Historia geral 6 ano (para revisão da matéria)
Civilizações Egípcia e Mesopotâmica Grécia e Roma Antigas Idade Média Feudalismo
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1. (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de:
ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais.
possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates
apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento socioeconômico.
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2. (UERN) O primeiro meio pelo qual o ser humano registrou sua própria existência foi a pedra – as pinturas rupestres mais antigas, encontradas em cavernas da Espanha, datam de cerca de quarenta mil anos atrás. Quando a escrita foi encontrada na Mesopotâmia, em 4.000 a.C., foi preciso um suporte que a tornasse portátil. A solução foram as tabuletas de argila, pranchas do tamanho de uma folha de papel, gravadas com argila ainda úmida, usando uma ponta afiada de madeira. Se as tabuletas se destinavam a uso definitivo, eram cozidas em fornos, como vasos de cerâmica – se não, eram apagadas. Um estilo de escrita desenvolvido foi chamado cuneiforme. (Revista Aventuras na História. Edição 114. Janeiro de 2013. p. 14.) A partir dessas formas de registro, outras foram surgindo e a escrita tornou-se um meio para a transmissão de tradições, transformando-se num veículo de expressão e organização social. Com base na relação entre o surgimento da escrita e a aceleração do desenvolvimento das civilizações, é correto afirmar que
comprovadamente, as civilizações que dominaram a escrita, tais como a
Mesopotâmia e o Egito, tornaram-se superiores às demais, dominando-as.
tanto nas primeiras civilizações, quanto nas civilizações vindouras, a escrita possui um papel fundamental na cultura
foi a escrita, à medida em que se transformava em um sistema informacional, a grande responsável pelo surgimento do Estado.
Não são consideradas “civilizações” as sociedades que não desenvolveram a escrita, já que não deixaram registro de sua cultura.
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3. (UFSM-RS) "(...) Ea situação sempre mais ou menos / Sempre uns com mais e outros com menos / A cidade não pára, a cidade só cresce / O de cima sobe e o de baixo desce / (...)" Este trecho da música do pernambucano Chico Science (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à vida em cidades, processo que passou a ser significativo na história, a partir do 4¡. milênio a.C., na Mesopotâmia. Sobre esse processo, é correto afirmar:
A sedentarização do homem, o desenvolvimento de cidades, a especialização do trabalho e uma sociedade socialmente desigual levaram à constituição de pólos de poder como o Templo e o Palácio.
Mesmo se legitimando através de conquistas militares ou como mediadores entre o mundo terreno e o mundo divino, os soberanos separaram a esfera política da religiosa no intuito de conservar uma sociedade desigual.
Apesar da urbanização e das novas tecnologias de irrigação, mantém-se um Estado de caráter exclusivamente político e que não intervém na economia, conservando a ordem social hierarquizada.
A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes para a manutenção de especialistas, desenvolvendo a urbanização em cidades-Estado socialmente desiguais.
Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um progressivo aumento da especialização do trabalho e da igualdade social, enfraquecendo o poder político.
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4. (UFRN) As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de:
haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social.
possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.
serem povos orientais que formaram diversas cidades-estado, as quais organizavam e controlavam a produção de cereais.
terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de grandes civilizações hidráulicas.
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5.Vunesp) Observe a figura. Tumba de Sennedjem (1307 – 1196 a.C.) A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar:
A imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita.
Ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades humanas.
Os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de animais.
A imagem revela apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período histórico.
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O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois
significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.
representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.
