Variação Linguística e Preconceito Linguistico
Aqui nós teremos algumas questões que tratam sobre variações linguísticas e preconceito linguístico, se divirtam.
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A imagem mostra um exemplo de variação linguística:
Estético.
Situacional.
Social.
Regional.
Histórico/Temporal.
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{UNICAMP-2017)No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica: “O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.” (Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.) Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.)
Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
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Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:
Tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
Cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
Espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
Originalidade, pela concisão da linguagem.
Caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
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Acerca do preconceito lingüístico, é correto afirmar:
É um fenômeno que tem recebido a máxima atenção de autoridades, educadores e público em geral, no sentido de denunciar quaisquer injustiças cometidas contra os falantes da língua que não dominam a chamada "norma culta".
Trata-se de um fenômeno bastante incomum no Brasil, onde se fala um português relativamente homogêneo, sem diferenças expressivas entre os falantes do idioma.
Existe de modo quase sempre dissimulado em nossa cultura, não recebendo da parte da sociedade a mesma atenção conferida a outras formas de preconceito presentes entre nós, como o racial e o sexual.
Trata-se de um problema que mobiliza há muito tempo os nossos gramáticos, que têm por princípio conciliar, no âmbito das gramáticas normativas, as diferenças lingüísticas existentes na sociedade.
Só é verificável em situações que envolvem o predomínio de um idioma sobre outro em um mesmo país, como ocorre com o inglês e o francês no Canadá.
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ENEM-2016 PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra. BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você. EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele. BENONA: Mas, Eurico, nós lhe devemos certas atenções. EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado da verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção. (SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olimpyio, 2013) Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para:
Marcar a classe social das personagens.
Sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
Demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.
Enfatizar a relação familiar entre as personagens.
Caracterizar usos linguísticos de uma região.
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O quadrinho demonstra um exemplo de variação linguística:
Regional/diastópica.
Social.
Histórica/geracional ou temporal.
Situacional.
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I- Variação em que o que causa a mudança é a distância entre os falantes. II- Variação na qual a escolarização e maior ou menor contato com a norma padrão afeta o falar. III- Mudança do modo de falar a depender de com quem, ou em qual lugar se está falando. Os itens acima caracterizam, respectivamente, as variações:
Regional, Social e Situacional.
Situacional, Social e Regional.
Social, Histórica e Regional.
Temporal, Social e Regional.
Histórica, Situacional e Social.
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I- Preconceito Linguístico: II- Variação linguística: A opção que melhor define cada um dos itens acima é:
I - Discriminar ou considerar uma variedade da língua superior à norma padrão.
II-As mudanças que uma língua sofre de acordo com o tempo, região, situação ou classe social.
I - Discriminar ou considerar ela superior ou inferior de acordo com a dificuldade das palavra utilizadas.
II-As mudanças que uma língua sofre de acordo com o tempo, região, situação ou classe social.
I - Discriminar ou considerar uma variedade da língua inferior em comparação a outra, que seria o falar "correto".
II- As mudanças que uma língua sofre de acordo com o tempo, região, situação ou classe social.
I - Discriminar ou considerar uma variedade da língua inferior em comparação a outra, que seria o falar "correto".
II- As mudanças que uma língua sofre de acordo com o tempo, raça, situação ou classe social.
I -Discriminar ou considerar uma variedade da língua inferior em comparação a outra, que seria o falar "correto".
II- As mudanças que uma língua sofre de acordo com o gosto dos falantes.
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No caso, o quadrinho demonstra um exemplo de uso inadequado de variedade linguística. A variação que está ocorrendo é:
Situacional: uma vez que o falante está utilizando de palavras inadequadas ao local.
Histórica: Uma vez que o falante está utilizando termos que já não existem no português atual.
Social: Uma vez que o falante está utilizando termos que apenas uma classe social usa, sendo que seu companheiro não faz parte da mesma classe que ele.
Regional: Uma vez que o falante está utilizando termos característicos de outra região do Brasil, que não é utilizada na que ele está.
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