RPG- A Guardiã do Fogo {parte FINAL- 2 temp.} 🔥
>>parte 11: Verdades capazes de ferir e de curar. A vida é feita de finais, assim como é feita de começos. Existe o fim de um ciclo, para que outro possa começar. Mas, até quando vai ser assim? Nunca iremos parar de lutar? Nunca teremos paz, ou dias silenciosos? Saberemos no futuro. ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧✦ ✧ ✦ ✧ ✦ SINOPSE: Anos depois da Rainha das Trevas, os Guardiões viviam felizes no reino de Gardien, e agora com novos integrantes na família. Mas a felicidade deles é interrompida quando todos começam a questionar os comportamentos de Scarlett, filha de Alexia e Gilbert. A menina foi a única a nascer com poderes da luz e das trevas, o que a fez ter tendências a seguir o caminho da escuridão. E isso acaba se tornando realidade quando Scarlett faz amizade com certas pessoas, misteriosas, e fica totalmente descontrolada. Juntos, os Guardiões e seus filhos farão de tudo para salvá-la de si mesma e trazer Scarlett de volta para o caminho da luz. "Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que nos define é o lado com o qual escolhemos agir." Harry Potter e a Ordem da Fênix 🔥plágio é crime. 🔥nenhuma imagem me pertence. 🔥me siga no instagram: liv.rpgs • O que é RPG? ➲ Basicamente é a sigla inglesa de Role-Playing Game, que em português significa "jogo de interpretação de personagens", é um gênero de videogames. Consiste em um tipo de jogo no qual os jogadores desempenham o papel de um personagem em um cenário fictício. ❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃❃
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🅽🅾 🆅🅰🅲🆄🅾 🅴🆂🆃🆁🅴🅻🅰🅳🅾: 𝑺𝒄𝒂𝒓𝒍𝒆𝒕𝒕 𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐: A roupa de Evangeline era assustadora, mas sensual. Nem mesmo morta aquela mulher perdia a elegância. Estar em sua mente era como estar dentro da cova de um leão, que possivelmente estava prestes a me devorar. Mas, apesar de saber com quem estava lidando, ela parecia inofensiva, por ora. Tudo ali, me parecia ter um significado relacionado a ela. O céu, representava sua escuridão, enquanto as estrelas, brancas e brilhantes, simbolizavam que sempre existiu um pouco de sanidade e luz em Evangeline, como é com todos os seres vivos, mesmo os do mal. E o contrário acontece com aqueles que praticam o bem, vocês sabem!
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- Não é nada simples, então preste atenção pois não terei tempo para repetir nada! - ela fala séria. - Ok! Entendi - concordo, revirando os olhos discretamente. E então, suando frio, a afrontosa Evangeline - agora nem tanto - começou a contar coisas inimagináveis: - Sei que você deve ter se perguntado por toda sua vida qual a origem de seus poderes - ela começa, e eu apenas assinto. - Foi no dia do meu triunfo. Dia em que eu acreditava poder finalmente me vingar dos deuses que me jogaram naquele buraco, seus avós. Mesmo que isso significasse matar seus filhos, ao invés deles mesmos. Foi tudo calculado nos mínimos detalhes. Seu pai foi o único com pouco menos de sorte. Único que tive tempo de roubar-lhe os poderes. Mas o que ninguém nunca soube é que, a agulha usada para sugar toda a energia dele, estava envenenada com trevas. As minhas trevas. E quando tudo o que havia de mais poderoso nele foi sugado, ouve uma troca. Os poderes dele saíram, e as minhas trevas entraram. Meu plano era fazer isso com todos, para que depois pudesse controlá-los, pois como sendo minhas, elas só obedecem a mim. Porém aqueles idiotas conseguiram se soltar, e o resto você já sabe. Me derrotaram - ela faz uma pausa, e eu espero, escutando atentamente.
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- Mesmo com seus poderes de volta elas continuaram lá, dentro dele, sem que ninguém soubesse nem percebesse. Assim, quando a primogênita nasceu, ela herdou toda a escuridão que abrangia o coração do pai. Ou seja, você. - Mas... - desvio o olhar, pensativa. - Como ele nunca demonstrou, nem fez nada maléfico, ou algo do tipo? - eu pergunto, confusa e desconfiada. - Sem meu comando elas não se manisfestariam, nem mesmo se quisessem. Eu mando em toda a escuridão existente no mundo. Não é atoa que me chamam de Rainha das Trevas. Mas... com você foi diferente, pois você nasceu com as trevas já ele não, ele as adquiriu. Então você podia usar seus poderes sempre que quisesse, sem a minha permissão, já que agora elas faziam parte de você, não obedecendo mais a mim. 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒐𝒄𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆?
- Então é culpa sua eu ser um monstro? E também é culpa sua eu quase ter matado minha tia e o bebê dela? Não quero ouvir mais nada de você, sua...- respiro fundo e tento manter a calma. - Como faço para sair desse lugar? Já chega disso!
