A importância de aprender a ler diferentes textos

A importância de aprender a ler diferentes textos

A Pesquisa, a Metodologia Científica, a produção de textos acadêmicos e não acadêmicos podem ser uma expressão da nossa criatividade. Uma frase, que foi reinventada e ficou famosa por ter sido, falada por Albert Einstein, diz que: “A criatividade é a inteligência se divertindo” (a citação original foi de George Scialabba e era: "Talvez a imaginação seja apenas a inteligência se divertindo"). Considerando a proposta dessa atividade e revisitando os textos escritos por Paulo Freire e Mia Couto, responda as questões disponibilizadas à seguir.

Imagem de perfil user: Silvana Batista Gaino
1

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto.

Essas são afirmações de teóricos estudados por Paulo Freire.
Essa é uma concepção que fundamenta toda teoria e prática de Paulo Freire.
Essa é uma concepção que não deve ser considerada quando se tratam de textos e artigos acadêmicos.
Essa é uma concepção considerada equivocada por Paulo Freire.
2

A história de um homem é sempre mal contada. Porque a pessoa é, em todo o tempo, ainda nascente. Ninguém segue uma única vida, todos se multiplicam em diversos e transmutáveis homens.

Essa afirmação reforça o conceito de Ontogênese, que para a Psicologia, pode ser definida como a evolução e as transformações pelas quais todos passamos, que tem inicio na concepção e se finaliza somente quando morremos.
Essa afirmação diz respeito à vivência de vidas paralelas que muitos de nós adotam conforme as normas culturais das sociedades onde estamos inseridos.
Essa afirmação se opõe ao conceito de Ontogênese, pois tanto a evolução como as transformações pelas quais todos passamos são limitadas e atingem o seu ápice na vida adulta.
Essa afirmação ainda não é aceita pela Psicologia, que acredita que cada um de nós tem a opção de uma única maneira de viver, que se repete todos os dias até a nossa morte.
3

No contexto da infância de Paulo Freire - o do seu mundo imediato - fazia parte, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do seu mundo imediato e de cuja existência ele só podia suspeitar. Portanto se tornar íntimo desse mundo, para ele, era importante porque:

Foi alfabetizado no chão do quintal da sua casa, à sombra das mangueiras, com palavras do seu mundo e não do mundo adulto no qual seus pais estavam inseridos.
A “leitura” do seu mundo, foi sempre fundamental e, não fez dele um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas.
A sua curiosidade de menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, mas seria incentivada pelos seus pais.
Na medida, que se tornava íntimo do seu mundo, em que melhor o percebia e o entendia na "leitura" que dele ia fazendo, os seus temores iam diminuindo.
4

Meus pais me negaram a herança das suas vidas. Ainda sujo dos sangues me deixaram no mundo. Não me quiseram ver transitando de bicho para menino, ranhando babas, magro até na tosse. Foi meu tio Gegê que olhou meu crescimento. Só a ele devo. Ninguém mais pode contar como eu fui. E, para Gegê, a melhor família era:

Aquela que não existia, uma vez que a morte se tornara tão frequente que só a vida fazia espanto.
Aquela que não envolvia sentimentos porque o amor enfraquece o homem, e para ele o sobrinho desempenharia outras tarefas, mais bravas missões.
Aquela que não contava com a figura permanente de uma mulher. Todo homem poderia conhecer uma boa quantidade e variedade. Mas nunca, nunca deveria aplicar despesa em nenhuma mulher.
Os desconhecidos parentes dos estranhos. Só esses valiam. Com os outros, intrafamiliares, já se nascia com dívidas.
5

O sobrinho de Gegê lhe pediu que nunca mais falasse de sua mãe. Ele passara a odiar aquela ausência. A sombra de sua mãe lhe trazia um insuportável peso. Não se pode sofrer de saudade de uma pessoa que nunca existiu, ele devia matar aquela ausência. Ser indígena de si, assumir sua inteira natalidade. E, numa tentativa de recomeçar sua vida, ele:

Depois de ter atirado no tio, ele sentiu que voltou a nascer de si mesmo, revalidou sua antiga orfandade, fugiu do seu antigo lar para nunca mais voltar.
Atirou no próprio tio e, o tiro lhe ensurdeceu. Não ouviu, não viu. Se acertou, lhe cortou o fio da vida, o que ainda hoje duvida que tenha acontecido. se encheram de muitas águas, todas que me faltaram em anteriores tristezas
Pediu para o tio que lhe passasse o endereço da morada de Zabelani. Ela agora, embora ainda menina, era a sua única mãe.
Decidiu matar o tio porque ficou sabendo que quem levou Zabelani era um desses milícias. E ele não se retratara, mas devia ser um amigo, um familiar. Porque Zabelani, ao ver o dito, saíra por sua vontade, braços abertos.
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