Cidade de Valência
Valência (em castelhano: Valencia, AFI: [baˈlenθja]; em valenciano e oficialmente: València, AFI: [vaˈlensia]) é um município da Espanha, capital da província homónima e da Comunidade Valenciana. É a cidade mais populosa da sua comunidade autónoma e a terceira mais populosa da Espanha. O município tem 134,65 km² de área e em 2019 tinha 794 288 habitantes (densidade: 5 898,9 hab./km²).[1] Em 2014, a área metropolitana tinha 1 542 233 habitantes.[2] Situa-se na costa do Mediterrâneo, no leste do país. É uma cidade muito antiga, sendo referenciada já no século II a.C., e foi fundada em 138 a.C. Com uma longa história, diversos museus, tradições populares como as Fallas e a proximidade do Mediterrâneo, é uma das cidades mais conhecidas e visitadas na Espanha.
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¿Puedes concluir que Valência es una ciudad sostenible?
Si, puedo Por qué todos respetan las regras della.
No, Yo sé que es sostenible más, ainda falta só un pouco.
Creo que si
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Valência es una ciudad feliz que recicla?
Si, porque en valencia la gente recicla es una ciudad feliz.
No, Valência no es una ciudad recicla.
Os dois
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¿Cuántas personas tienes en Valencia?
790.000 habitantes
234.000 habitantes
1.000.000000 habitantes
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3-anoIP
História
Topónimo
O topónimo da cidade deriva do latim Valentia Edetanorum, cujo significado se traduz em "Valor (ou Força) na terra dos Edetanos".[3] Atribuído com a fundação da colónia, segue a tradição já verificada em Itália, no século II a.C., da atribuição de topónimos alegóricos de virtude militar.[4] Os árabes denominaram-na مدينة التراب (Madīna at-Turab, "Cidade da Areia") devido à sua localização na margem do Rio Túria, enquanto que reservaram o termo بلنسية (Balansīa) para a Taifa de Valência. Porém, durante o reinado de Abd al-Aziz a cidade já tinha reivindicado para si o nome de Balansīa[5], que passaria a ser Valência, València em valenciano, após a conquista por Jaime I de Aragão.
Em 2016, o município concordou por unanimidade na recuperação de um decreto municipal não oficializado datado de 1996, através do qual a única denominação oficial da cidade é aquela em valenciano, València.[6] Esta mudança teve lugar após várias consultas a instituições governamentais, como a Academia Valenciana da Língua.
Ao longo da história, a cidade recebeu diversas alcunhas, como a de Cidade das mil torres[7], durante os séculos XVII e XVIII, ou a de Capital do Túria. Também foi conhecida como Valencia del Cid.[8]
Em português, a adaptação do topónimo castelhano, à semelhança de outras cidades homónimas, foi-se popularizando, caindo em desuso o exónimo original, Valença, que para ser distinguida das restantes se acompanhava pelo sufixo «de Aragão».[9][10]
Da fundação romana ao reino cristão-visigodo (séc. I a.C.–VI d.C.)
Em 138 a.C., Valência foi fundada, sob o nome de Valentia Edetanorum, pelos romanos, à época em que era cônsul Décimo Júnio Bruto Galaico. É, por isso, uma das mais antigas cidades da Espanha actual. Em meados do século I d.C. ocorria na cidade um considerável crescimento urbano, motivado pela existência de um porto, e já começava a formar-se uma primitiva comunidade cristã no início do século IV. No século V surgiram as primeiras ondas invasivas dos povos germânicos (especialmente dos visigodos), e os edifícios romanos adaptam-se progressivamente a uma cidade cristã.
Época da Coroa de Aragão (séc. XIII–XVIII)
Reconquista e os Furs
Ver artigo principal: Conquista do Reino de Valência
Pendão da Conquista, içado quando Jaime I de Aragão entrou na cidade em 1238
Fazendo parte da conquista da taifa de Balansiya, em 1238 o rei da Coroa de Aragão, Jaime I, conquistou a cidade com a ajuda de tropas da Ordem de Calatrava. Realizou-se a divisão das terras como ficou testemunhado no Llibre del Repartiment.
Foi nessa época que se assistiu a um grande desenvolvimento das áreas comerciais e artesanais. Em 1251 criaram-se os Furs de Valência (els Furs) que anos depois se tornariam estendidos ao resto do Reino de Valência. Em 1348 a Peste Negra e sucessivas epidemias dizimaram a população da cidade enquanto estalava uma revolta popular contra os excessos do rei, a guerra da União.[11] Em 1356, foram construídas novas muralhas, ampliando a superfície da cidade. Em 1363 e 1364 a cidade repele por duas vezes o assalto das tropas castelhanas. Como prémio, o Rei Pedro, o Cerimonioso concede à cidade o título de "Duas vezes leal", que está representado pelos dois LL que ostenta o seu escudo.[12] Em 1391 os cristãos assaltam o bairro judaico, e obrigam os judeus a converter-se ao cristianismo. Em 1456 os árabes de Valência sofrem a mesma sorte. Valência foi capital de um dos dois Governos em que se dividia o reino: o de Valência e o de Orihuela.
Século de Ouro Valenciano
Ver artigo principal: Século de Ouro Valenciano
No século XV, Valência atingiu o seu máximo esplendor com a actividade comercial e financeira, possibilitando um importante desenvolvimento urbanístico e cultural. Surgiram conventos, hospitais e jardins, dentro e fora da muralha. Nesta altura, foi construída em estilo gótico e dentro do recinto amuralhado La Lonja.
Esse período é conhecido como o Século de Ouro Valenciano. É acompanhado de um crescimento demográfico que colocou a cidade como a mais povoada na Coroa de Aragão. É reactivado o comércio com a criação da Taula de canvis, e com a construção da Lonja da Seda e dos Mercaderos (1482). Imprime-se em Valência Obres e trobes en lahors de la Verge Maria, o primeiro livro impresso em Espanha, em língua valenciana, e produz-se um auge quanto a obras escritas. Em 1502 é fundada a Universidade de Valência sob o nome de Estudi General.
Perda dos Furs
Em princípios do século XVIII, durante a Guerra de Sucessão Espanhola (Os Bourbon contra os Austriacistas), o Reino de Valência alinhou-se com o Arquiduque Carlos de Áustria. Depois da vitória dos Bourbon na batalha de Almansa, em 25 de abril de 1707, e como castigo, os furs de Valência foram derrogados, e introduziu-se o direito castelhano como lei básica mediante os Decretos da Nova Planta (ou do Novo Plano), promulgados por Filipe V. Deste modo o rei mudou a capital do reino para Orihuela como modo de ultrajar a cidade, e ordenou que se reunisse a Audiência com o Vice-Rei de Valência, o Cardeal Luis de Belluga, bispo de Cartagena. O Cardeal Belluga opôs-se à mudança de capital tendo em conta a proximidade de Orihuela como centro religioso, cultural e recentemente político em relação a Múrcia (capital de outro Vice-reino e de diocese). Tendo ainda em atenção o seu ódio por Orihuela a qual bombardeou e saqueou incessantemente durante a Guerra de Sucessão Espanhola, abandonou o Vice-Reino de Valência como meio de protestar junto do Rei Filipe V que finalmente devolveu o estatuto de capital a Valência.
Guerra da Independência Espanhola e Revolução Industrial (s. XIX)
Mais tarde são construídos nos arredores o mercado central, o mercado de Cólon e a Estação do Norte que constituíram a zona residencial da burguesia.
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