Quiz da cartilha de clínica ampliada e compartilhada

Quiz da cartilha de clínica ampliada e compartilhada

Parte 3 quiz cartilha

Imagem de perfil user: Ariadne Martins
Ariadne Martins
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O ……………. é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio Matricial se necessário. Geralmente é dedicado a situações mais complexas. no fundo, é uma variação da discussão de “caso clínico”. Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de propiciar uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos além do diagnóstico psiquiátrico e da medicação no tratamento dos usuários. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações.

Projeto terapêutico singular
Apoio Matricial
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O nome Projeto terapêutico singular, em lugar de.."………., como também é conhecido, nos parece melhor porque destaca que o projeto pode ser feito para grupos ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade (a diferença) como elemento central de articulação (lembrando que os diagnósticos tendem a igualar os sujeitos e minimizar as diferenças: hipertensos, diabéticos etc.).

Intervenção terapêutica individual
Projeto terapêutico individual
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este momento deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário. o conceito de vulnerabilidade (psicológica, orgânica e social) é muito útil e deve ser valorizado na discussão. a equipe deve tentar captar como o sujeito singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como também o trabalho, a cultura, a família e a rede social. ou seja, tentar entender o que o sujeito faz de tudo que fizeram dele, procurando não só os problemas, mas as potencialidades. é importante lembrar de verificar se todos na equipe compartilham das principais hipóteses diagnósticas, e sempre que possível aprofundar as explicações (por que tal hipótese ou fato ocorreu?).

Definir hipóteses diagnósticas
Definição de metas
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uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo melhor.

divisão de responsabilidades
Definição de metas
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é importante definir as tarefas de cada um com clareza. Uma estratégia que procura favorecer a continuidade e articulação entre formulação, ações e reavaliações e promover uma dinâmica de continuidade do Projeto terapêutico singular é a escolha de um profissional de referência. não é o mesmo que responsável pelo caso, mas aquele que articula e “vigia” o processo. Procura estar informado do andamento de todas as ações planejadas no Projeto terapêutico singular. aquele que a família procura quando sente necessidade. o que aciona a equipe caso aconteça um evento muito importante. articula grupos menores de profissionais para a resolução de ques- tões pontuais surgidas no andamento da implementação do Projeto terapêutico singular. Pode ser qualquer compo- nente da equipe, independente de formação. Geralmente se escolhe aquele com modo de vinculação mais estratégico no caso em discussão.

Definição de metas
divisão de responsabilidades
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momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo.

Divisão de responsabilidade
Reavaliação
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A escolha dos casos para reuniões de Projeto terapêutico singular:

de todos os aspectos que já discutimos em relação à reunião de equipe, o mais importante no caso deste encontro para a realização do Projeto terapêutico singular é o vínculo dos membros da equipe com o usuário e a família. Cada membro da equipe, a partir dos vínculos que construiu, trará para a reunião aspectos diferentes e poderá também receber tarefas diferentes, de acordo com a intensidade e a qualidade desse vínculo além do núcleo profissional. defendemos que os profissionais que tenham vínculo mais estreito assumam mais responsabilidade na coordenação do Projeto terapêutico singular. assim como o médico generalista ou outro especialista pode assumir a coordenação de um tratamento frente a outros profissionais, um membro da equipe também pode assumir a coordenação de um Projeto terapêutico singular frente à equipe.
na atenção básica a proposta é de que sejam escolhidos usuários ou famílias em situações mais graves ou difíceis, na opinião de alguns membros da equipe (qualquer membro da equipe pode propor um caso para discussão). na atenção hospitalar e centros de especialidades, provavelmente todos os pacientes precisam de um Projeto terapêutico singular.
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as reuniões para discussão de Projeto terapêutico singular:

