Oriente e Ocidente

Oriente e Ocidente

Apesar das noções de oriente — lado do horizonte em que o Sol nasce — e ocidente — lado do horizonte em que o Sol se põe — serem usadas desde o século III a.C., como pelo Império Romano, que dividiu o seu vasto território conquistado em duas partes para melhor administrá-lo, sob o ponto de vista histórico-político-geográfico, essas expressões somente se consolidaram durante as grandes navegações marítimo-comerciais europeias dos séculos XV e XVI. Foi em 1596 que o cartógrafo e matemático belga Gerard Kremer, conhecido como Mercator, elaborou um planisfério representando a Europa na porção central e superior dele. Essa representação cartográfica atendia plenamente à ideia de supremacia da Europa no mundo, naquele período. Ela é, portanto, eurocêntrica e deve ser entendida como a expressão de seu etnocentrismo.

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Hegemonia Europeia

1. Hegemonia Europeia
Na Europa ocorreu a formação dos primeiros blocos econômicos, mas nela também houve muitos conflitos internos ao longo da história para a formação de Estados nacionais, além de ela ter sido campo de batalha de duas guerras mundiais: a primeira, entre 1914 e 1918; e a segunda, entre 1939 e 1945, que causaram a morte de milhões de pessoas e alteraram não apenas as fronteiras entre seus Estados, mas também resultaram na formação de novos, nota-se que as fronteiras de muitos países europeus se alteraram desde o início do século XX, sobretudo na porção central e leste do continente.
Ao final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, por exemplo, o fim do Império Austro-Húngaro resultou na formação da Tchecoslováquia, Áustria, Hungria, Iugoslávia e Polônia. Atualmente, as áreas da antiga Tchecoslováquia correspondem à República Tcheca e à Eslováquia — dissolução ocorrida com base em um acordo estabelecido em 1993.
A “dança das fronteiras” dos países ou Estados europeus continuou após a I Guerra Mundial, como também após a II: a Estônia, a Letônia e a Lituânia foram incorporadas à União Soviética em 1940; e, em 1991, com a dissolução da União Soviética, essas três repúblicas soviéticas se tornaram Estados soberanos, juntamente com Belarus, Ucrânia, Rússia e Moldávia que faziam parte da União Soviética. Hegemonia europeia e divisão do mundo em Ocidente e Oriente.
A expansão marítimo-comercial europeia nos séculos XV, XVI e XVII foi o marco inicial da construção da hegemonia da Europa no mundo entre esses séculos e a Primeira Guerra Mundial.
Ao incorporar a África, a América e a Oceania ao seu horizonte geográfico e fundar colônias na América e feitorias na África e na Ásia, a Europa ampliou consideravelmente o seu espaço comercial permitindo que realizasse a “acumulação primitiva do capital”.
Isto significou o processo de acumulação de riquezas, que, posteriormente, nos séculos XVIII e seguintes, possibilitou a alguns países europeus, como Inglaterra, França, Bélgica, Itália, Alemanha etc., a realização da Primeira e da Segunda Revolução Industrial e a implantação do capitalismo industrial e do neocolonialismo ou imperialismo.
No século XIX, esses países se lançaram sobre a África e a Ásia, substituindo as feitorias do século XVI pela apropriação de territórios e a implantação de impérios coloniais. Apesar da resistência de povos africanos e asiáticos, a superioridade técnica, principalmente em armamentos, facilitou a conquista.
A influência europeia no mundo foi grande até o século XX e continuou, pois a descolonização africana e asiática ocorreu somente na segunda metade do século XX, com a exceção da Índia, em 1947. A influência europeia também se estendeu pelo mundo por meio de instituições, leis, religiões, formas e sistemas de governo, línguas, artes, filosofias, ciências, tecnologias etc.
A Europa ditava a moda na maneira de se vestir, no modo de pensar e na educação formal, e a língua francesa era falada entre classes sociais mais abastadas em diferentes países do mundo.
Após a Primeira Guerra Mundial, com a emergência dos Estados Unidos na condição de potência industrial, a hegemonia europeia começou a declinar, apesar de manter até os dias atuais grande presença política, econômica e científica nas relações internacionais.
1. Hegemonia Europeia
Do ponto de vista físico, a Europa fica na porção oeste da grande massa continental da Eurásia (Europa e Ásia), numa grande península. Observe o mapa. Os Montes Urais, os mares Negro e Cáspio e a Cordilheira do Cáucaso são considerados os limites naturais entre a Europa e a Ásia. Historicamente, eles representaram obstáculos físicos para a integração entre os povos do leste e do oeste da Eurásia. Sob os aspectos histórico, político e social, entretanto, a Europa é considerada um continente em virtude dos fatores que a distinguem tanto do conjunto mundial, como da Ásia. A Europa foi o centro de movimentos importantes, com desdobramentos em todo o mundo, como a democracia grega, o direito romano, o renascimento cultural e artístico, o capitalismo, a Revolução Industrial (1750), a Revolução Francesa (1789) e a implantação do Devido as dimensões da Rússia, o país tem parte de seu território na Ásia e parte na Europa. Os Montes Urais, já citado anteriormente, só o limite natural que separa os dois continentes. socialismo.
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Eurásia

2. Eurásia
Europa e Ásia juntos, formando a Eurásia e posição em relação aos outros continentes.
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Oriente e Ocidente

3. Oriente e Ocidente
Apesar das noções de oriente — lado do horizonte em que o Sol nasce — e ocidente — lado do horizonte em que o Sol se põe — serem usadas desde o século III a.C., como pelo Império Romano, que dividiu o seu vasto território conquistado em duas partes para melhor administrá-lo, sob o ponto de vista histórico-político-geográfico, essas expressões somente se consolidaram durante as grandes navegações marítimo-comerciais europeias dos séculos XV e XVI.
Foi em 1596 que o cartógrafo e matemático belga Gerard Kremer, conhecido como Mercator, elaborou um planisfério representando a Europa na porção central e superior dele. Essa representação cartográfica atendia plenamente à ideia de supremacia da Europa no mundo, naquele período. Ela é, portanto, eurocêntrica e deve ser entendida como a expressão de seu etnocentrismo.
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