1
Sobre a arte no Egito Antigo, assinale o que for correto. (01) A religião ocupou um papel de grande relevância na sociedade egípcia e influenciou profundamente sua produção artística. (02) Os egípcios possuíam objetos de arte que sempre lembravam seus feitos e suas atividades diárias, pois, para eles, a vida terrena era mais importante que a vida após a morte. (04) Os primeiros faraós foram enterrados em tumbas que eram réplicas de suas casas, e as pessoas comuns eram enterradas em construções retangulares simples, que, posteriormente, originaram as pirâmides. (08) Para a elaboração de suas obras, os artistas não seguiam padrões e regras, pois imperava a liberdade para desenvolver a criatividade e a imaginação pessoais, bem comum estilo próprio. (16) Na pintura e nos baixos-relevos, a arte não deveria reproduzir a realidade, mas ter um aspecto de ilusão, induzindo a percepção do espectador. A alternativa correta é:
1+4+16=21
4+8+16=28
4+8=12
1+2+16=19
2+4+8=16
2
A obra Les desmoiselles d’Avignon, do pintor espanhol Pablo Picasso, é um dos marcos iniciais do movimento cubista. Essa obra filia-se também ao Primitivismo, uma vez que sua composição recorre à manifestação cultural de um determinado grupo étnico, que se caracteriza por:
produção de máscaras ritualísticas africanas.
danças ciganas do sul da Espanha.
rituais de fertilidade das comunidades celtas.
festas profanas dos povos mediterrâneos.
culto à nudez de populações aborígenes.
3
Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como "bolsas de mandinga". A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos. CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado). A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a):
estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
expressão do valor das festividades da população pobre.
instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
4
A harpa congolesa representada na fotografia é um instrumento musical que faz parte de tradições africanas. Sua classificação acústica tem correspondência com o:
atabaque, levando em conta a pele esticada que cobre o corpo do instrumento.
berimbau, já que ambos produzem som por meio de corda vibrante.
reco-reco, considerando-se a madeira como elemento de base para sua construção.
xilofone, em função de ser encontrado em diversas culturas de miscigenação africana.
agogô, uma vez que a matriz africana é comum aos dois instrumentos.
5
A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente em veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais próximo da realidade das representações rupestres, afirmam que seus antepassados lhes explicaram sua visão do mundo a partir desse gigantesco livro de imagens que são as galerias. A educação dos povos que desconhecem a escrita está baseada sobretudo na imagem e no som, no audiovisual. KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org,). História geral da África, I: metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010. De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para os povos que a cultivam por colaborar para o(a):
transmissão dos saberes acumulados.
surgimento dos laços familiares.
ruptura da disciplina hierárquica.
rejeição de práticas exógenas.
expansão da propriedade individual.
6
Jaider Esbell (1980-2021), artista, intelectual e ativista indígena, foi curador da exposição "Moquém_Surarí: arte indígena contemporânea", parte da 34ª Bienal de São Paulo, em 2021. Leia um trecho de entrevista com esse artista: "As nossas histórias e nossos pensamentos sempre foram interpretados, introduzidos e moldados por antropólogos, por padres, por políticos, enquanto a gente nunca conseguiu imprimir um pensamento autoral, que nos coloque devidamente em um lugar de pessoas que têm mundos próprios, cosmologias próprias. E aí temos que fazer paralelos a todos os momentos com a cultura que quer ser dominante para falar de nós mesmos. Nós indígenas dizemos que o folclore brasileiro não existe, é uma invenção, é uma apropriação das nossas cosmologias e entidades. Uma apropriação." "O que são 70 anos diante de 521, meu querido?", entrevista de Artur Tavares com Jalder Esbell. Elástica, 3 out. 2021. Na visão de Jaider Esbell,
as artes cerâmicas e plásticas produzidas por artistas indígenas, assim como suas referências culturais, foram ignoradas pelo eurocentrismo que marcou o modernismo brasileiro do começo do século XX.
é fundamental que os artistas e lideranças indígenas participem da formulação do folclore brasileiro para que suas culturas se tornem conhecidas e sejam fixadas em museus e espaços culturais em geral.
os indígenas contam a sua própria história por meio do folclore brasileiro, o que foi apagado por antropólogos, padres e políticos ao longo de 500 anos de contato entre brancos e povos nativos do Brasil.
quando sujeitos indígenas assumem protagonismo nos espaços de produção cultural, suas visões de mundo ganham visibilidade e permitem a superação do folclore que simplifica as suas culturas.
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Sobre a profissão dos griôs, assinale verdadeiro ou falso. ( ) É uma casta social que tem como função manter vivas as ancestralidades e as tradições, por meio de histórias orais que se apresentam em forma de poemas, músicas, crônicas, histórias mitológicas etc. ( ) Os griôs são responsáveis por falar sobre temas como tradição, conhecimentos antigos, histórias do passado, entretanto não falam sobre política nem comentários satíricos. ( ) Épico de Sundiata, poema declamado pelos griôs, trata da criação do mundo pelo orixá Sundiata Keita. ( ) Os griôs utilizam instrumentos como a harpa africana e o balofone ou kora para acompanhar seus cantos.
V, F, F, V
V, V, V, V
F, V, V, F
V, F, V, F
8
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é importante promover e proteger monumentos, sítios históricos e paisagens culturais. Mas não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore, os saberes, as línguas, as festas e diversos outros aspectos e manifestações devem ser levados em consideração. Os afro-brasileiros contribuíram e ainda contribuem fortemente na formação do patrimônio imaterial do Brasil, que concentra o segundo contingente de população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria. (MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações como patrimônio imaterial. Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 29 set. 2015.) Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais enfatizam a importância das representações culturais para a:
construção da identidade nacional.
reprodução do saber tradicional.
reprodução do trabalho coletivo.
elaboração do sentimento religioso.
dicotomia do conhecimento prático.