de todos os aspectos que já discutimos em relação à reunião de equipe, o mais importante no caso deste encontro para a realização do Projeto terapêutico singular é o vínculo dos membros da equipe com o usuário e a família. Cada membro da equipe, a partir dos vínculos que construiu, trará para a reunião aspectos diferentes e poderá também receber tarefas diferentes, de acordo com a intensidade e a qualidade desse vínculo além do núcleo profissional. defendemos que os profissionais que tenham vínculo mais estreito assumam mais responsabilidade na coordenação do Projeto terapêutico singular. assim como o médico generalista ou outro especialista pode assumir a coordenação de um tratamento frente a outros profissionais, um membro da equipe também pode assumir a coordenação de um Projeto terapêutico singular frente à equipe.
tem sido importante para muitas equipes na atenção básica e centros de especialidades reservar um tempo fixo, semanal ou quinzenal, para reuniões exclusivas do Projeto terapêutico singular. em hospitais, as reuniões geralmente têm que ser diárias.
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Tem sido importante para muitas equipes na atenção básica e centros de especialidades reservar um tempo fixo, semanal ou quinzenal, para reuniões exclusivas do Projeto terapêutico singular.

em hospitais, as reuniões geralmente têm que ser mensais.
em hospitais, as reuniões geralmente têm que ser diárias.
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o tempo de um Projeto terapêutico singular:

quando ainda existem possibilidades de tratamento para uma doença, não é muito difícil provar que o investimento da equipe de saúde faz diferença no resultado.
o tempo mais dilatado de formulação e acompanhamento do Projeto terapêutico singular depende da característica de cada serviço. serviços de saúde na atenção básica e centros de especialidades com usuários crônicos têm um seguimento longo (longitudinalidade) e também uma necessidade maior da Clínica ampliada. isso, naturalmente, significa processos de aprendizado e transformação diferenciados. serviços com tempo de permanência e vínculo menores farão Projetos terapêuticos singulares com tempos mais curtos. o mais difícil é desfazer um viés imediatista. Muitas informações essenciais surgem no decorrer do seguimento e a partir do vínculo com o usuário. a história, em geral, vai se construindo aos poucos, embora, obviamente, não se possa falar de regras fixas para um processo que é relacional e complexo.
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Projeto terapêutico singular e Mudança:

de todos os aspectos que já discutimos em relação à reunião de equipe, o mais importante no caso deste encontro para a realização do Projeto terapêutico singular é o vínculo dos membros da equipe com o usuário e a família. Cada membro da equipe, a partir dos vínculos que construiu, trará para a reunião aspectos diferentes e poderá também receber tarefas diferentes, de acordo com a intensidade e a qualidade desse vínculo além do núcleo profissional. defendemos que os profissionais que tenham vínculo mais estreito assumam mais responsabilidade na coordenação do Projeto terapêutico singular. assim como o médico generalista ou outro especialista pode assumir a coordenação de um tratamento frente a outros profissionais, um membro da equipe também pode assumir a coordenação de um Projeto terapêutico singular frente à equipe.
quando ainda existem possibilidades de tratamento para uma doença, não é muito difícil provar que o investimento da equipe de saúde faz diferença no resultado. o encorajamento e o apoio podem contribuir para evitar uma atitude passiva por parte do usuário. Uma pessoa menos deprimida, que assume um projeto terapêutico solidário como projeto em que se (re)constrói e acredita que poderá ser mais feliz, evidentemente tende a ter um prognóstico e uma resposta clínica melhor. no entanto, não se costuma investir em usuários que se acreditam “condenados”, seja por si mesmos, como no caso de um alcoolista, seja pela estatística, como no caso de uma patologia grave. se esta participação do usuário é importante, é necessário persegui-la com um mínimo de técnica e organização. não bastam o diagnóstico e a conduta padronizados.
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nos casos de “…………….”, ou seja, de usuários para os quais existem poucas opções terapêuticas, como no caso dos usuários sem possibilidade de cura ou controle da doença, é mais fácil ainda para uma equipe eximir-se de dedicar-se a eles, embora, mesmo nesses casos, seja bastante evidente que é possível morrer com mais ou menos sofrimento, dependendo de como o usuário e a família entendem, sentem e lidam com a morte.

prognóstico aberto
prognóstico fechado
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a presunção de “……….. ” compromete as ações de cuidado e adoece trabalhadores de saúde e usuários, porque, como se sabe, é um mecanismo de negação simples, que tem eficiência precária. o melhor é aprender a lidar com o sofrimento inerente ao trabalho em saúde de forma solidária na equipe, ou seja, criando condições para que se possa falar dele quando ocorrer.

envolvimento
não-envolvimento
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a herança das revoluções na saúde Mental (reforma Psiquiátrica), experimentando a proposta de que o sujeito é construção permanente e que pode produzir “margens de manobra”, deve ser incorporada na Clínica ampliada e no Projeto terapêutico singular. À equipe cabe exercitar uma abertura para o imprevisível e para o novo e lidar com a possível ansiedade que essa proposta traz. nas situações em que só se enxergavam certezas, podem-se ver possibilidades.

