Você tem letramento racial?
Em 2017, durante evento para mulheres negras, chamado “Mulher com a palavra”, a cantora Preta Gil foi vaiada pela plateia. Na ocasião, a artista usou expressões como “típica mulata brasileira” e a palavra “denegir”. Recentemente, durante o programa “De Frente com Blogueirinha”, ela afirmou não ter sido racialmente letrada. A construção desse conhecimento se deu a partir de estudos sobre o assunto, mudança de práticas para desconstrução de pensamentos e uso de expressões. Pensando na temática, há como saber se você é uma pessoa racialmente letrada? Responda o teste abaixo.
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Durante discussão no reality show “A Fazenda”, a jornalista Rachel Sheherazade afirmou não ser racista. Como justificativa, disse: "Sou neta de uma mulher preta, negra como você. Pode não estar na minha pele, mas está nos meus genes". Como a fala da apresentadora reflete a desigualdade racial no Brasil?
Rachel Sheherazade não proferiu um discurso racista, pois a população brasileira é miscigenada.
Esse comentário retrata uma compreensão equivocada sobre o racismo. Dizer que não se é racista baseado na ascendência de alguém desconsidera a complexidade do preconceito racial estrutural. Para combater o racismo, é fundamental reconhecer e questionar atitudes e estereótipos arraigados na sociedade, independentemente da composição familiar.
O Brasil é um país racialmente democrático, a mistura de raças e etnias que construíram o país garante as mesmas condições sociais para toda população.
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Como você busca compreender as pautas raciais?
Pesquiso em livros ou artigos. Assisto palestras, filmes e séries. Acompanho pensadores, filósofos, ou criadores de conteúdo nas redes sociais.
Pergunto diretamente para uma pessoa negra, elas sabem discutir a temática com propriedade.
Não faço nada.
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A lei de cotas (Lei 12.711/2012) reserva uma proporção das vagas em universidade para estudantes que se declaram pretos, pardos ou indígenas, como medida de promoção da equidade e combate às desigualdades históricas. Essa iniciativa tem gerado debates sobre a eficácia e a necessidade das cotas no acesso ao ensino superior. Considerando esse contexto, é possível afirmar que:
Não sei opinar, mas gostaria de entender melhor.
As políticas afirmativas são desnecessárias. O justo é que todas as pessoas disputem as mesmas vagas, de igual para igual, sem discriminação.
A criação da lei de cotas e outras políticas afirmativas, como em processos seletivos em empresas, foi fundamental para garantir o acesso da população negra e indígena nesses espaços.
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A população branca pode ser vítima de racismo?
Não. O racismo acontece apenas quando ofendemos alguém de "macaco".
Não. O racismo é ideia de superioridade de uma raça sobre as demais, atrelado a relações de poder e opressão.
Sim, chama-se racismo reverso.
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O que é necessário desenvolver para uma educação antirracista?
Garantir o cumprimento da Lei 10.639/2003 nas escolas, estabelecer políticas públicas, de saúde e educação. Trabalhar em iniciativas de verdadeira mudança, como contratar profissionais negros, ler autores e autoras negras, denunciar casos de racismo, entre outros.
Garantir o cumprimento da Lei 10.639/2003, que prevê o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas é suficiente para uma educação antirracista.
Não falar sobre diversidade racial, somos todos seres humanos.