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PALAVRAS Palavras informam, libertam, destroem preconceitos. TÊM PODER Palavras desinformam, aprisionam e criam preconceitos. Liberdade de expressão. A escolha é sua. A responsabilidade, também. A liberdade de expressão é uma conquista inquestionável. O que todos precisam saber é que liberdade traz responsabilidades. Publicar informações e mensagens sensacionalistas, explorar imagens mórbidas, desrespeitar os Direitos Humanos e estimular o preconceito e a violência são atos de desrespeito à lei. Para promover a liberdade de expressão com responsabilidade, o Ministério Público de Pernambuco se une a vários parceiros nesta ação educativa. Colabore. Caso veja alguma mensagem que desrespeite os seus direitos, denuncie. 0800 281 9455 - Ministério Público de Pernambuco Disponível em: http://palavrastempoder.org. Acesso em: 20 abr. 2015. Questão 1 Pela análise do conteúdo, constata-se que essa campanha publicitária tem como função social
conscientizar a população que direitos
implicam deveres.
E instruir as pessoas sobre a forma correta de
expressão nas redes so
divulgar políticas sociais que combatem a intolerância
e o preconceito.
coibir violações de direitos humanos nos meios
de comunicação.
propagar a imagem positiva do Ministério Público.
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Um amor desse Era 24 horas lado a lado Um radar na pele, aquele sentimento alucinado Coração batia acelerado Bastava um olhar pra eu entender Que era hora de me entregar pra você Palavras não faziam falta mais Ah, só de lembrar do seu perfume Que arrepio, que calafrio Que o meu corpo sente Nem que eu queira, eu te apago da minha mente Ah, esse amor Deixou marcas no meu corpo Ah, esse amor Só de pensar, eu grito, eu quase morro AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento). Questão 2 Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a:
exploração de situação de duplo sentido, que mostra
que atos de dominação e violência não configuram o amor.
divulgação da importância de denunciar a violência
doméstica, que atinge um grande número de
mulheres no país.
naturalização de situações opressivas, que fazem
parte da vida de mulheres que vivem em uma
sociedade patriarcal.
ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da
mulher agredida, que continuamente pede socorro.
revelação da submissão da mulher à situação de
violência, que muitas vezes a leva à morte.
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Meu caro Sherlock Holmes, algo horrível aconteceu às três da manhã no Jardim Lauriston. Nosso homem que estava na vigia viu uma luz às duas da manhã saindo de uma casa vazia. Quando se aproximou, encontrou a porta aberta e, na sala da frente, o corpo de um cavalheiro bem vestido. Os cartões que estavam em seu bolso tinham o nome de Enoch J. Drebber, Cleveland, Ohio, EUA. Não houve assalto e nosso homem não conseguiu encontrar algo que indicasse como ele morreu. Não havia marcas de sangue, nem feridas nele. Não sabemos como ele entrou na casa vazia. Na verdade, todo assunto é um quebra-cabeça sem fim. Se puder vir até a casa seria ótimo, se não, eu lhe conto os detalhes e gostaria muito de saber sua opinião. Atenciosamente, Tobias Gregson. DOYLE, A. C. Um estudo em vermelho. Cotia: Pé de Letra, 2017 Questão 3 Considerando o objetivo da carta de Tobias Gregson, a sequência de enunciados negativos presente nesse texto tem a função de:
refutar possíveis causas da morte do cavalheiro,
auxiliando na investigação.
restringir a investigação, deixando-a sob a
responsabilidade do autor da carta.
apresentar o vigia, incluindo-o entre os suspeitos do
assassinato.
identificar o local da cena do crime, localizando-o no
Jardim Lauriston
introduzir o destinatário da carta, caracterizando sua
personalidade.
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Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar? No caso do esporte, a mediação efetuada pela câmera de TV construiu uma nova modalidade de consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual relativamente autônoma face à prática “real” do esporte, construída pela codificação e mediação dos eventos esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das imagens e comentários, interpretando para o espectador o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço máximo, busca da vitória, dinheiro... O preço que se paga por sua espetacularização é a fragmentação do fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade não são vivências privilegiadas no enfoque das mídias, mas as eventuais manifestações de violência, em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e reexibidas em todo o mundo. BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado). Questão 4 A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte telespetáculo, está fundamentada na:
utilização de equipamentos audiovisuais de última
geração.
valorização de uma visão ampliada do esporte
equiparação entre a forma e o conteúdo.
interpretação dos espectadores sobre o conteúdo
transmitido.
A distorção da experiência do ser-atleta para os
espectadores.
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A viagem Que coisas devo levar nesta viagem em que partes? As cartas de navegação só servem a quem fica. Com que mapas desvendar um continente que falta? Estrangeira do teu corpo tão comum quantas línguas aprender para calar-me? Também quem fica procura um oriente. Também a quem fica cabe uma paisagem nova e a travessia insone do desconhecido e a alegria difícil da descoberta. O que levas do que fica, o que, do que levas, retiro? MARQUES, A. M. In: SANT’ANNA, A. (Org.). Rua Aribau. Porto Alegre: Tag, 2018. Questão 5 A viagem e a ausência remetem a um repertório poético tradicional. No poema, a voz lírica dialoga com essa tradição, repercutindo a:
revelação de rumos projetada pela vivência
da solidão.
persistência da memória na valorização do passado.
negação do desejopresença da fragmentação da identidade.
saudade como experiência de apatia.
presença da fragmentação da identidade.