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. (UFTM-MG) (...) um dos traços mais visíveis da economia egípcia antiga era, sem dúvida, o estatismo faraônico: a quase totalidade da vida econômica passava pelo faraó e seus funcionários, ou pelos templos. Estes últimos devem ser considerados parte integrante do Estado, mesmo se, em certas ocasiões, houve atritos entre a realeza e a hierarquia sacerdotal (...). As atividades produtivas e comerciais, mesmo quando não integravam os numerosos monopólios estatais, eram estritamente controladas, regulamentadas e taxadas pela burocracia governamental. (Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982. Adaptado.) A partir do texto, conclui-se que, no antigo Egito,
a organização da economia garantia ao estado o controle dos excedentes de produção, que se constituíam em importante fator de poder político.
a cobrança de impostos constituía-se na principal atividade do Estado, que não dispunha de exércitos organizados para enfrentar inimigos externos.
as constantes disputas entre a burocracia estatal e os sacerdotes levaram à separação entre o poder político e religioso, o que comprometeu o poder do faraó. C) o domínio do poder público sobre a sociedade inibiu o surgimento de iniciativas privadas, capazes de racionalizar a produção e evitar o desperdício.
a economia era ineficiente, pois funcionários corruptos exploravam os camponeses e desviavam os impostos devidos ao Estado.
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. (FUVEST-SP) A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é
a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do monarca.
A introdução de instrumentos de ferro e a conseqüente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.
a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela imposição dos governos autoritários.
a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.
a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas de seda.
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(Mackenzie-SP) Na Antiguidade, a civilização egípcia baseou a sua organização socioeconômica de acordo com:
o modo de produção asiático, baseado no Estado despótico onde predominava a servidão coletiva, na qual o indivíduo trabalhava a terra como membro da comunidade e servia, dessa maneira, ao Estado.
o sistema de servidão coletiva, sendo os membros da comunidade submetidos aos trabalhos ligados à construção de sistemas hidráulicos, para a distribuição comunitária da produção agrícola resultante.
o modo de produção escravista, sendo os povos capturados em guerra transformados em escravos do faraó, proprietário das terras e cultuado como deus em todo o Egito.
modo de produção servil, resultante da imensa influência religiosa do faraó, o supremo sacerdote, que deveria ser adorado e servido por todos os seus súditos.
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. (UFTM-MG) Em janeiro de 2011, os jornais noticiaram que os protestos contra o governo do Egito poderiam ter um efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga civilização egípcia. De acordo com as agências de notícias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo. Numa delas, indivíduos quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias, recentemente identificadas como avós do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores pareciam procurar apenas por ouro. Sobre o material arqueológico proveniente do Antigo Egito, é correto afirmar
foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em poder de países europeus.
tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos.
grande parte dele foi destruído pelos próprios egípcios ainda na Antiguidade, como estratégia para proteger os segredos de sua cultura dos invasores.
permitiu compreender a importância dos rituais fúnebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis.
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(UFPR) "Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, 'a chegada os gregos significou a INTRODUÇÃO de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam'." (FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001). Com base no texto acima, é correto afirmar:
Os gregos não souberam incorporar, aos seus, elementos culturais dos povos conquistados."
Com a expressão "nova civilização", o autor indica o fim do primado da pólis em favor do estado teocrático.
A cultura grega constituiu-se a partir de um único povo.
Os estudiosos, ainda hoje, acreditam na superioridade dos gregos sobre outros povos da Antiguidade.
As pesquisas recentes indicam que o povo grego se formou a partir de um amálgama de culturas que se expandiram por diferentes territórios.
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(Unesp) A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a crença na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado legado cultural grego, é correto afirmar que:
a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes.
A democracia espartana era representativa.
a escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano.
os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios.
poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do período homérico.
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(PUC-SP) "No caso da Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo [séc. VIII a.C.] a Aristóteles [séc. IV a.C.] pareceu-nos seguir, no essencial, duas orientações: em primeiro lugar, estabelece-se uma distinção clara entre o mundo da natureza, o mundo humano, o mundo das forças sagradas, sempre mais ou menos mesclados ou aproximados pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos domínios (...)". Jean-Pierre Vernant. "Mito e pensamento entre os gregos". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 17. A partir da citação anterior e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que, no período indicado, os gregos
defendiam a natureza como um reino intocável, tomando o homem como um risco para o bem-estar do mundo.
separavam completamente a razão do mito, diferenciando a experiência humana de suas crenças irracionais.
definiram o caráter irracional do ser humano, garantindo plena liberdade de culto e crença religiosa.
privilegiavam o mundo sagrado em relação ao humano e ao natural, recusando-se a misturar um ao outro.
acreditavam em seus mitos, relacionando-os com acontecimentos reais e usando-os para entender o mundo humano.
