O processo de independência da América Espanhola

O processo de independência da América Espanhola

O processo de independência da América Espanhola ocorreu em um conjunto de situações experimentadas ao longo do século XVIII. Nesse período, observamos a ascensão de um novo conjunto de valores que questionava diretamente o pacto colonial e o autoritarismo das monarquias. Ao analisarem as revoltas e problemas econômicos enfrentados nesse período, fica fácil perceber que a independência não trouxe consigo as várias (e possíveis) mudanças que pudessem eliminar as penosas condições vividas pelos povos latino-americanos como um todo.

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Humberto de Alencar
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(UFSCar-SP) A independência das colônias espanholas da América deveu-se a diversos fatores. Assinale a opção na qual todos os fatores relacionados contribuíram para essa independência.

Política mercantilista da Espanha; influência da independência brasileira; interesse dos Estados Unidos no comércio das colônias espanholas.
Monopólio comercial em benefício da metrópole; desigualdade de direitos entre os criollos, nascidos nas colônias, e os chapetones, nascidos na Espanha; enfraquecimento da Espanha pelas guerras napoleônicas.
Liberalismo político e econômico, adotado pelas cortes espanholas; enfraquecimento do governo espanhol por causa da intervenção militar francesa; política do Congresso de Viena favorável à independência das colônias.
influência das ideias políticas de Maquiavel; auxilio militar brasileiro à independência dos territórios vizinhos; exemplo da independência dos Estados Unidos.
Interesse econômico da Inglaterra na independência das colônias; política de suspensão das restrições de importações, seguida pelo governo de José Bonaparte; aliança entre chapetones, colonos nascidos na Espanha, e criollos, nascidos nas colônias para promover a independência.
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Apesar de utilizarem um discurso de libertação dos povos americanos da dominação espanhola, indicando que haveria liberdade e melhoria nas condições sociais, os líderes das independências das colônias hispano-americanas tinham, na verdade, interesses na manutenção de uma estrutura de poder político e econômico que beneficiava apenas as elites coloniais. Qual das alternativas abaixo indica corretamente o nome pelo qual ficaram conhecidas estas elites?

Criollos
Latifundiários.
Burgueses
Aristocratas.
Chapetones
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(Ufsm) Observe a seguir a letra da música "Deus salve a América", de Zezé Di Camargo e Luciano. A partir dela, é possível perceber a herança das emancipações dos Estados latino-americanos. "Um dia, andando por aí, eu vi Tanta beleza em nossa América O povo é bom A terra é boa Lindos rios e florestas Como pode esta riqueza Que faz parte de uma história Ser um palco de tristezas Onde não existem glórias? Falta igualdade, falta união Falta gente com mais coração Homens que acreditam .Em seu país." Os problemas aqui abordados são decorrentes I. da bondade dos povos latino-americanos que, por serem alienados, não se envolveram nos processos emancipacionistas, sendo pacíficos e harmônicos. II. dos diversos conflitos sociais, políticos e econômicos que compuseram o quadro de ruptura entre as colônias e a metrópole espanhola. III. da falta de união, ou seja, fazem alusão à fragmentação sociopolítica na América Latina e à má distribuição da riqueza, herança colonial que persiste em nossos dias. Está (ão) correta (as) :

apenas I e II.
apenas II.
apenas II e III.
apenas I.
apenas III.
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(UFRGS) Que elementos caracterizam a formação histórica dos Estados latino-americanos?

Todos tiveram presente a ideia de uma "nação latino-americana", que embasava a libertação colonial.
Todos surgiram da crise do sistema colonial e do amadurecimento dos interesses antimetropolitanos de grupos locais.
Todo o conjunto do território colonial se dividia em áreas autônomas com o surgimento de várias monarquias absolutistas.
Todo o caráter de dependência econômica desapareceu com a tomada do poder pelos produtores coloniais.
Todos incluíam politicamente a população indígena, com a conseqüente criação de Estados controlados pela elite local.
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(UEL) Leia o texto. "Para a aristocracia local, a independência foi tão-somente um meio de rearticular, em novas bases, os vínculos com o mercado europeu, sem alterar a substância e o caráter de dependência (...) Na verdade, a introdução do liberalismo nas relações comerciais apenas serviu à modernização das formas de controle externo. Uma vez completadas as guerras de independência, as elites locais assumiram o poder político como herdeiras da autoridade colonial e não como instrumentos de transformação." (Luiz Roberto Lopez. "História da América Latina". Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. p. 71.)

estimulou a inserção social de negros e índios como cidadãos
garantiu a continuidade do regime monárquico.
assegurou a independência econômica das novas
foi ajustada aos interesses das elites latifundiárias.
dificultou o exercício do poder dos caudilhos.
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(UFRGS) A ocupação napoleônica na Espanha criou condições propícias aos movimentos de libertação ocorridos na América espanhola. Em relação a esses processos de emancipação, assinale a alternativa correta.