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O que é software livre Software livre é qualquer programa de computador construído de forma colaborativa, via internet, por uma comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São centenas de milhares de hackers, que negam sua associação com os “violadores de segurança”. Esses desenvolvedores de software se recusam a reconhecer o significado pejorativo do termo e continuam usando a palavra hacker para indicar “alguém que ama programar e que gosta de ser hábil e engenhoso”. Além disso, esses programas são entregues à comunidade com o código fonte aberto e disponível, permitindo que a ideia original possa ser aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade. Nos programas convencionais, o código de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu, sendo quase impossível decifrar a programação. O que está em jogo é o controle da inovação tecnológica. Software livre é uma questão de liberdade de expressão e não apenas uma relação econômica. Hoje existem milhares de programas alternativos construídos dessa forma e uma comunidade de usuários com milhões de membros no mundo. BRANCO, M. Software livre e desenvolvimento social e económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org). A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005 (adaptado) Questão 6 A criação de softwares livres contribui para a produção do conhecimento na sociedade porque:
insere profissionalmente os hackers na área de inovação tecnológica.
qualifica um maior número de pessoas para o uso de tecnologias.
possibilita a coleta de dados confidenciais para seus desenvolvedores.
complexifica os sistemas operacionais disponíveis no mercado.
democratiza o acesso a produtos construídos coletivamente.
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Expostos na web desde a gravidez Mais da metade das mães e um terço dos pais ouvidos em uma pesquisa sobre compartilhamento paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de primeira viagem, frutos da geração Y (que nasceu junto com a internet) e usam esses canais para saberem que não estão sozinhos na empreitada de educar uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as pessoas estão compartilhando essas experiências. É a chamada exposição parental exagerada, alertam os pesquisadores. De acordo com os especialistas no assunto, se você compartilha uma foto ou vídeo do seu filho pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho, quando a criança tiver seus 11, 12 anos, pode se sentir constrangida. A autoconsciência vem com a idade. A exibição da privacidade dos filhos começa a assumir uma característica de linha do tempo e eles não participaram da aprovação ou recusa quanto à veiculação desses conteúdos. Assim, quando a criança cresce, sua privacidade pode já estar violada. OTONI, A. C. O Globo, 31 mar. 2015 (adaptado) Questão 7 Sobre o compartilhamento parental excessivo em mídias sociais, o texto destaca como impacto o(a):
desrespeito à intimidade das crianças cujas imagens
têm sido divulgadas nas redes sociais.
fortalecimento das redes de relações decorrente da
troca de experiências entre as famílias.
distanciamento na relação entre pais e filhos
provocado pelo uso das redes sociais
desatenção dos pais em relação ao comportamento dos filhos na internet.
interferência das novas tecnologias na comunicação
entre pais e filhos.
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Menina A máquina de costura avançava decidida sobre o pano. Que bonita que a mãe era, com os alfinetes na boca. Gostava de olhá-la calada, estudando seus gestos, enquanto recortava retalhos de pano com a tesoura. Interrompia às vezes seu trabalho, era quando a mãe precisava da tesoura. Admirava o jeito decidido da mãe ao cortar pano, não hesitava nunca, nem errava. A mãe sabia tanto! Tita chamava-a de ( ) como quem diz ( ). Tentava não pensar as palavras, mas sabia que na mesma hora da tentativa tinha-as pensado. Oh, tudo era tão difícil. A mãe saberia o que ela queria perguntar-lhe intensamente agora quase com fome depressa depressa antes de morrer, tanto que não se conteve e — Mamãe, o que é desquitada? — atirou rápida com uma voz sem timbre. Tudo ficou suspenso, se alguém gritasse o mundo acabava ou Deus aparecia — sentia Ana Lúcia. Era muito forte aquele instante, forte demais para uma menina, a mãe parada com a tesoura no ar, tudo sem solução podendo desabar a qualquer pensamento, a máquina avançando desgovernada sobre o vestido de seda brilhante espalhando luz luz luz. ÂNGELO, I. Menina. In: A face horrível. São Paulo: Lazuli, 2017. Questão 8 Escrita na década de 1960, a narrativa põe em evidência uma dramaticidade centrada na
expressão de dúvidas existenciais intensificadas
pela percepção do abandono.
associação entre a angústia da menina e a reação
intempestiva da mãe.
relação conflituosa entre o trabalho doméstico e a
emancipação feminina.
representação de estigmas sociais modulados pela
perspectiva da criança.
insinuação da lacuna familiar gerada pela ausência
da figura paterna.