- Pode se dizer então que, a culpa é sua. Se eu sou assim, é tudo culpa sua. Não sei se fico brava, ou agradeço. Por mais que tenha sido difícil conviver com isso, com os olhares alheios e julgamentos a minha vida inteira, é realmente libertador poder ser quem sou, e sinto que estou fazendo a escolha certa.
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- Sim, eu reconheço que a culpa é minha, e tanto tempo depois eu percebi que não era certo fazer seus pais pagarem pelo erro de outro alguém. Não foi culpa deles. E se me permite, eu gostaria de pedir sua ajuda. Aliás, eu preciso da sua ajuda, e não peço nada em troca - ela fala convincente. - Estou escutando - digo seca. - Algumas pessoas tem mentido para você, Scarlett. Preciso alertá-la que, suas queridas amigas Amélia e Florence, são na verdade minhas filhas. Mais conhecidas como Herdeiras das Trevas, de fato. E Robert é meu marido, Lorde da Noite. Ah! Não posso esquecer do meu querido filho Killian. Sei que rola algo entre vocês. Eu posso sentir - ela revela. - O que? Isso é mentira! Não pode ser possível, as gêmeas são minhas amigas. E Killian? Ele é inofensivo - eu falo apreensiva, e sinto meu coração bater mais rápido. - Acredite se quiser. É complicado, mas irei te explicar. Eu não morava naquele reino sozinha, apenas com Leopoldo. Lá é como um inferno, e eu governava. Lugar onde moram as criaturas mais horrendas e demonicas que você possa imaginar. Com o tempo, e inesperadamente, me apaixonei e construí uma família. Mas antes de tudo aquilo acontecer, entre mim e seus, enviei minha família para um lugar distante, pois não podia arriscar perdê-los. Agora eles voltaram e querem vingança, querem vingar minha morte. Eu preciso que você os impeça. Não quero eles envolvidos com coisas ruins, pois pode ser que tenham o mesmo desfecho que eu. A morte - ela fala, verdadeiramente aflita.
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- O que? Depois de tudo você ainda busca redenção? Ou... piedade? - Por favor, eles são tudo com que me importo! Não tem nada que eu possa fazer, pois não sei se você percebeu, mas eu estou morta! E quanto a Killian, não o culpe, ele nunca fez nada. Você ainda não juntou as peças? Robert e as gêmeas o tratavam mal pois ele se recusava a seguir o mesmo caminho, a fazer parte das trevas e dessa loucura toda. Sei que ele comentou ter problemas com a família. Acredite, ele nunca faria nada para machucar você, nem ninguém. Ainda não consigo acreditar que Evangeline, Deusa e Rainha das Trevas estava ali, implorando por minha ajuda. São tantas coisas para digerir que nem percebo que meu tempo se esgotou. Eu não posso dizer mais nenhuma palavra para ela quando desperto e levanto rapidamente da banheira. A sensação era de sufocamento, e ao mesmo tempo alívio por ter saído daquele transe. Alguns se assustam quando me levanto, já outros, nem piscam. Eu olho ao redor, e uma última voz ecoa em minha cabeça, alertando me sobre Killian precisar de ajuda, bem ali, na multidão. 𝐾𝑖𝑙𝑙𝑖𝑎𝑛, 𝑠𝑎𝑙𝑣𝑒-𝑜. 𝐸𝑙𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒𝑠
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Tento fingir que não sei de nada e que está tudo bem. Olho para cima e posso ver Amélia, Florence, e agora que sei, Robert. Eles me encaram, esperando alguma reação. Percebi que tinha algo para terminar, e continuei o Batismo conforme o planejado. Mas mesmo assim não deixaria de confrontá-las e, de salvar Killian. Me levanto devagar e saio da banheira, encharcada. Ao pisar no chão, cujo a neve branca gela meus pés, meu vestido começa a se transformar. De um branco molhado, para um sequíssimo preto cintilante e amedrontador, dos pés até os ombros. Todos olham encantados. Na cabeça, uma coroa negra e em meus pés, surgem saltos, dos quais afiadas facas me deixam em pé, penetrando na neve gelada. Poderia matar alguém com eles se quisesse.
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Fico parada enquanto todos continuam a me olhar. Lembro das pequenas descobertas - que na verdade eram bem grandes - e me preparo para o confronto, mas antes finjo acenar para a platéia e procuro por Killian. Obviamente não seria fácil achá-lo, mas eu sou capaz de reconhecer alguém do bem no meio de tantos sangues negros, como sou agora. Não irei abrir mão do controle total de meus poderes das trevas por duas traidoras e um viúvo com sede de vingança, mas posso descobrir qual é o plano deles e jogar as cartas na mesa. Um certo alguém me chama a atenção, mesmo em meio a tantos outros de características semelhantes. Essa pessoa se mexe mais do que o normal, como se estivesse fazendo muito esforço para mover um só músculo. Eu memorizo bem seu lugar, e viro-me para As Herdeiras e seu pai. - Bem vinda ao outro lado, Scarlett - os três falam juntos. Dito isso, todos os outros filhos da noite que nos observavam abaixaram suas tocas, e eu pude ver o rosto de cada um deles. Analisei-os calmamente. - Bem vinda? Não me venham com esse papinho Amélia, Florence e Robert Darkbloom - eu cruzo os braços, ridicularizando-os. Os três, ainda sem mostrar o rosto, se encaram por debaixo dos panos, enquanto os demais presentes ali se preparam para qualquer movimento brusco que eu pudesse fazer.
