IFBA 2018 -Português
Neste Quiz estão as questões de português da prova da modalidade integrado do IFBA de 2018, retiradas do própio site do IFBA, caso queira conferir aqui estão os links da prova e do gabarito Prova: https://portal.ifba.edu.br/processoseletivo2019/provas-anteriores-1/anexos-provas-anteriores/integrado/provaintegradoprosel2018.pdf Gabarito: https://portal.ifba.edu.br/processoseletivo2019/provas-anteriores-1/anexos-provas-anteriores/integrado/Gabarito_PROSEL2018_IntegradoF.pdf Site do IFBA: https://portal.ifba.edu.br/
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Texto 1 Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas. Na idade média, os filósofos se referiam à inteligência como a parte superior da alma e sua capacidade de conhecimento. Desde então, compõe um trio inseparável: memória-inteligência-vontade. Quando se fala em inteligência artificial, ninguém pode deixar de lado esse ternário. É aterrorizante imaginar essas três atividades operando conjuntamente em outro local que não o cérebro humano. Seria possível dotar um computador de razão? Capaz de compreender, julgar, ter bom senso, juízo? Os computadores guardam ainda a base de seu desenvolvimento na década de 40, a capacidade algorítmica, aptos para resolver cálculos científicos, mas não para analisá-los, como se explica na “Enciclopédia Filosófica Universal”,o local menos suspeito para uma consulta sobre máquinas teoricamente habilitadas a simular a inteligência. O computador tem conseguido ultrapassar o homem na rapidez e na confiabilidade das operações matemáticas, nas tarefas de rotina, nos encadeamento lógicos. A máquina na qual escrevi essa coluna, evidentemente, não compreende o texto escrito nela. Pode até vertê-lo para outra língua, mas jamais vai poder entender e traduzir em toda a sua profundidade o significado doce e doloroso de uma palavra como saudade, existente somente na língua portuguesa. Já inventaram programas de computador como o Elisa que “conversa” com as pessoas e parece compreendê-las. Representa comportamentos pré-definidos como o de um psicanalista e responde com alguma lógica a questões menos profundas. Tudo pré-programado e incapaz de evitar o inesperado. Enganar com o computador, como se vê, pode ser possível. Calma. Ninguém se preocupe se a técnica parece dominar tudo e os técnicos assumem ares de seres superpoderosos e únicos receptáculos de um saber só entendido por eles, porque falam entre si numa linguagem cifrada e incompreensível. Tudo pode ser decodificado facilmente, e o que hoje perece intransponível não o será logo mais. Basta ver a facilidade da criançada com os computadores. Assim, termos como inteligência artificial ainda servem apenas para ocultar a vontade de um domínio tecnicista sobre o saber universal e humanista. Se é possível criar máquinas habilitadas no domínio da lógica para resolver problemas estratégicos, não é possível dotá-las de atributos inerentes à condição humana. Conforme defende L.H. Dreyfus (“intelligence artificiele – Mythes et limites”, 1984), existem quatro postulados bastantes discutíveis quando se fala de inteligência-artificial: o biológico (os impulsos cerebrais), o psicológico (a própria mente), o epistemológico (relativo ao saber e às suas formulações) e o ontológico (os elementos determinados e independentes de todo contexto). Na porta do século XXI, o desenvolvimento das tecnologias é exponencial, basta refletir com tranquilidade para saber que a técnica ajuda, facilita e até resolve, mas não é tudo e nem pode superar o cérebro humano naquilo que ele tem de melhor – e pior: a razão – ou desrazão. A desafiadora expressão inteligência artificial, portanto pode enganar mais do que esclarecer. Prefiro a reação de Millor Fernandes ao saber deste diálogo impertinente: “Me chamem quando forem discutir a burrice natural”. Caio Túlio Costa in Folha de São Paulo, 23 jul. 2017 Sobre o texto acima, é correto afirmar: I – Posiciona-se a favor da inteligência natural, humana, em detrimento da inteligência artificial. II – Trabalha dentro da oposição humano versus máquina. III – Constrói uma argumentação em que a máquina prevalece sobre o humano. IV – Narra episódios da evolução das pesquisas em inteligência artificial. Assinale a alternativa que corresponde às opções verdadeiras:
A) I e II
E) I, II, III, IV
B) I, II, III
C) II, III
D) II, III, IV
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Assinale abaixo as versões em que se mantém o mesmo sentido do primeiro parágrafo do texto? I - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Porém, por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas. II - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher), ou seja, por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas. III- Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Isso significa que por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas. IV - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Entretanto, por meio da seleção e da escolha, os humanos compreendem as coisas. Assinale a alternativa que corresponde às opções verdadeiras:
B) I, II, III
A) I e II
E) I, II, III, IV
D) II, III, IV
C) II, III
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Qual das figuras de linguagem abaixo se encaixa na relação entre os termos “Inteligência artificial” e “Burrice natural”?