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VUNESP) O mapa mostra a área ocupada por cidades e territórios colonizados pelos gregos. GRÉCIA ANTIGA - PRINCIPAIS CIDADES E TERRITÓRIOS COLONIZADOS (SÉCULOS VIII A VI a.C.) (Gislaine Azevedo e Reinaldo Seriacopi, História. Adaptado.) A constituição dessa área de colonização deveu-se:
aos conflitos entre Atenas e Esparta, denominados Guerra do Peloponeso.
aos conflitos entre gregos e persas, denominados Guerras Médicas.
ao expansionismo resultante da aliança militar chamada Liga de Delos.
ao fim da escravidão por dívidas, estabelecido por Drácon na Lei das Doze
Tábuas.
aos problemas derivados do crescimento demográfico e da escassez de terras.
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. (Vunesp) “Depois da colonização grega do século VIII a.C., a riqueza fundiária não mais representou a única riqueza possível. Ninguém mais podia subestimar a riqueza mobiliária. Ora, com maior frequência, esta não chegou às mãos dos nobres, afastados pelos velhos preconceitos das atividades comerciais e industriais. A classe dirigente teve de contar com as reivindicações dos novos-ricos encorajados pelos seus êxitos e que também desejavam participar dos negócios da cidade.” AYMARD, André e AUBOYER, Jennine. O Oriente e a Grécia Antiga (texto adaptado) O texto faz referência a um dos fatores da:
guerra contra os persas.
decadência ateniense no período arcaico.
criação do tribuno da plebe.
queda da monarquia e implementação da república
crise do regime aristocrático nas cidades gregas.
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(Fuvest) "Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre facções e que alguns cidadãos, por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar uma lei específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos de cidadãos, a escolher um dos partidos". Aristóteles, em "A Constituição de Atenas" A lei visava
deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política.
diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade
obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade.
impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade.
aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política.
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(Unifesp) "Em todas as grandes civilizações que precederam a civilização grega, e de que ela foi tributária (assírio-babilônica, egípcia, fenícia, cretense), não se tinha visto nada de comparável em termos de comportamento social e práticas institucionais". (Jean-Pierre Vernant, 1999.) O autor está se referindo
a política
à escravidão
ao comércio
ao politeísmo
À ciência
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. (UFTM MG) Quando uma criança nascia, o pai não tinha direito de criá-la: devia levá-la a um lugar chamado lesche. Lá assentavam- se os Anciãos da tribo. Eles examinavam o bebê. Se o achavam bem encorpado e robusto, eles o deixavam. Se era mal nascido e defeituoso, jogavam-no (...). Julgavam que era melhor, para ele mesmo e para a cidade, não deixar viver um ente que, desde o nascimento, não estava destinado a ser forte e saudável. (...) a educação era um aprendizado de obediência. Os anciãos vigiavam os jogos das crianças. Não perdiam uma ocasião para suscitar entre eles brigas e rivalidades. Tinham assim meios de escutar, em cada um, as disposições naturais para a audácia e a intrepidez na luta. Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente necessário. O resto da educação visava acostumá-los à obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer no combate. (Plutarco, A vida de Licurgo) O sistema educacional da cidade, a que o texto se refere, tinha por objetivo:
difundir uma consciência crítica ao restringir a leitura e a escrita.
criar uma sociedade harmônica que valorizasse os princípios democráticos.
eliminar os maus cidadãos com o ostracismo e um rígido militarismo.
formar cidadãos disciplinados e preparados para as atividades militares.
organizar um exército poderoso que pudesse defender seu vasto império.
