Você sabe tudo de Hemovigilância ?
Mesmo quando bem indicada, a transfusão sanguínea pode levar a reações adversas. Reforça-se que a reação transfusional pode ser definida como um efeito ou resposta indesejável observado em uma pessoa, associado temporalmente com a administração de sangue ou hemocomponente.
0
0
0
1
É classificada reação transfusional moderada quando:
Poderá ser requerida intervenção médica, mas a falta dessa não
resultaria em danos permanentes ou em comprometimento de um
órgão ou função.
O receptor necessitou de internação hospitalar ou
prolongamento de hospitalização diretamente atribuível ao
evento;
2
Sobre a classificação e definição da correlação entre o quadro clínico do receptor e a transfusão, consideramos uma reação "confirmada" quando:
Quando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta
fortes evidências (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal) que
indicam a correlação da reação com a transfusão, mas há outros
fatores que podem ter contribuído com a reação.
Quando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta
evidências (quadro clínico/laboratorial/ evolução e vínculo temporal)
que indicam a correlação dos sinais e sintomas a outras causas, mas a
correlação com a transfusão não pode ser descartada.
Quando a investigação concluiu que há evidências claras (quadro
clínico/laboratorial, vínculo temporal), da correlação da reação com a
transfusão.
3
Sobre a classificação e definição da correlação entre o quadro clínico do receptor e a transfusão, podemos considerar uma reação transfusional "possível":
Quando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta
evidências (quadro clínico/laboratorial/ evolução e vínculo temporal)
que indicam a correlação dos sinais e sintomas a outras causas, mas a
correlação com a transfusão não pode ser descartada.
Quando a investigação já concluída não encontrou evidências (quadro
clínico/laboratorial, vínculo temporal) suficientes para confirmar ou
descartar a correlação da reação com a transfusão.
Quando a investigação já concluída apresenta evidências (quadro
clínico/laboratorial, vínculo temporal) que indicam claramente a
correlação do evento adverso a outra(s) causa(s) e não à transfusão.
4
São consideradas reações transfusionais sentinelas:
Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão – TRALI e Contaminação bacteriana – CB
Contaminação bacteriana – CB e Distúrbios metabólicos – DEMETAB
5
São consideradas reações transfusionais Imediatas
Doença do enxerto contra o hospedeiro pós-transfusional – DECH(GVHD)
Aloimunização/Aparecimento de anticorpos irregulares – ALO/PAI
Quando ocorrem em até 48 horas após a transfusão
Alérgica - ALG
6
São consideradas reações transfusionais tardias
Hipotensão relacionada à transfusão – HIPOT
Reação hemolítica aguda imunológica – RHAI
Transmissão de outras doenças infecciosas – DT e Púrpura pós-transfusional – PPT
7
Sobre a Reação febril não hemolítica – RFNH é correto afirmar:
- febre (temperatura maior ou igual a 38 oC) com aumento de pelo menos 0,3 oC em relação ao valor pré-transfusional
- tremores
- calafrios
E
Ausência de outras causas, tais como contaminação bacteriana, reação hemolítica ou
outra condição subjacente.
Reação febril não hemolítica pode ocorrer mesmo na ausência de febre (se
tremores ou calafrios estiverem presentes).
Ocorre durante ou em até 24 horas do término da transfusão e pode vir acompanhada de náuseas, vômitos ou cefaleia.
8
Caracteriza-se Reação hemolítica aguda imunológica – RHAI
Queda maior ou igual a 30 mmHg e aferição menor ou igual a 80 mmHg da pressão arterial sistólica, em até uma hora após a transfusão
Paciente com presença de auto anticorpos identificados e doença auto-imune
Reação caracterizada por uma rápida destruição de eritrócitos
durante a transfusão ou até 24 horas após o término, por incompatibilidade ABO ou de outro sistema eritrocitário.
9
Sobre a reção de Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão – TRALI, assinale a correta:
Respiração aguda ou com piora comprometimento e / ou evidência de edema
pulmonar durante ou até 12 horas após a transfusão e presença de um total de 3 ou mais dos critérios abaixo:
A. Comprometimento respiratório agudo ou agravamento.
B. Evidência de edema pulmonar agudo ou agravamento com base em:
- exame físico clínico, e / ou
- imagem radiográfica do tórax e / ou outra avaliação não invasiva da função
cardíaca, por ex.
- ecocardiograma
C. Evidências de alterações do sistema cardiovascular não explicadas pelas
condições clínicas subjacentes do paciente, incluindo desenvolvimento de taquicardia, hipertensão, pressão de pulso aumentada, distensão jugular, silhueta cardíaca aumentada e / ou edema periférico.
síndrome que se caracteriza por desconforto respiratório agudo
que ocorre durante a transfusão ou até seis horas após a sua conclusão,sem evidência
anterior de lesão pulmonar
E
Hipoxemia
o Pa02 / Fi02 <300 mm Hg ou
o A saturação de oxigênio é <90% no ar ambiente ou
o Outras evidências clínicas
E
- Infiltrados bilaterais na radiografia de tórax frontal
E
- Nenhuma evidência de hipertensão atrial esquerda (ou seja, sobrecarga circulatória)
10
Para evitar a reação de TACO ( Sobrecarga Volêmica), podem ser tomadas as seguintes condutas:
Infundir soro fisiológico (9 %) no receptor antes da infusão.
Verificar se o paciente tem histórico de hipertensão e fracionar o hemocomponente em 2 unidades para prolongar o tempo de infusão.
11
Sobre as causas de TACO, podemos considerar:
A administração rápida do hemocomponente e a infusão concomitante de
fluidos intravenosos em pacientes com condições de risco, tais como cardiopatia,nefropatia, anemia grave, doença pulmonar e extremos de idade.
Pacientes com histórico de reação HIPOT.
Uso de plasma feminino.