Profissionais do Sexo e Exclusão Social
O quiz contará com questões que trazem pensamentos comuns carregados de discriminação e equívocos, colocando-os à prova. Cada questão trará duas ou mais alternativas com as respectivas justificativas, sendo que apenas uma das alternativas corresponderá à explicação verídica sobre o que foi levantado na pergunta, baseada em estudos e em falas das próprias profissionais sexuais. Após cada resposta da(o) participante, aparecerá na tela a sinalização correspondente à resposta correta (verde) ou incorreta (vermelha), e ao final do quiz o(a) participante receberá um retorno acerca do seu desempenho, bem como indicações de leituras para entender o ponto de vista daquelas que tem o lugar de fala. Preparamos esse Quiz para que, por meio da educação e racionalização, sejam tratados os preconceitos com os quais as profissionais do sexo convivem diariamente como algo a ser combatido e jamais propagado.
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1
Você diria que sexo pago é estupro?
Não. Sexo pago, em si, é uma prestação de serviço. Porém, qualquer violação à intimidade da profissional contra a sua vontade é, sim, considerado estupro.
Não. O cliente tem direito a usufruir de seus desejos sexuais, já que pagou pelos mesmos.
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A prostituição é crime no Brasil?
Não. É considerado crime apenas a atuação de terceiro em relação à atividade (rufianismo).
Sim, incluindo os clientes que buscam tal serviço.
3
A prostituição pode ser considerada um trabalho?
Não, já que não é regulamentado.
Sim, é a troca de um serviço que sustenta estas profissionais autônomas.
4
É correto afirmar que o trabalho sexual é um trabalho seguro?
Sim, já que é um serviço autônomo e depende do autocuidado.
Não, pois a falta de regulamentação impede essas profissionais de terem um lugar para trabalhar, colocando-as em situações de constrangimento e exposição a vários fatores que poderiam ser amenizados em um local de trabalho regulamentado.
5
Uma profissional do sexo pode se negar a fazer sexo, mesmo que o cliente esteja pagando por isso?
Não, pois o cliente está disposto à pagar, gerando a obrigação de atendimento.
Sim. Na teoria, a profissional deve sinalizar qualquer violência e negar a continuidade do ato. (Infelizmente, não é o que acontece na maioria das vezes).
6
Pensando no mundo em que vivemos hoje, acabar com o trabalho sexual é uma boa ideia?
Seria a melhor opção, ninguém merece isso.
Não, pois o trabalho sexual é a única (ou a última) alternativa para essas trabalhadoras se sustentarem e, caso fosse extinto, as mesmas necessidades se manteriam. Fora as chances das profissionais serem caçadas ou aprisionadas.
7
Pode-se dizer que as trabalhadoras sexuais vendem seus corpos?
Sim, já que o cliente paga para ter relações com a profissional do sexo.
Não, pois isso objetifica o corpo. O que ocorre é uma prestação de serviços, assim como em qualquer outra profissão.
8
O trabalho sexual pode ser considerado empoderador?
Não, pois a mulher torna-se submissa perante o homem.
Não, nenhum trabalho realizado em condições precárias pode ser considerado empoderador.
Sim, já que permite que a mulher se torne independente através da profissão, tomando suas próprias decisões sobre seu corpo, dando-lhe autonomia.
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Há muitas variações de termos. Dentre as opções abaixo, quais seriam as mais indicadas, conforme consta na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações)?
Profissional do sexo / Trabalhadora sexual
Garota de programa / Profissional do sexo
Prostituta / Puta
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Qual a principal demanda das trabalhadoras sexuais?
Incentivar o trabalho sexual
Abolição do trabalho sexual
Regulamentação do trabalho sexual