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(Fuvest) "Ao povo dei tanto privilégio quanto lhe bastasse, nada tirando ou acrescentando à sua honra; Quanto aos que tinham poder e eram famosos por sua riqueza, também tive cuidado para que não sofressem nenhum dano... e não permiti que nenhum dos dois lados triunfasse injustamente." Sobre esse texto, é correto afirmar que seu autor,
o tirano Sólon, lembra como, astutamente, acabou com as lutas de classes em Atenas, submetendo ricos e pobres às mesmas leis.
o filósofo Sólon, evoca de maneira poética a figura do lendário Drácon, estadista e criador da democracia ateniense.
o legislador Sólon, exprime o orgulho pelas leis, de caráter democrático, que fez aprovar em Atenas quando governou a cidade.
o demagogo Sólon, recorre à eloqüência e à retórica para enganar as massas e assim obter seu apoio para alcançar o poder.
o dramaturgo Sólon, reproduz um famoso discurso de Péricles, o grande estadista e fundador da democracia ateniense.
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. (Mackenzie) Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C., na Grécia, para escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller foi levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Snyder, com o título “300”. A respeito do contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C.), tema abordado no filme, assinale a alternativa correta.
Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticas gregas.
O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico.
O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega.
Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial.
O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora.
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(Fuvest)"Democracia e imperialismo foram duas faces da mesma moeda na Atenas do século V a.C.". Tal afirmativa é:
correta, já que a prosperidade proporcionada pelos recursos provenientes das regiões submetidas liberava, aos cidadãos atenienses, o tempo necessário a uma maior participação na vida política.
falsa, pois aquelas práticas políticas eram consideradas contraditórias, tanto que fora em nome da democracia que Atenas enfrentara o poderoso Império Persa nas Guerras Peloponésicas.
correta, pois foi o desejo de manter a Grécia unificada e de estender a democracia a todas suas cidades que levou os atenienses a se oporem ao imperialismo espartano.
falsa, já que o orgulho por seu sistema político sempre fez com que Atenas ficasse fechada sobre si mesma, desprezando os contatos com outras cidades-Estado.
correta, se aplicada exclusivamente ao período das Guerras Médicas contra Esparta e sua liga aristocrática.
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(FGV-SP) A Guerra do Peloponeso, ocorrida na Grécia entre 431 e 401 a.C., foi:
(C) uma luta comandada pelas cidades de Esparta e Corinto contra a hegemonia da Confederação de Delos - liderada por Atenas - sobre o território grego.
uma invasão do território grego pelas tropas de Alexandre - O Grande, na época de expansão do Império Macedônico que herdara de seu pai.
uma guerra entre gregos e romanos, pelo desejo de implantação de uma cultura hegemônica sobre os povos do Oriente Próximo.
uma guerra defensiva empreendida pelos gregos contra a invasão dos persas e a
ameaça de perda de suas principais praças de comércio do Mar Mediterrâneo.
uma luta entre dórios e aqueus na época da ocupação do território grego que resultou na formação das cidades de Esparta e Atenas.
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(UFRN) Felipe II, rei da Macedônia, conquistou a Grécia. Seu filho, Alexandre, o Grande, consolidou as conquistas do pai e expandiu o império em direção à Ásia, chegando até a Índia. Na perspectiva histórica, a obra de Alexandre e de seus sucessores imediatos foi importante porque:
substituiu a visão mística do mundo, presente nos povos orientais, pelo reconhecimento intelectual proveniente da razão e do raciocínio lógico.
suplantou o poder despótico predominante nos grandes impérios orientais, os quais atribuíam aos governantes uma origem divina.
favoreceu a difusão do modelo político das cidades-Estados da Grécia pelas regiões conquistadas no Oriente, estimulando um governo fundamentado na liberdade e na democracia.
possibilitou o intercâmbio de culturas, difundindo as tradições gregas nas terras do Oriente, enquanto as mesopotâmicas, egípcias, hebraicas e persas expandiram-se para o Ocidente.
