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"A psicologia comunitária, como uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e pertinência dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários, através de um esforço multidisciplinar que perpassa o desenvolvimento dos grupos e da comunidade (...) Seu problema central é a transformação do indivíduo em sujeitos." Essa é a definição dada por W. Góis e citada por Bernardes & Neves (Psicologia Social Contemporânea). Considerando essa definição, pode-se considerar verdadeiro o que se afirma em:
Visa ao desenvolvimento da consciência dos moradores como sujeitos históricos e comunitários, tendo em vista e exclusão do trabalho interdisciplinar que perpassa no desenvolvimento dos grupos e da comunidade, pois o foco central é transformação do indivíduo em sujeito.
O psicólogo apenas identifica as demandas sociais e utiliza estratégias superficiais de intervenção para facilitar o diálogo com a comunidade.
A intervenção do psicólogo comunitário se dá impreterivelmente em contextos institucionais, tais como, creches e postos de saúde.
A comunidade representa um ambiente destinado para a interação entre indivíduos e a formação de grupos. De acordo com Guareschi (2007), os grupos se constituem a partir de um sistema de relações, que podem ser modificadas diante das transformações sociais e da participação de novos integrantes.
De acordo com Arendt (1997), o psicólogo comunitário investiga unicamente a influência das variáveis ambientais no comportamento dos indivíduos.
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Martin-Baró (1942-1989) lançou olhar sobre uma psicologia social em que o comprometimento com a realidade social esteja presente, bem como a atuação do psicólogo social possa contribuir para a estruturação de identidades pessoais, coletivas e históricas, ambicionando a promoção de mudanças. LOPES, Daiane D.; NASCIMENTO, Caroline G.; COLETTA, Eliane D.; et al. Psicologia social. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595025240. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025240/. O autor foi um grande representante de um movimento reconhecido mundialmente na psicologia social, este identificado como:
O movimento que estudou a relação de grupos e suas relações sociais, ou seja, Psicologia Social da Libertação;
O movimento direcionado ao estudou do homem e sua relação com seus processos internos, ou seja, a Psicologia Social Americana;
O movimento que estudou os processos intraindividuais, ou seja, Psicologia Social Psicológica;
O movimento que estudou o homem e sua relação grupal, as influências inter-relacionais deste, ou seja, Psicologia Social Sociológica;
O movimento que estudou os processos sociais como a identificação e comparação grupal, e as representações sociais, ou seja, Psicologia Social Europeia;
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O conceito de cognição social surge na história da psicologia social nos anos 1970, concomitantemente às reflexões da psicologia social moderna. Nesse período, influências principalmente europeias e americanas começavam a aparecer na América Latina (STREY et al., 1998). Ref.: LOPES, Daiane D.; NASCIMENTO, Caroline G.; COLETTA, Eliane D.; et al. Psicologia social. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595025240. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025240/. De acordo com a afirmação, podemos identificar a cognição social como a área que:
Investiga os processos cognitivos relacionados à memorização mnemônica e sua relação com a cultura;
Procura compreender e justificar as ações coletivas de acordo com a alteridade humana;
Investiga as influências coletivas e os processos de subjetivação social.
Relaciona os processos de subjetivação à cognição considerando todos os aspectos históricos do sujeito;
Procura compreender e explicar o processo cognitivo relacionado à percepção e ao registro de informações na formação de opiniões sobre os fenômenos e situações vivenciadas;
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No livro "Psicologia social: o homem em movimento" (2012, p. 13) a psicóloga Sílvia Lane afirma que "(...) caberia à psicologia social recuperar o indivíduo na intersecção de sua história com a história de sua sociedade – apenas este conhecimento nos permitirá compreender o homem enquanto produtor da história". A partir da leitura desse trecho, assinale alternativa que NÃO se corresponde a ideia afirmada por Lane.
A autora critica a Psicologia em geral, alicerçada por uma compreensão homogenia das relações sociais.
