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(Unicamp/2021) Leia o poema e responda à questão que se segue. A fermosura desta fresca serra e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra; o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do Sol pelos outeiros, o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta variedade nos oferece, se está, se não te vejo, magoando. Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; sem ti, perpetuamente estou passando, nas mores alegrias, mor tristeza. É correto afirmar que no soneto de Camões :
C) a harmonia da natureza consola o eu lírico das imperfeições da vida e da ausência da pessoa amada.
B) a variedade da paisagem está em harmonia com o sentimento do eu lírico porque a relação amorosa é imperfeita.
D) a singularidade da natureza entristece o eu lírico quando ele está distante da pessoa amada.
A) a beleza natural aborrece o eu lírico, uma vez que se transforma em objeto de suas maiores tristezas.
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(Fuvest)Na Lírica de Camões: a) o metro usado para a composição dos sonetos é a redondilh b) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade. c) cantar a pátria é o centro das preocupações. d) encontra-se fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX.
a) o metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha.
c) cantar a pátria é o centro das preocupações.
b) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade.
d) encontra-se fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX.
e) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
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(ENC- SP) Lioanor pela verdura; Vai fermosa, e não segura. Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos da prata, Cinta de fina escarlata, Sainho de chamalote; Traz a vasquinha de cote, Mais branca que a neve pura; Vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado, Fita de cor de encarnado, Tão linda que o mundo espanta. Chove nela graça tanta, Que dá graça à fermosura: Vai fermosa, e não segura.* * testo = tampa de pote; chamalote = tecido de lã e seda; vasquinha = espécie de saia; de cote = de uso cotidiano. A poesia de Camões é comumente classificada em “medida velha” e “medida nova”. É correto afirmar que o poema abaixo insere-se na:
c) “medida velha” porque é composto em redondilha menor, tipo de verso de origem
popular.
b) “medida velha”, porque se prende às convenções da poesia greco-latina, entre elas,
a do panteísmo
a) “medida velha”, porque expressa um ideal de beleza mais concreto, por meio da
valorização dos dotes físicos da mulher do povo.
e) “medida nova”, porque é composto em redondilha maior, tipo de verso introduzido
em Portugal por Sá de Miranda
d) “medida nova”, porque se serve do idealismo neo-platônico, para expressar a
elevação espiritual da mulher do povo.
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(Enem-Mec) Texto I Ouvia: Que não podia odiar E nem temer Porque tu eras eu. E como seria Odiar a mim mesma E a mim mesma temer. HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento). Texto II Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. CAMÕES. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldapoesia.com.br. Acesso em: 3 de set. de 2010 (fragmento) Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é:
e) O “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados, nos textos I e II,
respectivamente, o ódio e o amor.
d) A dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o ódio ou o amor se produzem
no imaginário, sem a realização concreta.
c) O “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando-se, porém, nos versos de
Camões, certa resistência do ser amado.
b) A fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos veros de Hilda Hilst, a afirmação
do eu lírico de que odeia a si mesmo.
a) O “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se realiza por meio de uma
espécie de fusão em um só
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(Insper-SP) Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e, enfim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto, que não se muda já como soía*. Luís Vaz de Camões *Soía: Imperfeito do indicativo do verbo soer, que significa costumar, ser de costume. Assinale a alternativa em que se analisa corretamente o sentido dos versos de Camões.
b) Pode-se inferir, a partir da leitura dos dois tercetos, que, com o passar do tempo, a recusa
da instabilidade se torna maior, graças à sabedoria e à experiência adquiridas.
a) O foco temático do soneto está relacionado à instabilidade do ser humano, eternamente
insatisfeito com as suas condições de vida e com a inevitabilidade da morte.
e) As duas últimas estrofes autorizam concluir que a ideia de que nada é permanente não
passa de uma ilusão.
c) Ao tratar de mudanças e da passagem do tempo, o soneto expressa a ideia de circularidade,
já que ele se baseia no postulado da imutabilidade.
d) Na segunda estrofe, o eu lírico vê com pessimismo as mudanças que se operam no mundo,
porque constata que elas são geradoras de um mal cuja dor não pode ser superada.