As 9 mortes de animais causadas pelo homem.

As 9 mortes de animais causadas pelo homem.

Nesta lista vc verá os casos de animais que foram mortos pelo homem, desde o caso do leão Cecil até o cachorro do Carrefour.

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Imagem de perfil user: Erik Guedes de Lima
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Scarface/urso pardo - 2016

O animal mais famoso do Parque Nacional Yellowstone, situado nos Estados de Wyoming, Montana e Idaho (Estados Unidos), morreu nas mãos de caçadores até agora não identificados. Trata-se de um urso-cinzento de nome Scarface, alusão à cicatriz em seu rosto. Tinha 25 anos, o que fazia dele um ancião. Por ser uma espécie em perigo de extinção, o urso-cinzento é protegido, e matar um animal desses é ilegal, a menos que seja em defesa própria. As sanções vão desde multas até a prisão, caso o autor chegue a ser identificado.

Todos os anos, centenas de aficionados esperavam sua aparição com a chegada da primavera, no parque do famosíssimo Zé Colmeia dos desenhos animados.Em 2016 o urso Scarface não foi visto, e houve quem achasse que sua hora havia chegado de forma natural. O magnífico espécime, que chegou a pesar mais de 270 quilos, havia perdido quase a metade do seu peso no ano passado. Menos de 5% dos ursos machos nascidos em Yellowstone chegam a viver mais de 25 anos.

Entretanto, soube-se agora que o animal, classificado como o urso 211, não morreu de velhice, e sim a tiros. A conclusão foi da Agência de Pesca, Vida Selvagem e Parques de Montana, que informou em nota que Scarface foi abatido com uma arma de fogo no outono boreal do ano passado. Morreu no final de novembro, ao norte de Gardiner.
1. Scarface/urso pardo - 2016
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Marius/girafa - 2014

Marius era um filhote de girafa forte e saudável. Vivia há um ano e meio, desde que nasceu, no Zoológico de Copenhagen, na Dinamarca, onde dividia uma área delimitada com parentes próximos. No último domingo (9), sua vida chegou ao fim. Marius foi abatido com uma bala de pistola. Morreu na hora.

Os visitantes do zoológico (a maioria, crianças) puderam acompanhar a necrópsia do corpo do animal, cuja carcaça serviu de alimento a outros bichos, como leões e tigres. O desmembramento da girafa também foi transmitido ao vivo pela internet. Os veterinários optaram pela bala, e não por uma injeção letal, para que a carne da girafa não fosse contaminada e pudesse alimentar os outros animais do zoo.

Em meio a protestos em massa de defensores dos animais, o Zoológico de Copenhagen justificou o ato de sacrificar o filhote como uma medida para evitar a consanguinidade entre suas girafas, ou seja, que Marius acasalasse com parentes próximos, o que poderia provocar o nascimento de filhotes doentes.

O zoológico disse que não havia outro espaço, isolado, para abrigar Marius. E ainda que houvesse, seria desperdício usá-lo para abrigar um animal que não pudesse cruzar e contribuir para a sobrevivência da espécie. O filhote de girafa não pôde ser transferido a outra unidade da Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (EAZA), também pela questão da consanguinidade.
2. Marius/girafa - 2014
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Pinky/flamingo - 2016

Veterinários do Busch Gardens tiveram que sacrificar “Pinky”, a flamingo dançarina, depois que um homem a agarrou na área de exposição e a jogou no chão.

Segundo um relatório policial, Anthony Corrao, de 45 anos e morador de Orlando, estava visitando o parque temático com sua família na terça (2) quando entrou em um recinto na área Jambo Junction, agarrou a flamingo e a atirou no chão.

O porta-voz da polícia, Stephen Hegarty, disse que Corrao manuseou a ave “violentamente”.

Corrao foi detido por seguranças do parque e preso pela polícia de Tampa sob a acusação de crueldade contra um animal depois que testemunhas disseram tê-lo visto jogando a flamingo. O Busch Garderns disse que ela sofreu ferimentos tão “traumáticos” que não pode ser salva.

“Foi um dia muito triste e duro para nós”, disse uma porta-voz do parque, Karen Varga-Sinka.

Pinky, de 19 anos, era um flamingo chileno fêmea, nascida no parque em 1996. Seus movimentos de dança a transformaram em uma das estrelas do local.

“Pinky adorava dançar para nossos visitantes”, disse Vargas-Sinka. “Seus tratadores dizem que isso não era um comportamento treinado, mas algo natural que ela adorava exibir. Flamingos usam um sistema de filtro para se alimentar, usando seus bicos para peneirar pedaços de alimento para fora da água. Para misturar os petiscos mais saborosos, flamingos batem seus pés, que se parecem com os dos patos. Pinky muitas vezes fazia esses movimentos fora d´água para os visitantes”.

Pinky também aparecia nas campanhas de conservação e educação do parque como uma “embaixadora animal”.
3. Pinky/flamingo - 2016
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Pedals/urso negro - 2016

Ele era provavelmente um dos ursos mais queridos da internet - e sua morte deixou muitos defensores dos animais irados.