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Uma ouriça Se o de longe esboça lhe chegar perto, se fecha (convexo integral de esfera), se eriça (bélica e multiespinhenta): e, esfera e espinho, se ouriça à espera. Mas não passiva (como ouriço na loca); nem só defensiva (como se eriça o gato); sim agressiva (como jamais o ouriço), do agressivo capaz de bote, de salto (não do salto para trás, como o gato): daquele capaz de salto para o assalto. Se o de longe lhe chega em (de longe), de esfera aos espinhos, ela se desouriça. Reconverte: o metal hermético e armado na carne de antes (côncava e propícia), e as molas felinas (para o assalto), nas molas em espiral (para o abraço). MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 Questão 9 Com apuro formal, o poema tece um conjunto semântico que metaforiza a atitude feminina de:
irreverência cultivada de forma cautelosa.
inércia provocada pelo desejo platônico
obstinação traduzida em isolamento.
desconfiança consumada pela intolerância.
enacidade transformada em brandura.
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TEXTO I Estratos Na passagem de uma língua para outra, algo sempre permanece, mesmo que não haja ninguém para se lembrar desse algo. Pois um idioma retém em si mais memórias que os seus falantes e, como uma chapa mineral marcada por camadas de uma história mais antiga do que aquela dos seres viventes, inevitavelmente carrega em si a impressão das eras pelas quais passou. Se as “línguas são arquivos da história”, elas carecem de livros de registro e catálogos. Aquilo que contêm pode apenas ser consultado em parte, fornecendo ao pesquisador menos os elementos de uma biografia do que um estudo geológico de uma sedimentação realizada em um período sem começo ou sem fim definido. HELLER-ROAZEN, D. Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas. Campinas: Unicamp, 2010. TEXTO II Na reflexão gramatical dos séculos XVI e XVII, a influência árabe aparece pontualmente, e se reveste sobretudo de item bélico fundamental na atribuição de rudeza aos idiomas português e castelhano por seus respectivos detratores. Parecer com o árabe, assim, é uma acusação de dessemelhança com o latim. SOUZA, M. P. Linguística histórica. Campinas: Unicamp, 2006. Questão 10 Relacionando-se as ideias dos textos a respeito da história e memória das línguas, quanto à formação da língua portuguesa, constata-se que:
o português é o resultado da influência de outras
línguas no passado e carrega marcas delas em suas múltiplas camadas.
o árabe e o latim estão na formação escolar e na
memória dos falantes brasileiros.
a influência de outras línguas no português ocorreu
de maneira uniforme ao longo da história.
o estudioso da língua pode identificar com precisão
os elementos deixados por outras línguas na
transformação da língua portuguesa.
a presença de elementos de outras línguas no
português foi historicamente avaliada como um
índice de riqueza.
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Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um contexto didático-pedagógico. Questão 10 A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à:
realização de atividades físicas regulares.
constituição de hábitos saudáveis.
opção por dietas balanceadas.
evasão de ambientes estressores.
adesão a programas de lazer
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Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado). Questão 11 O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre:
nulidade e preservabilidade da liberdade.
verificabilidade e possibilidade da verdade.
ilegalidade e legitimidade do governante
objetividade e subjetividade do conhecimento.
idealidade e efetividade da moral.
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A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo de Estado no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição Federal de 1988. RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate, n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado). Questão 12 Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:
Universalismo e igualitarismo.
Nacionalismo e individualismo.
Paternalismo e filantropia.
Liberalismo e meritocracia.
Revolucionarismo e coparticipação.
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Essa lua enlutada, esse desassossego A convulsão de dentro, ilharga Dentro da solidão, corpo morrendo Tudo isso te devo. E eram tão vastas As coisas planejadas, navios, Muralhas de marfim, palavras largas Consentimento sempre. E seria dezembro. Um cavalo de jade sob as águas Dupla transparência, fio suspenso Todas essas coisas na ponta dos teus dedos E tudo se desfez no pórtico do tempo Em lívido silêncio. Umas manhãs de vidro Vento, a alma esvaziada, um sol que não vejo Também isso te devo. HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. Questão 13 No poema, o eu lírico faz um inventário de estados passados espelhados no presente. Nesse processo,aflora o:
desejo reprimido convertido em delírio.
amadurecimento revestido de ironia e desapego.
cuidado em apagar da memória os restos do amor.
arrependimento dos erros cometidos.
mosaico de alegrias formado seletivamente.
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Inverno! inverno! inverno! Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida. Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem. POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013. Questão 14 Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a:
dramaticidade como elemento expressivo.
plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
valorização da imagem com efeito persuasivo.
subjetividade em oposição à verossimilhança.
imprecisão no sentido dos vocábulos.
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Blues da piedade Vamos pedir piedade Senhor, piedade Pra essa gente careta e covarde Vamos pedir piedade Senhor, piedade Lhes dê grandeza e um pouco de coragem CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento). Questão 15 Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente,pela utilização da sequência textual:
expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.
narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada
de atitude.
descritiva, por enumerar características de
um personagem
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HELOÍSA: Faz versos? PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos... Sonetos... Reclames. HELOÍSA: Futuristas? PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista. ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. Questão 17 O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura:
conservadora, ao optar por modelos consagrados.
preconceituosa, ao evitar formas poéticas
simplificadas.
preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.