Sobre as relações de poder socioeconômicas.

Para Foucault o poder é uma prática social constituída historicamente. São formas díspares, heterogêneas, em constante transformação. Constata Foucault que o poder está por toda parte e provoca ações e uma relação flutuante, não estando em uma instituição nem em ninguém.

É exercido por quem possui propriedade privada. Quem tem terras, dinheiro e bens exerce influência sobre os despossuídos, alguém que não tenha essa certa ''riqueza''. Como no caso do filme visto.

É exercido por quem pode criar e influenciar as massas com suas criações, seja no âmbito midiático, no religioso... Geralmente, os atores desse tipo de poder trabalham para os atores dos outros dois poderes: o político e o econômico.

É exercido pelas instituições oficiais, ligadas ao Estado. Pode ser legítimo, quando visa a finalidade da vida política, ou ilegítimo, quando é usurpado para gerar uma situação de dominação simples de certas classes ou pessoas.

professor (autoridade) é alguém que detém o poder pela posse do conhecimento. O aluno é quem tem menos força, portanto, menos poder nessa relação. O conhecimento é poder, do mesmo modo que, em nossa sociedade, diplomas e chancelas emitidas por instituições oficiais conferem a certas pessoas uma posição de poder. O local influência essa relação.

Uma mãe ou um pai que chefia uma família, exerce poder sobre seus filhos e sobre a casa.

Nessa relação, temos uma força poderosa de poder emanada por quem detém a posse (patrão) sobre quem trabalha para o que possui (empregado). O empregado tem que se submeter à ordens do patrão (cargo superior).

No ambiente político, aquele que governa e os que são governados têm poderes ''diferentes'', mas ambos tem de uma certa forma. Para a distribuição do poder nessa relação, deram aos governados a capacidade de escolher seus governantes.

Essa relação de poder gera preconceitos. Inclusive, pessoas com outra cor de pele, sexualidade, raça e características físicas próprias são excluídas e maltratadas por pessoas que acreditam poder agir assim só por serem diferentes daquelas.

O gênero procura dar significado às relações de poder, se configura como um elemento estabelecido nas relações sociais baseado no papel social que é determinado pela diferença sexual.