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Em seguida e juntos abaixam as tocas, só então revelando suas faces. Com sorrisinhos tortos e maliciosos, eles brincam: - Parece que você nos pegou, Scar - Florence diz. - Scarlett. Pra vocês é Scarlett.- eu falo, com apatia. - Vão me contar o que planejam? Ou terei que arrancar de vocês a força? - ameaço. - A princesinha é corajosa, afinal - Robert implica. - Saiba que está agindo de forma correta, pois é assim que somos! E você saberá de tudo, já que agora faz parte da família. Entendo que esteja frustada por ter sido enganada por minhas filhas. Espero que tenha aprendido a não confiar tão facilmente em ninguém. - Bom, nunca fizeram mal para mim, inclusive me ajudaram, então não acho que confiei nas pessoas erradas. Ainda por cima, me ajudaram a estar aqui hoje, e me tornar parte disso. E isso era um desejo que eu nem sabia que tinha - eu alego, fingindo ser grata por ter sido enganada. Mas o pior ainda estava por vir. 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝑹𝒐𝒃𝒆𝒓𝒕 𝒅𝒊𝒛?
- Você é bem ingênua, Scarlett. Não sabe de muitas coisas - ele fala e olha para os dois lados, sorrindo para as filhas.
- Pobre Scarlett, ela não faz nem ideia... - Robert diz para as filhas, como se zombasse de mim, como se eu não estivesse parada ali, bem na sua frente.
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- Como assim? - eu estranho. - Ninguém aqui quer ser seu amiguinho, Scarlett. Somos aliados, somos família. Não foi fácil montar sua trajetória até aqui - Florence diz. - Com certeza não foi nada fácil embebedá-la e droga-la em nossa festa. Fazendo com que a princesa perdesse a cabeça após ser punida pelos papaizinhos, e quase matar uma mãe e um filho que ainda se espera. Não foi fácil ter sido a faísca que acendeu seu fogo, Scar - Amélia fala, ironicamente. - O quê? Como? Vocês... - perco a fala. Raiva. Ando rápido e esbarro brutalmente em todos que estejam no meu caminho. Meu corpo inteiro pegava fogo, figura e literalmente. Eram chamas negras e mortais. Todos se afastavam, com medo. Demonstravam, pelas faces surpresas, nunca terem visto algo do tipo. Cheguei onde queria chegar, com poucos passos brutais. Quem não se moveu em momento algum, foi o pobre e enfeitiçado Killian. Cheguei perto dele e ao segurar seu pulso firmemente, quebrei o feitiço, como se o sugasse. As raízes foram descendo por suas pernas e fugindo de seus pés, enquanto ele dolorosamente tentava abrir a boca, que havia ficado celada por muito tempo. Com as pernas dormentes, sem poder se equilibrar, se apoia em mim, e caí em meus braços. Eu o abraço, e já não exalo mais fogo nenhum. {Scarlett ficou mais ou menos como na imagem acima. a arte não me pertence, peguei no pinterset e a editei - por isso que ta esse chernobyl ai}
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- Está tudo bem, Kil. Está tudo bem - eu digo, tentando acalmá-lo e volto para perto dos três. - Agora me contem qual é o plano, ou irão se arrepender - eu digo furiosa, fazendo meus olhos mudarem de mel, para preto, e minha doce e delicada voz transformar-se numa cavernosa com um eco de arrepiar a espinha, como se eu estivesse sendo possuída pela onda mais forte de trevas que existe em mim. Minha paciência se foi. Não tolerarei mais nenhum joguinho. Eles se encaram assustados, mas sem demonstrar. Sei disso pois posso sentir o cheiro do medo deles. - Ok - Robert diz seco, me lançando um olhar mortal. Acho que não deveria tê-los "desafiado" apenas alguns minutos depois de se tornar parta da "família". Mesmo não querendo, ele teria que contar. Eu devia saber, já que agora faço parte disso tudo, e caso ele negasse, eu não veria problema nenhum em acabar com eles. - Nós temos um plano. Não muito complicado, e você é uma das partes principais. Iremos, todos presentes aqui, realizar um ritual juntos. Vamos acordar nossas trevas, que dormem desde que minha amada Evangeline se foi... - ele se dispersa, mas logo continua sem perder a postura. - Com o poder de suas duas Herdeiras, e a agora de outra que também possui escuridão herdada de nossa Rainha, seremos invencíveis. Fazem décadas que as trevas não caminham entre nós, estão perdidas, desamparadas. Mas tudo isso muda amanhã, no ritual - ele discursa para mim, e para todos. Agora entendi porquê Evangeline insistiu tanto para que eu os impedisse. Vocês tem noção do que acontecerá se o plano der certo? Todos os Guardiões do mundo, de todos os poderes que você possa imaginar, incluindo meus pais, irão tentar se defender e defender aqueles que não conseguem sozinhos. Será uma guerra, um massacre, de ambos os lados. Inocentes - e alguns nem tanto - irão morrer. Por outro lado, eu adoraria ajudar a instalar o caos na Terra. Eu poderia reinar. Eu posso acabar com os Darkbloom, os impedindo, assim como Evangeline me pediu. Assim não correrão perigo nenhum. Posso mandá-los de volta de onde vieram, e aí eu estarei no comando.