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(Fuvest) "Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis." (Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio). Nessa afirmação, o autor
celebra a democracia ateniense e a República romana.
critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
condena as aristocracias ateniense e romana.
expressa uma concepção populista sobre a antigüidade clássica.
defende a pólis grega e o Império romano.
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(Enem) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 2000. A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à
extensão da cidadania aos homens livres.
adoção do sufrágio universal masculino.
tripartição dos poderes políticos.
afirmação de instituições democráticas
implantação de direitos sociais.
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(Fuvest) Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando predominaram
o consenso e o respeito à privacidade.
o debate e o bem público.
a liberdade e o individualismo.
A tolerância religiosa e o direito civil.
a demagogia e o populismo.
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(PUC-SP) As Guerras Púnicas, entre romanos e cartagineses, duraram de 264 a 146 a.C. Entre seus resultados finais, podemos considerar que elas
fortaleceram a presença romana na região do mar Mediterrâneo, com o estabelecimento de províncias nas terras conquistadas.
contiveram a expansão romana em direção ao mar Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da península itálica passaram ao controle cartaginês.
eliminaram os gastos militares do Império Romano, pois impediram o surgimento de revoltas e tensões sociais.
permitiram a expansão comercial de Roma por toda a península itálica e em direção ao ocidente, com a decorrente conquista da Gália.
reduziram consideravelmente o número de escravos no Império Romano, pois a maioria deles foi alistada nas tropas e morreu em combate.
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(UEPB) A expansão territorial na Antiga Roma trouxe profundas modificações na sociedade estabelecida na península itálica. Entre elas, podemos destacar:
Democratização da sociedade com igualdade de direitos políticos entre patrícios e plebeus.
Grande êxodo urbano, devido a contatos com outros povos e as conquistas romanas.
Crise da mão de obra escrava, que ficou concentrada nos campos agrícolas, deixando carente o setor urbano de trabalhadores livres.
Fortalecimento da política agrícola com a expansão dos minifúndios.
O número de escravos aumentou significativamente e estes foram largamente utilizados na agricultura, na produção de alimentos e nas atividades urbanas.
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(FUVEST) A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da Bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, entre as quais:
O enriquecimento do Estado Romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes e aumento do número de escravos.
A diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário e escassez de mão-de-obra escrava.
o crescimento da economia agropastoril, intensificação das exportações e aumento do trabalho livre.
O fortalecimento da classe plebeia, expansão da pequena propriedade e propagação do cristianismo.
Um marcante processo de industrialização, êxodo urbano e endividamento do Estado.
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(FUVEST) Comparando-se as civilizações da Antiguidade Ocidental (Grécia e Roma) com as da Antiguidade Oriental (Egito e Mesopotâmia), constata-se que ambas conheceram as mesmas instituições básicas, muitas das quais, aliás, o Ocidente tomou do Oriente. Contudo, houve um setor original e específico da civilização greco-romana. Trata-se do:
religioso, com o aparecimento de divindades com representação antropomórfica e poderes ilimitados.
político, com a criação de práticas participativas no poder e instituições republicanas de governo.
econômico, com novas formas de indústria e comércio que permitiram o surgimento de centros urbanos.
cultural, com o desenvolvimento das artes plásticas e de expressões artísticas derivadas do uso da escrita.
social, com novas formas de trabalho compulsório e hierarquias sociais baseadas no nascimento e na riqueza.
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(FGV-SP) "Agora que os chefes das famílias, abandonando campos e charruas, vieram quase todos para Roma, e preferem utilizar a mão para bater palmas no circo a servir-se delas para cuidar das vinhas ou empunhar o arado, vemo-nos obrigados a comprar trigo na Sardenha e a vindimar nas ilhas de Cos e Quios". A frase acima, do grande escritor romano Marco Terêncio Varrão, refere-se:
ao terror das famílias camponesas da Itália diante das revoltas dos escravos comandados por Espártaco.