E) Metonímia
A) Paradoxo
D) Antítese
B) Oxímoro
C) Metáfora
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“A tecnologia tornou possível a existência de grandes populações. Grandes populações agora tornam a tecnologia indispensável”(Joseph Krutch – escritor) Na citação acima, o termo “grandes populações” aparece, respectivamente, com as seguintes funções:
B) Complemento do nome “existência”
e sujeito da forma verbal “tornam”.
A) Especificador do nome “existência”
e sujeito da forma verbal “tornam”
C) Especificador do nome “existência”
e objeto da forma verbal “tornam”.
E) Complemento do nome “existência” e
especificador da forma verbal “tornam”.
D) Complemento do nome “existência”
e objeto da forma verbal “tornam”.
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Da leitura do texto, é possível concluir:
C) Em relação às tarefas femininas,
houve apenas uma mudança tecnológica.
aprender a programar computadores.
A) A evolução tecnológica permitiu
uma mudança no papel da mulher
na sociedade.
E) A tira denuncia a exclusão digital
das mulheres modernas.
C) Em relação às tarefas femininas,
B) O texto mostra que as mulheres
agora, além de terem que aprender
corte e costura, deverão também
D) Segundo o texto, falta às mulheres
habilidade para manipular os avanços tecnológicos.
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Leia o texto abaixo para responder a questão 06: Cérebro Eletrônico O cérebro eletrônico faz tudo Faz quase tudo Faz quase tudo Mas ele é mudo O cérebro eletrônico comanda Manda e desmanda Ele é quem manda Mas ele não anda Só eu posso pensar Se Deus existe Só eu Só eu posso chorar Quando estou triste Só eu Eu cá com meus botões De carne e osso Eu falo e ouço. Hum Eu penso e posso Eu posso decidir Se vivo ou morro por que Porque sou vivo Vivo pra cachorro e sei Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro No meu caminho inevitável para a morte Porque sou vivo Sou muito vivo e sei Que a morte é nosso impulso primitivo e sei Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro Com seus botões de ferro e seus Olhos de vidro Gilberto Gil. Cérebro eletrônico. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/cerebro- -eletronico.html. Acesso 1 ago. 20 No trecho “O cérebro eletrônico faz tudo / Faz quase tudo / Faz quase tudo / Mas ele é mudo”, o enunciador:
D) Mostra que as máquinas são fracas
e impotentes.
B) Nega o poder das máquinas.
E) Afirma a dependência do homem
em relação às máquinas
A) Afirma que as máquinas têm todo o
poder.
C) Mostra que as máquinas são poderosas, mas têm defeitos e não podem tudo.
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Sobre o termo “Antes da entrevista de emprego”, é correto afirmar:
E) Especifica a circunstância de tempo
da locução verbal “precisamos saber”.
A) Complementa o verbo “precisamos”.
B) Complementa a locução verbal “Precisamos saber”.
C) Explica a situação temporal do acontecimento apresentado na tira.
D) Demonstra o que é necessário saber antes da entrevista
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Sobre as formas verbais da tira:
B) Em “estou ficando viciado”, temos um verbo no presente, um verbo no gerúndio e um verbo no particípio.
D) Em “preciso de ajuda”, temos um verbo no presente, acompanhado de um verbo no particípio
A) Em “estou arruinando”, temos um verbo no presente e um verbo no particípio
C) Em “preciso fazer”, temos um verbo no presente e um verbo no particípio.
E) Em “dá para achar”, temos dois verbos no presente do indicativo.
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A partir da leitura da tira, é possível concluir:
E) O segundo personagem é absolvido, pois Deus perdoa os pecados
virtuais das crianças.
D) No juízo final, Deus não fará distinção entre os crimes dos adultos e
das crianças.
B) Para Deus, o que vale é a intenção,
não importando o tipo de crime
A) Para o personagem que representa
Deus na tira, o crime virtual também
é considerado pecado
C) O julgamento divino está fazendo
confusão entre o mundo real e o
mundo virtual