Nas situações em que se enxergavam apenas igualdades, podem-se encontrar, a partir dos esforços do Projeto terapêutico singular, grandes diferenças.
Nas situações em que se enxergavam apenas diferenças, podem-se encontrar, a partir dos esforços do Projeto terapêutico plural, grandes singularidades.
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as possibilidades descortinadas por este tipo de abordagem têm que ser trabalhadas cuidadosamente pela equipe para evitar o que ?

atropelamentos.
descasos
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A……………. e a……………………. convidam-nos a entender que as situações percebidas pela equipe como de difícil resolução são situações que esbarram nos limites da clínica tradicional. é necessário, portanto, que se forneçam instrumentos para que os profissionais possam lidar consigo mesmos e com cada sujeito acometido por uma doença de forma diferente da tradicional. se todos os membros da equipe fazem as mesmas perguntas e conversam da mesma forma com o usuário, a reunião de Projeto terapêutico singular pode não acrescentar grande coisa.

proposta do Projeto terapêutico singular, concepção de Clínica ampliada
concepção de Clínica ampliada , proposta do Projeto terapêutico singular
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é preciso fazer as perguntas da anamnese tradicional, mas dando espaço para as ideias e as palavras do usuário. exceto quando ocorra alguma urgência ou dúvida quanto ao diagnóstico orgânico, não é preciso direcionar demais as perguntas e muito menos duvidar dos fatos que a teoria não explica (“só dói quando chove”, por exemplo). Uma história……… , sem filtros, tem uma função terapêutica em si mesma, na medida em que situa os sintomas na vida do sujeito e dá a ele a possibilidade de falar, o que implica algum grau de análise sobre a própria situação. além disso, esta anamnese permite que os profissionais reconheçam as singularidades do sujeito e os limites das classificações diagnósticas.

clínica mais completa
clínica menos completa
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A partir do que o profissional pode perceber que muitos determinantes do problema não estão ao alcance de intervenções pontuais e isoladas ?

a partir da percepção da complexidade do sujeito acometido por uma doença
a partir da percepção da complexidade do sujeito acometido por um trauma
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Fica clara a necessidade do protagonismo do sujeito no projeto de sua cura:

Dependência
autonomia
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a partir da ………., o tema da intervenção ga- nha destaque. Quando a história clínica revela um sujeito doente imerso em teias de relações com as pessoas e as instituições, a tendência dos profissionais de saúde é de adotar uma atitude “apostólica” ou infantilizante.

anamnese ampliada
anamnese complexa
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o processo de “medicalização da vida”:

faz diminuir a autonomia e aumenta a dependência ou a resistência ao tratamento.
faz aumentar a autonomia e diminuir a dependência ou a resistência ao tratamento.
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Propomos que não predomine nem a postura radicalmente “neutra”, que valoriza sobremaneira a não-intervenção, nem aquela, típica na prática biomédica, que pressupõe que o sujeito acometido por uma doença seja passivo diante das propostas.

outra função terapêutica da história clínica acontece quando o usuário é estimulado a qualificar e situar cada sintoma em relação aos seus sentimentos e outros eventos da vida (modalização).
outra função terapêutica da história clínica acontece quando o cliente é estimulado a qualificar e situar cada sintoma em relação aos seus sentimentos e outros eventos da vida (modalização).
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Na medida em que a história clínica traz para perto dos sintomas e queixas elementos da vida do sujeito, ela permite que haja um aumento da consciência sobre as relações da “queixa” com a vida.