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𝗲𝗻𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗮 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼𝘀 𝗺𝗲𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗱𝗮𝗹𝗶: ~narração em terceira pessoa: ON~ - Onde estamos? - Oliver pergunta, se levantando e limpando a roupa da neve. - Não dava pra ter chegado em pé, pai? Você caiu em cima de mim - Maya reclama enquanto se levanta com a ajuda de Thony. - Estamos perto, vamos - Jocelyn diz, segurando a bola de cristal firmemente nas mãos e caminhando sem olhar para trás, esperando que os outros a acompanhem. Todos se mexem, menos Alexia que está de costas para os outros, com a cabeça baixa. Thony percebe sua ausência pouquíssimos passos depois, e volta para ver o que houve. Quando se dão conta, os outros vão atrás. - Mãe, o que aconteceu? Por que está ai parada? Temos que ir logo. - É tarde... é tarde demais - Alexia se ajoelha no chão com as mãos fechadas, segurando algo firmemente. Ela lamenta. - Amor? Como assim, do que você está falando? - Gilbert abaixa para falar com ela, enquanto os outros esperam uma explicação. Ela solta de suas mãos o colar, vira para Gilbert e o abraça, caindo em lágrimas. Max corre e pega o pingente caído no chão a poucos centímetros da mãe de sua amada. Ele olha e fecha a cara cerrando os lábios, no mesmo instante. Vai para perto dos outros, abre a mão e mostra. O colar estava totalmente preto. Se tinha um átomo de cor prata ali, era muito. Evie, a mais difícil de se abalar, não perde tempo e sai andando. Ela quer chorar, mas odeia demonstrar fraqueza. É a mais nova, porém demonstrou ser a mais forte. - Ei, filha. Espere! - Bev grita, se levantando com dificuldade do lado da amiga da qual consolava. - Ainda deve haver algo que possamos fazer, vamos. Não podemos desistir, estamos tão perto - Bev os encoraja. - Ela tem razão, vamos! - Alexia levanta e parte com o arco em mãos e aljava carregada de flechas - Vamos recuperar nossa menina! Assim, todos alcançam Evie prontos para o combate, com armas e poderes preparados.
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Eles se escondem no meio de alguns arbustos escuros e conseguem ver Scarlett. Ela estava, como vocês já sabem, sombria. O que os preocupou. O plano era observar e aparecer no momento certo, porém Alexia perdeu a cabeça e se lançou para fora dos arbustos. Seus cabelos flamejantes iluminaram aquele lugar de escuridão. Scarlett não acreditou no que viu. As Herdeiras e seu pai se prepararam para o pior, assim como o resto dos filhos da noite, que observavam tudo, atentos. Aos poucos, os outros foram se revelando. Killian estava ao lado de Scar, ele sabia que ela o protegeria caso as coisas saíssem do controle. Evie acompanhada de diversos animais selvagens. Gilbert pronto para inundar tudo. Oliver devagar prendia os pés das pessoas no chão, sem fazer barulho, sem que elas percebessem, com ajuda de Maya que estava pronta para defender Thony, que no momento não conseguia usar seus poderes. Beverly, a qualquer instante poderia parar o tempo e fazer alguma palhaçada, ou soprar todo mundo dali, facilmente. Max e Jocelyn, citavam feitiços que sugava um pouco do poder de cada ser das trevas existentes no local, os enfraquecendo. Quem seria tolo de enfrentá-los? 𝕠 𝕢𝕦𝕖 𝕊𝕔𝕒𝕣𝕝𝕖𝕥𝕥 𝕕𝕚𝕫?
- Não deveriam ter vindo! Irei dar uma chance para vocês de desistirem do que pretendem fazer e irem embora - ela diz arrogante, mas por dentro feliz em ver a família.
- Olha só, vieram se juntar a festa? Estávamos agora mesmo revisando nosso plano para acabar com todos, incluindo vocês. É uma pena terem chegado justo agora, a surpresa já não é mais surpresa - ela olha furiosa para a mãe, primeiro, e depois encara todos os outros.