O trecho faz uma crítica contra a Psicologia em geral, que tende a desconsiderar o homem como produto histórico-social.
Critica as concepções plurideterminadas dos fenômenos humanos.
A autora provoca uma reflexão sobre a importância, para a Psicologia em geral, em compreender o homem como produto histórico-social.
A função da Psicologia está em inserir a condição dos sujeitos ao seu tempo, à cultura vigente em dada época.
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Observe os textos a seguir e responda a pergunta: "Psicologia social é o estudo científico da influencia recíproca entre as pessoas (interação social) e do processo cognitivo gerado por esta interação (pensamento social)" (Rodrigues, Asmar e Jablonski, 2000) A afirmação "toda Psicologia é social" significa:
Reconhecer a especificidade da psicologia social como campo relacionado com a sociologia.
Criticar as concepções plurideterminadas dos fenômenos humanos.
Reduzir as diferentes áreas da Psicologia à psicologia social.
A inserção da pesquisa ação como método da Psicologia.
Reconhecer a natureza histórica e social dos fenômenos humanos.
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Acoplada à ideia de transformação, juntamos à competência o conceito do aspecto social, de competência social, alicerçado na crença da possibilidade de se produzir mudanças significativas na sociedade a partir de uma ação mais competente em cada espaço profissional. Rios, T. A. (2004). Ética e competência (14a ed.). Săo Paulo: Cortez. A partir dos argumentos e fundamentações teóricas apresentadas no texto-base acima considerado e das referências bibliográficas da UC Analise e intervenção em psicologia social, marque qual das alternativas abaixo esta correta com relação as atividades e competências do psicólogo social em diversos contextos.
O psicólogo social pode atuar somente em instituições públicos, em que é possível pôr em prática as politicas públicas.
O psicólogo social pode atuar nos campos das instituições abertas e fechadas, apenas em consultórios de maneira individual.
O psicólogo social pode atuar especificamente de maneira teórica, não tendo prática.
O psicólogo social pode atuar apenas em territórios com pobreza e vulnerabilidade social a partir da prática assistencialista.
O psicólogo social pode atuar nos campos da saúde, escola, trabalho, assistência social, políticas públicas, justiça, dentre outros.
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O Plano Nacional de Assistência Social (PNAS) tem o objetivo de garantir o atendimento à populações vulneráveis pela desigualdade social. FONTE: BRASIL (2004). Ministério de desenvolvimento social e combate à fome. Política Nacional de Assistência Social (PNAS) - Brasília, secretaria Nacional de Assistência Social. Sobre a atuação do psicólogo neste cenário julgue a alternativa correta:
Atuar com um viés político partidário e reflexivo de acordo com a gestão atual do governo.
Deve atuar de maneira técnica e individualizada, visando garantir o atendimento clínico da população menos favorecida.
A atuação do psicólogo deve ser reflexiva e crítica, atuando no sentido de garantir o direito à vida e a igualdade de direitos.
A atuação deve ser crítica e reflexiva, visando garantir o direito à vida, dando de maneira assistencialista alimentação para os menos favorecidos.
Deve atuar de maneira estritamente técnica junto a coletividade.
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Para a Psicologia Sócio-Histórica, a subjetividade é uma conquista humana e se constitui a partir da atividade do sujeito e de sua capacidade de transformar o mundo. Assinale a frase que indique a noção de ser humano e de mundo da abordagem psicossocial.
Concepção de sujeito equipado biologicamente para viver como seres sociais a partir da normatividade social.
Concepção de sujeito concreto, ativo, social e histórico, que através da atividade e do trabalho produz sua vida material.
Concepção de sujeito abstrato e passivo frente as determinações sociais.
Concepção de sujeito como um ser holístico: corpo, mente, espírito e emoções.
Concepção de sujeito portador de dimensões psíquicas, fragmento de libido e de realidade.