exemplo: no caso de um usuário que apresenta falta de ar, é interessante saber como ele se sente naquele momento: com medo? Conformado? agitado? o que melhora e o que piora os sintomas? Que fatos aconteceram próximo à crise? isso é importante por- que, culturalmente, a doença e o corpo podem ser vistos com um certo distanciamento e não é incomum a produção de uma certa “esquizofrenia”, que leva muitas pessoas ao serviço de saúde como se elas estivessem levando o carro ao mecânico: a doença e o corpo ficam dissociados da vida.
Quando a doença ou os seus determinantes estão “fora” do usuário, a cura também está fora, o que possibilita uma certa passividade em relação à doença e ao tratamento.
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O que chamamos de história “psi” em parte está misturado com o que chamamos de história clínica, mas aproveitamos recursos do campo da saúde mental para destacar aspectos que nos parecem essenciais:

Procurar descobrir o sentido da doença para o usuário; respeitar e ajudar na construção de relações causais próprias, mesmo que sejam coincidentes com a ciência oficial. Procurar conhecer as singularidades do sujeito, perguntando sobre os medos, as raivas, as manias, o temperamento, seu sono e sonhos. são perguntas que ajudam a entender a dinâmica do sujeito e suas características. elas não têm importância terapêutica, pois não possibilitam a associação de aspectos muito singulares da vida com o projeto terapêutico; Procurar avaliar se há aceitação da doença, qual a capacidade de autonomia e quais os possíveis ganhos secundários com a doença. na medida em que a conversa transcorre é possível, dependendo da situação, fazer estas avaliações, que podem ser muito úteis na elaboração do projeto terapêutico; Procurar perceber a chamada contratransferência, ou seja, os sentimentos que o profissional desenvolve pelo usuário durante os encontros; procurar descobrir os limites e as possibilidades que esses sentimentos produzem na relação clínica. Procurar conhecer quais os projetos e desejos do usuário. os desejos aglutinam uma enorme quantidade de energia das pessoas e podem ou não ser extremamente terapêuticos. só não podem ser ignorados; Conhecer as atividades de lazer (do presente e do passado) é muito importante. a simples presença ou ausência de atividades prazerosas é bastante indicativa da situação do usuário; por outro lado, conhecer os fatores que mais desencadeiam transtornos no usuário também pode ser decisivo num projeto terapêutico. Fazer a “história de vida”, não permitindo que se faça uma narrativa, é um recurso que pode incluir grande parte das questões propostas acima.
Procurar descobrir o sentido da doença para o usuário; respeitar e ajudar na construção de relações causais próprias, mesmo que não sejam coincidentes com a ciência oficial. Procurar conhecer as singularidades do sujeito, perguntando sobre os medos, as raivas, as manias, o temperamento, seu sono e sonhos. são perguntas que ajudam a entender a dinâmica do sujeito e suas características. elas têm importância terapêutica, pois possibilitam a associação de aspectos muito singulares da vida com o projeto terapêutico; Procurar avaliar se há negação da doença, qual a capacidade de autonomia e quais os possíveis ganhos secundários com a doença. na medida em que a conversa transcorre é possível, dependendo da situação, fazer estas avaliações, que podem ser muito úteis na elaboração do projeto terapêutico; Procurar perceber a chamada contratransferência, ou seja, os sentimentos que o profissional desenvolve pelo usuário durante os encontros; procurar descobrir os limites e as possibilidades que esses sentimentos produzem na relação clínica. Procurar conhecer quais os projetos e desejos do usuário. os desejos aglutinam uma enorme quantidade de energia das pessoas e podem ou não ser extremamente terapêuticos. só não podem ser ignorados; Conhecer as atividades de lazer (do presente e do passado) é muito importante. a simples presença ou ausência de atividades prazerosas é bastante indicativa da situação do usuário; por outro lado, conhecer os fatores que mais desencadeiam transtornos no usuário também pode ser decisivo num projeto terapêutico. Fazer a “história de vida”, permitindo que se faça uma narrativa, é um recurso que pode incluir grande parte das questões propostas acima.
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É impressionante perceber as portas que essa pergunta abre na Clínica: ela ajuda a entender quais redes de causalidades o sujeito atribui ao seu adoecimento. Qual pergunta é essa ?

por que você está aqui?
por que você acha que adoeceu?
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Não há como propor…….. da gestão e da atenção sem um equilíbrio maior de poderes nas relações entre os trabalhadores e na relação com o usuário.

tratamento
humanização
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Como esta técnica demanda mais tempo, deve ser usada com mais critério. Muitas vezes, requer também um vínculo e um preparo anterior à conver- sa, para que seja frutífera. Várias técnicas de abordagem familiar, como o “ecomapa”, “rede social significativa” entre outras, podem enriquecer esta narrativa. o importante é que estes são momentos que possibilitam um autoconhecimento e uma compreensão do momento vivido atualmente no contexto de vida de cada um. então, muito mais do que o profissional conhecer a vida do usuário, estamos falando de o usuário poder se reconhecer diante do problema de saúde, com a sua história. Qual técnica é essa?