à falência da pequena agricultura familiar da Itália no final da República, diante da concorrência das grandes propriedades escravistas.
à reforma agrária implementada pelo Tribuno da Plebe Caio Graco.
às investidas agressivas dos povos germanos nas fronteiras agrícolas do
Império Romano.
à grande escassez de mão-de-obra que assolou o Império Romano durante as Guerras Púnicas.
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. (Vunesp) A escolha dos inimigos de Roma era regularmente decidida pela autoridade legislativa. As decisões mais importantes de paz e guerra eram gravemente debatidas no Senado e ratificadas pelo povo. Mas quando as armas das legiões se distanciaram muito de Roma, os generais assumiram o privilégio de voltá-las contra qualquer povo e da maneira que julgassem mais vantajosa para o benefício público. (...) Sobre a administração da vitória, especialmente depois de não serem mais controlados por delegados do Senado, exerciam um despotismo sem freios. (...) Tornavam-se ao mesmo tempo governadores, ou antes monarcas, das províncias conquistadas, uniam autoridade militar à civil, administravam tanto a justiça, quanto as finanças e exerciam os poderes Executivo e Legislativo do Estado. (E. Gibbon, Declínio e queda do Império Romano. Adaptado.) Segundo o autor, a expansão territorial ocorrida sob a República Romana
deu aos generais parte da autoridade do Senado, prenunciando a crise da República.
ampliou a abrangência da autoridade senatorial, reforçando a República.
libertou os cidadãos romanos do jugo dos ditadores, instituindo a Democracia na República.
tornou mais eficazes as práticas políticas existentes, reestruturando a República.
manteve o Senado acima das autoridades militares, consolidando a República.
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. (UEL-PR) "(...) Graco parecia ter chegado ao ponto em que, ou renunciava completamente ao plano, ou começava uma revolução: escolheu a última hipótese. Rompeu relações com o colega e apresentou-se diante da multidão reunida perguntando-lhe se um tribuno que se opunha à vontade do povo não devia ser destituído de seu cargo. A assembléia do povo, habituada a ceder a todas as propostas que lhe eram apresentadas, e composta na maior parte do proletariado agrícola que emigrara do campo estando pessoalmente interessada no voto da lei, deu resposta quase unanimemente favorável. (...) Para obter esta reeleição inconstitucional, meditava ainda novas reformas. (...) O Senado reuniu-se no templo da Fidelidade. (...) Quando Tibério levou a mão à fronte para indicar ao povo que sua cabeça estava ameaçada, comentou-se que ele pedira ao povo para coroá-lo com o diadema. O cônsul Cévola foi instado a deixar que se matasse o traidor. (...) Morreram com ele cerca de trezentas pessoas." (MOMMSEN, Theodor. História de Roma. Excertos. Rio de Janeiro: Opera Mundi, 1973. p. 174-175.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão agrária na República Romana, é correto afirmar:
A lei que Tibério Graco desejava aprovar beneficiava os ricos ocupantes de terras públicas e ampliava ao máximo o apoio político aos seus propósitos
O autor do texto expressa seu preconceito em relação às constantes decisões da plebe urbana, contrárias aos interesses dos tribunos.
A morte de Tibério Graco é narrada como resultado de uma tentativa de impedir a reunião do Senado no templo da Fidelidade.
O texto elogia a Assembléia Romana por discutir, democraticamente, os interesses comuns da plebe e da aristocracia.
Os opositores mataram Graco para impedir a aprovação da lei que os obrigaria a devolver suas terras ao Estado, para posterior distribuição aos pobres.
