um trecho de "O Primo Basílio", de Eça de Queirós, que descreve a personagem Juliana: "A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar: odiou sobretudo as patroas, com um ódio irracional e pueril. Tivera-as ricas, com palacetes, e pobres, mulheres de empregados, velhas e raparigas, coléricas e pacientes; - odiava-as a todas, sem diferença. É patroa e basta! pela mais simples palavra, pelo ato mais trivial! Se as via sentadas: - Anda, refestela-te, que a moura trabalha! Se as via sair: - Vai-te, a negra cá fica no buraco! Cada riso delas era uma ofensa à sua tristeza doentia; cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino tingido. Detestava-as na alegria dos filhos e nas propriedades da casa. Rogava-lhes pragas. Se os amos tinham um dia de contrariedade, ou via as caras tristes, cantarolava todo o dia em voz de falsete a Carta Adorada!" (Eça de Queirós, O Primo Basílio. São Paulo: Ateliê, 1998.) Sobre o trecho e a obra, assinale a INCORRETA:

Em "cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino tingido" notamos o olhar do narrador que, através desse jogo de oposições, chama a atenção para a injustiça social.
Quando o narrador apresenta "cantarolava todo o dia em voz de falsete a Carta Adorada!", o nome da música foi escolhido aleatoriamente e não apresenta relação com o destino da personagem.
Juliana trabalha na casa de Luísa e Jorge e esse trecho retrata como se sentia injustiçada por sua condição social.
No trecho "É patroa e basta!" poderíamos imaginar que a voz de Juliana mistura-se ao discurso do narrador.
No trecho "a necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar" podemos observar o pensamento determinista, uma vez que a condição social de Juliana obrigava-a a servir aos outros e, em consequência, passou a odiar os patrões.
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