História de vida
PTS
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em relação à in- serção social do sujeito, acreditamos que as informações mais importantes já foram ao menos aventadas no decorrer das questões anteriores, visto que o usuário falou da sua vida. no entanto, nunca é demais lembrar que as questões relativas às condições de sobrevivência (moradia, alimen- tação, saneamento, renda, etc.) ou da inserção do sujeito em instituições poderosas -…….. - frequentemente estão entre os determinantes principais dos problemas de saúde e sempre serão fundamentais para o projeto terapêutico.

religião, estudo , trabalho
religião, tráfico, trabalho
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É importante que haja um membro da equipe que se responsabilize por um vínculo mais direto e acompanhe o processo (coordenação).

Geralmente, esta pessoa deve ser aquela com quem o usuário tem um vínculo mais negativo.
Geralmente, esta pessoa deve ser aquela com quem o usuário tem um vínculo mais positivo.
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É preciso reconhecer que a forma tradicional de fazer gestão (CaMPos, 2000) tem uma visão muito restrita do que seja uma reunião. Para que a equipe consiga inventar um projeto terapêutico e negociá-lo com o usuário, é importante lembrar que reunião de equipe não é um espaço apenas para que uma pessoa da equipe distribua tarefas às outras. reunião é um espaço de diálogo e é preciso que haja um clima em que todos tenham direito à voz e à opinião. Como vivemos numa sociedade em que os espaços do cotidiano são muito autoritários, é comum que uns estejam acostumados a mandar e outros a calar e obedecer. Criar um clima fraterno de troca de opiniões (inclusive críticas), associado à objetividade nas reuniões, exige um aprendizado de todas as partes e é a primeira tarefa de qualquer equipe.

A reunião em equipe
Estrutura do PTS
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As discussões para construção e acompanhamento do Projeto terapêutico singular são excelentes oportunidades para a valorização dos trabalhadores da equipe de saúde. Haverá uma alternância de relevâncias entre os diferentes trabalhos, de forma que, em cada momento, alguns membros da equipe estarão mais protagonistas e criativos do que outros (já que as necessidades de cada usuário variam no tempo).

No decorrer do tempo, vai ficando evidente a interdependência entre todos na equipe. A percepção e o reconhecimento na equipe desta variação de importância é uma forma importante de reconhecer e valorizar a “obra” criativa e singular de cada um.
outra importante utilidade gerencial dos encontros de Projeto terapêutico singular é o matriciamento com (outros) especialistas.
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O espaço do Projeto terapêutico singular também é privilegiado para que a equipe construa a articulação dos diversos recursos de intervenção dos quais ela dispõe, ou seja, faça um cardápio com as várias possibilidades de recursos disponíveis, percebendo que em cada momento alguns terão mais relevância que outros.

Dessa forma, é um espaço importantíssimo para avaliação e aperfeiçoa- mento desses mesmos recursos (“Por que funcionou ou não funcionou esta ou aquela proposta?”).
a percepção e o reconhecimento na equipe desta variação de importância é uma forma importante de reconhecer e valorizar a “obra” criativa e singular de cada um.
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Outra importante utilidade gerencial dos encontros de Projeto terapêutico singular é o matriciamento com (outros) especialistas. À medida que a equipe consegue perceber seus limites e suas dificuldades - e esta é uma paradoxal condição de aprendizado e superação - ela pode pedir ajuda. Quando existe um interesse sobre determinado tema, a capacidade de aprendizado é maior. Portanto, este é, potencialmente, um excelente espaço de formação permanente.