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- Sua família veio te salvar Scar? Que bonitinho - Florence importuna. - Cale a boca! - Scarlett grita com ar de superioridade, indo até a menina e a grudando pelo pescoço, tanto que até tirou seus pés do chão. Robert e Amélia tentam se aproximar para impedi-la, mas ela cria uma barreira, que joga os dois longe ao tentarem ultrapassá-la. Novamente seus cabelos flamejam e seus olhos exalam raiva, ódio. - Pare, Scar. Vai matá-la! - Max grita, na intenção de despertar algum sentimento na amada, que já não o ama mais, pelo menos não tanto quanto antes. - Essa é a intenção - Scarlett olha para eles com os olhos pretos. Os olhos inteiramente pretos. Quando Florence já não aguenta mais, Scarlett a solta e a menina dolorosamente caí no chão. A barreira está desfeita. - Já chega! - Robert diz. - A irmã Beatriz é muito boa no que faz. Ela possui a rara habilidade de acelerar e parar o tempo, nasceu com isso. Triz, faça! - Robert ordena. Uma menina de cabelos castanhos e olhos escuros, que aparentava ter seus 16 anos saí do fundo, de trás dos outros filhos da noite, e caminha até Scar. Ela para em sua frente e...
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- Sim, Lorde da Noite. Farei - ela dá um sorrisinho e colocando ligeiramente a mão na barriga de Scar, a faz crescer. Cada vez mais e mais. A menina urra de dor, e não faz a mínima ideia do que está acontecendo. - O que você fez? Eu... eu vou te matar! - antes que Scarlett possa se encolher no chão de dor ela a ameaça. - Desculpa, mas sei muito bem controlar meus poderes. Não saio por ai impulsivamente jogando mulheres grávidas escada a baixo - ela sorri, maliciosamente. 𝘎𝘳𝘢𝘷𝘪𝘥𝘢. A palavra ecoa na cabeça de Scar, e agora tudo fazia sentido. Bom, pelo menos o suficiente. - Filha! - Alexia grita e corre até a menina, que está no chão. Os outros se aproximam. Maya, Thony, Bev e companhia. - Acho melhor se afastarem, ou a ajudarem. Já vai começar - Lorde da Noite diz. - O que irá começar? - Gilbert pergunta confuso, se segurando para não voar na cabeça daquele monstro que é Robert Darkbloom. - O parto de seu ou sua filha, é claro - ele ri, triunfante. Killian, ao escutar aquilo fica tonto e preocupado. Max, sabendo que era impossível ser dele, entristece. Alexia e Gilbert mal podem acreditar. E Scarlett, agoniza de dor, e de raiva.
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- Deu certo, papai! Nosso plano deu certo! - Amélia comemora. - Eu sabia! Tudo isso tem a ver com o que vocês querem! Alguém que herde meus poderes e os de Scarlett. Alguém que será mais poderoso do que todos nós juntos - Killian já havia deduzido tudo. - Você até que não é nada burro, meu filho. Mas cometeu um erro se achou que havíamos te mandado para a floresta no dia em que conheceu Scarlett atoa. Sabe quanta lenha tinha em nossa casa? Mais do que o suficiente. Vocês são só dois adolescentes tolos e facilmente manipuláveis - Robert diz, se sentindo intocável. Thony mal podia acreditar. No momento, ele odiava Beatriz mais do que todos ali, pois foi ela quem acelerou a gravidez, e causou uma insuportável dor física e psicológica na irmã. Ele, sem pensar, juntou todas as forças que ainda lhe restavam e ao lançar um poder fatal, transformou a menina em um pedra de gelo, que era reluzente e que por momentos pareceu uma obra de arte. Com um chute e um pouco mais de esforço, derrubou a petrificação no chão, quebrando-a em centenas de pedaços. De uma coisa todos tinham certeza: aquilo era irreversível.
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Todos se chocam, mas ninguém lamenta. E se chocam ainda mais quando Anthony caí no chão desacordado. Maya corre até ele, altamente preocupada. Gilbert vai também. Alexia queria, mas estava ainda mais preocupada com Scar. - Ele está gelado. Muito gelado - Maya diz, com o olho encharcado de lágrimas, mas não se rendendo em derrubá-las. Não queria parecer fraca. Não na frente de tantas pessoas poderosas. - O que houve com meu filho? - Gilbert pergunta aflito, sem esperança de respostas imediatas. Ly se aproxima. Ela o observa bem. O jeito que sua pela parecia de porcelana, sua frieza, seus lábios rachados. Ela sabe, ela sempre sabe. - Ele está adormecido, apenas. Mas não é qualquer sono. É um sono profundo, desesperador. Como se lhe faltasse força para viver, mas não tanta a ponto da morte, como... como se seu coração estivesse congelado. O corpo entra em transe, é como nos contos de fadas - ela explica. - E como acham que acordarão ele? Com um beijo de amor verdadeiro? Isso aqui não é nenhum conto de fadas - Robert diz, de fundo. - Eu... eu não sei - ela fica confusa. Parece que Jocelyn não sabe de tudo, afinal. - Cuidem dele, sei que encontraremos um jeito - ela lamenta, mas não sabe mesmo o que fazer. - AAAII! - Scarlett geme alto de dor e Jocelyn se volta para ela, deixando o corpo caído de Thony nas braços de Maya e Gilbert.
