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Quando escreveu "Angústia", Graciliano Ramos foi preso. Por que?
ele foi acusado de subversão
ele cometeu um homicídio, o qual relata no livro
ele não poderia ser escritor
ele escreveu um artigo com informações erradas
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Que livro Graciliano Ramos escreveu na prisão?
"São Bernardo" (1934)
"Angústia" (1936)
"Memórias do Cárcere" (1953)
"Vidas Secas" (1938)
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Para Graciliano Ramos, Angústia não faz aceitação ao gosto do público na medida em que compõe uma atmosfera
dramática, ao representar as tensões de seu tempo.
satírica, ao reduzir os eventos ao plano do riso.
grotesca, ao eliminar a expressão individual.
Ingênua, ao simular o equilíbrio entre sujeito e mundo.
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A leitura de romances como Vidas Secas, São Bernardo ou Angústia permite afirmar sobre Graciliano Ramos que:
sua obra, preocupada em fixar os costumes e falas locais do meio rural e da cidade, é um registro fiel da realidade nordestina, quase um documento transfigurado em ficção.
tanto o enfoque trágico do destino do homem ligado às raízes regionais quanto a análise dos conflitos existenciais do homem urbano conferem uma dimensão universal à sua obra.
sua grande capacidade fabuladora e o tom lírico de sua linguagem servem a uma obra dominada pelo impulso, em que se mesclam romantismo e realismo, poesia e documento.
sua obra transcende as limitações do regional ao evoluir para uma perspectiva universal, ao mesmo tempo que sua expressão parte para o experimentalismo e para as invenções vocabulares inovadoras.
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Aponte a alternativa em que se encontra uma característica modernista presente no livro Angústia, de Graciliano Ramos.
Clara aversão a comportamentos ditados pelo modismo estrangeiro.
Violações gramaticais sistemáticas, como forma de desprezo pela língua padrão.
Atitude crítica em relação a certos valores sociais, como o provincianismo e a falta de cultura.
Ênfase a aspectos regionais e a tradições populares.
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Onde nasceu Graciliano Ramos?
Feira de Santana (BA)
Quebrângulo (AL)
Guaribas (PE)
Penápolis (SP)
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Qual é o tema central de "Angústia"?
Luís Silva e Julião Tavares são traídos por uma mulher
Luís Silva e Julião Tavares são presos pelo regime militar
Luís Silva e Julião Tavares disputam a mesma mulher
Luís Silva e Julião Tavares descobrem que são irmãos
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Qual a profissão de Luís Silva, protagonista de "Angústia"?
funcionário público
comerciante
médico
presidente da República
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(UFN) Segundo Sergius Gonzaga, Angústia, de Graciliano Ramos, “é um dos romances mais amargos da literatura brasileira”. (Fonte: GONZAGA, Sergius. Manual de Literatura Brasileira. 8.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991).
Apesar da miséria econômica, o personagem central não corrompe seus ideais e sua integridade.
Pode-se dizer que Angústia, de Graciliano Ramos, é a obra inaugural do chamado Romance de 30 no Brasil.
A compaixão da noiva pelo personagem principal, Luís da Silva, é um alento em meio à trama amarga e triste.
Em um cenário cheio de agonia, a incapacidade de equilíbrio de Luís da Silva reside principalmente sobre a miséria econômica.
Luís da Silva, personagem central, narra suas frustrações, mas, apesar disso, mantém um clima bem-humorado.
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Aponte o item que melhor conceitua a obra Angústia, de Graciliano Ramos. Essa obra complementa Memórias do Cárcere, do mesmo autor, relativamente às suas memórias, mas sem o seu envolvimento político.
Narrativa ficcional de forte tendência psicológica, seguindo o fluxo do pensamento do narrador em 1ª pessoa.
A exemplo das narrativas de Jorge Amado e Érico Veríssimo, em Angústia, Graciliano Ramos privilegia a ação, de forma a registrar o universo das tradições nordestinas.
Em Angústia, o autor movimenta as personagens em ações que lhe permitem registrar as relações exteriores entre pessoas de diferentes crenças e origens, como num painel ou palco teatral.