o peso da hierarquia, que tem respaldo não somente na organização, mas também nas valorizações sociais entre as diferentes corporações, pode impedir um diálogo real em que pensamentos e sentimentos possam ser livremente expressados.
Por outro lado, é um espaço de troca e de aprendizado para os apoiadores matriciais, que também experimentarão aplicar seus saberes em uma condição complexa, recheada de variáveis com as quais nem sempre o recorte de uma especialidade está acostumado a lidar. este encontro é mais fecundo quando há um contrato na rede assistencial sobre a existência de equipes de referência e apoio Matricial.
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Para que as reuniões funcionem, é preciso construir um clima favorável ao diálogo, em que todos aprendam a falar e ouvir, inclusive críticas. o reconhecimento de limites, como dissemos, é fundamental para a invenção de possibilidades. Mas é preciso mais do que isso: é preciso que haja um clima de liberdade de pensar “o novo”.

o peso da hierarquia, que tem respaldo não somente na organização, mas também nas valorizações sociais entre as diferentes corporações, pode impedir um diálogo real em que pensamentos e sentimentos possam ser livremente expressados.
algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do Projeto terapêutico singular em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários.
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O que a proposta de equipe de referência exige?

a aquisição de novas capacidades técnicas e pedagógicas tanto por parte dos gestores quanto dos trabalhadores.
a aquisição de antigas capacidades técnicas e pedagógicas tanto por parte dos gestores quanto dos usuários.
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algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do Projeto terapêutico singular em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários:

no plano hospitalar, a fragilidade causada pela doença, pelo afastamento do ambiente familiar, requer uma atenção ainda maior da equipe ao usuário. o funcionamento das equipes de referência possibilita essa atenção com uma responsabilização direta dos profissionais na atenção e construção conjunta de um Projeto terapêutico singular.
Quem são as pessoas envolvidas no caso? • De onde vêm? Onde moram? Como moram? Como se organizam? • O que elas acham do lugar que moram e da vida que têm? • Como lidamos com esses modos de ver e de viver? Qual a relação entre elas e delas com os profissionais da equipe? De que forma o caso surgiu para a equipe? Qual é e como vemos a situação envolvida no caso? • Essa situação é problema para quem? • Essa situação é problema de quem? • Por que vejo essa situação como problema? • Por que discutir esse problema e não outro? • O que já foi feito pela equipe e por outros serviços nesse caso? • O que a equipe tem feito com relação ao caso? • Que estratégia/aposta/ênfase têm sido utilizadas para enfrentar o problema? • Como este(s) usuário(s) tem/têm respondido a essas ações da equipe? • Como a maneira de agir, de pensar e de se relacionar da equipe pode ter interferido nessa(s) resposta(s)? • O que nos mobiliza neste(s) usuário(s)? • Como estivemos lidando com essas mobilizações até agora? • O que os outros serviços de saúde têm feito com relação ao caso? Como avaliamos essas ações? a que riscos (individuais, políticos, sociais) acredita- mos que essas pessoas estão expostas? Que processos de vulnerabilidade essas pessoas estão vivenciando? • O que influencia ou determina negativamente a situação (no sentido da produção de sofrimentos ou de agravos)? • Como essas pessoas procuram superar essas questões? • O que protege ou influencia positivamente a situação (no sentido da diminuição ou superação de sofrimentos ou de agravos)? • Como essas pessoas buscam redes para ampliar essas possibilidades? • Como os modos de organizar o serviço de saúde e as maneiras de agir da equipe podem estar aumentando ou diminuindo vulnerabilidades na relação com essas pessoas? Que necessidades de saúde devem ser respondidas nesse caso? o que os usuários consideram como suas necessidades? Quais objetivos devem ser alcançados no Projeto tera- pêutico singular? Quais objetivos os usuários querem alcançar? Que hipóteses temos sobre como a problemática se explica e se soluciona? Como o usuário imagina que seu “problema” será solucionado? Que ações, responsáveis e prazos serão necessários no Projeto terapêutico singular? Com quem e como iremos negociar e pactuar essas ações? Como o usuário e sua família entendem essas ações? Qual o papel do(s) usuário(s) no Projeto terapêutico sin- gular? o que ele(s) acha de assumir algumas ações? Quem é o melhor profissional para assumir o papel de referência? Quando provavelmente será preciso discutir ou reavaliar o Projeto terapêutico singular?
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