Descartes - Verificação de leitura
Olá! Neste quiz você deverá interpretar um fragmento dos textos de René Descartes. Atente-se a leitura e responda a cada questão. Boa sorte e boa evolução! 📖🔎
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O texto abaixo está contido em Meditações Primeiras, de Descartes. Leia-o e assinale como verdadeiras ou falsas as alternativas abaixo, de acordo com o texto e seus conhecimentos do autor. Entretanto, é preciso por certo confessar que as coisas vistas no sono são como certas imagens pintadas e não puderam ser essa ficção, a não ser pela similitude das coisas verdadeiras. De sorte que, pelo menos essas coisas gerais — olhos, cabeça, mãos e o corpo todo — não são coisas imaginárias, mas, existem deveras. Pois, na verdade, os próprios pintores, quando se esforçam por figurar sereias e sátiros com formas as mais inusitadas e da maneira mais artificiosa**, não lhes podem atribuir naturezas que sejam novas em todas as suas partes e misturam somente membros de animais diversos. Ou, se sua imaginação é assaz extravagante para inventar talvez algo a tal ponto novo que nada do que antes se viu se lhe assemelhe de todo e seja, assim, completamente fictício e falso, decerto que ao menos as cores de que se compõe devem ser, porém, verdadeiras. Por igual razão, embora essas coisas gerais — olhos, cabeça, mãos e semelhantes — possam ser elas também imaginárias, é preciso confessar, todavia, que são pelo menos necessariamente verdadeiras e existentes algumas outras coisas, ainda mais simples e universais, a partir das quais são figuradas, como a partir de cores verdadeiras, todas as imagens de coisas que estão em nosso pensamento, quer verdadeiras, quer falsas. Desse gênero parecem ser a natureza corporal comum e sua extensão, bem como a figura das coisas extensas; a quantidade ou grandeza delas e seu número; o lugar onde existem e o tempo pelo qual duram e que mede sua duração, e coisas semelhantes. Razão pela qual, partindo disso, não seria talvez incorreto concluir que a Física, a Astronomia, a Medicina e todas as outras disciplinas que dependem da consideração das coisas compostas são, na verdade, duvidosas, ao passo que a Aritmética, a Geometria e outras desse modo — que não tratam senão de coisas muito simples e muito gerais, pouco se preocupando com que estejam ou não na natureza das coisas — contêm algo certo e fora de dúvida. Pois, esteja eu acordado ou dormindo, dois e três juntos são cinco e o quadrado não tem mais que quatro lados. E não parece possível que verdades tão manifestas incorram na suspeita de falsidade ou de incerteza. Entretanto, fixa em minha mente, tenho uma certa velha opinião de que há um Deus, que pode todas as coisas e pelo qual fui criado tal qual existo. Mas, de onde sei que ele não tenha feito que não haja de todo terra alguma, céu algum, coisa extensa alguma, figura alguma, grandeza alguma, lugar algum e que não obstante eu sinta todas essas coisas e que, no entanto, todas elas não me pareçam existir diferentemente de como me aparecem agora? Questão 1-) As categorias de tempo e quantidade, mencionadas no texto, são mais próximas do que é problematizado pela dúvida metafísica do que pela dúvida natural.
Falso
Verdadeiro
2
Questão 2-) No trecho, Descartes considera falsas quaisquer ideias, por compartilharem o mesmo grau de verdade em relação à dúvida metafísica.
Falso
Verdadeiro
3
O trecho se refere, no seu último parágrafo, à dúvida natural.
Verdadeiro
Falso
4
Há afinidade entre a crítica da geometria e a dúvida natural.
Verdadeiro
Falso
5
A afirmação “penso, logo, existo” demonstra a existência por meio do ato da reflexão, o que Descartes considera uma verdade autoevidente.
Verdadeiro
Falso