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(Mack-SP) As feras que percorrem os bosques da Itália têm cada uma o seu abrigo e os que morrem pela defesa da Itália têm como bens somente a luz e o ar que respiram. Sem teto para se abrigar, eles vagueiam com suas mulheres e seus filhos. Os generais os enganam quando os exortam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. Plutarco – Vidas paralelas Segundo Plutarco, o fragmento acima contém as palavras ditas por Tibério Graco, eleito tribuno da plebe em 133 a.C., em um discurso dirigido aos pobres, com o objetivo de:
promulgar a Lei das Doze Tábuas.
implementar uma campanha de conquistas territoriais no Oriente, que impulsionasse o desenvolvimento econômico da classe dos plebeus.
conquistar a simpatia da plebe com a política que ficou conhecida por “pão e circo”, abrindo caminho para a sua aclamação ao posto de imperador.
destruir a civilização cartaginense, que impedia o controle romano do Mar
Mediterrâneo.
resolver o problema da plebe marginalizada e sem terra, fazendo valer uma lei que proibia a qualquer pessoa usar mais de 312 acres de terra pertencentes ao Estado.
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(Unesp 2018) O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra
a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição do poder romano sobre os chineses e indianos.
a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão provocada pela conquista de Jerusalém pelos cristãos.
a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir o avanço romano sobre seus territórios.
a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial e para a circulação entre as áreas de hegemonia romana.
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(Upf 2018) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna.” (TÁCITO, Cornelius. Anais. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1964). Sobre o tratamento dado aos cristãos pelo Estado Romano, é correto afirmar:
A violência contra os cristãos foi decorrente da fraqueza doutrinária da sua religião, o que facilitava a aplicação da justiça por parte do Estado Romano.
As perseguições aos cristãos foram circunstanciais, motivadas pelo fanatismo de alguns governantes, pois o Estado Romano tolerava a presença de todas as religiões.
Apenas os principais líderes cristãos foram perseguidos, pois o Estado Romano se caracterizava pela tolerância religiosa.
As razões da violenta perseguição ao cristianismo no Império Romano têm relação com o fato de que os cristãos não aceitavam que o Imperador fosse adorado como um deus.
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(Unesp 2017) A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condição de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas. (Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.) O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã
manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu representações de imagens religiosas na Idade Média.
tornou-se uma instituição do Império Romano e sobreviveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros germânicos.
combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.
reconheceu a importância da liberdade religiosa na Europa Ocidental e combateu a teocracia imperial.
limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar das lutas políticas durante o Feudalismo.
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(Enem (Libras) 2017) TEXTO I Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram denunciados como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram, mandei executá-los, pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a Roma. Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia Menor, ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.br. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado). TEXTO II É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro transmitiu aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas que seguem esta norma tomem o nome de cristãos católicos. Porém, o resto, os quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia da heresia, os lugares de suas reuniões não receberão o nome de igrejas e serão castigados em primeiro lugar pela divina vingança e, depois, também pela nossa própria iniciativa. Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo é retratada em dois momentos distintos. Em que pesem as diferentes épocas, é destacada a permanência da seguinte prática:
Reconhecimento do direito divino.
Sacralização dos locais de culto.
Formação de tribunais eclesiásticos.
Subordinação do poder governamental.
Ausência de liberdade religiosa.
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(Ufpr 2019) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354-430) em 410, sobre a devastação de Roma: Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolar-nos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade. (Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: <http://www.hottopos.com/mp5/agostinho 1.htm#_ftn2>. Acesso em 11 de agosto de 2018.) Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto histórico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua consequência para o Império, entre os séculos IV e V.
Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo uma das causas do final do Império Romano do Ocidente.
Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo uma das causas do final do Império Romano do Oriente
Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano-Germânico.
Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, sendo uma das causas do final do Império Bizantino.
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(Udesc 2018) Observe a linha do tempo abaixo: A respeito da chamada Antiguidade Clássica, assinale a alternativa que apresenta a correta ordem dos eventos, segundo a linha do tempo apresentada.
República Ateniense; Ascensão do Império Espartano; Oficialização do cristianismo; Proclamação da República Romana; Expansão do Império Romano.