Os contos reunidos no volume Angústia, de interação psicológica, assemelham-se aos de Insônia, do mesmo autor, e a algumas coletâneas de Clarice Lispector. 36 Graciliano Ramos
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(UFAM PSC) Texto: Quando eu ainda não sabia nadar, meu pai me levava para ali, segurava-me um braço e atirava-me num lugar fundo. Puxava-me para cima e deixava-me respirar um instante. Em seguida repetia a tortura. Com o correr do tempo aprendi natação com os bichos e livrei-me disso. Mais tarde, na escola de mestre Antônio Justino, li a história de um pintor e de um cachorro que morria afogado. Pois para mim era no poço da Pedra que se dava o desastre. Sempre imaginei o pintor com a cara de Camilo Pereira da Silva, e o cachorro parecia-se comigo. Se eu pudesse fazer o mesmo com Marina, afogá-la devagar, trazendo-a para a superfície quando ela estivesse perdendo o fôlego, prolongar o suplício um dia inteiro... Debaixo da chuva, a mangueira do quintal está toda branca. O papagaio na cozinha bate as asas, sacudindo os salpicos que vêm da biqueira. Afago o pelo macio do meu gato mourisco, que dorme enroscado numa cadeira. As ideias ruins desaparecem. Marina desaparece. Ponho-me a vagabundear em pensamento pela vila distante, entro na igreja, escuto os sermões e os desaforos que padre Inácio pregava aos matutos: – “Arreda, povo, raça de cachorro com porco.” Sento-me no paredão do açude, ouço a cantilena dos sapos. Vejo a figura sinistra de seu Evaristo enforcado e os homens que iam para a cadeia amarrados de cordas. Lembro-me de um fato, de outro fato anterior ou posterior ao primeiro, mas os dois vêm juntos. E os tipos que evoco não têm relevo. Tudo empastado, confuso. Em seguida os dois acontecimentos se distanciam e entre eles nascem outros acontecimentos que vão crescendo até me darem sofrível noção de realidade. As feições das pessoas ganham nitidez. De toda aquela vida havia no meu espírito vagos indícios. Saíram do entorpecimento recordações que a imaginação completou. A escola era triste. Mas, durante as lições, em pé, de braços cruzados, escutando as emboanças de mestre Antônio Justino, eu via, no outro lado da rua, uma casa que tinha sempre a porta escancarada mostrando a sala, o corredor e o quintal cheio de roseiras. Moravam ali três mulheres velhas que pareciam formigas. A partir da leitura do texto anterior, retirado do livro Angústia, de Graciliano Ramos, pode-se afirmar: I. O primeiro parágrafo traz o transtorno emocional do narrador em sua relação com o pai. A brincadeira no poço não o ensinara a nadar, antes, era uma tortura. O narrador explica que aprendeu a nadar com os bichos. II. O narrador é um homem atormentado, de ideias agressivas, até mesmo homicidas, como se vê no segundo parágrafo, o que se justifica pelo tratamento recebido na infância. III. Ao observar e acarinhar seus bichos de estimação “as ideias ruins desaparecem. Marina desaparece”. Esse trecho comprova que Marina é a causa primeira de tudo o que atormenta Luís da Silva. IV. Apesar da relação difícil com o pai, as memórias da infância do narrador são afáveis: a vida farta na fazenda, os belos sermões do padre Inácio e as lições inesquecíveis do mestre Antônio Justino. V. A metáfora produzida com animais demonstra a inferioridade com que Luís percebe a si e aos outros.
Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.
Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas.
Somente as afirmativas I, II e V estão corretas.
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(UFAM PSC) Assinale a afirmativa INCORRETA sobre o enredo de Angústia:
O narrador é um homem atormentado pelas lembranças do tratamento rude recebido na infância, pelas figuras do avô e do cangaceiro José Bahia, migra para a cidade, passa também ali por misérias e humilhações, mas termina conseguindo um emprego como jornalista.
Luís da Silva, o narrador de Angústia, ao fim da vida, busca na memória os eventos que possam esclarecer as causas da sua infelicidade, do noivado com sua vizinha, Marina, até a morte de Julião, em uma narrativa linear do passado para o presente.
A história do romance é contada por seu protagonista, Luís da Silva, último filho de uma família rural decadente.
O narrador é um homem atormentado que tem as visões do seu passado recobradas na memória. Angústia é, portanto, a história contada após o abalo nervoso que o assassinato lhe provocara.
O narrador é um homem culto, funcionário público e jornalista, de vida urbana, mas de origem rural, de modo que o romance é narrado com brutalidade da linguagem e, em alguns momentos, em linguagem erótica.
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Assinale a afirmativa que mais acertadamente esclarece sobre a razão do homicídio cometido por Luís.
Luís mata por ciúme, para impor-se, para existir como homem, portanto para não ser reduzido à completa insignificância, embora reconheça depois que sua vida não mudou, permanece na mesma inutilidade (“monótona, agarrada à banca das nove horas ao meio dia, e das duas às cinco”).
Luís precisava continuar vivendo, e sua vida só seria possível sem a existência de Julião Tavares. Foi preciso matar com as próprias mãos para concluir que suas mãos de velho eram, na verdade, fortes e úteis.
Luís teve todos os motivos para matar Julião Tavares, desferindo-lhe uma facada no peito. Foi este o golpe suficiente para restituir a tranquilidade que tanto buscava.
Luís da Silva matou pelo clichê do homem ofendido que mata por ciúme, para só assim ver restabelecida sua paixão por Marina e retomar a vida a dois com o enxoval já comprado, da paixão interrompida pelo rude Julião no seu momento de maior fervor.
Matar Marina foi a única forma de Luís se ver livre da convivência com a memória da traição que lhe atormentava.