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- Vai nascer, e agora - Jocelyn diz o que já está óbvio. - Entre na banheira, o resto acontecerá naturalmente. Assim, Scarlett se levanta com a ajuda de Jocelyn, e da mãe. Se ampara em Ly e anda poucos passos até a banheira. Entra e dessa vez a dor vem mais forte. Ela grita, enquanto Amélia, Florence, Robert e os outros filhos da noite observam. Alguns admirados, já outros, felizes por sua dor, por vê-las sofrer. Ao redor da banheira, Max, Evie, Oliver, Beverly e Killian tentam tampar a visão para que os olhares alheios não deixem tudo mais desconfortável. Se é que isso é possível. ════════ ××× ════════
Max segura sua mão e a olha com pesar. Ela sente suas mãos frias e trêmulas, e aperta com firmeza. Com dificuldade, ela olha para ele e sorri.
Killian segura sua mão e a olha com paixão. Ela sente suas mãos frias e trêmulas, e aperta com firmeza. Com dificuldade, ela olha para ele e sorri.
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Depois de muito esforço, - e dor - Jocelyn retira uma linda bebê de dentro da banheira e entrega para Killian segurar. Ele admira a filha, bobo, ainda desacreditando de toda aquela loucura. Pensaram por alguns poucos minutos, que havia acabado, mas Scarlett começou a sentir dores ainda mais fortes, o que os preocupou. Jocelyn ao verificar, percebeu que ainda havia mais por vir. Então, Scar empurrou repetidas vezes, até que outra menininha pousou nos braços de Jocelyn que dessa vez, a entregou para Scarlett. Ela beijou delicadamente a testa da filha mais nova. A admirou por segundos e cutucou Killian, que entendendo, abaixou-se para mostrar a outra neném. Alexia estava encantada, mesmo não esperando por algo do tipo nem em seus sonhos. Maya e Gilbert observavam de longe, perplexos. Scar olha ao redor e ao cruzar olhares com Robert, Amélia e Florence, se lembrou de algo que ainda estava inacabado. Detê-los.
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As meninas era lindas. Uma delas, era ruiva como a mãe e tinha a pele rosada. Já a outra, tinha cabelos negros e pele pálida, como o pai. Max havia materializado toalhas de seda para cobrir as nenéns, que grunhiam suavemente, mas sem chorar como quando saíram da barriga da mãe. Scar deu a bebê que carregava para Killian, que segurou cuidadosamente as duas filhas, uma em cada braço, enquanto os outros - a família - aproveitavam para conhecê-las mais de perto. Eles se distraíram com as carinhas doces e inocentes, a ponto de não notarem Scar sair da banheira, já sem dor, como se não houvesse acabado de dar a luz a duas meninas fortes e saudáveis, apesar das circunstâncias . Ela se levantou e pisou no chão de neve gelado. Seu vestido, parecia nunca ter sido molhado, mas continuava sendo preto e sombrio. Ela caminhou até As Herdeiras e Lorde da Noite, cerrando os punhos, entretanto pensou que lhes socar a cara era pouco. Eles mereciam mais, pensava. Eles mereciam sofrer.
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A menina parou na frente de Robert e o olhou com fúria. - Pra que a raiva, Scarlett? Não queria ser uma de nós? Você não queria se juntar a nós? Suas filhas agora fazem parte de tudo isso, e elas tem um propósito. São mais poderosas do que qualquer um de nós aqui. Então me diga, por que tanta raiva, minha querida? - Não gosto de ser manípulada - ela diz com os olhos brilhando, flamejantes como o fogo. Então, ela crava suas unhas, que passam a ser afiadas como fragmentos de um espelho quebrado, nos pulsos de Robert. Ela sugou todo o poder que habitava seu corpo, e sangue negro escorria sem parar. Ele desesperadamente tentou lutar e tirar a mão de Scar dali, mas ela não moveu nem mesmo um músculo, como se ele não fosse forte o suficiente para impedi-la, ou mover sua mão dali. As veias da mão de Scarlett ficaram escuras, mostrando que todo o poder dele, agora se tornava parte dela. Só quando não podia arrancar mais nada dele e só assim, ela soltou-o e rapidamente abriu um misterioso portal. Amélia e Florence reconheciam. Robert também. Ele implorou por misericórdia, mas ela não deu ouvidos. As gêmeas seguraram os braços do pai, na esperança de salvá-lo, mas Scar era mais forte e com um chute que rasgou sua carne por conta das afiadas lâminas de seus sapatos, o jogou para dentro do portal, que se fechou logo em seguida. Amélia e Florence caíram no chão, tristes por perderem o pai. Ele voltou pro buraco de onde saiu, e Scarlett não sentia remorso algum.
