Gênero textual: Crônica.

Gênero textual: Crônica.

Título: Nicot, Poubelle e Gary. Autor: Otto Lara Resende. Ano: 30 de março de 1992.

1

"Que é que é o espelho da sociedade? Pode ser o romance, no rastro da definição de Stendhal. Para ele, o romance é um espelho que passeia por aí. Se você tentou responder, duvido que tenha acertado. O espelho da sociedade é o lixo. Sim, senhor. Se não sabe disso, então não sabe o que é lixo. Cuidado para na sua casa não confundir a lata com o prato."

Para o cronista o espelho da sociedade é o lixo.
Para o cronista o espelho da sociedade é o espelho.
Para o cronista o espelho da sociedade é a lata.
2

No trecho: "Sim, senhor. Se não sabe disso, então não sabe o que é lixo. Cuidado para na sua casa não confundir a lata com o prato." Os termos que indicam dialogo com o leitor são

Senhor, sabe, sua, confundir,
Se, cuidado, casa.
Espelho, lixo, sociedade.
3

Neste trecho: "Cuidado para na sua casa não confundir a lata com o prato." O cronista está sendo

Cauteloso
Irônico
Solidário
4

"Vamos começar pelo princípio. Ou seja: o conceito de lixo. Se você pensa que se trata de um conceito estático, que não acompanha a história da civilização, está muito enganado. No sentido amplo, lixo é uma coisa. No sentido restrito, é outra coisa. Quem entende de lixo começa por saber a trajetória que vem percorrendo ao longo dos séculos. Quando se chega ao lixo de hoje, aí se conclui que o lixo não mente."

Para o cronista, o lixo é algo bastante antigo.
Para o cronista, o lixo é algo grande.
Para o cronista o lixo é apenas lixo.
5

"Nunca mente. Veraz, o lixo só fala a verdade. E há um lixo que não é lixo. Parece, os ignaros pensam que é, mas não é. Um exemplo: sucata pode ser arte. Um traste velho de repente pode ser um maravilhoso objeto de decoração interior. Fique sabendo que não convém deitar fora o que não lhe serve mais. Não serve para você, que é um filho ingrato. Mas pode servir para outra pessoa e até fazê-la feliz. Lixo, portanto, ou o que parece lixo e não é, se dá, se troca, se vende e se revende. Ou se empresta."

Nesse trecho, o lixo pode se tornar arte pelas mãos de outras pessoas.
Nesse trecho, o lixo é arte porque lixo não é lixo.
Nesse trecho, sucata, que é lixo orgânico, é arte.
6

"Garanto que você não sabe o que é lixo inteligente. Há de ver que nem sabia que o lixo pode ser inteligente. Por isso é que vive poluindo o ambiente, que nem um burro. Não sabe que o lixo se recicla. Papel, vidro, plástico e metal, tudo pode ser reaproveitado."

Para o cronista, o lixo é inteligente porque é reaproveitado pela reciclagem.
Para o cronista, o lixo é inteligente porque vive poluindo como um burro.
Para o cronista, o lixo é inteligente porque vira arte.
7

"Sabe o que é biogás? Sabe vagamente. Como sabe o que é gari, o simpático trabalhador que limpa a rua que nós sujamos. Gary, com “y”, era o nome de um francês que veio ao Rio para criar aqui o serviço que hoje faz a Comlurb. Sabia?" A pergunta "Sabe o que é biogás?" marca numa crônica

um teste de conhecimento sobre ecologia.
uma dúvida do cronista.
diálogo com o leitor.
8

"Como sabe o que é gari, o simpático trabalhador que limpa a rua que nós sujamos. Gary, com “y”, era o nome de um francês que veio ao Rio para criar aqui o serviço que hoje faz a Comlurb. Sabia?" Ao falar da origem do "Gary", o cronista demonstra ao leitor

que o lixo é produto das grandes cidades há tempos, como no Rio.
que o lixo é de origem francesa.
que o lixo possui histórias desconhecidas.
9

"Há de ver que você ainda é dos que fumam — arre! — e não sabe que nicotina é uma palavra que deriva de outro francês, Nicot. Um fino diplomata. Mas foi ele quem no século 16 levou o tabaco para a França. Uma sujeira. “Poubelle”, sabe o que é? Os dois vagabundos de Samuel Beckett que esperam Godot estão cada um na sua poubelle. Sim, numa lata de lixo. Mas Poubelle também é nome próprio. De um francês imaginoso que inventou a lixeira."

Para o cronista, Samuel e Godot são vagabundos.
Para o cronista, foi Poubelle que levou a cigarros à França no século XVI.
Para o cronista, tanto a nicotina dos cigarros quanto a lixeira são referências a pessoas.
10

A crônica acaba assim: "De um francês imaginoso que inventou a lixeira. Isso e muito mais você aprenderá na Eco-92, se for ver no Paço Imperial a exposição “O lixo passado a limpo”, cujo projeto acabei de ler." O trecho "a exposição “O lixo passado a limpo”, cujo projeto acabei de ler." demonstra um exemplo de

Referência
Citação
Intertextualidade
11

O título da crônica "Nicot, Poubelle e Gary" faz referências a

Pessoas francesas que vieram ao Rio de Janeiro.
Pessoas ligadas à história do lixo.
Pessoas que ensinaram ao cronista sobre arte e lixo.
12

O fato do dia a dia que essa crônica tem como tema é

o nosso lixo de cada dia.
a Eco-92.
a arte que vem do lixo.
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