Pedals havia ficado famoso por andar sobre duas patas pelos subúrbios de Nova Jersey, no nordeste dos Estados Unidos. Mas ele estaria entre os 562 ursos-negros abatidos nos seis dias da temporada de caça anual da espécie no Estado.

Segundo a "página oficial dos fãs" do animal de 151 kg, ele teria sido abatido por um caçador que usava um arco e flecha na semana passada - o perfil, com mais de 200 mil curtidas, ficou desativado desde então.

Em reação aos protestos, autoridades defenderam a caça como uma forma de manter a população de ursos do Estado sob controle.

Acredita-se que Pedals, o Urso Bípede Machucado (seu nome completo) andava desta forma porque suas patas dianteiras haviam ficado permanentemente lesionadas. Vídeos dele já foram assistidos milhares de vezes no YouTube.

Pedals foi avistado pela primeira vez em 2014 e filmado dando uma volta pelos bairros da cidade de Oak Ridge - e logo ficou famoso na internet. Quanto mais ele ficava conhecido, maior se tornava a preocupação com seu bem-estar.

Um abaixo-assinado que pedia a autoridades responsáveis pela vida selvagem no Estado para levá-lo a um santuário reuniu mais de 300 mil assinaturas. E uma campanha em um site de financiamento coletivo para custear seu transporte arrecadou US$ 22 mil (R$ 70,4 mil).
4. Pedals/urso negro - 2016
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Tyke/elefante - 1994

Em 20 de agosto de 1994, a elefanta africana Tyke, usada no Circo Internacional de Honolulu, Havaí, atacou e matou seu treinador durante uma apresentação.

A história começa em 1973, quando Tyke foi capturada ainda bebê em Moçambique, seu habitat natural, no qual vivia com sua família. A partir daí, começou a ser treinada para se apresentar em circos — um treinamento que envolve espancamento com um objeto pontiagudo chamado bullhook. Além do treinamento brutal, Tyke vivia acorrentada no picadeiro.

Em abril de 1993, Tyke tentou escapar do circo; três meses depois, repetiu o ato, mas sem sucesso . Até que em agosto de 1994, após anos de sofrimento e abuso, Tyke conseguiu fugir do circo. Durante uma apresentação no Neal Blaisdell Center, uma arena usada para shows e exposições do Havaí, ela atacou e matou seu treinador Allen Campbell.

Depois do ataque, Tyke conseguiu sair do picadeiro, indo ao centro de Honolulu. Mas a polícia local alvejou impiedosamente a elefanta: foram 86 tiros. Trinta minutos de fuga lhe custaram vida. Tyke faleceu após a chuva de tiros.

Na época, ativistas tentaram proibir o uso de animais em circos no Havaí, mas não conseguiram porque a indústria circense alegou que era possível tratar os animais “humanitariamente” nesse caso, convencendo os senadores a votarem contra o projeto de lei.

A luta contra animais em circos nos Estados Unidos continua. Até hoje, a prática não é proibida no país.
5. Tyke/elefante - 1994
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Juma/onça pintada - 2016

No dia 20 de junho, uma onça que era mascote do exército em Manaus foi executada ao tentar atacar um soldado, depois do evento da passagem da tocha olímpica. No fim do evento, quando estava sendo levada de volta para a jaula, a onça tentou fugir. Uma equipe de militares composta de veterinários especializados tentou resgatar o animal. Porém, mesmo atingido com tranquilizantes, Juma se deslocou em direção a um militar e, para protegê-lo, os tratadores atiraram com uma pistola. O animal morreu na hora. A morte do animal provocou protestos nas redes sociais. Organizações de defesa de direito dos animais querem proibir o uso de animais silvestres em eventos de grande público.

Especialistas afirmaram que o estresse e medo, ocasionados por uma superexposição da onça, podem ter influenciado na fuga e ataque do animal ao militar. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) comunicou que não foi solicitada junto ao órgão a autorização da onça Juma para participar do evento.

No dia seguinte, a organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 se pronunciou sobre a morte da onça Juma. "Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado", admitiu o comitê.
6. Juma/onça pintada - 2016
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Harambe/Gorila - 2016

Harambe tinha 17 anos, pesava 180 quilos e nasceu em cativeiro, no Texas. Em 2014, o animal foi transferido para o zoológico para participar de um programa de reprodução de gorilas e, segundo os criadores de Harambe, o primata era muito inteligente e não tinha comportamento agressivo.

De acordo com algumas testemunhas que estavam presentes no zoológico, Harambe não parecia em absoluto estar atacando o menino. Na verdade, a impressão da maioria foi que, após o garotinho cair no fosso, o gorila estava tentando proteger o pequeno, mas entrou em pânico quando as pessoas que assistiam à cena começaram a gritar.

Foi então que Harambe acabou arrastando o garotinho rapidamente pela água. Entretanto, a criança não foi ferida — e ficou quietinha olhando para o animal. O gorila inclusive pode ser visto segurando a mãozinha do menino, e pegando em seu braço, antes de ficar agitado novamente e arrastar a criança mais uma vez.