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Ela havia o mandado para o mesmo universo alternativo que Evangeline um dia fez. Um mundo onde não existiam seres sobrenaturais, nem feitiços, nem mesmo deuses. E agora Robert estava no lugar certo, já que sem poderes. Ela riu. Sua família ficou mais assustada do que nunca. Mas ainda não havia acabado. Scarlett, já mais calma do que antes, mas ainda sem deixar de dar medo, foi até Killian e pegou uma de suas bebês. Fez um sinal para que ele a seguisse. Ela abriu outro portal, dessa vez com uma cor diferente. Sombria. - Vocês - ela diz, olhando para as gêmeas. - Agora são minhas, e servem a mim. Caso tentem me contrariar, ou se revoltem, se juntarão a seu pai. Aliás, todos vocês, filhos e filhas da noite. Todos vocês virão comigo. Eu serei A Rainha de vocês. A melhor que já tiveram. E poderemos fazer o mal a quem nos faz mal, apenas. Vocês não têm escolha! - ela se sente a pessoa mais poderosa do mundo. {𝓮𝓼𝓬𝓸𝓵𝓱𝓪} ↓↓↓
- Filha, não vá. Por favor! Podemos dar um jeito nisso, tudo voltará a ser como antes, e poderemos ser felizes novamente, agora com duas novas crianças adoráveis. E em breve, mais duas - Alexia fala, e coloca as mãos sobre a barriga após terminar.
- Mais duas? Mas tia Bev terá apenas um menino - Scar pergunta confusa, sem entender os sinais. Assim como os outros.
- Estou grávida! - Alexia confessa, nervosa.
Todos se espantam. Gilbert fica feliz, mas não abandona o filho caído, ainda preocupado com o estado do menino.
- Parabéns, mamãe. E para sua sorte, ele ou ela não será como eu. Azar de primogênita - ela fala, sem ser muito específica. - Mas não posso ficar. Não depois de toda dor que causei a vocês. Não tentem me impedir por favor, não quero machucá-los.
- Scarlett, por favor não vá! Eu te amo. Todos nós te amamos. Podemos consertar as coisas. Recomeçar - Max fala na esperança de que tudo volte a ser como antes.
- Eu te amo também, mas não como antes, e não posso ficar. Me desculpem - ela fala fria, como se não sentisse absolutamente nada.
- Vai levá-las para criá-las em meio ao caos? São apenas recém-nascidas, são inocentes. Não merecem isso - Alexia diz preocupada com as netas, que não pensou ter tão cedo. - Eu... eu estou grávida, filha! Fique conosco e poderemos criar nossa família, juntos. Podemos ser felizes - ela pede, expectando um sim, que possivelmente não aconteceria.
- Não! São minhas filhas, e criarei elas muito bem, e do meu jeito. Elas jamais serão chamadas de monstros e poderão ser quem são, desde sempre - Scarlett fala brava. - E a propósito, parabéns pela gravidez, mamãe - ela diz, irônica.
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Pouco a pouco, todos os filhos da noite entraram no portal, sem reclamar. Eles a temiam. Depois que todos haviam passado, só faltava Killian e Scarlett, que seguravam as filhas nos braços. Beverly observava aquilo tudo, e rapidamente bolou um plano. Pensou que daria certo. Ela acreditou naquilo... tinha quase certeza. E se vocês pensaram que a situação não podia piorar, se enganaram. Bev parou o tempo, e todos congelaram. Ela correu até Scarlett e tentou arrancar de seus braços a filha que ela carregava. Foi quase, mas Scar a deteve. Não sei como, mas ela conseguiu descongelar o tempo. Tudo voltou ao normal, e ela empurrou Beverly contra o chão. Alexia correu até Killian e velozmente puxou a criança dele, o empurrando para dentro do portal. Ele se foi. Agora só faltava a ameaça maior, Scarlett. Que certamente agora estava zangada com eles. Ela tentou ir até a mãe para recuperar a filha, mas não conseguiu. Maya correu deixando Thony, e com ajuda dos ventos do norte - que ela controla - a jogou também dentro do portal. E ele se desfez. Todos estavam ofegantes, até mesmo aqueles que não se mexeram. Então esse foi o fim? Não perderam, mas também não ganharam. Thony continuava a dormir, Max estava com o coração partido, agora ainda mais. Evie dispensou seus animais, que nem precisaram agir. Alexia ajudou Beverly a se levantar e todos foram embora, sem conseguir tocar no assunto. Gilbert foi quem carregou a neta no caminho para casa. A pequena neta que conseguiram salvar de uma vida sombria e do mal. É realmente lamentável terem conseguido salvar apenas uma, ao invés de todos. Mas pelo menos ainda tinham uns aos outros.