Queda do Império Romano; Oficialização do cristianismo; Proclamação da República Romana; Proclamação da República Grega; Expansão dos etruscos para Atenas.
Expansão do Império Romano; Queda do Império Romano; Estruturação do
Sistema Feudal; Crise do século XIV; Renascimento.
Fundação de Roma pelos etruscos; Configuração do modelo de democracia ateniense; Instauração do Império Romano; Queda do Império Romano;
Instauração da República Romana.
Acontecimentos narrados por Homero em Ilíada e Odisseia; Desenvolvimento das noções de democracia e cidadania grega; Crise da República Romana; Instauração do Império Romano; Oficialização do cristianismo como religião do Império Romano.
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(Fuvest 2018) Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente. P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982. Na região das formações sociais gregas,
essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores helenísticos.
a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas.
os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.
O oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental.
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(Unioeste 2018) Estar no mundo, hoje, é conviver com a mobilidade e a migração, e todas suas implicações. Do ponto de vista existencial, esta é uma experiência desconcertante, em que as referências espaciais e socioculturais são reconstituídas, num processo que envolve e atinge o próprio cerne da autoidentidade: a segurança existencial. (...) Esse percurso leva a um pensar ontológico acerca das estratégias e consequências do fenômeno migratório, o que faz refletir sobre o papel da identidade territorial, do envolvimento com o lugar e das redes sociais no movimento de sair do lugar de origem e estabelecer-se no local de destino. MARANDOLA JR., Eduardo; GALLO, Priscila M. Dal. Ser Migrante: implicações territoriais e existenciais da migração. R. Bras. Est. Pop. Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, jul./dez. 2010, p. 407. Acerca dos movimentos populacionais e seus impactos ao longo da história é INCORRETO afirmar.
A imigração tem sido um dos principais problemas humanitários dos últimos anos. Os imigrantes nem sempre são acolhidos, ao contrário, se deparam com perseguição policial, políticas xenofóbicas e fronteiras fechadas.
Um importante movimento populacional ocorre no século III d.C.: o império romano sofreu a invasão de um único povo denominado, por ele, de “povo bárbaro”.
Foi em meados do século VIII a.C. que os gregos expandiram seu mundo, e enviaram colonizadores para várias regiões do Mediterrâneo e do Mar Negro. Tal processo continuou por mais de três séculos.
Os anos entre 1850 e 1930 caracterizam-se como o período de maior entrada de imigrantes no Brasil, devido principalmente ao aumento da cafeicultura e consequentemente à maior necessidade de mão de obra.
A chamada Expansão Marítima, sob liderança de portugueses e espanhóis, ocorre a partir do século XV. Conhecida ainda como As Grandes Navegações, ficou marcada entre outros aspectos pela submissão de outros seres humanos ao trabalho escravo e pela difusão do cristianismo.
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(Uftm 2012) Imperador de Roma entre 253 e 260, Valeriano escreveu: Não consideramos que os coloni [colonos] tenham a liberdade de abandonar a terra à qual estão presos por sua situação e nascimento. Se o fizerem, que sejam trazidos de volta, acorrentados e castigados. (Apud Gordon V. Childe. O que aconteceu na história, 1973.) A determinação imperial ocorreu
por conta do início da expansão do Império, que exigiu um grande exército e causou o despovoamento dos campos.
em um momento de crise do Império, quando a situação de arrendatários e camponeses deteriorou-se.
por ocasião da abolição da escravatura e consequente desorganização gerada pela mudança do regime de trabalho.
em função das invasões dos povos que viviam fora do Império, o que propiciou a fuga dos colonos.
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(Fgv 2018) A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos para eles. Os escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga. (Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.). História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado) A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar:
os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha.
a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua inferioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à produção de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada.
as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder reconheciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército.
a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia caído em desuso desde a crise da República.
a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais brandas as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo.