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Como surgiu o Setembro Amarelo?
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais.
A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.
Criado por uma Psicóloga brasileira, Ana Albuquerque, que acreditava no potencial desse tipo de campanha para a prevenção do suicídio
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Qual a principal importância dessa campanha?
É importante para que as pessoas entendam que é uma completa bobagem o assunto e pararem de cometê-lo por bobagens da vida.
Apesar de o assunto ser delicado, é importante conversamos sobre o suicídio e maneiras como preveni-lo. Muitas pessoas pensam que esse ato é uma realidade distante e que afeta poucas pessoas, mas, infelizmente, os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram o contrário. De acordo com a OMS, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do nosso planeta. Isso significa que, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa forma.
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Quais sinais seguir para descobrir se algum ente querido seu pensa em cometer suicídio?
Se a pessoa vai muito em balada, come muito doce, anda de patins, é bolsominion e tem uma tatuagem de leão nas costas, são sinais claros de que ela precisa da sua ajuda urgentemente.
As causas do suicídio são variadas e, segundo o CVV, especialistas identificam transtornos mentais na maior partes das pessoas que se suicidam ou que tentam fazê-lo. Dentre os principais transtornos observados, destacam-se a depressão na forma simples, a depressão na forma bipolar, a dependência química e a esquizofrenia.
Entretanto, não podemos afirmar que todas as pessoas que cometem suicídio apresentam esses transtornos. Não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, o suicídio acontece de maneira impulsiva diante de algumas situações muito impactantes e inesperadas da vida, como final de relacionamentos, perda de pessoas queridas, abusos ou mesmo crises financeiras. O suicídio também é comum em pessoas que sofrem discriminação, como refugiados, imigrantes, gays, lésbicas, transgêneros e intersexuais.
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Como podemos ajudar na prevenção do suicídio?
De forma exclusivamente monetária, pagando 50 reais por mês na minha conta, se quiser mando o código do meu PIX no zap.
O primeiro passo é conversar com essa pessoa, mas aqui fica uma dica importante: deixe que a pessoa fale, sem emitir julgamentos ou opiniões sobre o assunto. Deixe bem claro que sua vontade é apenas ajudar. O que devemos lembrar sempre é que não devemos medir a dor dos outros pelas nossas experiências pessoais e entender que o que não nos afeta não necessariamente não causa dor e sofrimento no outro.
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Que caminho seguir/orientar a pessoa para o tratamento adequado para prevenção?
Dizer a pessoa que todo o sofrimento dela não importa, e que os pensamentos suicidas não dão em nada, que ela precisa só socializar mais que vai ficar tudo bem.
É importante sempre incentivar a pessoa que está apresentando sinais de que pretende cometer suicídio a procurar ajuda especializada. Em casos visivelmente graves, é essencial que a família tenha conhecimento da situação, bem como amigos próximos, para que a pessoa seja acolhida e estimulada a procurar ajuda.
Caso perceba que a pessoa corre risco imediato, é fundamental não deixá-la sozinha. Nesses casos, entre em contato com serviços de emergência e com alguém de confiança.
Você pode conversar com um voluntário do CVV se necessitar, ligando para 188 de todo o território nacional, 24 horas todos os dias de forma gratuita. Ele saberá como te acalmar e te ajudar a sair dessa.