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- Onde estamos? - uma voz indistinta pergunta. - Estamos em nosso novo reino. Nosso inferninho particular. Foi aqui que Evangeline viveu a maior parte de sua vida. - Evangeline não, a Rainha das Trevas - alguém certamente tolo se atreve a dizer. - Eu sou a nova Rainha das Trevas! Agora é a mim que devem temer - ela diz triunfante, dando uma risada maléfica e jogando a pessoa contra a parede, sem nem precisar sair do lugar. Eles estavam no castelo das trevas. Mesmo castelo em que Evangeline quase matou os Guardiões certa vez. Era a sala do trono. Estranhamente, a máquina maldita e os tronos em que cada Guardião foi preso não estavam mais ali. Se Evangeline morreu, quem é que havia mexido no lugar? Como isso era possível? A porta do salão se abre e uma figura pequena, mas curiosa, surge. - Quem são vocês? - o pequeno demônio manso Leopoldo pergunta, desordenado. - Leopoldinho? Quanto tempo! - Killian reconhece o velho amigo.
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- Príncipe Killian? Você está vivo? Não posso acreditar, isso é ótimo! - ele se aproxima do menino, e os dois se abraçam. - Eu cuido do lugar desde que minha rainha se foi, antes que perguntem - ele começa a explicar. Acho que a maioria não sabe, mas não éramos apenas nós que estávamos presos aqui. Toda criatura demônica e ser das trevas é mandado para cá. Existe um mundo inteiro de pessoas como nós lá fora. Agora tenho até uma família, acreditam? Moramos aqui, já que Evangeline não pode mais - ele diz sem jeito. - Nossa, você cuidou muito bem do lugar! E fico feliz que tenha uma família agora, Leopoldo! - Killian fala, parecendo ser bem próximo do demoninho. - Essa é Scarlett. Minha... minha... - ele não sabe bem ao certo o que eles são. - Rainha! - ela completa, e sorri para Kil. - Bom, parece que sou sua nova alteza, Leopoldo - ela diz, bastante satisfeita. - Se me permitir continuar a morar aqui com minha família, ficarei feliz em ser seu criado, ou mordomo... bom, o que preferir - ele se oferece! o que Scar escolhe para o pequeno Leopoldo?
- Conselheiro, e amigo!
- Criado!
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- Está bem! Obrigada... minha rainha - ele agradece. - E quem seria essa pequenina aí no seu colo? - Minha filha, Selena - ela diz, acariciando a cabeça da menina. - É um nome muito bonito! O que significa? - Algo a ver com a Lua. A lua ilumina a noite, e um dia, ela nos iluminará. Será a única luz que nos fará bem. É a única luz que fará parte da minha vida.
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𝓷𝓸 𝓬𝓪𝓼𝓽𝓮𝓵𝓸... A coisa negra e horripilante já não rodeava mais o castelo. A chegada dos reis e rainhas foi um alívio para todos, das princesas e do príncipe também. Príncipe que, para o espanto de todos os serviçais do castelo, havia chegado carregado nos braços do Rei Oliver, desacordado. Eles foram até um salão, com poltronas e sofás. Deitaram Thony, e caíram no chão mortos de cansaço. Maya não saiu do lado dele um minuto sequer, a não ser para empurrar a companheira de vida, quase que uma irmã, dentro de um portal que nem sabia onde iria dar. - Grávida, então? - Gilbert pergunta a Alexia, para confirmar se era verdade. A esposa, que estava sentada ao seu lado, com uma bebê nos braços e pescoço apoiado no ombro do marido, responde: - Certamente não é normal eu sair por aí vomitando pelos corredores, já deviam suspeitar - ela brinca. A bebê dormia. Era terrível saber que futuramente, um dia, ela faria perguntas dolorosas demais para serem respondidas. Talvez se sentisse menos amada pela ausência de uma mãe, de um pai e de uma irmã, gêmea, que faz a ligação delas ser ainda mais forte. Mas por enquanto, no presente momento, ela dormia quieta e sorria. Mais tarde,a bebê havia tomado banho, e estava com lindas roupas, dignas de uma princesa. Já tinha até um quartinho só para ela! Foi rápido, eu sei. Mas com a ajuda de empregados curiosos em saber de quem era a pequena, e dois feiticeiros muito ágeis, ela já poderia se sentir em casa. Todos estavam reunidos em volta de seu berço, e gloriosamente a observavam dormir. Tentaram não pensar nas perdas, mas sim no que ganharam. Uma nova integrante na família, que conseguiram, após muito esforço, salvar. - Ela é linda! - Maya diz. - É sim - Alexia concorda. - E como a chamaremos? - Max questiona, observando bobo a filha da pessoa que amava, ainda. - Ramona. Significa Sol. Ela será a luz em nossos dias mais sombrios - Alexia diz, por fim. ■□■□■□■□■□■□■□■□
𝔱𝔥𝔢 𝔢𝔫𝔡┏━━━━ • ✿ • ━━━━┓
𝖙𝖍𝖊 𝖊𝖓𝖉┏━━━━ • ✿ • ━━━━┓