O latifúndio e a escravidão foram abolidos, pois foram considerados prejudiciais à modernização econômica do continente latino-americano.
Os processos de independência da América espanhola foram incentivados pela Independência americana, pela Revolução Francesa e pelo pensamento do Iluminismo.
Graças à fraqueza temporária da Espanha, as emancipações políticas ocorreram de forma pacífica, mediante negociações diplomáticas.
Influenciada pelos princípios franceses dos Direitos Universais, a aristocracia "criolla" pretendia, com o processo de independência, promover mudanças estruturais, instaurando regimes democráticos e estendendo o voto ao conjunto da sociedade.
As elites da América espanhola desejavam a emancipação para estabelecer monopólios mercantis, pois a Espanha praticava o livre comércio em suas colônias.
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(UFV) O uso da denominação América Latina é problemático, devido à grande diversidade econômica e social entre os países que se originaram da colonização ibérica e francesa. Todavia, há uma relativa unidade entre eles, que pode ser percebida na identidade dos problemas e das situações que enfrentam desde sua emancipação política. Sobre a unidade entre os países latino-americanos, é CORRETO afirmar que:

a importação de bens manufaturados e a produção e exportação de matériasprimas promoveram uma situação de dependência econômica.
as intensas relações culturais com os Estados Unidos contribuíram para a implantação de regimes democráticos pelos países latino-americanos, durante o século XIX
a manutenção da forma monárquica de governo, apesar da divisão em várias unidades políticas, garantiu o prolongamento do 'status quo' colonial até o século XX.
a emancipação política foi acompanhada da abolição da escravatura, promovendo a integração dos afro-americanos ao processo produtivo através da concessão de terras.
a instauração de uma política de boa vizinhança, no período pós-emancipação, contribuiu para a manutenção dos vínculos estabelecidos ao longo da colonização.
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(FGV/2019) Os homens que lideraram o processo nacional de independência política na América Latina estavam imbuídos do ideário burguês como justificativa de seus atos. (Maria Lígia Prado, A formação das nações latino-americanas) Considerando o excerto, é correto afirmar que, no processo apresentado,

os criollos, líderes do movimento de independência política, fizeram uma revolução ao transformarem a estrutura colonial, isto é, implantaram a pequena propriedade, o voto universal, o trabalho livre com a abolição da escravidão e, assim, diferentemente do ideário burguês, defenderam a democracia.
o ideário burguês foi pouco utilizado, pois a independência política com a Metrópole teve como liderança a classe média em ascensão, especialmente comerciantes, defensora do livre-cambismo, da aliança com a Igreja e o exército, da entrada maciça de capital estrangeiro e da participação popular.
a ruptura política das colônias com a Espanha, realizada pelos criollos, teve por base as ideias liberais, isto é, a defesa da propriedade privada, o discurso universal dos direitos do homem, a exclusão das camadas populares, a penetração do capital estrangeiro e a preservação do escravismo como forma de manter a estrutura colonial.
a independência política da América Latina ficou comprometida pela forte dependência econômica ao capital externo, essencialmente ao norte-americano, desfavorecendo as mudanças baseadas nos princípios liberais, como o livrecambismo, a propriedade privada e a representação política dos índios, mestiços e negros.
o ideário burguês não se adequou ao movimento de independência política na América Latina, pois as vitoriosas classes populares, defensoras do Estado democrático, mantiveram a herança colonial, ou seja, a grande propriedade, a monocultura, a escravidão, a dependência do mercado externo e os limites para o capital estrangeiro.
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- (UECE/2019) Entre os anos de 1780-1781 Tupac-Amaru liderou a maior rebelião indígena da América. Hoje ele é considerado o herói nacional e precursor da independência do

México
Argentina
Peru
Equador
Venezuela
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(UNITAU SP/2018) “Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória. Ainda que aspire à perfeição do governo da minha pátria, não posso persuadir-me de que o Novo Mundo seja, no momento, regido por uma grande república. […] É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um só vínculo, que ligue suas partes entre si e com o todo”. BOLÍVAR, Simón. Cartas da Jamaica”. BELLOTTO, M. L. e CORREA, A. M. M. (org.) Simón Bolívar. Política. São Paulo: Ática, 1983, p. 84 e p. 89. A “ideia grandiosa” citada no documento de Simón Bolívar refere-se a:

Ao federalismo, isto é, à criação de uma confederação de estados latino-americanos, contando, inclusive com o Brasil, já que todos tinham a mesma origem, língua e religião.
A um pacto americano que incluía todos os estados de norte a sul, inclusive EUA, com o objetivo de afastar as ameaças colonialistas europeias à soberania latino-americana.
Ao pan-americanismo, que propunha a “América para os americanos”, a não criação de novas colônias na América e a defesa do continente contra os ataques à soberania latino-americana.
Ao pan-americanismo, que afirmava a existência de uma consciência e de uma identidade hispano-americana/latino-americana comum, que superava os "nacionalismos" locais e regionais.
A uma América única, geográfica e administrativa, um Estado comum, do qual fariam parte todas as antigas colônias europeias, independentemente das diferenças de línguas, costumes e religiões.
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