A equipe do zoológico teve que agir rápido e decidiu por abater Harembe para recuperar o garoto. Segundo explicou o diretor do parque, se tratava de uma situação de vida ou morte, e não restava mais alternativa além de infelizmente matar o gorila. Conforme disse, o time optou por não usar tranquilizantes porque as drogas poderiam levar tempo demais para fazer efeito e, dentro das circunstâncias, os funcionários do zoológico fizeram a coisa certa.
A decisão de abater Harembe não só chocou o mundo como gerou uma onda de revolta entre os internautas mais engajados com a proteção dos animais. Além disso, depois da morte do gorila, uma campanha pedindo que os pais do menino sejam investigados por negligência começou a circular pela internet — e a petição já conta com mais de 160 mil assinaturas.

Harambe era um animal da espécie Gorilla gorilla gorilla, uma subespécie do gorila-do-ocidente. Esses primatas são nativos das florestas do leste da África, especialmente de Angola, Gabão, Guiné Equatorial, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo e República Democrática do Congo.
7. Harambe/Gorila - 2016
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Cecil/leão - 2015

Cecil - nomeado em homenagem a Cecil Rhodes - outro leão que se acredita ser o irmão de Cecil - foram descobertos no Parque Nacional Hwange em 2008. Em 2009, os dois leões encontraram um grupo estabelecido e lutaram com o líder do grupo. O irmão de Cecil morreu e o líder do orgulho ficou gravemente ferido; o líder foi posteriormente morto por guardas florestais do parque por causa das feridas que tinha recebido na luta com Cecil. Cecil retirou-se para uma outra parte do parque, onde ele finalmente estabeleceu o seu próprio grupo que chegou a ter 22 membros. Em 2013, Cecil foi forçado a sair da área por dois jovens leões machos na borda oriental do parque. Lá, ele criou uma coalizão com outro leão macho chamado Jericho para estabelecer dois grupos que consistia de Cecil, Jericho, meia dúzia de fêmeas e até uma dúzia de filhotes de Cecil ou Jericho.

Em Junho de 2015, Walter James Palmer, um dentista e caçador recreativo americano de Minnesota, pagou US $ 50.000 para um caçador / guia profissional, Theo Bronkhorst, para auxiliá-lo a matar um leão. Cecil foi atraído para fora do santuário e, em seguida, ferido com uma flecha. Ele foi localizado, e cerca de 40 horas mais tarde foi morto com um rifle. Ele então foi esfolado e sua cabeça foi removida. Quando o seu esqueleto sem cabeça foi encontrado por investigadores do parque, seu colar de rastreamento havia sido retirado.

Xanda, filho de Cecil, com seis anos de idade, teve o mesmo destino do pai: morto por caçadores no dia 20 de julho de 2017, quando vagava em terras fora do Parque Nacional Hwange. Um dos líderes do grupo de caçadores que matou Xanda é Richard Cooke.
8. Cecil/leão - 2015
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Manchinha/cão - 2018

No mês de novembro de 2018, os donos da loja Carrefour, situada em Osasco, foram notificados de que receberiam a visita de um dos supervisores da matriz. Um dos funcionários do estabelecimento, responsável pela segurança do local, recebeu ordens para retirar um cão sem raça definida, denominado Manchinha, que permanecia no estacionamento do Hipermercado e fora abandonado meses antes do ocorrido, recebendo alimentação e água. Para cumprir as ordens, o homem teria oferecido ao animal mortadela com veneno para ratos, além de espancado-o, utilizando-se de uma barra de alumínio. A loja alegou que Manchinha foi vítima de atropelamento, mas admitiu, posteriormente, a agressão. O cão chegou a ser resgatado por funcionários do centro de Zoonoses da cidade, mas morreu depois de ser agredido. O segurança responsável pelo crime não foi identificado e afastado de suas atividades.O caso demorou três dias para ser denunciado às autoridades.

O caso, divulgado por redes sociais, repercutiu rapidamente, gerando uma onda de protestos pelo Brasil, contra as lojas da rede. Vários famosos, como Tatá Werneck e Luciano Huck, publicaram notas de repúdio ao caso em suas redes. A apresentadora e ativista Luisa Mell entrou com uma ação judicial contra o estabelecimento. A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para apurar as causas do falecimento do animal, e vários funcionários da loja tiveram que prestar depoimento.

Após a conclusão do inquérito, em 18 de dezembro de 2018, o funcionário, que alegou arrependimento, foi considerado réu no crime de abuso e maus-tratos a animais, no entanto, não foi preso imediatamente, respondendo em liberdade.

Manchinha recebeu várias homenagens após sua morte. Em fevereiro de 2019, o caso serviu de justificativa para a criação de leis mais rigorosas ao crime de maus-tratos a animais.

A filial do Carrefour em Osasco foi multada pelo Ministério Público de São Paulo em um milhão de reais pelo assassinato do cão, em março de 2019.
9. Manchinha/cão - 2018
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